Fanfics Brasil - 11° Capítulo Um lindo homen Vondy

Fanfic: Um lindo homen Vondy


Capítulo: 11° Capítulo

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Eram mais de 2 da manha quando Dulce finalmente deu a partida na Ferrari.



Não, não iria ficar na casa de Christopher, não confiava em si mesma para o fazer. Aliás, naquele dia ela definitivamente não estava batendo bem da cabeça. Estava fazendo coisas que antes jamais havia feito, estava falando de coisas que antes jamais havia falado. Olhou seus olhos no retrovisor e não pode evitar se auto-analisar naquelas últimas longas horas passadas ao lado do mocinho salvador.


Christopher...


Oh Deus, nem ao menos sabia seu sobrenome ou algo pequeno que seja sobre sua vida. Havia lhe feito uma proposta absurda, com um conteúdo ainda mais absurdo, perdendo somente para o fato de ela estar voltando a Priori, que era ainda mais absurdo.


Priori, sua mãe, sua infância...


Parou a Ferrari no semáforo, e pela primeira vez não se importou em ser roubada, aliás, vinha fazendo o caminho de forma tão lenta que o pior dos ladrões a teria rendido da forma mais ridícula possível.


Mas não se importava...


Franziu a testa diante da própria conclusão.


Ela não se importava se lhe roubassem a Ferrari, a certeira ou a bolsa Prada.


De simples não se importava...


Um sorriso escapou de seus lábios ao recordar a cena que antecedia sua partida.


Christopher botando as malas na Ferrari, dizendo-lhe para que não ficasse saudosa nem ansiosa, que ele, seu marido logo iria ao seu encontro.


Ela sorriu, não teve opção...


Despediram-se com um breve aceno, cientes de que toda aquela loucura poderia ser reconsiderada com uma boa noite de sono e um pouco mais de conhecimento para analisar a situação. Eram desconhecidos, completamente desconhecidos.


Era certo que ele tinha algo...


Oh Deus, sim ele tinha algo que mudava algo nela.


Tinha algo que a fazia se sentir tola, fútil, mesquinha diante de todas suas riquezas. Era um homem simples, de gostos simples, que levava uma vida simples, e que era nada menos que um Garoto de Programa.


Seu sorriso desapareceu de seus lábios.


O que levava um homem gentil como ele, de uma fala correta e cortês, com um bom sorriso e olhos vivazes vir a ser um Garoto de Programa?


Não vestia ternos caríssimos como os homens que ela se relacionava, mas não se vestia mal, seu jeito desleixado era atraente, e seu corpo...Bem seu corpo era a perdição de qualquer mulher em sã consciência que apreciasse o sexo masculino.


Christopher era a vida em pessoa.


Seus olhos eram vida...


Sorria a todo instante...debochava a todo instante, não se preocupava com quem falava, da maneira que falava, e não estava nem aí em lhe dizer que seus sapatos de 4 mil reais eram horríveis, quando um homem em pleno uso de suas faculdades mentais, jamais diria a uma mulher que seus sapatos eram horríveis.


Christopher não era um homem qualquer...


Christopher era o estranho que a havia salvado sua vida.


Christopher era o estranho que sua consciência, mesmo sem ela mesma saber, havia escolhido para a tarefa que Dulce julgava necessária ser cumprida.


O rosto cansado de sua mãe novamente lhe veio a cabeça.


E junto com esse rosto, veio o seu rosto...


Estacionou na frente do Hotel e rapidamente uma equipe que já a esperava com toda a discrição veio lhe receber.


A verdade era que Dulce havia gostado de ter alguém que lhe falasse sobre os sapatos, que de maneira sorrateira e meticulosa questionasse sobre sua vida e seus motivos, alguém que contestasse suas escolhas, que discutisse com ela, que a mandasse calar a boca.


- Bom dia, Senhora Torredo, saiba que é um imenso prazer recebe-la em nosso hotel. - Dulce mirou as feições da gerente, logo se via que estava cansada, e que por àquelas horas, gostaria de estar em sua cama, ou com o calor de seu marido e sua família. Se fosse outro dia normal, lhe sorriria em forma de agradecimento, lhe agradeceria com um baixo obrigado e pensaria que ela não fazia mais do que sua obrigação em a receber com bastante cortesia em seu hotel, ainda mais àquela hora da manha.


Mas hoje não era qualquer dia.


E a mulher estava cansada, lhe tratando bem.


Dul - Eu é que agradeço sua hospitalidade senhora? - A gerente corou rapidamente e lhe respondeu seu nome, Josy. - Senhora Josy, compreendo o transtorno de minha chegada a essa hora da manha, seu hotel estará na lista dos meus preferidos e o indicarei a quem quer que seja. - O sorriso na cara da mulher fez com que algo em Dulce se emocionasse, outros dois homens já lhe pegavam a mala, e mais duas mocinhas estava ao seu lado, prontas para atender suas necessidades. - Tratarei de me certificar que seus atendentes recebam a devida recompensa. Apenas gostaria de ir ao meu quarto. - Disse às mocinhas que também lhe sorria, sem deixar de notar os cabelos soltos e magníficos da Rainha Torredo.


Entrou em seu quarto e mais uma vez dispensou com cortesia os funcionários.


Não queria comer, não queria absolutamente nada além de um longo banho e uma longa noite de sono. Não ousou ligar a televisão, e pela mensagem que Pierre havia lhe enviado, ele havia tratado de dizer algo que havia acalmado os jornalistas. Suas malas estavam no quarto, 4 malas enormes que possuíam ali qualquer coisa que fosse eventualmente necessitar.


Pegou o telefone lembrando-se que tinha que falar com Pierre e sua Vice- presidente. Rapidamente marcou um encontro com os dois ás 11 da manha.


Em fim pode tomar seu banho, e somente com o próprio roupão do hotel, tombou na cama e adormeceu.


Precisaria de toda força necessária.


Estava voltando para Priori.


Christopher passou os olhos novamente pelas letras elegantes e corridas do cartão de visita personalizado de Dulce Torredo.


Fechou os olhos e se perguntou em que Diabos estava se metendo.


Só podia ser maluco, ainda mais maluco por se tratar de quem estava lidando.


Não a conhecia!


Quer dizer, a conhecia naquele período de poucas horas que havia ficado sobre o mesmo teto, em guerra e provocações constantes. Maldita seja, o fez parecer um adolescente tomado pela excitação!


Deitou-se em sua cama, pensando que certamente o telefone tocaria na primeira hora da manha, seria o agente de Dulce porque ela não se daria o trabalho de lhe telefonar, ele diria que ela estava perturbada por tudo o que havia passado, e que não estava falando sério quando o propôs que fingisse ser seu marido durante algumas semanas.


Franziu a testa e perguntou-se porque se importava tanto com os motivos pelos quais ela havia lhe feito aquela proposta.


Era mais um de seus trabalhos e nada mais.


No qual receberia uma quantia absurda que lhe traria um conforto e um descanso de muitas noites. Sorriu, lembrando-se daquele sorriso que logo de cara percebia-se que não era dado com freqüência.


Deus, o que aquela mulher tinha?


Era rica, às vezes egoísta e completamente excêntrica, mas ela tinha algo, algo que não era a beleza e a elegância visível em cada um de seus movimentos, algo que não era seu modo educado e sarcástico de falar, algo que não era seu belo corpo e o cheiro de limpeza e perfume caro...Era algo em seu interior, algo que nele havia chamado atenção...Algo naqueles olhos misteriosos, algo nela.


 


Virou-se de lado e sentiu os lençóis de encontro a seu corpo nu.


Nada comparado ao toque dela em seu corpo, aos beijos, ao sorriso safado.


Fechou os olhos com força decidido que o telefone tocaria em poucas horas, e que ele poderia apagar Dulce Torredo e aquele episódio engraçado e único de sua vida.


Deus só poderia estar de brincadeira, quando a mulher mais Rica daquele país proporia um Garoto de Programa em casamento?


Bem, o telefone não tocou na primeira hora da manha, e nem nas seguintes horas que se seguiram.


- O quê? você só pode ter batido a cabeça contra o chão! Não pode se casar com um Garoto de programa Dulce! É um absurdo!


Dulce revirou os olhos, terminando de assinar o último contrato e analisar o relatório geral da empresa no dia em que ficara ausente.


Dul - Pierre, não é um casamento a sério. É algo somente arranjado, breve, de algumas semanas. Preciso voltar a Priori.


Pierre- E por quais motivos, minha senhora? - ele perguntou, ainda mais nervoso e incrédulo do que quando havia chegado e a encontrado de roupão, com os cabelos e um caos e o rosto desprovido de qualquer maquiagem.


Pierre- Criatura de Deus, há quanto tempo não vai a Priori? Nunca fala de Priori nem muito menos do que deixou por lá! Inventei algo aos jornalistas, eles estão superficialmente convencidos. Não há porque fugir! - Dulce o olhou nos olhos.


Dul - Não estou fugindo, ao contrário estou deixando de fugir, preciso ir a Priori, Pierre. Tenho coisas a resolver e a contar por lá.


Pierre - E que tipo de coisas, posso saber? Está estranha desde que saiu daquele maldito médico! Quase se mata, é salva por um Prostituto, passa todo o dia e a noite por lá, o pede em casamento oferecendo uma quantia necessariamente absurda, e ainda por cima deixará tudo por algumas semanas para voltar naquele fim de Mundo! Não te reconheço Dulce! - Dulce não pode evitar sorrir, ele estava simplesmente surtando!


E obviamente, ela também!


Dul - Estou morrendo Pierre. - disse de uma vez, convencida que para aquele "homem", necessariamente para ele, poderia contar.


E se arrependeu ao ver o semblante de Pierre tornar-se sombrio, profundamente pálido. Pela primeira vez o viu como um homem verdadeiramente sério.


Dul - Foi isso o que o médico me disse, estou doente, de uma Leucemia rara que não possui cura. Não se sabem como aconteceu, os sintomas vieram de forma escondida, lenta, enganando...Foi detectada em meus exames anuais.


Pierre - Não gosto desse tipo de brincadeira.


Dul - Eu não estou brincando. - E Dulce pode ver que Pierre tinha visto que ela realmente não brincava, sentou-se no sofá levando as mãos ao rosto, e Dulce emocionou-se, estava ali alguém que poderia sentir sua falta.


Pierre - Não pode acreditar nisso, temos que ir a outros médicos, temos que...


Dul - Não, não temos, me recuso a fazer isso, recusei os tratamentos, ele me deu um ano ou menos, não temos certeza.- Pierre continuou pálido e mudo. - Escute, não é tão ruim assim.


Pierre - Em que mundo vive Dulce? Acaba de me dizer que vai morrer e em seguida me diz que não é tão ruim assim, temos as nossas loucuras, mas Deus, tem idéia do que acaba de me dizer? É de sua vida que está falando! - Dulce baixou a cabeça, com seu coração batendo de forma rápida, Pierre ajoelhou-se em sua frente. - Não, faremos mais exames, procuraremos outros médicos, do exterior, na Europa...Não pode deixar que isso aconteça, precisa viver.


Dul - Eu preciso de um motivo para viver... - Foi o que respondeu emocionada, com seus olhos cristalinos. - Porque eu não o tenho Pierre. Eu não tenho um motivo para viver! - Pierre negou com a cabeça.


Pierre - Está engana, olhe a sua volta! È linda Dulce, tem tanta coisa para viver!


Dul - Não... - respondeu com veemência, limpando com seus dedos as lágrimas que escorriam do rosto de Pierre. - Não quero morrer a procura de drogas ou tratamentos que me deixarão debilitada e aumentarão em algumas horas minha vida. Não quero isso Pierre, quero continuar, fazer algumas coisas, eu necessito fazer algumas coisas.


 


Pierre calou-se, saindo de perto de Dulce, sentando-se novamente ao sofá.


 


Pierre - Não pode fazer isso...Estará sendo fraca e covarde se o fizer, e isso você nunca foi. - Negou com a cabeça com veemência. - É por isso que tem agido de forma estranha? Casando-se com um estranho pouca coisa irá se resolver.


Dul - Caso-me com Christopher somente porque o necessito, não posso chegar a Priori e deixar com que minha mãe perceba que... - Calou-se, certa de que Pierre sabia do que ela falava. - Mesmo se tratando de quem é, é minha mãe Pierre, e não quero que ela saiba das coisas pelos jornais ou pelo rádio. Devo isso a ela.


Pierre - Não deve nada a ela, não deve nada aquelas pessoas.


Dul - Então devo a mim mesma.- Disse, levantando-se, caminhando até a varanda. - Então devo isso a mim, meus sentimentos são culpa minha, tenho tudo o que tenho e nada do que quero por culpa minha, devo isso a mim Pierre, devo isso a mim. - disse com ainda mais emoção.


O interfone tocou e Pierre se recompôs, permitindo que a Vice-presidente, mulher de confiança profissional da parte de Dulce subisse.


Maite Perroni entrou na suíte como sempre muito elegante, com os cabelos recolhidos em um coque reservado, vestimentas de cores neutras, nada chamativo. Cumprimentou Dulce lhe apresentando outra série de pastas e documentos, explicando a Dulce o balancete dos dias, alguns pequenos problemas e o êxito de novos pedidos.


Mai - O dia foi tranqüilo como todos, nem precisei realmente assumir, as pessoas souberam o que fazer, apenas continuaram a trabalhar.


Dul - Eu não esperei nada mais que isso. - respondeu Dulce, ciente de que tinha uma rede de funcionários competentes. Mirou Pierre que ainda não estava em seu estado normal, estava mudo, cabisbaixo e pensativo. - Quero que os pedidos de hoje sejam entregues na mesma competência, sobre aquele programa de contabilidade, eu gostaria que passasse por uma revisão, gosto da idéia, mas sinto que algo no design pode ser modificado, mande para o Senhor James, ele poderá fazer algo a respeito. Quanto à folha de pagamento, proporcione aquele aumento que combinamos com os funcionários, e verifique pessoalmente que em todas as contas o depósito seja feito até hoje. - Maite assentia, e com agilidade anotava. - Sei que isso é trabalho para uma secretária, mas a verdade é... - suspirou. - Sente-se Maite. - Dulce notou que Maite havia notado algo no ar, especialmente por sua "chefe" não estar especialmente arrumada e disposta como todos os outros dias. - Sabe que está nesse cargo porque confio em você.



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Autor(a): ardillacandy

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 2332



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  • anne_mx Postado em 17/01/2023 - 16:20:26

    Que fanfic linda! Meu Deus, se um dia eu for abençoada com um amor forte desse eu serei muito mais feliz que já sou, esse casal sofreu demais, mas a força da Dul é a coisa mais linda de se enxergar, glória a Deus q ela se recuperou e está bem! <3

  • aucker Postado em 22/12/2020 - 04:54:07

    É uma história muito linda

  • lukinhasmathers Postado em 01/09/2020 - 09:21:43

    Acabei de ler novamente essa linda web... Depois de um tempo vou ler de novo

  • lukinhasmathers Postado em 19/08/2020 - 13:13:17

    To lendo de novoooo

  • licca_izumi_isamu_vondy Postado em 06/03/2020 - 21:37:36

    pq vc mudou o sobrenome dela para torredo? e essa fic esta muitolinda

  • lukinhasmathers Postado em 21/10/2019 - 23:42:15

    Enfim, acabei ler pela quinta vez, amo demais essa web veyyyy

  • lukinhasmathers Postado em 02/10/2019 - 11:21:29

    vou voltar a ler essa lenda de história

  • lukinhasmathers Postado em 11/03/2019 - 10:27:41

    Ainda este ano, acho que volto a ler essa web!

  • lukinhasmathers Postado em 19/03/2018 - 10:29:35

    caralho mano, chorei de mais com essa história, só perde para uma linha mulher

  • keyan_vondy Postado em 10/06/2016 - 19:27:57

    Web MARAVILHOSA uma das mais lindas existentes aqui nesse site.PARABÉNS pela linda fic.


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