Fanfics Brasil - 113°Capitulo Um lindo homen Vondy

Fanfic: Um lindo homen Vondy


Capítulo: 113°Capitulo

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Anahí acenou para Dulce, lhe mando milhares de beijos, correndo para o carro onde Blanca com lágrimas nos olhos já lhe esperada.


Blanca - Vamos menina, vamos antes que me falte coragem de voltar para aquela casa! - Anahí lançou outro beijo para Dulce, que da porta, apoiada em Christopher, acenava e também lhe mandava beijos.


Dul - Eu estarei te esperando.


Anahí - Eu voltarei para te buscar, voltarei para que moremos uma vez mais juntas, em Priori! - Dulce assentiu, emocionada, lançando outro beijo no ar para Anahí que fingiu pegar, entrando apressada no carro que as levaria até Priori. Dulce sorriu para sua mãe, que do vidro apenas lhe mirava, sem acenar ou sorrir. Blanca fechou os olhos levemente, abençoando Dulce pela décima vez naquela manha de abril. Mandou-lhe um beijo cheio de sentimentos que Dulce fingiu guardar, o colocando em um lugar especial em seu coração. Anahí botou a cabeça para fora, exatamente como faziam quanto eram menores e os carros de seus pais, sempre um ao lado do outro paravam no farolzinho do centro da cidade somente para que as duas conversassem, tocassem suas mãos e caíssem na gargalhada quando o farol abria e tinham que recolher suas cabeças às pressas para dentro do carro.


Dul - Diga para aquele bobão o que me disse que iria dizer. - Disse com a voz relativamente alta, sorrindo pelo sorriso que Anahí uma vez mais lhe dedicava. - Eu estarei esperando por você, estarei esperando você voltar para nos buscar!


Anahí - E eu voltarei. - Anahí disse, com o carro já se colocando em movimento. - Cuide dela Christopher.


Chris - Tenha a certeza que cuidarei.


Anahí recolheu rapidamente sua cabeça, sentando-se no banco do carro, acenando para Dulce conforme perdia a visão de sua amiga e seu marido, parados de pé á porta da grande fortaleza Torredo.


Blanca - Oh Anahí, sente-se e se aquiete mulher. Até posso me lembrar de você e Dulce penduradas na janela, exatamente como você fez agora. - Anahí sorriu, levando a mão sobre seu coração que pulsava com rapidez. - Eu pensei que sim, mas acho que mesmo com o tempo, certas coisas não mudam.


Anahí - Não tia, nem mesmo com o tempo certas coisas podem se modificar. E deixe de se sentir tão triste, Dulce vai ficar bem e você voltará para a próxima sessão de quimioterapia.


Blanca - Eu sei que voltarei, mas mesmo assim não posso deixar de me preocupar. Dulce não está bem, Anahí. As medicações estão a deixando fraca, vulnerável, eu não sei se estão ajudando, se estão piorando.


Anahí - Não diga tolices, Tia. Você mesmo disse que havíamos dado um grande passo, você sabe como funciona, sabe o que acontece ou o que pode acontecer. Acredite nela, acredite nele... Estão bem, estarão intactos quando a senhora voltar, quando eu voltar para buscá-los e levá-los de volta para casa.


Blanca - Eu rezo por isso, penso nisso, respiro isso cada instante do meu tempo. Acredite, ver um filho seu, uma pedaço seu, alguém que saiu de seu ventre, que veio ao mundo pela sua força... - Emocionou-se, mirando as grandes árvores que começavam a surgir nas ruas que os levavam até a estrada. - Ver um filho seu, da forma que a minha filha está. - Negou com a cabeça, mordendo seus lábios, cerrando o maxilar em uma tentativa desesperada e fracassada de conter as lágrimas. - Não é fácil, mãe nenhuma deveria sentir isso. - Apoiou suas mãos em seu coração. - Mãe nenhuma deveria sentir esse medo e essa dor.


Anahí - Eu sei como se sente. Mesmo que meus filhos não tenham passado nunca por isso, eu entendo como você se sente. - Voltou a sorrir, fechando seus olhos claros e iluminados pela presença constante de seus filhos em sua vida, pela imagem de ambos que se formava agora diante de seus olhos. - E eu não suportaria. - Negou com veemência. - Eu não suportaria nem mesmo a idéia de que eles estivessem seriamente doentes. Você é uma fortaleza Blanca, Dulce é uma fortaleza como você. E eu estou orgulhosa de vocês, estou desejosa de chegar em minha casa, abraçar meus filhos e dizer o quanto eles são importantes para mim como você fez com Dulce, antes de entrar no carro. Ela estará lá, esperando por você, assim como meus filhos estão agora esperando por mim. Tenha fé, tenha fé nela, Blanca.


Blanca preparou-se para algo dizer, mas não conseguiu.


Seus lábios voltaram a se fechar, suas narinas se abriram e seus olhos tornaram-se rapidamente avermelhados pelas lágrimas. Seus olhos se fecharam e suas mãos se juntaram, com seus dedos brincando uns com os outros em uma tentativa intensa de adquirir de volta o controle que sempre tivera em relação a si, em relação às coisas que lhe rodeava, em relação a sua filha.


Blanca - Quando a vi parada a poucos metros de mim. - Franziu as sobrancelhas, sorrindo para Anahí que também se emocionava, juntando suas mãos com as de Blanca, as apertando com força. - Quando eu a vi parada na porta da minha casa, eu sabia que havia algo de errado. - Fechou os olhos com força, levando sua mão sobre seu coração. - Eu sabia, no fundo eu sabia que ela voltava por algum motivo, que alguma coisa estava acontecendo, eu sabia, eu sei, meu coração sabe que eu sabia. - Negou com a cabeça, limpando com rapidez as lágrimas que caiam de seus olhos sem sua permissão. - Ela não está preparada para tudo isso, minha filha não está preparada para dor, para essas perdas e esses sofrimentos. Eu tenho perguntando a Deus o que eu fiz. - Soluçou. - Eu tenho perguntado a Deus se isso é um castigo por eu não ter estado sempre ao lado dela, por eu não...


Anahí - Tia. - Anahí sussurrou, tombando a cabeça com grande ternura, negando com a mesma com grande certeza. - Não diga isso, e nem pergunte a Ele essas coisas. Isso não é castigo, isso é uma aprovação, um obstáculo, mais um dos milhares que surgirão em nossas vidas.


Blanca - Eu esperei por tanto tempo. Esperei por tanto tempo para a ter de volta em meus braços, dizer a minha filha que eu sentia muito, que ela estava certa, que nós não somos perfeitas, que eu não sou perfeita, que eu nunca fui perfeita! - Negou com a cabeça. - Eu não deveria ter permitido que ela partisse, não deveria ter dito o que disse, não deveria ter deixado que ela falasse o que falou. Ela estava certa, eu deveria ter deixado aquele homem, eu deveria ter amado a mim mesma, não me importando com as pessoas, não me importado com o que as pessoas pensariam, com que sua mãe e sua tia pensariam. Eu deveria ter a amado mais do que eu amava a aparente perfeição que me rodeava. Mas então ela volta, e quando eu penso que está tudo bem, que nós podemos recomeçar, ela me diz: "Mãe eu estou doente".- Blanca voltou a fechar os olhos, baixando sua cabeça. - "Mãe eu estou doente". - repetiu - E nas outras semanas eu tenho que suportar a dor de a ver morrendo aos pouquinhos.


Anahí - Tia, por favor, não diga isso.


Blanca - Eu não digo nenhuma mentira Anahí, sejamos realistas menina. - Soluçou. - Minha filha está morrendo. Dulce está morrendo na minha frente e eu não posso fazer nada. Deus do céu, o que uma mãe deve fazer? O que eu devo fazer para que isso acabe, para que ela não sinta dor, para que ela não se sinta humilhada por um doença que ela sabe, que ela sabe que está acabando com ela? 2 set Dany


Anahí - Lute com ela, acredite nela. - Blanca cobriu seu rosto com as mãos.


Blanca - Ela está tão fraca, tão pálida e vulnerável. Recorda-se daquela Dulce? - Mirou os olhos emocionados de Anahí. - Se lembra da minha filha correndo pelo jardim, suja de barro, toda ralada, corada? Lembra-se quando ela chegou? Tão mulher, tão poderosa, tão perfeita. Eu sorria por dentro Anahí, sorria porque ela simplesmente não havia percebido que ela, ela havia se transformado em uma mulher perfeita. E agora...Agora eu sinto medo, Deus do Céu eu sinto tanto medo de me demorar, de a deixar lá, de não estar lá se algo acontecer, de não olhar para ela, de não segurar suas mãos, de não repetir uma vez mais que ela é a coisa mais importante da minha vida, que eu daria a minha vida pela dela.


Anahí não segurou as lágrimas, abraçou Blanca como pôde, notando o quanto aquele desabafo era importante para sua tia, notando o quanto era importante que ela extravasasse aquelas emoções, que confessasse seus sentimentos, que se permitisse chorar, que se permitisse ser fraca quando por tantas semanas havia sido forte por ela, por Christopher e por Dulce.


Blanca - Isso não poderia ter acontecido. - Murmurava, negando com a cabeça, abraçando Anahí com força. - Oh Deus, isso não deveria estar acontecendo, não com Dulce, não com a minha menininha.


Anahí - Vai ficar tudo bem Tia, nós vamos conseguir passar por isso, você vai ver. - Limpou suas próprias lágrimas, abrindo seus olhos, percebendo que já estavam na estrada que as levaria de volta para casa. - Ele está lá, ele está lá cuidando dela, amando ela, a mantendo viva. Ela está lutando e nós devemos lutar com ela, acreditar que vale a pena, que todo esse sofrimento vale a pena. Não chore Blanca, não culpe Deus por nossas dores. O que quer que aconteça, será o melhor para ela. Eu sinto muito, eu sinto muito, querida.


Estranhamente Blanca permaneceu abraçada a Anahí.


Permaneceu com os olhos fechados, com os soluços tomando sua garganta sem um pingo de sensibilidade. Anahí entendeu que deveria a abraçar com força, que deveria a fazer acreditar em suas palavras, que deveria a fazer acreditar que havia esperança. Blanca adormeceu no caminho, adormeceu antes que as altas árvores dessem a Anahí a certeza de que estava em casa, de que voltava naquele instante para abraçar seus filhos, que voltava naquele instante para abraçar Alfonso.


Ajeitou seus cabelos lisos, os deixando soltos, desprovidos de qualquer prendedor ou elegância. Apenas soltos, jogados sobre seus ombros, levemente enrolados, intensamente loiros. Firmou os pés no carpete do carro, tendo segurança o suficiente para andar com aqueles saltos que Dulce havia lhe dado antes de partir. Correu a mão pela blusa de seda que vestia, pela calça de cetim leve e despojada que também ganhara de Dulce.


Sentiu suas mãos levemente trêmulas e aquilo lhe causou um sorriso emocionado. Sentia-se como no colegial, sentia-se como quando se arrumava a manha inteira para ir ao colégio, somente para que Alfonso a olhasse e comentasse com os amigos o quanto era sortudo por a ter como sua garota.


Era isso o que ela queria. Queria ser uma vez mais sua garota, queria ser sua mulher, sua mulher imperfeita, tranqüila, sensual e engraçada. Queria que ele a desejasse, que se sentisse orgulhoso por ela ser sua esposa, a mãe de seus filhos.


Blanca - Ele seria um estúpido se não gostasse. - Anahí se virou rapidamente, mirando Blanca que de olhos fechados continuou dizendo. - Já era hora de que isso acontecesse. Pelo amor de Deus, demorou demais para que isso acontecesse! - Anahí sorriu com alegria, negando com a cabeça pelo eterno jeito de Blanca, ela não mudaria, jamais mudaria! - Acho que vou ficando por aqui. - Anahí assentiu, avistando a casa de Blanca a poucos metros. Quero voltar o mais rápido que eu puder.


Anahí - Eu entendo, me ligue assim que Christopher ou Dulce lhe ligar, me mantenha informada sobre tudo. Eu virei aqui amanha te ver.


Blanca - Não precisa, eu estou bem.


Anahí - Mesmo assim, eu virei aqui com os meninos lhe ver amanha. - Blanca fez uma careta e acabou concordando, arrancando um sorriso de Anahí. O carro parou em frente a casa, fazendo com que Blanca abraçasse sua companheira de viagem.


Blanca - Obrigada por tudo, obrigada por amar minha filha, por estar com ela.


Anahí - Esses sentimentos não necessitam de agradecimentos Blanca, Dulce sempre foi muito mais do que minha amiga. Eu a amo, e estarei com ela durante todo o tempo que eu puder estar.


Blanca - Eu lhe manterei informada. - Desceu do carro, agradecendo o motorista que já havia pegado suas duas malas.


Anahí - Sim, eu lhe ligarei todos os dias, ligarei para Dulce todos os dias.


Blanca assentiu, acenando para Anahí enquanto o carro voltou a se colocar em movimento. Mirou sua casa, pegando suas malas, suspirando ao entrar naquela casa, a encontrando uma vez mais vazia.



Meus amores obrigada pelos comentários lindos!!!!!!!!!!!!!!!!


Capitulo dedicado as belas leitoras Thaila,Leh, AnjoDoce,Vondyatrevinha,Luana,Carol,Crisvondy,Sandra.




Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.




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Autor(a): ardillacandy

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 2332



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  • anne_mx Postado em 17/01/2023 - 16:20:26

    Que fanfic linda! Meu Deus, se um dia eu for abençoada com um amor forte desse eu serei muito mais feliz que já sou, esse casal sofreu demais, mas a força da Dul é a coisa mais linda de se enxergar, glória a Deus q ela se recuperou e está bem! <3

  • aucker Postado em 22/12/2020 - 04:54:07

    É uma história muito linda

  • lukinhasmathers Postado em 01/09/2020 - 09:21:43

    Acabei de ler novamente essa linda web... Depois de um tempo vou ler de novo

  • lukinhasmathers Postado em 19/08/2020 - 13:13:17

    To lendo de novoooo

  • licca_izumi_isamu_vondy Postado em 06/03/2020 - 21:37:36

    pq vc mudou o sobrenome dela para torredo? e essa fic esta muitolinda

  • lukinhasmathers Postado em 21/10/2019 - 23:42:15

    Enfim, acabei ler pela quinta vez, amo demais essa web veyyyy

  • lukinhasmathers Postado em 02/10/2019 - 11:21:29

    vou voltar a ler essa lenda de história

  • lukinhasmathers Postado em 11/03/2019 - 10:27:41

    Ainda este ano, acho que volto a ler essa web!

  • lukinhasmathers Postado em 19/03/2018 - 10:29:35

    caralho mano, chorei de mais com essa história, só perde para uma linha mulher

  • keyan_vondy Postado em 10/06/2016 - 19:27:57

    Web MARAVILHOSA uma das mais lindas existentes aqui nesse site.PARABÉNS pela linda fic.


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