Fanfic: Um lindo homen Vondy

Anahí suspirou a ver o carro parar na frente de sua casa.

Estranhamente suas pernas lhe faltaram e se sentia tão mole como uma gelatina. Foi obrigada a cobrir seu rosto e gargalhar de si mesma, perguntando como podia agir de maneira tão tola, como suas pernas poderiam estar tremendo daquela forma quando tudo o que queria era correr para seus filhos, correr para o seu marido.

Respirou com calma, fechando os olhos por alguns segundos, lembrando-se de suas conversas com Dulce, dos planos que ambas haviam feito para quando esse momento chegasse, as cenas que haviam imaginado como tolas adolescentes que imaginavam o primeiro encontro.

A porta se abriu e o motorista lhe esperava do lado de fora com sua pequena mala já a sua espera. Conseguiu sair do carro, agradeceu ao motorista o vendo partir logo em seguida.

Permaneceu ali, na calçada, em frente a sua casa, mirando aquele portão que naquele instante pareceu-lhe tão diferente, assim como as rosas e as flores do jardim, assim como o enfeite grudado à porta, como a própria cor da porta, a fechadura, o tapete. Nada estava igual, ela não estava igual.

Seus ouvidos escutaram duas gargalhadas distintas em particular, fato que a fez sorrir de orelha a orelha, sabendo que as crianças estavam em algum lugar bem próximo de onde ela estava. Virou-se com calma, soltando sua mala no chão, procurando com seu olhar desesperado o lugar onde seus meninos pudessem se encontrar. Os encontrou no parque, exatamente no lugar que imaginara os encontrar. Sem se importar com a mala começou a caminhar até aquele alegre lugar, com seu coração batendo de forma rápida contra seu peito, com as saudades e a emoção tomando conta de seu belo semblante.

Pedro foi quem a viu primeiro, arregalando seus olhos, abrindo um sorriso enorme, avisando seu irmão para que então correr até Anahí.

"A mamãe chegou". Pedro dizia, e o coração de Anahí transbordava de amor quando abriu os braços, se abaixando levemente, esperando para receber seus dois tesouros em seus braços. "Avise ao papai que a mamãe chegou!" Ele continuava a dizer, correndo com velocidade, encontrando por fim os braços de sua mãe que o seguraram com força. Giovani logo os alcançou e então Anahí abraçou os dois, os cobrindo de beijos, amor e carícias.

Anahí - Ah que saudades! - Ela dizia sem parar, com os olhos ainda fechados, recebendo e dando beijos, recebendo e dando amor. - Mamãe quase morreu de saudades!

Pedro - Nós também, não é a mesma coisa sem você mãe.

Anahí sorriu, acariciando o rosto de seus filhos, checando cada pedacinho daqueles dois garotos.

Anahí - Então bem? Comeram direitinho? Foram para a escola, fizeram os deveres? - Os dois assentiram, sem parar, sendo bombardeados por perguntas. - Papai deu o remédio no horário certo? Os dentes? Deixe a mamãe ver se escovaram os dentes todos os dias.

Pedro - Sem essa mãe! - Anahí gargalhou, com seus olhos brilhando de maneira intensa.

Anahí - Eu amo vocês, a mamãe ama vocês.

Giovani - Promete que não ficará longe tanto tempo assim? Eu quase morri de saudades, mãe. - Anahí o abraçou com força, lhe beijando as bochechas com carinho.

Anahí - Não querido, mamãe não ficará mais longe.

Pedro - Nós fizemos um montão de coisas! Compramos tintas novas e o papai...

Então Anahí percebeu que não se encontravam sozinhos naquela praça.

Seus olhos de forma lenta foram subindo até encontrar o rosto de Alfonso. Ele segurava duas garrafinhas de água e se encontrava parado há alguns metros de distância dela e dos garotos, com seus intensos olhos a mirando, esperando que ela enfim notasse sua presença.

E foi o que Anahí fez naquele precioso instante ao se levantar.

Percebeu que o homem que estava parado em sua frente, não era o homem que ela havia deixado em casa antes partir. De fato tudo havia mudado, seus sentimentos haviam mudado, porque via tanto dela nele, que chegava a lhe emocionar. Era Alfonso, aquele velho Alfonso, era o seu marido, controlando-se para não abrir os braços, esperando que ela corresse para ele assim como os meninos haviam corrido para ela. Fechou os olhos por alguns instantes, redescobrindo um amor e uma paixão que julgara já estar apagada em seu corpo e em seu coração. Arrepiou-se por inteira, dizendo a si mesma que o tempo que haviam perdido iria ser recuperado, que fariam amor por toda à noite até que seus corpos se encontrassem exaustos. Que se olhariam nos olhos diversas vezes no dia, que gritariam quando brigassem, que diriam algo quando estivessem irritados, que o silêncio seria radicalmente banido daquela casa. Voltou abrir seus olhos, redescobrindo que o parque era lindo, que as cores dos brinquedos eram lindas, que seu marido era extremamente lindo e sensual. Sorriu para ele e ele lhe retribuiu, assentindo como a cabeça como quem dizia que estava aliviado por a ver ali, à sua frente.

Anahí tirou os sapatos, sabendo que tinham uma considerável platéia os mirando. Não se importou, que se ferrassem os outros, pois ela estava de volta, estava de volta para a sua vida, para sua cidade amada, para os seus filhos, para o seu marido. Entregou os sapatos para Pedro que lhe piscou, abrindo um apaixonante sorriso. Ela lhe retribuiu a piscadela, lhe lançando um beijo antes de voltar a mirar Alfonso.

Não esperou nenhum segundo a mais, se pôs a caminhar até ele com pressa, correndo no meio do caminho, o vendo deixar as garrafinhas de água no chão, para abrir os braços e a receber nos mesmos.

E foi o paraíso.

Sem se importar Alfonso a pegou no colo, a segurando pela cintura e pelas coxas, com Anahí lhe rodeando a cintura com as pernas. Não disse nada, não era necessário, simplesmente a beijou. A beijou lhe roubando todo o fôlego, a beijou a segurando com firmeza contra seu forte corpo, tomando dela o controle sobre seus lábios, a beijando de forma descontrolada, mordendo, chupando, instigando a vontade dela, a devorando quando as saudades, o amor e a paixão tornaram-se mais fortes do que qualquer pudor.

Alfonso - Nunca mais fará isso. - Ele repetia, a beijando por todo rosto, nos lábios. - Nunca mais irei te deixar partir sem mim, não posso, sou fraco, tenho medo, ciúmes e eu amo, amo você. - Anahí sorriu o mirando nos olhos, o beijando uma vez mais, o abraçando pelo pescoço, o olhando nos olhos para ter a certeza de que aquele momento acontecia.

Anahí - Diga que me ama, que me deseja. - Alfonso abriu um sorriso maravilhoso, voltando a beijar nos lábios, entrelaçando suas línguas, a prensando com força contra sua virilidade. - Diga que nós podemos tentar, que eu ainda posso ser a sua garota, se lembra? Você costumava me chamar de sua garota.

Alfonso - Você é minha garota. Ah mulher, não te deixarei partir nunca mais! - Ele a segurou pela nuca, colando seus lábios mais uma dezena de vezes. - Eu quero você, quero fazer amor com você, quero nossos filhos, nossa casa, nossos problemas, eu quero tudo Anahí, tudo o que é nosso, tudo o que será para sempre nosso! - Ela fechou os olhos o beijando uma vez mais, não podendo evitar corar de vergonha ao ouvir as gargalhadas de Pedro e Giovani, as palmas que recebiam das pessoas que se encontravam ali na praça, assistindo de camarote a cena onde duas pessoas redescobriam o desejo e o amor. Cobriu seu rosto com as mãos, ouvindo a risada rouca de Alfonso ao pé de seu ouvido. Acabou sorrindo também, mirando seu marido nos olhos de forma tão particular e intensa.

Guardaria aquele momento pelo resto de seus dias.

Anahí - Eu serei sua garota pelo resto dos meus dias! - Disse simplesmente, arrancando um sorriso emocionado de Alfonso, que a acariciou no rosto, mirando com seus olhos verdes aquele azul tão intenso dos olhos de Anahí.

Alfonso - Por onde foi que você andou? - Ele perguntou e Anahí entendeu sobre o que ele dizia. Ele também percebera, ela havia renascido.

Anahí - Dormindo. - Ela murmurou, colando seus lábios, o acariciando no rosto. - Eu estive dormindo Alfonso e estive sonhando com você.

Ele sorriu, assentindo com a cabeça.

Anahí - Mas agora eu estou acorda e permanecerei acordada para sempre.

Ele voltou a assentir.

Alfonso - Para sempre!

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