Fanfic: Um lindo homen Vondy

Dul - Oh Merda! - quase gritou voltando a si, arregalando os olhos ao se recordar que em menos de 5 minutos ali teria uma rede de jornalistas famintos por um escândalo da Rainha Torredo. - Pelo amor de Deus senhor, saia de cima de mim! - Rogou, sem mirar novamente aqueles olhos cheios de vida e calor, notando que logo em seguida pode novamente respirar.

Sentou-se na calçada e só então deu-se conta do grau da situação...

Estava no meio da rua, com as meias rasgadas, o vestido levantado, os olhos borrados os cabelos desordenados, sem documentos, sem acessórios, sem nada!

Seu estranho salvador lhe ofereceu a mão, e sem pensar em recusar Dulce a aceitou levantando-se, arrumando seu vestido, notando a salva de palmas que as pessoas ao redor lançavam ao dois novos assuntos da semana. - Deus do Céu! Quando meu agente ver isso na televisão me cortará o fígado!

- É melhor o ter cortado do que esmagado!

Aquele comentário estranhamente a fez sorrir no meio do caos que rapidamente estaria formado. Levantou a cabeça afastando os cabelos do rosto, e mirou por completo o mocinho salvador de sua miserável vida.

E novamente, desejou não o ter o feito.

- A propósito sua maluca, de nada! Não me custou nada mais que alguns arranhões salvar sua vida!

Dulce franziu a testa, que insolente era o herói!

Era claro que ela iria agradecer, devidamente, com uma boa quantia de dinheiro, com...

Dul - É claro que lhe agradeceria senhor...- ele não disse o nome como ela esperou, o que lhe deu outro espasmo de raiva, com tantos homens para lhe salvar tinha que ser logo aquele, era tão...arrogante!?

Seus olhos analisaram os cabelos mal cortados, relaxados, jogados pelos olhos que lhe davam um ar de garanhão. Notou o maxilar bem feito, a barba bem feita e os vestes simples como um homem qualquer.

Notou seu corpo...

Engoliu a seco, seu corpo não era de um homem qualquer.

Dul - Bem, muito obrigado senhor mocinho! - disse com ironia o que gerou um sorriso sarcástico do homem á sua frente. Como ele se atrevia a rir dessa maneira dela? Mostrando esses dentes brancos, perfeitos e convidativos?

- Sinto-me lisonjeado por seu agradecimento, soube também que não costuma fazer isso com freqüência.

Òtimo! Ela pensou torcendo os punhos em raiva.

Agora ele a conhecia como ninguém mais!

Dul - Para o seu interesse eu costumo sim agradecer as pessoas, todas elas, todos os dias!

- Oh Sim, vejo pelo grau de facilidade que consegue dizer um " obrigada".

Dulce estava pronta para lhe dar uma resposta bem mal educada quando um grupo de jornalistas vinha correndo da outra avenida. Quem via a cena certamente a acharia cômica, eram leões famintos em busca de muita carne. Arregalou os olhos e percebeu que seu estranho salvador também havia notado os jornalistas.

- Acho melhor que eu me vá e que você se vá, eu não ficaria contente se meu rosto aparecesse amanha nos jornais!

Dulce murmurou uma praga, o senso de humor dele era algo...Estupidamente contagiante que fez com que ela soltasse um verdadeiro sorriso que logo desapareceu ao ver que algumas pessoas na rua lhe apontavam mostrando aos jornalistas famintos sua localização.

Sentiu suas costas doloridas...

Sentiu seu punho dolorido e pode ver que em algum lugar das mãos, o mocinho salvador havia se machucado e sangrava.

Ficar, ou correr?

Enfrentar os jornalistas inventando uma boa história como sempre fazia, ou correr até a Ferrari deixando tudo e todos ali sem nenhuma explicação para sua inocente tentativa de suicídio?

Não precisou tomar a decisão, o mocinho salvador lhe pegou pelas mãos a arrastando em direção a Ferrari que para o segundo milagre do dia ainda estava ali. Segurou firme nas mãos dele, com os gritos de seu nome ecoando em seu ouvido como o barulho mais intenso já ouvido! Queria que eles se calassem, pelo menos durante alguns segundos!

Seus pés rasgavam a meia calça já completamente detonada, seu vestido lhe batia contra a perna naquele trote rápido e completamente impensado.

Chegaram na Ferrari ofegantes, e o estranho mocinho salvador deu uma gargalhada ao ver que a chave do carro importado estava na miolo, era um convite: Roube-me!

- É mais doida do que eu pensava! Sabe onde está? É uma milagre que esse carro ainda esteja aqui!

Dulce nem respondeu, fez uma careta e sabendo que não estava em condição de dirigir, sentou-se no banco do acompanhante, agradecendo pelo terceiro milagre do dia...Sua bolsa ainda estava ali!

Olhou para frente e viu que os jornalistas estavam prestes a entrar na rua, soltou um berro acelerando o estranho no volante, o mesmo girou a chave e soltou um sorriso de animação quando o motor da Ferrari produziu aquele ronco que também servia de canção de ninar aos ouvidos de Dulce. Mais pessoas se aproximavam, correndo, pedindo informações, fazendo perguntas...Oh Deus, aquilo iria virar um perfeito caos!

O estranho deu ré, e em uma manobra ousada virou a Ferrari jogando Dulce contra ao vidro lateral, rindo logo depois da careta que ela lhe lançou!

- Segure-se, doçura! - Ele lhe disse enquanto ela já colocava o cinto, mirando seus sapatos tão caros largados na calçada!

Dul - Oh Deus, meu Jimmy Choo!

Uma gargalhada alta explodiu dos lábios de seu estranho salvador e mais uma vez ela foi obrigada a rir quando encontravam-se a uma distância segura da multidão e dos jornalistas. Trocaram um olhar significativo ao pararem em um farol que não havia como ser ultrapassado, Dulce interrompeu o olhar virando-se para trás, checando se realmente não havia ninguém os seguindo.

- Está segura doçura, diga-me sua casa e eu a deixarei lá como uma doce e pura donzela!

Dulce o mirou e novamente fez uma careta, será que aquele homem não podia falar sério uma vez na vida?

Dul - Será que poderia ser menos sarcástico e me mostrar menos esses seus dentes brancos e perfeitos? Deus, é o poço de vaidade! Agradeço-lhe por ter salvado a minha vida, mas garanto que não temos intimidade para me dirigir a palavra deste modo...- Gesticulou com as mãos, notando que outro sorriso irônico aparecia nos lábios carnudos daquele homem, apontou para os lábios dele. - Desse modo, exatamente desse modo! Deus... - Dulce franziu a testa um segundo depois, estava gritando? Sim, por Deus, estava gritando feito uma histérica! Estava ridiculamente patética naquele dia!

- Tem razão, perdoa senhora Torredo! Eu realmente não a conheço, prometo permanecer...

Dul - Ah, cala a Boca! Pelo amor de Deus... - Talvez tenha sido o modo engraçado com que ela disse aquelas palavras que fez com que não só Christopher, mas que ela mesma explodisse em outra gargalhada.

Deus, o que acontecia com ela?

Se recompôs, tirando novamente a franja dos olhos, virando-se de lado para observar aquele belo homem que dirigia sua Ferrari.

Dul - Ok, acho que começamos com o pé esquerdo! - Ele assentiu, batendo os dedos no volante, observando a vista lá fora. - Escute, eu te agradeço por ter salvado minha vida, ao contrário do que pensa eu estava distraída, pensando em algumas coisas e... - Maldito seja! Ele nem estava lhe prestando atenção, estava ali, batendo os dedos no volante completamente relaxado, apreciando a vista! - Seu Filho da Mãe arrogante! - ouviu a si mesma gritar novamente, e mais uma vez aquele bastardo sorriu! - Quer saber? Ferre-se, sabe onde moro, não?

- Oh Senhora Inteligência, já pensou na hipótese de que os jornalistas estão em peso na porta da sua casa? - Dulce calou-se, amaldiçoou aquele maldito dia e murmurou outro palavrão dos feios. - Ao menos que queria ir em sua outra residência, são quatro que possui, não?

Dulce não se deu ao trabalho de responder, bufou com força, fechando os olhos por alguns instantes, concentre-se, dizia a si mesma, você sempre encontra uma boa saída para tudo!

Dul - Não é seguro ir para a minha casa.

- Não me diga!

Dul - Oras, fique quieto um minuto para que eu pense... - Bateu contra o banco, tentando encontrar a melhor saída para aquela situação.

E de simples não havia!

Certamente sua casa já estaria lotada de jornalistas e sua outra residência mais próxima estaria exatamente do mesmo jeito.

Dul- Não tenho para onde ir sem enfrentar os jornalistas! Merda...

- Eu tenho, pode ficar na minha casa até as coisas se acalmarem! - Dulce franziu a testa, soltando um sorriso irônico.

Dul - Na sua casa? Eu? Ah me poupe, eu nem ao menos sei o seu nome!

- Qual nome você deseja?

Dulce franziu a testa, não acreditando no que acabara de ouvir, aquilo era a típica frase de um...

Dul - OH SANTO DEUS! - Seu grito estridente pela primeira vez assustou o estranho ao volante, fazendo com que desse uma parada brusca, quase arremessando os dois contra o pára-brisas.

- Sua maldita maluca! - ele murmurou entre os dentes, desviando do quase engavetamento que havia criado, passando pela buzinas e pelos xingamentos que os outros motoristas lhe direcionavam. - Estou ficando farto das suas tentativas de suicídio, tem como calar essa merda de boca e me deixar dirigir em paz? - Dulce abriu a boca para retrucar mas então calou-se. Quem ele pensava que era para lhe falar daquela forma?