Fanfic: Um lindo homen Vondy

Mirou seu olhos e os notou opacos, subiu para sua testa e notou a fina capa de suor, os lábios tornando-se... Fechou os olhos e não se permitiu a cair nessa loucura. Recusava-se a crer que havia falhado daquela forma, que o desespero

havia o invadido ao ouvir o nome de Rúbens Portilla.

Dulce era uma mulher influente, com negócios por várias partes da cidade e do mundo, era pura coincidência que seu médico fosse o mesmo médico que havia...

Seus olhos fecharam-se com força, respirou com ainda mais força, e o barulho de salto lhe informou que ela estava caminhando pelo corredor.

Chris - Dulce? - a chamou contra sua vontade, de simples aquele nome havia escapado por seus lábios. - Ela parou de caminhar, virou-se para ele, com a cabeça bem alta e orgulhosa, com o queixo erguido em mesmo significado, os olhos profundos, intensos. - Eu não quis te machucar. - Ela não disse nada, virou-se novamente, continuando sua caminha até a sala, onde se reuniria mais um vez com seus amigos.

Christopher cerrou os punhos, perguntando-se como podia ter agido de maneira tão estúpida. Havia acontecido de novo, a recaída, o desespero, e aquela mulher não era Lavínia, aquele mulher não estava doente como Lavínia estivera.

Esperou vários minutos, esperou até que se controlasse.

Mas não se controlou.

Porque algo nele gritava que ali, havia alguma coisa errada.

Que os olhos dela não eram os mesmos. Aqueles olhos eram os olhos das primeiras horas da manha, os olhos da madrugada, os olhos do dia em que haviam feito amor no banheiro, debaixo do chuveiro, após aquele velho pesadelo.

Dulce serviu outra taça de vinho aos amigos, ciente de que o clima entre ela e Christopher estava passando despercebido.

Era claro que passaria, ele era um mestre na arte de atuar e ela...bem, ela estava saindo-se melhor que a encomenda.

Ele voltou a sentar-se no chão, aquecendo-se com a brasa fraca da lareira que apenas deixava o ambiente em uma temperatura agradável.

Anahí encontrava-se no mesmo lugar de antes, confortável, sorridente e aquecida, falava com Dulce sobre o tal 6 de março e do vestido misterioso que usaria.

Alfonso - Posso saber porque tanto mistério quanto ao vestido? Pensei que iria com aquele rosinha, querida. Aquele que você gosta tanto. - Anahí sorriu, negando com a cabeça.

Anahí - Aquele eu já usei, não quero o usar no dia 6 de março, quero algo diferente.

Alfonso - Mas está tão acostumada com aquele...

Anahí - Então é hora de desacostumar, Alfonso.

Não só Alfonso, como Dulce e Christopher, sentiram-se surpresos pela resposta um pouco descortês de Anahí para com o marido. Era sempre tão carinhosa, tão perfeita, tão atenciosa. 

Alfonso - Tenho certeza que ficará tão linda quando coloca qualquer outro vestido. - Anahí lhe sorriu, não daquela forma delicada como ela estava acostumada, lhe sorriu em forma de um breve agradecimento e Dulce, quase gargalhou e parabenizou a amiga por tal ousadia.

Isso! Sentiu vontade de dizer. Faça o sentir-se ameaçado, faça com que ele perceba que é mais do que linda, e que pode a perder para qualquer outro homem.

Dul- Any de simples ficou deslumbrante, se eu fosse você Alfonso segurava bem sua mulher, essa preciosidade é uma pedra rara. - Anahí lhe dedicou um sorriso maravilhoso e uma piscada confidente. Dulce lhe sorriu, piscando-lhe de volta.

Alfonso - Pode deixar que farei Dulce. Sei bem a preciosidade que tenho em casa. Então acho que usaremos terno, não é mesmo Christopher?

Christopher que até então estava calado sorriu para Alfonso, assentindo, mirando Dulce que agora se encontrava sentada na poltrona, não mais do meio de suas pernas.

Alfonso - E você Dulce? Foi a única que manteve em suspense sua roupa para a festa. - Dulce sorriu, bebendo outro gole de suco.

Anahí - Nem para mim disse, qual será a cor? Se bem que, qualquer uma daquelas cores lhe cairá perfeitamente.

Chris - O verde. - Christopher disse e Anahí o mirou de forma confusa. - O verde é o que eu mais gosto. - Mirou Dulce, que lhe mirava com intensidade, com a evidente dúvida no rosto que só Christopher tinha conhecimento.

Anahí - Verde? Você trouxe algum vestido verde, Dulce?

Dul - Não, não trouxe vestido verde. - Dulce o mirou por longos segundos, trazendo em sua mente às vezes em que havia usado vestidos verdes.

Havia usado de vários tons, em diferente ocasiões, era impossível que...

Chris - Um pouco ousado, confesso que um noivo se sentiria enciumado.

Alfonso sorriu, e Anahí fez o mesmo, mirando Dulce que não sorria, apenas mirava com intensidade o marido.

Em um milésimo de segundo a figura de um vestido verde em particular veio à cabeça de Dulce, a figura de Rafael, seu ex-noivo, também lhe veio à mente.

Junto com aquelas imagens lhe veio o dia em que usara o um vestido verde, que fora exatamente o dia em que ela e Rafael haviam brigado, e o motivo havia sido exatamente esse, o vestido.

Piscou várias vezes e notou um pequena chama nos olhos de Christopher, um sorriso fraco se colocava em seus lábios deliciosos, e silenciosamente ele lhe dizia coisas, lhe dizia coisas que ela não conseguia entender.

Havia saído reportagens sobre a briga?

Rapidamente lembrou-se que não.

Havia tirado fotos para alguma revista naquele coquetel?

Novamente lembrou-se que não.

Ela e Rafael haviam entrado e da saído pela porta dos fundos, de forma que se lembrava que os repórteres haviam ficado profundamente "zangados" pela Rainha Torredo naquela noite não lhes dedicar atenções.

Então como ele sabia? Era daquele vestido que falava?