Fanfic: Um lindo homen Vondy

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Capítulo: 55° Capítulo

Mais um poste amores!!!!!!!!!!!!

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Desligou o telefone com um sorriso ainda nos lábios. E a idéia que já tinha tido antes se concretizando. Maite era boa, responsável, e com uma pontada a mais de ousadia e autoconfiança tornar-se-ia a presidente ideal para a Torredo.

Colocaria tudo no nome de sua mãe.

Exatamente tudo o que possuía iria para sua mãe.

Cuidaria para que pelo resto da vida não passasse nem uma só dificuldade.

Uma vida confortável, com tudo do bom e do melhor, onde fosse que ela quisesse viver.

Abriu bem os olhos, mirando aqueles dois vidros em sua mão.

Havia tanto dinheiro em sua conta, sua casa era tão grande, sua empresa tão bela e próspera...Mas Deus, aquilo já não a pertencia mais.

Seus olhos tornaram-se brilhantes pelas lágrimas.

E estranhamente um sorrido brotou em seus lábios trêmulos.

Recordou-se das festas, dos carros, do luxo e de toda a elegância da grande cidade. Mas não era aquilo que a fazia sorrir.

A panela de pressão queimando e espalhando gordura para todos os cantos era o que a fazia sorrir. A gargalhada de sua mãe, o sorriso maravilhoso de Christopher...o café da manha feito todos os dias com muito riso e piadas, as noites de amor alucinantes, as discussões, o barro, os sapatos voando, os biscoitos de chocolate...Anahí, os meninos de Anahí, Elza, sua mãe, seu marido...

http://www.youtube.com/watch?v=5mULa8WxTa4&feature=related

Uma lágrima escorreu e isso não tirou o sorriso de seus lábios.

Suas mãos alisaram o vestido, exatamente como Anahí tinha o costume de fazer. Sorriu lembrando-se mais uma vez de sua amiga, que deveria estar tão linda!

O que seria de sua vida daqui para frente?

O que faria? Onde esperaria até que o fim chegasse?

Trabalharia noites e dias, de forma alucinada para tampar o vazio?

Iria para o exterior, França, Holanda, Itália? Ela não tinha idéia.

E só tinha um desejo.

Seus olhos miraram o homem maravilhosamente vestido na porta do quarto, parado, a observando com tanta intensidade que chegou a lhe doer o coração.

Por onde quer que fosse, ela queria ele ao seu lado.

Ordenava, necessitava! Deus, se recusava a viver sem ele.

Recusava-se a passar os últimos meses pensando na falta que ele lhe fazia.

Não queria voltar para a Torredo.

Não queria voltar para sua casa enorme e vazia.

Não queria mais aqueles vestidos pesados e luxuosos, os sapatos de marca, as bolsas caras e os carros de luxo.

Não queria mais as festas, as madrugadas, os cartões de crédito. 

Ela o queria...

Ela queria a perfeição e o conforto de Priori.

Queria sua mãe.

Queria o calor das tardes, o riso do café da manha, as madrugadas em claro de amor e prazer. Queria as estrelas das noites, o sorriso de Christopher que não era nada mais do que sua fonte de ar, de vida.

Aquilo a curava, aquilo a tornava viva.

Ela queria ser uma mulher perfeita. Uma das mulheres perfeitas de Priori, onde poucos a conheciam, onde ninguém a perseguiria.

Christopher caminhou até ela.

Ajoelhando-se á sua frente, a acariciando na lateral de suas pernas.

Dul - Quando estiver preparado, me fale...

Chris - Sobre o que fala?

Dul - Meu segredo...Apenas quando se sentir preparado me pergunte, e eu lhe direi qual é. - Ele engoliu a saliva, assentindo, levantando-se para a abraçar com força, com seu coração palpitando quando mais uma vez percebeu como ela encaixava-se perfeitamente em seus braços.

Chris - Eu gostaria de ter lhe encontrado antes, Torredo. Quando ainda era tempo para mim...

Dul - Havia Lavinia.

Chris - Haveria você... Lavinia agora é uma estrela, ela descansa. Mas eu não sou uma estrela, estou vivo, tenho sentimentos, e eles são seus...

Ela o olhou nos olhos emocionada.

Chris - Sou tolo por dizer, não tenho o direito dizer, mas como pode um homem não se apaixonar por você? - Ele sorriu, ainda incrédulo com o que dizia. - Se eu não fosse o que fosse, se você não fosse quem fosse, seria tudo tão diferente!

Dul - Você é meu!

Chris - Não, você sabe o que eu sou...

Dul - Sim eu sei, e estou lhe dizendo que você é meu. - O beijou rapidamente nos lábios, o apertando contra seu rosto. - Se foi preciso que eu tivesse que passar por tudo isso para que encontrasse você, tudo bem, eu aceito! - Ele franziu as sobrancelhas, a olhando de uma forma estranha. - Eu aceito e me rendo Christopher... Escute-me! - Implorou, o olhando nos olhos. - Eu quero você...e que todo o resto vá para o inferno.

Chris - Dulce...

Dul - Não, deixe-me lhe dizer uma só vez, agora que tenho coragem...Eu não me importo em quais cama dormiu, o que faz para sobreviver ou que mulher amou.

Chris - Dulce...

Dul - Eu preciso... - Engoliu a saliva. - Eu preciso que continue me mantendo viva.

http://www.youtube.com/watch?v=j56L2zbmFf4&feature=related

Aquela frase o calou.

O mantendo de frente para ela, com os olhos cravados naqueles olhos tão brilhantes pelas lágrimas e pela emoção do momento.

A viu tão bela, tão fraca, tão indefesa.

A sentiu tão entregue, tão desesperada, tão apaixonada.

Sentia medo, sentia medo do que sentia por ela, da dependência que tinha em relação a ele. Sentia o mesmo que ele sentia, na mesma intensidade, de forma diferente. Engoliu a saliva, e percebeu que nem mesmo um minuto havia se passado. "Eu preciso que continue me mantendo viva", ela havia dito e Christopher, não conseguia imaginar outro significado a não ser o fato de que conseguira penetrar na vida e no corpo daquela orgulhosa mulher de tal forma que ela lhe confessasse que, não mais podia viver sem ele.

Havia se envolvido, quebrado regras, se apaixonado e de forma inconsciente fazer com que ela também se apaixonasse. Havia se entregado, esquecido de seus limites, de seus pesadelos, de seu medo.

Fechou os olhos e aquela frase novamente lhe chegou aos ouvidos, "Eu preciso que continue me mantendo viva". Será que ela não compreendia? Será que ela não podia ver o sofrimento e as cicatrizes em seus olhos, em seu corpo? As marcas do desgosto, do amor, da dor e do remorso?

 

Será que ela não podia ver que ele não era um homem, não completo, não com um coração, não com uma alma? Oh Dulce, sentiu vontade de dizer, permanecendo em silêncio, a mirando naqueles olhos tão intensos jamais vistos em outra pessoa. Oh Dulce, deixou escapar, a tocando em sua pele macia e pálida, em sua testa levemente suada que lhe dava a tonalidade de um anjo.

Chris - Não fale isso. - Negou com a cabeça colando suas testas, a sentindo abraçar-se a seu corpo. - Não diga isso. É tão forte, é tão independente, esse sentimento logo irá embora Dulce. São momentos, quando eu me for, se esquecerá...

Dul - Não! - Ela negou com a cabeça com veemência, o tocando no rosto, nos lábios, no peito. - Eu detesto essa maldita frase, mas não me cabe outra nesse instante! Deus, eu jamais senti isso, jamais me senti assim. E não pense que gosto da idéia de estar em suas mãos, porque eu não gosto...Mas eu me rendo, Christopher. Não sei como agir e não quero lutar contra isso...que me arrebate esse sentimento estranho que me consome, que penetra em todo o meu corpo, correndo pelo meu sangue como a droga mais poderosa. Eu não sei de que forma queima, mas queima, arde, sente? - Franziu a testa fechando os olhos, fazendo com que Christopher se arrepiasse, fechando seus olhos também. - É estranho, me assusta, e não entendo porque o sinto. Eu sei que não devo. - Voltou a abrir os olhos. - Sei que talvez não seja o mesmo que corre em suas veias, mas eu não posso... - Negou com a cabeça novamente. - Eu não posso respirar! O que há em você que desperta isso em mim? - Baixou a cabeça, o agarrando pela blusa. - O que há comigo que me deixei envolver assim? Eu não deveria, mas eu quero, eu não deveria, mas eu preciso...Oh Casillas, eu preciso de você.

Ele permanece novamente calado.

Absorvendo aquele desabafo.

Comparando essa mulher com a mulher que havia conhecido naquele fatídico dia. Deus, só poderia ser atração, pois era humanamente impossível que a paixão surgisse de forma tão rápida, os atingindo de forma tão certeira.

Podia ver o orgulho de Dulce pulsando em sua garganta, seu desentendimento interior. A razão e os sentimentos em um conflito que teria um só vencedor.

 

Chris - Isto passará. - Respondeu, com seus olhos tornando-se úmidos e vermelhos. - O que arde agora não arderá com tanta intensidade amanha. Estamos envolvidos pelos momentos, pelos acontecimentos, pela fragilidade e pelo mistério...vivemos sobre o mesmo teto, dormimos na mesma cama, fazemos amor todas as noites, é natural que esse sentimento aflore dessa maneira... - Ela negou com a cabeça. - Me escute... - lhe tocou os lábios com o polegar, a fazendo fechar os olhos, o apertando com mais forma pela cintura. - Não posso ser o homem que a amará Dulce. Não tenho alma, nem coração para isso...

Dul - Mentira. - Ela sussurrou, cobrindo com sua pequena mão o lugar onde o coração acelerado de Christopher batia. - Ele está aqui, o sinto...Em minhas costas quando está atrás de mim, em meus seios quando me abraça, em minha mão quando eu te toco.

Chris - Dulce.

Dul - Porque não me entende? - Quase gritou, com a voz lhe falhando pelas lágrimas. - Olhe para mim, estou aqui, com as armas na mão, o orgulho ao chão...Estou lhe dizendo que quero você, e eu sei, Oh Casillas eu sei que também me quer.

Chris - Eu nunca disse que não...

Dul - Então diga que ficará. - Sorriu de tristeza. - Diga que ficará comigo, eu pago... eu pago o quanto você pedir. - Ele fechou os olhos, afastando-se dela.

Chris - Essa não é a questão...

Dul - Então qual é? Por favor, não me faça implorar.

Chris - Essa não é a questão.

Dul - ENTÃO QUAL É A QUESTÃO?

Chris - Eu não posso amar você. - Respondeu em voz baixa, com a sonoridade abafada por sentimentos ocultos. - Entende? Eu não posso, não posso amar você, surgirão... - Ela virou-se de costas para ele, cobrindo os lábios com as mãos. Percebeu a hesitação na voz dele. - Surgirão outros homens, homens que foram feitos para você...Homens de sua classe, do seu meio, do...

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