Fanfic: Um lindo homen Vondy

Blanca negou com a cabeça, rindo com vontade.

Dulce era impossível!

Nelita era uma simpática senhora perfeita de Priori.

Por pouco não lhe apertou as bochechas, mas fez questão de falar que havia trocado sua primeira fralda e que estava feliz por a ver casada e tão bela.

Dulce agradeceu, conversou por mais alguns minutos até que Blanca notasse sua inquietação. Inquietação que nem ela própria sabia que sentia.

Foi sua mãe quem a tirou da conversa alegando que precisava de sua filha para um grande favor. As senhoras se despediram em um perfeito coral que fez com que Dulce caísse na risada. Porque diabos era tudo tão perfeito?

Dul - De que favor necessita? - Dulce perguntou para sua mãe, logo após comprarem um suco na barraca de bebidas.

Blanca - De nenhum favor.

Dul - Então porque disse...

Blanca - Porque receio que perderei a cabeça se não a devolver para o seu marido. - Dulce franziu a testa, então notou o olhar de Christopher sobre ela. Daniel lhe falava, mas ele já não parecia interessado no assunto.

Sorriu, sorriu porque também o queria.

Blanca - O que acontece com o seu casamento? Não podem se desgrudar um só instante?

Dulce sorriu ainda mais, dando um beijo estalado na bochecha de sua mãe antes de caminhar até Christopher.

Ele pediu licença aos homens presentes, caminhando de encontro a Dulce, a enlaçando pela cintura com um só braço quando a alcançou. A ergueu do chão quando a trouxe de encontro a seu corpo, lhe beijando os lábios sem nenhum pudor.

Priori parou para ver aquela demonstração de afeto e paixão nada corriqueira em uma cidade pequena e reservada.

Se reprovavam ou não, não interessava.

Jamais havia interessado, não para aquela Linda Mulher...muito menos para aquele Lindo Homem.

O abraçou, o envolveu com toda sua vontade e paixão, retribuindo ao beijo que recebia com surpresa e de bom grado. Só Deus sabia o que se passava pela cabeça daquele homem e que poder ele tinha para despertar nela aquelas emoções. 

Chris- Conheci seu primeiro namorado... - Murmurou e Dulce franziu a testa, distribuindo uma série de selinhos sobre os lábios tão deliciosos de Christopher, ansiando por mais do sabor de vinho, doce e prazer que ele acabara de lhe proporcionar.

Dul - Como?

Chris - Seu primeiro namorado. Pedro e María andaram me contando sobre sua vida, até que chegou um tal de Rodrigo... - Dulce franzia a testa em surpresa, lembrando-se que um dos homens que havia chegado depois que ela havia saído, realmente fazia com que se lembrasse de Rodrigo.

Dul - Não fala sério! Rodrigo ainda mora em Priori?

Chris - E porque tanta surpresa?

Dul - Não sei, ele sempre foi...Tão parecido comigo!

Chris - Ah sim, parecido com você?

Dul - Sim, ele sempre... - calou-se. - Hey, o que andou perguntando sobre a minha vida? - Christopher sorriu, negando com a cabeça, bebendo outro gole de vinho.

Chris - Nada que lhe interesse ou lhe condene.

Dul - Sim, sei...

Chris - Para sua informação, Rodrigo encontra-se muito bem casado, com um filho e na espera do segundo! É um bom homem, confesso que não é seu tipo, mas é um cara muito simpático.

Dul - Ah sim, e qual é o meu tipo? - Perguntou com a voz debochada, envolvida pelo momento e pela música tão velha e conhecida que tocava nesse instante.

http://www.youtube.com/watch?v=hQFekXix-60

Chris - Ah me poupe Dulce! Rodrigo é delicado, com a voz mansa e controlada.

Dul - E no que isso o torna um tipo inadequado para mim?

Chris - Oh baby, isso é tão fácil! - A beijou no pescoço, dando alguns passos conforme a melodia, a guiando com seu corpo e sua sensualidade. - Ele não a desafiaria e nem gritaria com você quando você gritasse com ele, o que o tornaria sem graça para você. - Dulce sorriu, negando com a cabeça. - Duvido que lhe diria que seus sapatos são feios, e por isso a deixaria sair de forma indecente na rua, deixando com que pagasse de fora de moda na frente dos fotógrafos! - Dulce gargalhou, jogando a cabeça para trás, acompanhando os passos de Christopher.

Chris - Também não riria de você quando manchasse os sapatos de barro, somente para que ficasse nervosa e então ele pudesse ver a tonalidade rosada das suas bochechas...Não a deixaria falando sozinha, nem muito menos lhe diria que é orgulhosa e mimada... - A olhou nos olhos, no fundo dos mesmos. - Não lhe pegaria com a força que você gosta, e nem lhe beijaria da forma que você gosta, pois é delicado e carinhoso demais. - Ele a rodopiou conforme o passo, voltando a abraçar. -Não lhe apertaria da forma que você gosta, e nem teria força o suficiente para a manter por baixo quando você adora ficar por cima. - Ela o acariciou no rosto com suas mãos, não percebendo que dançavam ali, no meio da praça, tão unidos e conectados. - Ah Dulce, ele definitivamente não seria o tipo adequado para você.

Ela sorriu com prazer, jogando mais uma vez a cabeça pra trás, recebendo beijos em seu pescoço, não deixando de mover os pés.

Dul - Ah Casillas, então é isso o que o torna adequado para mim e ele não?

Chris - Não só isso...

Dul - Então me dê mais um motivo.

Chris - O corpo dele, jamais... - Aproximou-se do ouvido de Dulce para então murmurar: - Jamais encaixaria no seu corpo como o meu encaixa.

Ela fechou os olhos, arrepiando-se dos pés a cabeça.

Chris - Eu poderia continuar baby... - Aproximou seus lábios no dela. - Oh sim Dulce, eu poderia continuar.

Oh sim...ele continuou.

Continuou a embalar no ritmo delicioso da música, murmurando besteiras em seu ouvido, a fazendo sorrir, rodopiar em seus braços, unir seu corpo ao dele, movendo-se com passos mais atrevidos de um lado para o outro, para frente e para trás...Ela sorria, oh Deus como ela sorria...sorria como talvez ele jamais havia a visto sorrir antes, suas testas estavam coladas, os dedos de sua mão entrelaçados com os dedos da mão dela, na altura de sua coxa...Olhavam-se nos olhos, sorrindo deles mesmos, do momento, da dança, da música tão velha mas tão perfeita para ocasião. No instante seguinte cantavam, cantavam com o riso nos lábios e as sobrancelhas franzidas em diversão. Outros casais ali se aproximavam, unindo-se também, movimentando-se ao redor daquele casal tão conectado, trocando olhares confidencias, sentindo a energia que a filha de Blanca e seu marido emanavam...

Cantaram também, em voz alta, sorrindo das gargalhadas tão verdadeiras e apaixonadas que Dulce Torredo, aquela bela mulher que antes era tão miúda, geniosa e valente, dedicava ao seu marido.

E eram as melhores...

Oh sim, as melhores gargalhadas, os melhores sorrisos e os melhores olhares.

Dulce mirou sua mãe que em uma barraca junto com suas amigas, se balançava ao ritmo da música, emocionada com o que via, emocionada com aqueles tantos casais dançando, cantando, crianças, jovens, idosos, conectados por uma magia entranha que há tempos não aparecia em Priori...

As luzes estavam mais intensas, o colorido mais vivo, as pessoas mais coradas, mais tranquilas, menos perfeitas e próximas do prazer que é se divertir, gritar cantando uma música velha e deliciosa, beijar na boca na frente de várias pessoas, colar seus rostos na dança em sinal de carinho.