Fanfic: Um lindo homen Vondy

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Capítulo: 66° Capítulo

Revelações!!!!!!!!!!!!!

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Sentiu que seu corpo ardia em febre e que naturalmente estava pálida, com as bochechas coradas, os olhos avermelhados...

Mas não sairia dali, nem mesmo pela morte.

Fechou os olhos e seus olhos tornaram-se repletos de lágrimas, e pela primeira vez, pediu a Deus que lhe desse um pouco mais de tempo.

Talvez ele não a escutasse, nunca havia sido muito religiosa, mas mesmo assim pediu, pediu porque não poderia imaginar-se indo embora e o deixando aqui...

Chorou, soluçou por ela, por sua doença e pelo amor recém descoberto por aquele homem. Deus deveria sorrir, sim? Havia recebido um presente, deveria sentir-se feliz...Oh sim se sentia, mas algo dentro dela a invadia de maneira certeira... A consciência real de sua morte talvez. A certeza que pouco se leva da vida. Naquele momento, mirando a escuridão tomou uma decisão.

Não voltaria...

Não seria mais a Rainha, não seria a Presidente, nem a capa de revistas. Não dirigia mais aqueles carros, não vestiria aquelas roupas ou comandaria uma casa grande a fria. Que tudo aquilo fosse ao inferno.

Só queria Priori, sua mãe, Christopher.

Chris - Porque está chorando? - Dulce sorriu em vez de se assustar, não havia uma única vez que ela acertava em relação a ele.

Dul - Não voltarei mais, Christopher... - murmurou, ascendo o abajur, desconectando seus corpos para que pudesse o olhar nos olhos, frente a frente. - Não voltarei para a cidade, para toda aquela loucura.

Chris - Você murcharia...

Dul - Não, eu sobreviveria, com você...

Chris - O que a faz mudar dessa forma? Vi-te em todas as festa Torredo, você gosta disso. A segurança, a sensualidade, o poder...Você não nota, mas há algo em você que faz com que as pessoas te olhem, fez com que eu a olhasse.

 

Dulce franziu a testa. Apoiou-se no cotovelo ficando com o rosto próximo ao de Christopher, ele lhe beijou, lhe acariciando o rosto com as costas da mão.

Dul - Do quê está falando?

Chris - Eu estou dizendo que eu estive várias vezes no mesmo lugar em que você esteve, te conhecia Dulce, e na tarde em que nos conhecemos eu não passava por acaso na rua.

Dulce ficou séria, com seu coração batendo de forma rápida.

Chris - Não achei estranho que não me reconhecesse, uma única vez seus olhos haviam caído sobe os meus, na festa que brigou com Rafael pelo vestido que usava.

Dul - O que está dizendo? Esteve naquela festa?

Chris - Eu estive em várias delas.

Dul - Impossível, eu te reconheceria. É impossível que tenha o olhado e não o notado.

Chris - Não te culpe, você não costumava olhar para homens casados. Tinha olhos para Rafael e...Me olhou, mas não me viu.

Dul - Seja Claro Christopher, seja claro e verdadeiro...

Chris - Meu sobrenome não Uckermann, nem Cassillas. - Dulce arregalou os olhos, não compreendendo sobre o que ele falava.

Chris - Preciso lhe dizer algumas coisas antes que isso continue.

Dul - Eu sabia... - Tentou sair da cama mas ele a segurou. - Eu sabia que...

Chris - Não sou garoto de programa. - Dulce franziu a testa, segurando as lágrimas. -Talvez tenha agido como tal em algumas ocasiões, mas não sou.

Dul - Seu sobrenome.

Chris - Dulce...

Dul - Diga-me seu maldito sobrenome.

Chris - Lavero Montenegro. - Dulce fechou os olhos com pesar.

Dul - Lavero, das Empresas Lavero? - Ele assentiu com a cabeça. - Oh Deus, como pude ser tão burra? - Levantou-se da cama, cobrindo-se com um roupão. - É claro, Christopher...Lavinia. É irmão de Richard Lavero Montenegro. - Levou as mãos à cabeça. - Como pude deixar que isso...é impossível, é impossível que eu não o reconhecesse, tive reuniões com o representante dessa empresa, que era o irmão do presidente, irmão de Richard, você...

Chris - Teve reuniões com o meu irmão. Quando começaram as transações de ambas empresas eu estava afastado e...

Dul - Eu não entendo! Por mais que aparecesse pouco na mídia eu deveria me lembrar, eu... - Franziu a sobrancelhas, o mirando nos olhos. - Porque mentiu? Porque de tudo isso? Eu, eu...

Chris - Eu vi quando saiu do carro naquela tarde... Estava na mesma rua, saindo do hospital, o Hospital Central, sabe qual é? - Dulce assentiu, com um frio na barriga. - Eu vi que não estava bem...Dei a volta na rua, e cheguei a tempo...

Dul - Eu não... - Levou as mãos à cabeça, o mirando nos olhos. - Você poderia ter me dito, você poderia... 

Chris - Essa era a magia entende? No começo eu desejava brincar com você...Instigar-te, encabular, mas então você me fez aquela proposta... - Sorriu emocionado, levantando-se da cama.

Dulce negou com a cabeça.

Chris - Eu percebi que não havia me reconhecido, eu havia passado tempo demais longe, havia mudado o cabelo, as roupas...

Dul - Santo Deus Christopher, como? Como não prestei a atenção. E mesmo agora, não consigo me lembrar de seu rosto nas festas. Mesmo agora eu...

Chris - Quando a Lavero quebrou eu fui embora... passei anos fora e...

Dul - Você não entende? Eu conheci sua mulher, falei com Lavinia naquela festa, me lembro que ela estava doente, que ela estava com...

 

Então naquele momento a verdade caiu sobre seus ombros, ficou muda, paralisada, com seu coração deixando de bater de forma lenta e dolorosa.

 

Chris - Sim, ela estava doente...Lavinia estava morrendo, e de fato ela morreu, no banheiro da nossa casa, em cima de meus braços, pedindo para que eu a perdoasse por sua partida quando na verdade, a Lavero ocupava grande parte de meu tempo... A mim não tinha a obrigação de reconhecer, não saíamos nos jornais, em poucas revistas há fotos nossas, Richard sempre ficou com todo o triunfo...

Chris - Santo Deus, eu amava e ela sabia disso. Mas aquela maldita doença foi a tomando de mim...Aquele maldito câncer sem cura a foi deixando pálida, sem vida, sem calor, sem nada, a levando de mim, a levando de mim sem aviso. - Deixou algumas lágrimas escapar. - Eu morri com ela... naquela madrugada, eu morri com ela...E tantos anos depois percebi que você morreria atropelada por aquele caminhão se eu não estivesse ali, e então você abriu os olhos... Esses seus malditos olhos, e eu não sei de que forma, de que maneira eu me senti insuportavelmente atraído por você... Alguém me colocou naquela rua aquela tarde, alguém com uma força maior a colocou na minha vida naquela tarde... Eu queria ignorar, queria me levantar e sair antes que você me reconhecesse, mas isso não aconteceu. E conforme os minutos passavam algo em mim acontecia, algo sem explicação, assim como acontece agora. Eu não consigo explicar, era como se Deus, ou alguma outra pessoa, a tivesse enviado para mim...

Dul - Oh Deus.... - murmurou, levando as mãos aos lábios.

Mas nem ele, o Senhor de todos os Homens, poderia proteger aquele homem à sua frente, da dor que voltaria a lhe causar.

 

 

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