Fanfic: Um lindo homen Vondy
Belas leitoras as revelações estão sendo feitas e assim logo estão na reta final......
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Chris - Naquele mesmo instante eu sabia que me casaria com ela. - Sorriu, deixando algumas lágrimas escorrerem de seus olhos. - Ela também olhou para mim, sorriu daquela forma perfeita e terna, corando como uma colegial...Deus do céu, eu jamais poderia imaginar que estava me casando um anjo. E que eu não merecia ter um anjo ao meu lado. - Limpou as lágrimas com fúria, não ousando virar-se e encontrar os olhos de Dulce o mirando. - Eu não sei explicar como mas, quando ela sorriu, quando me sorriu, mesmo sem me conhecer, ou entender o porque eu a mirava, eu a amei... Desde aquele precioso momento eu amei Lavinia, como pensei que jamais poderia amar alguém, um sentimento calmo, delicado, assim como ela... Paralisou-me. - Sussurrou com grande emoção. - Demorei a entender que eu precisava falar com ela, dizer que havia amado seu sorriso delicado e suas mãos tão pálidas e pequenas...Precisava dizer que seus olhos verdes tão claros eram a personificação do amor e da fragilidade. - Baixou a cabeça, deixando de brincar com sua aliança. - Me aproximei...a convidando para dançar, me apresentando...E ela sorriu, pouco falava, corava a cada vez que minhas mãos a tocavam na cintura. Eu tinha medo de a quebrar, era frágil, tão frágil e perfeita...- Fechou os olhos com pesar, levando sua mão sobre o coração, fechando os punhos como se aquela dor pudesse lhe matar. - Eu sempre tive medo de a quebrar, mesmo depois que nos casamos, mesmo depois que fizemos amor pela primeira vez, mesmo depois de descobrir que ela era muito mais forte do que eu... Oh sim ela era.
Dulce manteve os olhos fechados, respirando com força, controlando seu coração, sabendo que de alguma forma ele precisava lhe falar aquelas coisas, por mais que não imaginasse o dano que lhe causava.
Chris - A Lavero estava de vento em polpa, eu sempre tive problemas com o meu irmão, sempre tão egoísta e egocêntrico, só Deus sabe o quanto do meu suor àquela merda de empresa possuía... Dinheiro, carros, uma casa enorme e Lavinia, era tudo o que eu tinha... Tudo o que pensei que queria ter pelo resto da vida... - Negou com a cabeça, sorrindo com pesar. - Como eu poderia adivinhar que em pouco tempo eu não teria mais nada daquilo? Diga-me como um homem se comportaria depois de perder tudo, tudo o que tinha?
Ela não lhe respondeu.
Chris - Lavinia queria uma criança... Depois de alguns anos ela queria um bebê. E eu também queria, uma menina, que tivesse os olhos verdes e claros dela, que tivesse os cabelos pretos como o dela, que tivesse o sorriso e... - Sufocou-se em suas próprias palavras, em seu próprio sentimento, não imaginando nem por um segundo o que se passava no interior de Dulce. - A Torredo crescia de tal forma que a Lavero tinha que trabalhar em dobro para conseguir dar conta da concorrência, a insuportável da presidente da Torredo, fazia o melhor trabalho para destruir uma empresa como a nossa, há tanto tempo no mercado. - Dulce conseguiu sorrir levemente. - Filha da mãe, sabe quantas noites eu fiquei acordado, tentando bolar uma estratégia de compra e venda para que os preços da Lavero se mantivessem em alta? Você é um demônio nos negócios, e meu irmão jogava tudo nas minhas costas, querendo a glória sem ter vencido a luta, querendo planos para que seu rosto ainda saísse a jornal junto com o rosto de sua patética mulher...Deus, eu não me recordo uma única vez que Ricardo me agradeceu pelo trabalho que eu fazia para manter aquilo funcionando, minha mãe havia morrido naquele ano, meu já debilitado também foi embora, deixando definitivamente a empresa em nossas mãos.
Chris- E Lavinia queria o bebê, mas o bebê não vinha... - Ele disse, mirando o nada, como se pudesse se recordar daqueles tempos, como se pudesse a ver ali na sua frente, contando o calendário e procurando clinicas de fertilização. - Não vinha e ela estava ficando obcecada... Não me lembro de a ver tão triste como naquela época e eu tinha tanto trabalho, e tinha... - Calou-se por alguns instantes. - E tinha a responsabilidade de manter nossos bens, de trabalhar por mim e por Ricardo. Não freqüentávamos mais os coquetéis e é por isso que não te lembra de mim, pois quando a Torredo subia, sendo cada vez mais a melhor no mercado, adquirindo cada vez mais clientes e fama, eu trabalhava... tentava engravidar a minha mulher e manter as coisas em ordem. - Levantou-se, caminhando de um lado para o outro. - As brigas com Ricardo tornavam-se freqüentes, eu não conseguia manter aquela empresa sozinho e Ricardo parecia querer desistir de tudo...Foi um verdadeiro inferno, eu não parava em casa, era tanto serviço, tantas preocupações que eu não percebi...- Parou, tirando os cabelos do rosto, libertando mais um par de lágrimas. - Eu não percebi que havia algo de errado com Lavinia. - Fechou os olhos com pesar, encostando-se na porta. - Que ela era e sempre foi uma boneca de porcelana, e que estava quebrando...Deus, eu não percebi seus olhos, sua pele tão pálida e sua indisposição...Não percebi que o motivo por não termos um bebê estava ali, na minha frente... - Negou com a cabeça. - E quando eu corri não deu tempo. Estava chovendo quando eu cheguei em casa e a encontrei chorando, abraçada as minhas camisas, esparramada na nossa cama. Perguntei se sentia alguma dor, a peguei em meus braços... - Demonstrou, como se estivesse revivendo aquela cena. - A peguei em meus braços e perguntei o que acontecia...
Dulce mordeu os lábios, controlando o soluço, recordando-se de quando ele havia feito o mesmo com ela.
Chris - Ela me alisou o rosto... - Christopher fechou os olhos alisando seu próprio rosto. - E disse que estava tudo bem...Disse que sentia saudades e que jamais havia amado alguém na vida como me amava... - sorriu - E eu tolo não percebi que ela me mentia, não percebi porque eu a amava com tanta força... Eu juro por Deus que eu a amei do começo ao fim... - Fechou os olhos, dando lugar para o choro que devagar explodia em sua garganta. - Sabe lá há quanto tempo ela estava doente quando eu percebi que algo realmente estava errado. Eu trabalhei tanto eu... - Calou-se por alguns instantes, mordendo o dedo para controlar os soluços. - Eu precisava, eu... Eu deveria ter percebido antes, eu deveria ter largado tudo, não ter acreditado naqueles olhos e naquele sorriso, ter entendido que a delicadeza dela não era mais de sua natureza, mas sim de sua doença, dos sintomas, da palidez de sua pele e...
Dulce fechou os olhos, com seu coração palpitando, com seu corpo trêmulo sendo sacudido tanto por seus soluços como pelos soluços daquele homem que jamais em vida, imaginou ouvir chorar daquela forma.
Chris - Era tão tarde quando cheguei em casa em uma quinta feira e a encontrei passando mal, tão mal. - fechou os olhos. - E mesmo assim ela dizia que estava tudo bem, que era algo bobo mas, dessa vez eu a peguei em meus braços e a levei ao Hospital Central... Foi o Doutor Rubéns que nos atendeu, agiu como se a conhecesse e de fato a conhecia, era o médico dela, e eu não sabia... - Negou com a cabeça. - Eu não sabia porque estava trabalhando para erguer uma empresa que já estava no buraco... - Cobriu seu rosto com suas mãos. - Ele me disse que ela tinha um câncer raro, que estava muito doente, eu jamais me esquecerei daquela noite. - Negou com a cabeça. - Quando chegamos em casa ele olhou nos meus olhos e disse que eu não tinha culpa, que estava tudo bem, que nós iríamos conseguir. - Perdeu o ar por alguns instantes.
Chris - Lavinia me abraçou com força e disse que nós conseguiríamos, que ela me daria um filho e que a empresa logo voltaria a prosperar. Deus do Céu, nós não conseguimos, a empresa caiu, perdemos quase tudo, tudo para pagar as dívidas, para pagar a regalias que Ricardo cismava em manter... Ele não moveu um só dedo, e quando eu lhe disse que precisava me afastar porque Lavinia estava doente, ele me disse que sentia muito. Aquele filho da mãe sentia muito! - Negou com a cabeça sorrindo com ironia. - Foi quando ele me substituiu nas transações, foi a época em que vocês faziam transações com a nossa empresa, naquela tarde conversou com Ricardo e eu fiquei com Lavinia... Ela havia melhorado, os medicamentos a faziam melhorar, vocês estavam comprando alguns programas da nossa empresa, as finanças deram um alívio... Lembro-me que Ricardo falou sobre um coquetel, um coquetel que teria e que você havia o convidado... Eu disse que não queria ir, que não gostava daquelas palhaçadas ainda mais quando nossa situação estava beirando a falência, então ele disse que faria bem para os negócios, e Lavinia concordou. - Fechou os olhos. - Ela se arrumou naquela noite como costumava fazer, sua fragilidade estava ali, estampada em seus olhos, mas mesmo assim ela se arrumou, se maquiou, colocou seu vestido de festa e disse que faria bem para nós, nos detrairmos. Eu não queria ir. Eu não gostava daquelas festas e minha mulher estava doente... Fui por ela, e tentei manter-me o mais longe de tudo o possível.- Voltou a caminhar pelo quarto, gesticulando. - Ricardo agia como se nada estivesse acontecendo, bebendo, conversando com várias pessoas como se tudo estivesse bem, como se eu não estivesse à beira de um surto, como se não estivéssemos prestes e perder tudo... Fiquei em um canto, me conheciam de nome não muito de aparência, eu e Lavinia éramos discretos, mal saímos em revistas, essas coisas, ela também não gostava. Mas naquela noite algo aconteceu...
Seus olhos pela primeira vez depois daquele longo desabafo, miraram Dulce, ali, diante daquela janela, curvada pelo frio e pelo choro. Procurou encontrar naquela mulher, a mulher que havia visto naquela noite, no coquetel...Não encontrou, não encontraria jamais, tanto ele como ela sabiam que jamais voltariam a encontrar.
Chris - Eu a vi... - Fechou os olhos, aproximando-se de Dulce, lentamente. - E eu jamais havia visto algo parecido na vida. - Arrepiou-se por inteiro. - O vestido verde, os cabelos soltos, o andar confiante... Você era o oposto da minha mulher. - Dulce abriu bem os olhos, ciente de que ele estava logo nas suas costas, sentiu a respiração dele em sua nuca, fato que a fez arrepiar-se por inteira. - Você era o oposto do tradicional e me senti curioso. - Voltou a abrir os olhos, correndo as mãos pelas costas de Dulce. - Não olhava para os lados e mirava Ricardo com um deboche contido, eu estava olhando para a mulher que contribuiu para a queda da minha empresa, eu estava olhando para uma empresária, sensual, bem sucedida, arrogante e prepotente... Bela, misteriosa e extremamente competente. Seus olhos cairiam sobre os meus como se você pudesse sentir que alguém lhe mirava... Mas tão rápido você desviou o olhar, porque Rafael implicava com o seu vestido...Você o provocava. - Fechou seus olhos, sentindo o cheiro daquele perfume único e alucinante. - E eu cheguei a rir pelo modo que o olhava, pelo modo como bebia o champanhe, tão despreocupada, tão acostumada a ser olhada e desejada... Ah Torredo, você sempre foi tão...você. Lavinia chegou e se aproximou, dizendo quem era você e eu me fiz de dissimulado, ela disse que nós deveríamos nos apresentar, mostrar superioridade...Eu disse que não, que não queria e ela disse que iria sozinha.
Dul - Então nós nos falamos...
Dulce disse pela primeira vez, e foi como se Christopher tivesse tomado um tapa em sua cara. A fragilidade em sua voz era completamente visível.
Dul - Me lembro dela, me lembro de você...O homem ao canto do salão principal, cabelos curtos, barba...Oh sim, eu me lembro. - Fechou os olhos com pesar. - Ela foi muito simpática, lembro-me da voz doce. - Emocionou-se. - E realmente, realmente ela era o oposto de mim.
Chris - Ela falou sobre você... não com desdém, falou que a admirava por ser uma mulher, disse que era muito bela e perguntou se eu havia reparado. Eu disse que não mas, Lavinia me conhecia e sabia, sabia que eu havia a achado, assim como a acho agora, assim como a achei a cada vez que a mirava em minha casa, perguntando que Diabos eu estava fazendo. - Separou-se dela novamente, sentando-se a cama. - Aquela foi a última vez que me lembro de Lavinia disposta e feliz. Desistimos do Bebê, a empresa estava caindo de forma que eu em nada podia ajudar, ela piorava com os medicamentos que em vez de ajudar, davam efeitos colaterais terríveis... Os cabelos caiam, os lábios tão sensíveis, a pele cada vez mais pálida. - Fechou os olhos, com os pesadelos de todas as noites tomando sua mente. - Ela estava no banheiro quando aconteceu... - Mergulhou seu rosto em suas mãos, balançando para frente e para trás o corpo. - Ela vinha passando mal todos os dias, Rubéns havia pedido para que eu me preparasse, MAS ME DIGA COMO EU ME PREPARARIA? - Dulce assustou-se pelo grito, apertou os olhos com força. - COMO UMA PESSOA SE PREPARA PARA A MORTE DE QUEM SE AMA? Deus do Céu, eu nunca senti tanta dor na minha vida. Ela não abria a porta do banheiro...ela não me deixava entrar e eu sabia que havia algo de errado eu... - Calou-se e Dulce ouviu que ele agora de fato chorava, soluçando com intensidade...Finalmente virou-se, lentamente caminhou até ele, sentando-se ao seu lado na cama, o abraçando como pôde. - Ela morreu ali, ali nos meus braços.
Christopher negou com a cabeça, soluçando mais uma vez.
Chris - E eu a amava, sim, ela sabia que eu a amava. Lavinia morreu ali, e eu não sabia o que fazer...eu não sabia, eu não queria, eu não... - Levantou-se novamente, abandonando o calor do corpo de Dulce, que permaneceu na cama, o mirando. - Eu enterrei minha mulher e junto com ela me enterrei. Eu morri ali com ela, como um inútil eu não pude fazer nada. - Fechou os olhos, esmurrando a parede. - Dividir as dores com ela, dar minha vida por ela, eu não...
O silêncio reinou por vários minutos.
Dulce permaneceu ali, abraçando a si mesma, com sua cabeça tratando de pensar em algo, de pensar em algo que o fizesse pensar que ela não mais o...
Chris - Peguei o pouco que me restava e fui embora. - Ele disse, a tirando de sua dor e loucura. - Enterrei Lavinia e fui embora, Europa, acho que fiquei em um quarto de hotel barato durante 1 mês, sem me levantar, não me lembro o que eu comia, e nem o que fazia ali...Mudei de nome, aparência e arranjei um emprego qualquer quando consegui me levantar. Acho que fiquei 3, 4 anos por lá, não me recordo ao certo...Ricardo vendeu a minha casa logo depois de Lavinia morreu, me entregou o dinheiro e foi a última vez que o vi em todos esses anos.
Dul - Porque você voltou? Porque voltou para cá?
Autor(a): ardillacandy
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+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
Desculpem não ter postando ontem, estou com problemas na questão de saúde de um familiar, por isso não tenho muito tempo disponivel.....Bom vou postar alguns capitulos e assim que possivel retorno.Tbm queria pedir desculpas as autoras de webs que eu acompanho não estou comentando e nem lendo por essa razão, mais assim que os problema ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 2332
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anne_mx Postado em 17/01/2023 - 16:20:26
Que fanfic linda! Meu Deus, se um dia eu for abençoada com um amor forte desse eu serei muito mais feliz que já sou, esse casal sofreu demais, mas a força da Dul é a coisa mais linda de se enxergar, glória a Deus q ela se recuperou e está bem! <3
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aucker Postado em 22/12/2020 - 04:54:07
É uma história muito linda
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lukinhasmathers Postado em 01/09/2020 - 09:21:43
Acabei de ler novamente essa linda web... Depois de um tempo vou ler de novo
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lukinhasmathers Postado em 19/08/2020 - 13:13:17
To lendo de novoooo
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licca_izumi_isamu_vondy Postado em 06/03/2020 - 21:37:36
pq vc mudou o sobrenome dela para torredo? e essa fic esta muitolinda
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lukinhasmathers Postado em 21/10/2019 - 23:42:15
Enfim, acabei ler pela quinta vez, amo demais essa web veyyyy
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lukinhasmathers Postado em 02/10/2019 - 11:21:29
vou voltar a ler essa lenda de história
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lukinhasmathers Postado em 11/03/2019 - 10:27:41
Ainda este ano, acho que volto a ler essa web!
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lukinhasmathers Postado em 19/03/2018 - 10:29:35
caralho mano, chorei de mais com essa história, só perde para uma linha mulher
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keyan_vondy Postado em 10/06/2016 - 19:27:57
Web MARAVILHOSA uma das mais lindas existentes aqui nesse site.PARABÉNS pela linda fic.