Fanfics Brasil - 73° Capítulo Um lindo homen Vondy

Fanfic: Um lindo homen Vondy


Capítulo: 73° Capítulo

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Não adianta fugir, certas situações terão que ser solucionadas de algumas formas, então fuja mais não para sempre.


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O sol pareceu se fechar, reflexo de seus sentimentos e de seu humor.


Suas mãos suavam e sua incapacidade de se levantar denunciava o quanto sentia medo. Fechou os olhos, com aquela horrível sensação percorrendo seu corpo dos pés a cabeça.


Por fim conseguiu se levantar, enfiou o celular no outro bolso.


Da sua bolsa recém achada tirou o vidro de remédio vazio, arrancando uma parte da etiqueta, o jogando no lixo do banheiro.


Caminhou até o carro sem esquecer de trancar bem a porta da entrada.


Dirigiu lentamente, com o vento frio lhe batendo no rosto, com a paisagem de Priori revelando coisas que seus olhos ainda não haviam enxergado.


Sem desviar muito sua concentração, tomou outro comprimido, para logo depois jogar os dois frascos no porta luvas de seu carro.


Fez a volta na praça, estacionando em frente da casa de Madalena e Elza, buzinou uma única vez, acenando para Anahí que trabalhava no hotel e Elza que lhe sorria do caixa. Sua mãe logo apareceu, com uma sacolinha na mão, vestindo suas roupas habituais.


Sem desviar muito sua concentração, tomou outro comprimido, para logo depois jogar os dois frascos no porta luvas de seu carro.


Fez a volta na praça, estacionando em frente da casa de Madalena e Elza, buzinou uma única vez, acenando para Anahí que trabalhava no hotel e Elza que lhe sorria do caixa. Sua mãe logo apareceu, com uma sacolinha na mão, vestindo suas roupas habituais.


 


Dul - Boa dia, mãe. - Blanca lhe sorriu, lhe dando um beijo na bochecha, fechando a porta com cuidado.


Blanca - Bom dia, filha. - respondeu, acenando para Madalena que gesticulou algo para Blanca que a fazia sorrir. Dulce também sorriu, desejando não tirar o sorriso dos lábios de sua mãe.


Dulce - Tudo bem de não irmos para casa agora? - Blanca franziu a testa.


Blanca - E porque não podemos ir para casa? Tenho que fazer almoço, roupa para lavar, aliás, gostaria que me ajudasse e...


Dul - Precisamos conversar mãe. - Blanca calou-se, virando de lado, observando os olhos lacrimejantes e os lábios trêmulos de Dulce.


Blanca - O que aconteceu? - Dulce fechou os olhos por um tempo mais longo do que o normal, colocou o carro em movimento sabendo que cada movimento seu estaria sendo precisamente avaliado por sua mãe. - Estou falando com você, menina, o que aconteceu?


Dulce mudou lentamente de marcha, concentrando-se.


Dul - Eu gosto do sol de Março. Ele não é quente, mas também não é frio. Deixa uma temperatura agradável, um vento agradável. - Abriu um fraco sorriso que não convenceu e nem tirou a cara de preocupação que sua mãe mantinha no rosto. Calou-se por mais alguns instantes.


Blanca - Ainda está com febre? Passou mal pela noite? Eu disse para me ligar! Ah Dulce, você sabe como eu adoro que desobedeça minhas ordens.


Dulce fechou os olhos repleto de lágrimas, sorrindo.


Deus, ela não sabia por onde começar!


Em mais um minuto ou dois, estacionou frente a uma casa muito conhecida para ambas. Blanca mirou ao seu redor, franzindo novamente a testa, vendo a casa que fora seu lar por tanto tempo agora abandonada, vazia...


Blanca - Porque dirigiu para cá? - virou-se novamente, olhando Dulce de frente, que mantinha as mãos no volante, mirando a casa com os olhos repletos de lágrimas. - Dulce, pode parar com isso? Brigou com Christopher?


Dulce negou com a cabeça.


Dul - Ás vezes, quando eu chegava da escola, me escondia no quintal lá trás. - Blanca engoliu a saliva, vendo sua filha apontar para o quintal. - Você nem percebia, mas eu trocava a camisa da escola. - Fechou os olhos. - Eu era tão desastrada com o toddy. - Sorriu, batendo levemente no volante. - Eu sabia que você falaria durante horas dos meus maus modos, de como eu era desastrada, de como parecia um moleque de vez uma moça.


Blanca - Filha, fale comigo, o que está havendo?


Dul - Eu não gostava daquela maldita saia. - voltou a abrir os olhos. - Era longa demais, larga demais, me deixava parecendo um espantalho. - Blanca engoliu a saliva. - Ah mãe... - voltou a fechar os olhos. -O que mais amo recordar era o cheiro de bolo das tarde de domingo, se lembra? Anahí vinha com Madalena, você fazia bolo de chocolate enquanto Anahí e eu fazíamos planos para o futuro sobre nossas vidas. Ela queria ser médica, eu disse que seria juíza! - Negou com a cabeça sorrindo. - Onde eu estava com a cabeça?


Calou-se por alguns instantes, voltando a abrir os olhos.


Dul - Quando saí daqui, eu disse que jamais lhe perdoaria.


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Blanca engoliu a saliva, ciente de que algo acontecia.


Seu coração batia de forma acelerada, seu corpo estava em guarda como se seu coração materno enviasse ao mesmo, sinais de que algo iria acontecer, de que algo estava errado.


Dul - Não pense nem por um instante mãe, nem por um único instante que eu não pensei em você o tempo que estive longe. - Engoliu a saliva, batendo novamente no volante. - Eu estava tão acostumada com aquela vida patética, com as bebidas, as festas, o dinheiro, o luxo, que nem me dei conta de que o tempo estava se passando e... - Segurou o choro por alguns instantes. - Eu estava sufocada aqui mãe. - Virou-se finalmente para Blanca, quase perdendo a coragem de falar o que tinha que falar. - Entende? Isso aqui estava me sufocando, você o papai, eu me sentia feliz, mas me sentia sufocada! Droga, eu queria fazer a faculdade que as garotas da revista faziam. Eu queria os vestidos curtos de cores gritantes. Eu queria passar maquiagem, curtir o rock e dançar sem precisar tomar cuidado com o vestido que poderia amassar.


Blanca - Dulce...


Dul - Eu queria a liberdade mãe! Eu queria poder voar, não me preocupar com as banalidades, não me preocupar em ser o que vocês eram. Droga, eu jamais fui e jamais seria a droga de uma mulher perfeita. - Perdeu o fôlego por alguns segundos. - Eu não queria as bonecas, as reuniões em família...Eu não queria o tradicional e seguro casamento. - Baixou a cabeça por alguns instantes, podendo sentir o desespero de Blanca. - Eu queria mais, entende? - Blanca assentiu. - E quando eu consegui não havia ninguém lá! - Deixou que uma lágrima escorresse. - Papai já tinha morrido e você mais uma vez não estava lá. Você nunca esteve lá e eu nunca, nunca realmente estive aqui.- Levou a mão sobe o coração. - Aquilo me bastou mãe. - Engoliu o choro. - Por bons anos aquilo foi tudo o que me bastou. Minha casa, minha empresa, meu dinheiro, minhas roupas, meus namorados, minhas jóias... Eu jurei, jurei que esqueceria de tudo isso aqui. - Apontou para sua casa. - Jurei que faria você engolir sua língua por tudo o que havia me dito, pela praga que havia me rogado... Jurei que você havia falhado, que eu conseguiria sem você, sem o papai, sem essa cidade.


Blanca limpou rapidamente as lágrimas que caiam de seus olhos.


Dul - E eu consegui mãe! - Deixou a emoção falar mais alto, abafando sua voz. - Eu consegui grande parte das minhas ambições, vivi experiências extraordinárias, conheci pessoas maravilhosas. Deus, eu pensei que eu estava sendo feliz, pensei que estava tudo bem, que essa era a vida que eu havia escolhido, que eu havia escolhido para mim. Talvez eu tenha tido mais do que eu merecia, talvez eu... - Calou-se por alguns instantes, segurando as lágrimas. - Eu amo você mãe. Amo mesmo! - Soluçou e Blanca assustou-se ainda mais, mantendo os olhos bem abertos, acariciando o rosto de Dulce, que lhe mirava com tanto sentimento. - E eu sinto muito por não ter voltado antes, por ter sido tão orgulhosa e talvez seja esse meu castigo...


Blanca - Não fale assim, Deus não castiga ninguém. Fale comigo querida, o que está acontecendo.


Dul - Eu não era feliz mãe. - Murmurou, chorando com intensidade, com os olhos conectados nos olhos avermelhados de Blanca. - O mesmo vazio, aquele mesmo vazio que havia aqui, apareceu lá novamente. Maldito seja, eu tinha tudo, tudo o que eu precisava... - Blanca lhe segurou o rosto com as duas mãos trêmulas, limpando as lágrimas que desciam pelos olhos de Dulce. - Droga, mãe, não havia ele... - sorriu com grande tristeza. - Não havia Priori, não havia você... E quando eu percebi o quanto eu estava perdida já não dava mais tempo.


Blanca - Não dava mais tempo do que, querida? Hum? Eu estou aqui, fique calma.


Dul - Ele apareceu agora mãe. - Soluçou, baixando a cabeça - Agora que eu já não posso mais, ele vem dizer que me ama, que ficará tudo bem, que nós ficaremos juntos por todo sempre, quando o todo sempre não existe...Agora ele apareceu mãe, me dando o mundo de prazer e de amores, me devolvendo o sol, me dando o que faltava, me trazendo de volta para a minha casa para você. Mas eu não tenho tempo mãe. Oh Deus, eu sinto muito... - Abraçou Blanca, que com os olhos arregalados em desespero lhe abraçou de volta. - Eu não queria ter dito aquelas coisas quando eu fui embora, eu sinto muito mãe...Eu não queria ter lhe deixado sozinha, mas eu precisava... - Votou a mirar Blanca com intensidade. - Eu precisava ir, eu precisava... - Fechou os olhos, soluçando mais uma vez. - Eu sinto muito por ter lhe mentido naquela tarde, por não ter vindo enterrar o papai... Sinto muito por ter te julgado, ter julgado seu amor e a ter condenado por permitir que ele a traísse bem debaixo do nosso nariz... Você não merecia mãe! - Pegou Blanca pelos dois lados do rosto com ternura, exatamente como ela fazia com seu rosto, percebendo que havia atingido em cheio o ponto fraco de sua mãe. - Você não merecia o que ele estava fazendo, por mais que fosse perfeita, por mais que ele a adorasse. Eu não merecia, mãe... Eu não queria ir embora sem dizer adeus, eu lhe diria, eu voltaria daquele ônibus e lhe diria adeus.


Blanca - Você disse que iria na casa de Anahí, se eu não tivesse chegado, você não teria, não teria me dito para onde estava indo. - Murmurou, limpando suas próprias lágrimas. - Eu estava preocupada, eu... Santo Deus Dulce, o que está havendo? Porque falar disso agora, não se machuque querida, não me machuque.


Dul - Mãe, estou doente. - Disse enfim e Blanca assentiu, lhe medindo a febre.



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Autor(a): ardillacandy

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Como explicar o inexplicavel???? Comentem!!!!!!!!!!!   Blanca - Eu sei querida, então iremos ao médico e... Dul - Mãe, estou doente... - Voltou a repetir, segurando o choro e a respiração. Naquele exato foi impossível mirar os olhos de sua mãe. Os mesmos olhos de choro quando seu pai saia para trabalhar, os ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 2332



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  • anne_mx Postado em 17/01/2023 - 16:20:26

    Que fanfic linda! Meu Deus, se um dia eu for abençoada com um amor forte desse eu serei muito mais feliz que já sou, esse casal sofreu demais, mas a força da Dul é a coisa mais linda de se enxergar, glória a Deus q ela se recuperou e está bem! <3

  • aucker Postado em 22/12/2020 - 04:54:07

    É uma história muito linda

  • lukinhasmathers Postado em 01/09/2020 - 09:21:43

    Acabei de ler novamente essa linda web... Depois de um tempo vou ler de novo

  • lukinhasmathers Postado em 19/08/2020 - 13:13:17

    To lendo de novoooo

  • licca_izumi_isamu_vondy Postado em 06/03/2020 - 21:37:36

    pq vc mudou o sobrenome dela para torredo? e essa fic esta muitolinda

  • lukinhasmathers Postado em 21/10/2019 - 23:42:15

    Enfim, acabei ler pela quinta vez, amo demais essa web veyyyy

  • lukinhasmathers Postado em 02/10/2019 - 11:21:29

    vou voltar a ler essa lenda de história

  • lukinhasmathers Postado em 11/03/2019 - 10:27:41

    Ainda este ano, acho que volto a ler essa web!

  • lukinhasmathers Postado em 19/03/2018 - 10:29:35

    caralho mano, chorei de mais com essa história, só perde para uma linha mulher

  • keyan_vondy Postado em 10/06/2016 - 19:27:57

    Web MARAVILHOSA uma das mais lindas existentes aqui nesse site.PARABÉNS pela linda fic.


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