Fanfic: Um lindo homen Vondy

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Capítulo: 74° Capítulo

Como explicar o inexplicavel????

Comentem!!!!!!!!!!!

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Blanca - Eu sei querida, então iremos ao médico e...

Dul - Mãe, estou doente... - Voltou a repetir, segurando o choro e a respiração. Naquele exato foi impossível mirar os olhos de sua mãe. Os mesmos olhos de choro quando seu pai saia para trabalhar, os mesmos olhos de choro das discussões...

Blanca - Eu sei que está doente, eu disse que...

Dul - Tenho câncer, mãe. - Murmurou, agarrando com força o volante em suas mãos. - É um tipo sem.... - Dulce calou-se, mirando sua mãe que paralisada lhe mirava, com os olhos e a boca abertos em espanto. Sentiu-se uma miserável. Fechou seus olhos, se calou.

Blanca - Porque está me dizendo isso? - Blanca gritou, assustando Dulce que abriu os olhos, deixando que as lágrimas livremente rolassem por seu rosto. PORQUE ESTÁ ME DIZENDO ISSO? ESTÁ MALUCA, MENINA? PARE JÁ COM ISSO, PARA AGORA MESMO COM ISSO DULCE.

 

Dulce manteve-se muda, mirando o horizonte que se estendia na pequena estradinha a sua frente. Seu corpo deixou de tremer, as dores de cabeça tornaram-se mínimas, estava anestesiada. Seus sentimentos pareciam aflorar com tamanha intensidade que se tornava incapaz de senti-los. Tomou força para continuar.

 

Dul - Descobri alguns dias antes de voltar... è um tipo de leucemia, um tipo raro, mas pode ser considerado leucemia. - Engoliu a saliva, fechando seus olhos doloridos, tendo consciência de que a febre voltava a lhe assombrar.

 

Blanca permaneceu muda.

Com aquela mesma expressão de dor, surpresa, horror.

Dulce não foi capaz de mirar sua mãe e desejou do fundo do coração não ter que em vida precisar fazer aquilo novamente. Apertou mais os olhos, mordendo os lábios, respirando de forma lenta.

O que sua mãe fez foi abrir a porta do carro e caminhar com pressa até a porta da antiga casa onde habitavam.

Dulce baixou a cabeça, saindo rapidamente do carro.

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Dul- Mãe... - Chamou por Blanca que se sentava na escadinha tão conhecida da porta da entrada. Ele levava a mão no peito, com os olhos naquele mesmo pavor, com o rosto vermelho pelo choro que não se libertava, a sufocando. - Mãe... - Dulce voltou a chamar, caminhando com pressa.

Blanca a mirou nos olhos e seu espanto aumentou ainda mais ao observar Dulce levando a mão ao nariz, que estranhamente começa a sangrar.

Blanca - Oh Deus... - ela murmurou com a foz estrangulada e abafada. Dulce correu para o carro, pegando um pedaço de papel levando ao nariz, deixando que algumas lágrimas escapassem. Aquilo tinha que acontecer, tinha que acontecer logo ali? De repente ouviu o grito de sua mãe e o que se seguiu foi um choro sofrido, choro de fez com que Dulce novamente se sentisse uma miserável e que questionasse por alguns segundos a existência de um Força maior que protegia os bons. Levou a mão sobre seu peito e chorou junto, sufocada, estrangulada por aquele sentimento devastador. Saiu do carro e correu na direção de sua mãe. Blanca lhe abriu os braços e Dulce ajoelhou-se na sua frente, a abraçando com força

Sua mãe soluçava em seu ouvido, em uma lamentação silenciosa e dolorida.

 

Dul - Está tudo bem mãe, eu estou bem. - Mas Blanca não parecia ouvir, apertava Dulce com tanta força em seus braços, a segurava com tanta posse maternal.

Blanca - Não Filha, não faça assim comigo, não diga essas tolices, eu não posso...

 

Dulce novamente limpou o nariz e então Blanca novamente a pegou pelo rosto, a mirando por todo canto, lhe enxugando as lágrimas, para então ter a certeza de que sua filha não estava brincando. Negou com a cabeça, com um gemido baixo de dor escapando por seus lábios trêmulos e molhados pelas lágrimas.

 

Blanca - O que foi que eu fiz? - Murmurou, fechando os olhos devido ao choro que lhe consumia - Oh Meu Deus eu deveria ter cuidado de você. - Soluçou mais uma vez, arrastando Dulce de volta para o mundo real, aquele que fazia com que sentissem dor, desespero, tristeza.

 

Não por ela, de forma nenhuma.

Mas por sua mãe.

Blanca - Eu deveria... - Tocou Dulce nos olhos. - Perdoa filha. - Baixou a cabeça, buscando ar. - Perdoa querida, eu deveria... eu deveria ter cuidado de você, eu deveria. - Dulce negou com a cabeça, tentando dizer para que não falasse isso, para que não pensasse dessa forma.

Mas não conseguia.

Sua garganta estava entalada, com um nó gigantesco.

 

Blanca - Filha eu não... eu não... - Dulce voltou a abraçar, conseguindo se pronunciar.

Dul - Não fale isso mãe, pelo amor de Deus não fale isso. Não tem nada a ver, isso não...

Blanca - TEM SIM, EU DEVERIA CUIDADO DE VOCÊ, EU DEVERIA TER... EU DEVERIA FILHA....isso é um pesadelo, eu não acredito, você sempre foi tão saudável, sempre foi forte, sempre correu feito um touro, sempre... - Perdeu a fala, sufocada com suas próprias lágrimas.

Dul - Tinha que acontecer entende? - Tentou consolar sua mãe. - Tinha que acontecer para que o homem da minha vida me encontrasse, para que nós nos encontrássemos.

Blanca -NÃO OUSE DIZER QUE É CERTO QUE ME DEIXE, EU NÃO QUERO PENSAR NISSO, FALAR DISSO, eu não... - Negou com a cabeça. - Eu deveria ter sido mais firme, ter ido atrás de você e ter te olhado, te cuidado, lhe dado todo o meu amor.

Dul - MÃE, PELO AMOR DE DEUS ESCUTA-ME! Isso não tem nada haver com você, me escute, eu...eu...Eu não sei. - Murmurou, levantando os ombros com extrema ternura, sorrindo com tristeza. - Nem mesmo eu sei o que houve mãe, quando eu vi estava doente, estou doente e...

Blanca - Dulce...

Dul - NÃO, ME ESCUTE, SIM? HOJE, UMA ÚNICA VEZ, ME ESCUTE! - soluçou, limpando suas lágrimas, não tendo noção de sua aparência abatida. - Eu andei pensando, pensando sobre a vida e decidi aderir a idéia de que talvez eu tenha vivido o que precisei viver. - Blanca preparou-se para gritar, negando com a cabeça, mas sua voz não saiu, cobriu os lábios com as mãos, tremendo como jamais tremera na vida. - Eu sou amada mãe. - Murmurou com grande emoção e sentimento, erguendo sua aliança de casada. - Fui amada e amo mãe, voltei a ver-te, abraçar-te, confessar coisas que estavam guardadas em mim, em nós, nos machucando...eu voltei para a minha casa, para o calor de Priori...E eu ficarei aqui mãe, ficarei aqui com você. - Fechou os olhos por alguns instantes, tentando recuperar o controle sobre si mesma. - Eu cuidarei de você e você cuidará de mim, seremos nó duas, mãe e filha. - Blanca voltou a chorar de forma descontrolada, abraçando-se a Dulce, assentindo com a cabeça, confirmando que sim, que a cuidaria como sempre deveria ter feito.

Dul - Eu sinto muito mãe. - murmurou, acariciando os cabelos de sua mãe. - Eu sinto muito por lhe causar essa dor quando não merece.

Blanca - Há um tratamento para isso, eu já ouvi falar que há diferentes...

Dulce negou com a cabeça.

Dulce negou com a cabeça.

Dul - Eu não quero, não quero essas drogas que acabarão comigo, com a imagem que possuem de mim agora, não quero definhar em uma cama, dependendo de você para tudo, sendo um peso na sua vida, eu...

Blanca - JAMAIS VOLTE A DIZER ISSO. Há tratamentos, eu sei que há, eu vi nos jornais que existem...

Dul- Mãe, eu não quero. - Negou com a cabeça. - Não quero isso para mim, para nós.

Blanca -VOCÊ ESTÁ DESISTINDO? - Gritou novamente, chacoalhando Dulce levemente pelos braços. - Está desistindo de viver? - Sussurrou, sem conseguir realmente acreditar no que via e ouvia. - Christopher... seu marido sabe?

Aquilo foi a gota d`água para Dulce.

Ela franziu as sobrancelhas, mirou sua mãe no fundo dos olhos negando com a cabeça.

Blanca - Não disse ao seu marido as barbaridades que está me dizendo, o que é que você quer, o que você precisa? De um motivo, precisa de um motivo para viver?

Dulce pensou em responder o mesmo que havia respondido a Pierre.

Mas então algo mudou.

Não naquele precioso momento, mas sim no momento em que Christopher havia entrado em sua vida. Algo também havia entrado...

Um motivo.

Amores por é só,assim que der eu posto mais, please comentem bastante.

Bjos

Amo vcs

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