Fanfic: Um lindo homen Vondy

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Capítulo: 82° Capítulo

 

Alguem ainda vivo?????

Eu amo vcs!!!!!!!!!!!!

Comentem!!!!!!!!!!!!!

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Dul - Não faça isso comigo. - Murmurou, o mirando de forma assustada, como uma menina após um pesadelo. - Não faça isso comigo, Casillas.

Mas ele fez.

Deixou o quarto e em um instante tudo se encontrava silencioso, escuro, frio.

E a Rainha permaneceu ali sentada na cama, com o coração aos saltos, os olhos assustados e o corpo prestes a explodir em um quebra de controle e sentimentos inimagináveis.

Mas ele fez.

Deixou o quarto e em um instante tudo se encontrava silencioso, escuro, frio.

E a Rainha permaneceu ali sentada na cama, com o coração aos saltos, os olhos assustados e o corpo prestes a explodir em um quebra de controle e sentimentos inimagináveis.

Diante do médico, segurando aquelas dezenas de exames, Dulce sabia que sua mãe reunia todas as forças necessárias para se manter firme, forte, com o semblante fechado em sinal de que prestava atenção no que o simpático Doutor Rúbens lhe falava. Por alguns instantes deixou de mirar o Doutor, com o som da voz do mesmo naquele amplo e claro consultório desaparecendo de seus ouvidos. Piscou os olhos com força, observando sua mãe fortemente agarrada a sua bolsinha florida, com a face levemente avermelhada pelo calor não habitual nessa época do ano, os cabelos recolhidos em um coque sério e elegante, a saia e a blusa de cores delicadas como estava tão acostumada a usar. Ela estava séria...Deus tão séria e se controlava de tal forma que, assim que saíssem do consultório, Dulce temia que sofresse de algum mal estar.

Um sorriso pequeno escapou de seus lábios trêmulos. Seus olhos mais uma vez tornaram-se cristalinos e ainda mais avermelhados. Sua mãe estava na cidade, sua mãe iria conhecer sua casa, sua mãe estava ali, com ela.

Como se Blanca pudesse perceber, sem nem mesmo mirar sua filha que, a emoção voltava a tomar com força como acontecia nos últimos dias, entrelaçou seus dedos aos de Dulce, lhe passando de forma intensa uma força que fez com que Dulce deixasse de viajar por aquele mundo constante e letárgico que sua cabeça e seu corpo armavam-lhe de forma constante. Fechou os olhos, e o som de seus próprios gritos fez com voltasse os abrir com rapidez.

Rúbens - Como eu disse, não sabe como me deixa aliviado saber que está sabendo da situação. Que há alguém cuidando dela, a olhando de perto, o que é extremamente importante. - Rúbens mirou os olhos cristalinos de sua nova paciente. Porque sim, aquela era uma nova Dulce Torredo, nada parecida com a mulher que naquele dia saíra de seu consultório. - Eu lhe garanto Dulce, que se sentirá melhor com essa medicação, se estivesse ficado aqui, talvez tivéssemos controlado melhor os sintomas, eu sei como está se sentindo.

Dulce mirou o médico negando com a cabeça.

Dul - Não, você não sabe. - Respondeu em voz baixa, abrindo um triste sorriso, apertando os olhos quando mais um de seus gritos lhe invadiram a cabeça.

Dul -SEU MALDITO COVARDE, VOLTE AQUI CHRISTOPHER, VOLTE AQUI QUE EU NÃO LHE ENTREGUEI A PORCARIA DO SEU CHEQUE!

Dulce voltou a abrir os olhos, respirando de forma ofegante, percebendo que Rúbens voltava a lhe falar algo importante.

Rúbens- Nós estamos fazendo pesquisas, eu e minha equipe, sobre essa forma de transplante.

Blanca - Mas acha que para a minha filha... - engoliu a saliva, apertando ainda mais sua bolsa. - Acha que para a minha filha um transplante pode ser útil?

Rúbens - Nessas últimas semanas em que Dulce esteve fora, andamos fazendo algumas pesquisas, reabri o caso de uma paciente minha, que tinha essa mesma doença e constatamos...

Blanca fechou os olhos no mesmo momento que Dulce, os abriu logo em seguida, mas Dulce não. Permaneceu com os olhos fechados, o cenho franzido...

Seus gritos novamente lhe atacaram os ouvidos...os seus gritos e os gritos dele.

Chris - Não torne isso mais difícil pelo amor de Deus, eu não quero o seu dinheiro! Será que você não entende? Deus Santo, eu estou morrendo novamente e vou matar você, minha dor pode matar você! - Dulce o mirou, com a mochila nas mãos, o rosto banhado pelas lágrimas...Ele tremia inteiro, tremia dos pés a cabeça, estava pálido. Com os pés descalços, Dulce continuou o seguindo, com o frio intenso não alterando em nada em seu corpo. Não podia sentir, não conseguia sentir, Santo Deus doía demais.

Dul - EU QUERO QUE VOCÊ VÁ AO INFERNO! MALDITO COVARDE, MALDITO COVARDE, TOME A MERDA DO SEU CHEQUE! FIZ QUESTÃO DE DAR-LHE O TRIPLO DO QUE COMBINAMOS, ASSIM VOCÊ SE VERÁ LIVRE DESSA TROUXA ESTÚPIDA E DOENTE. - Lhe gritou, atacando-lhe o cheque que voou para perto de Christopher, que continuou andando em passos rápidos, os olhos fechados, o corpo levemente curvado pela dor.

Rúbens - Dulce, está ouvindo? - Dulce abriu os olhos, assentindo com a cabeça, limpando levemente as lágrimas que escorriam de seus olhos. - Faremos mais uma bateria de exames amanha pela manha, eu quero que venha cedo, nós a internaremos durante todo o dia.

Dul - A imprensa...

Rúbens - Ninguém subirá aqui, aqui não é permitida a entrada desses abutres. Não se preocupe, cuidaremos da sua saúde e da sua segurança.

Blanca - Estaremos aqui bem cedo, há algo que eu possa fazer?

Rúbens - Faremos os exames em Dulce, exames precisos e dependendo do resultado, a minha equipe, eu e Dulce tomaremos uma decisão.

Dul - Quais são as chances? - Dulce perguntou, voltando a fechar os olhos.

Chris -NÃO FALE ISSO, PELO AMOR DE DEUS DULCE, ENTRE, ENTRE PARA CASA EU...

Dul- OLHE PARA MIM... - Ele gritava, com Blanca logo atrás, implorando para que Dulce parasse, para que parasse de gritar e se esforçar daquela forma, para que parasse de tomar tanta friagem. - OLHE PARA MIM SEU FILHO DE UMA MÃE. SEJA UM HOMEM VAMOS LÁ, SEJA UM HOMEM. - Christopher jogou a mochila longe a mirando.

Chris - Por favor, eu estou implorando pare que pare com isso. - Dulce franziu a testa, soluçando. - Vá com a sua mãe, eu amo você, eu amo você; vá com ela.

Rúbens - De que chances fala Dulce? - Dulce voltou a abrir os olhos, apertando ainda mais as mãos de sua mãe. Oh Deus, a amava tanto, era tão forte, tão mulher...

Dul - Quais são as chances de dar certo? De esse transplante dar certo como costuma dar nos outros casos. Qual é chance de eu viver? - Rubens lhe sorriu. Sorriu de uma forma tenra, anotando algumas coisas em um papel.

Rúbens - Até onde vai sua vontade de viver?

Dul - Pegue esse maldito cheque Christopher, me deve isso, pegue esse maldito cheque. - Christopher fechou os olhos, caminhando até Dulce, a segurando pelos braços, negando com a cabeça, a observando com os pés descalços naquele chão tão frio. Soluçou com ela, dizendo silenciosamente para que ela se calasse, para que fosse com sua mãe.

Chris - Vá com ela, por favor vá com ela.

Dul - É um maldito covarde, O MEU MALDITO COVARDE POIS EU PAGUEI POR VOCÊ, SEU MERDA, EU PAGUEI POR VOCÊ! - Christopher fechou os olhos, lhe beijando a testa com os olhos bem apertados, para então continuar a caminhar, pegando sua mochila, a ouvindo gritar em suas costas, com altos soluços assustados a deixando com a voz cada vez mais baixa.

Dulce abaixou a cabeça, negando com a mesma, com seus dedos agora livres brincando uns com os outros. Dessa vez uma lágrima não escorreu, mirou a janela de onde o sol vinha com toda sua beleza e calor, mirou sua mãe que, sabendo o que se passava em seu interior rezava para que aquela consulta acabasse, para que pudesse abraçar sua filha, lhe dizer que estava tudo bem, que iriam conseguir.

Dul -ENTÃO VAI, VAI EMBORA AGORA. EU JAMAIS QUERO LHE VER NA MINHA FRENTE, VOCÊ É UMA NADA CHRISTOPHER, ESCUTE O QUE ESTOU LHE DIZENDO, ENVIAREI ESSA MISÉRIA DE DINHEIRO ATÉ O CHIQUEIRO QUE É A SUA CASA! E JAMAIS, JAMAIS TE LEMBRE QUE PASSOU PELA MINHA VIDA. - Ajoelhou-se ao chão, o vendo partir. - Eu não quero lhe ver nunca mais! - Fechou os olhos, mergulhando seu rosto em suas mãos frias. Sentou-se no chão, ouvindo o grito de sua mãe logo atrás de si.

Dul - Eu preciso viver.- Ela murmurou, assentindo com a cabeça. - Eu não sou cristã, não rezo todas as noites e já cometi centenas de pecados, mas eu preciso viver. Eu tenho esse direito. - Cerrou os dentes, controlando o choro. - Eu tenho esse direito.

Rúbens - Eu juro, por tudo o que estudei e por tudo o que sei, que farei e usarei tudo o que estiver ao meu alcance para lhe ajudar. Não vou perder outra paciente para essa doença. Se você me falar que acredita que irá viver, se você me disser que vai lutar como eu e sua mãe vamos lutar... se você me disser que quer...que quer isso, que está disposta a enfrentar isso, eu juro como o amor que tenho à minha profissão que farei de tudo, de tudo para lhe salvar.

Dulce assentiu com a cabeça, com um nó na garganta grande demais para poder dizer algo. Blanca sorriu emocionada, assentindo com a cabeça para o Doutor, lhe agradecendo com aqueles olhos de mãe tão gentis e amorosos.

Rúbens - Você não está sozinha.

Chris - Cuide dela, Blanca.

Blanca - Não percebe que será pior? É o marido dela.

Chris - Apenas prometa, prometa que fará o certo, que voltará com ela para a cidade, que ficará com ela...

Blanca - Converse com sua mulher antes de tomar decisões precipitadas, eu não sei o que está acontecendo para que pense em fazer isso, eu não sei o que há entre vocês realmente, mas não faça isso Christopher. Ela está lá em cima.

Chris - Eu não posso, não agora...Entenda Blanca, pelo amor de Deus, eu não posso, eu morreria, ela morreria.

Blanca - Será pior sem você.

Chris - Ela sentirá dor, raiva, gritará, mas vai passar...Sim, vai passar. Dulce precisa ser a velha Dulce para enfrentar tudo isso. A tire daquela empresa, daquela casa, de perto daquelas pessoas, a traga para cá Blanca, cuide dela da forma que tenho certeza que fará, eu estou lhe implorando.

Blanca - Esse é o meu dever e farei isso com todo o meu coração.

Chris - Eu sei que fará...Dê-me um tempo, eu não posso respirar, eu não consigo pensar, eu preciso...preciso ir.

Blanca - Dulce não lhe perdoará por isso, eu conheço a minha filha.

Chris - Quando puder diga que a amo.

Blanca - Você vai voltar?

Chris - Você irá dizer? Diga que a amo, que é a Rainha da minha vida e que meu coração é dela, tudo meu, tudo em mim pertence a ela.

Blanca - Não, ela não está sozinha, jamais estará. - Rúbens assentiu, levantando-se. Dulce levantou-se logo em seguida, sentindo firmeza em cima do alto par de sapatos que usava. Afastou sua franja dos olhos, limpando levemente os olhos perfeitamente maquiados por Pierre. Agradeceu ao médico com um aperto de mãos.

Rúbens - Esteja aqui Dulce, amanha, cedo. - Dulce assentiu, abriu a porta para ver Pierre de levantando, aflito, com os olhos transbordando afeto e preocupação.

Blanca - Obrigado Doutor. E o que eu puder fazer, sobre o transplante, os exames.

Rubens - Na hora certa falaremos disso. - Rúbens mirou sua paciente, sendo abraçada por seu amigo que a fazia rir de alguma coisa. Estava um pouco distante dele e de Blanca. - A faça estar aqui senhora Torredo. - Blanca assentiu, agradecendo com um breve aperto de mãos o atencioso e competente Doutor. Abriu um sorriso ao caminhar até Dulce a Pierre - o estranho amigo de sua filha. - Franziu a testa ao ver como ele caminhava, ergueu a sobrancelha ao vê-lo jogar a cabeça para trás em uma gargalhada escandalosa.

Blanca - Depois dizem que as pessoas de cidade pequena são estranhas! Eu hein...

Postes Tensos né............

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