Fanfic: Um lindo homen Vondy

O silêncio se instalou no carro por alguns segundos.

Dul - Não há somente o lado ruim. Há minha empresa, minha casa, minhas coisas, poucos amigos...Não fui somente infeliz aqui, mãe. Há várias coisas que levarei para o resto da vida que eu tiver.

Blanca - E onde entra Christopher nisso tudo? - Dulce desviou o olhar para a janela, bebendo outro gole de água.

Dul - Eles não sabem sobre meu casamento.

Blanca - E desde quando você esteve casada? - Dulce mirou sua mãe, com seu coração batendo de forma rápida por longos segundos, intermináveis segundos.

Dul- Do que está falando? - De forma inconsciente Dulce mirou o dedo onde usara até pouco tempo a aliança. Sentiu-se estranha e de forma inconsciente volto a colocar àquele anel dourado em seu dedo.

Blanca - Quer mesmo falar sobre isso? - Dulce de imediato negou com a cabeça e Blanca assentiu.

Dul - Eu jamais mãe... - Mirou Blanca nos olhos, percebendo que estavam na rua de sua casa. - Eu jamais poderia imaginar na minha vida, que isso um dia iria acontecer. Estou confusa, magoada e odiando a minha maldita fragilidade. Eu quero explodir, talvez eu ainda precise chorar, sinto saudades, minhas mãos estão trêmulas e meu corpo parece se revoltar contra mim...Acredite mãe, dar sorrisos falsos e dizer o que aquelas pessoas querem ouvir, é o que menos me machuca nesse momento.

Blanca mirou sua filha nos olhos, entendendo e respeitando o momento que Dulce finalmente, depois de uma semana inteira de silêncio, havia falado como se sentia. Não alongou o assunto. Não queria mentiras, nem muito menos lágrimas. Notou que o carro estacionava em frente de uma enorme casa.

Sim, era a casa de sua filha. O segurança abriu a porta do carro e Blanca, pode ouvir novamente o barulho de vozes, flashs, questionamentos...Lá estavam todos àqueles repórteres novamente na frente da casa de sua filha. Como se aquilo já lhe fosse familiar, Dulce botou o óculos, desceu do carro já sendo cercada por seguranças...Sua filha acenou algumas vezes até que conseguisse sair do carro. Com rapidez entraram pela grande porta da frente.

Dulce disse alguma coisa aos seguranças e trancou a porta, encostando suas costas na mesma, tirando o óculos, mantendo os olhos fechados.

Então um sorriso brotou nos lábios dela.

Um sorriso de saudades, talvez de tristeza.

Dul - Minha casa... - ela murmurou para então depois suspirar e abrir os olhos. Caminhou com passos lentos pelo chão de mármore branco, perfeitamente limpo e brilhoso. Passou o dedo pela mesa do extenso corredor, deixando ali sua bolsa e seu óculos. - Ah mãe, isso aqui é o que chamo de fortaleza. As paredes são frias, o silêncio pode ser sufocante, mas mesmo assim... - voltou a fechar os olhos. - Mesmo assim eu me sentia segura aqui.

Blanca mirou a sala, os tons fortes das paredes, o sofisticado e atual design dos móveis. Era tudo de um grande luxo, de uma grande beleza, de um excelente bom gosto. A casa era enorme, duas escadas davam para o segundo andar que deveria ser ainda mais enorme. Cômodos bem distribuídos, decorados, com combinações exclusivas de cores que denominavam o estilo de vida que uma mulher como Dulce levava. O sofá longo, macio, os quadros fortes, expressivos.

Blanca - Vive nessa casa enorme...sozinha? - Dulce sorriu novamente, sentando-se no sofá, tirando os sapatos.

Dulce - Acho que o lugar que menos fico é em minha casa. Foram tantas viagens, festas, reuniões, horas de trabalho...Engraçado, senti saudades, mas acho que eu poderia ficar mais tempo longe de casa.

Blanca - É linda filha, de muito bom gosto e elegância. Mas a acho meio...

Dul - Grande? Fria? - Sorriu novamente, pegando os seus sapatos, caminhando até sua mãe. - E de fato é, mãe. Gosto das cores das paredes, gosto dos pisos e dos móveis. Mas acho que gosto mesmo é da varanda. A varanda que dá para trás da casa, para a piscina...Eu posso me sentar ali e ficar durante horas pensando na minha vida. - Fechou os olhos.

Dul – Você também não é o homem que me salvou.

Chris – Não, eu não sou, porque ele não te amava... – Dulce arrepiou-se. – E esse, esse aqui te ama.

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