Fanfic: A Princesa e o Plaboy . d&c - adaptada / terminada

Muito triste quase não teve comentário :/

Levando-se em conta o fato de aquele ser um dos mais belos jardins de Sapphan, Dulce considerou as palavras como um grande cumprimento.

— Duvido disso, mas, obrigada, de qualquer forma.

— Não é um elogio, é um fato. — Christopher se acomodou do outro lado da mesa. — E eu devia ter sido mais cuidadoso para lhe explicar isso hoje pela manhã. Você é uma linda e delicada flor, que merece ser tratada com muito carinho.

— Não precisa se desculpar por nada — cortou-o com frieza.

Christopher pareceu surpreso.

— Não foi um pedido de desculpas. Na verdade, é mais uma… promessa. — Fez uma pausa significativa.

Um calor estranho e incômodo dominou o corpo de Dulce, que estendeu a mão trêmula para apanhar o copo de água que tinha diante de si. Depois de sorver um longo gole, voltou a encará-lo com curiosidade.

— Uma promessa? Isso parece intrigante.

Christopher retirou o copo de cristal das mãos dela e substituiu-o por seu dedos fortes. A princesa tentou se soltar, mas foi logo impedida de fazê-lo.

— Se continuar se escondendo atrás desse comportamento nobre, poderei ficar tentado a demonstrar o que estou querendo dizer. Acha que a criadagem ficaria surpresa se visse sua princesa fazendo amor com um estranho na grama do jardim?

Dulce sentiu sua pele queimar.

— Eles não ficarão chocados, pois o impossível nunca acontece.

Os olhos verdes de Christopher mantinham-na cativa.

— Tem certeza de que isso é impossível?

— Deve saber melhor do que eu. Hoje pela manhã…

—… você me deixou tão enfeitiçado que me fez esquecer que não era uma mulher normal, Dulce — interrompeu-a com determinação.

Dulce engoliu em seco, evitando fitá-lo, mas precisava fazer uma pergunta:

— Então quer dizer que tudo não… está terminado… entre nós?

Um sorriso tranquilo substituiu a expressão angustiada no rosto de Christopher.

— Princesa, nós ainda nem começamos!

A tensão que a oprimira por todo o dia dissolveu-se num instante, mas foi substituída pela suspeita.

— Por quê, Christopher? Pode ter a mulher que desejar. Por que escolheria alguém tão inexperiente como eu?

— Você está me julgando mal. Eu mesmo cometi o mesmo engano hoje pela manhã.

Então ele pensara no assunto com carinho e decidira que a considerava atraente? Dulce precisava saber.

— O que o fez mudar de ideia?

— Você. Depois que foi embora, não consegui mais me concentrar em outra coisa.

Saber que não sofrera sozinha provocava em Dulce uma estranha satisfação, mas aquilo não era o bastante.

— Descobri que a evitava tanto porque seu comportamento aristocrático colocava um abismo incômodo entre nós, Dulce. Vim da classe mais pobre, você sabe. Cresci entre crianças abandonadas e não tive uma educação apropriada. Tudo o que aprendi devo a minha vontade de triunfar nos negócios.

— Não é nenhum crime nascer pobre. — Dulce jamais teria sido capaz de imaginar Christopher Uckermann sentindo-se inadequado.

— Não me entenda mal. Estou apenas dizendo a verdade. No entanto, o fato é que sua origem difere por completo da minha, e o que aconteceu pela manhã me fez entender isso. Foi então que concluí que precisava mudar de estratégia. E é o que estou fazendo neste momento.

— Não sei se estou entendendo.

Christopher inclinou-se para a frente, segurando as mãos da princesa entre as suas.

— Tenho a intenção de cortejá-la como uma princesa deve ser cortejada. Esqueça minha proposta de casamento. Finja que ainda não a fiz. Antes de pedir que se case comigo outra vez, quero que conheça a pessoa com quem está se envolvendo.

As palavras atingiram-na como um punhal afiado. E se Christopher decidisse não prosseguir com aquilo?

— Não posso dizer nada a respeito disso?

— Você já demonstrou o que pensa pela manhã, Dulce. É ingênua no que diz respeito à arte do amor, e se eu tirasse vantagem de sua inocência, jamais seria capaz de me perdoar. Se tivesse acontecido alguma coisa, na certa me sentiria o pior dos homens.

— Isso tudo me parece um comportamento muito egoísta.

A expressão de Christopher suavizou-se.

— Acha que não sei? Mas não é nada disso. Caso contrário, não estaria aqui neste momento.

— Pensou em partir? — Dulce fora incapaz de esconder o choque.

Christopher assentiu.

— Cheguei a cogitar essa hipótese. Talvez ainda seja a melhor coisa a fazer.

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P.s.: Saudade da Thaila :/