Fanfic: A Princesa e o Plaboy . d&c - adaptada / terminada

Natyvondy – Eu que agradeço flor *O*
Obrigado meninas … não sabe como é bom ter leitoras fieis :D

CAPÍTULO II

Christopher Uckermann encheu os pulmões com o ar puro e revigorante, que era uma das riquezas naturais da ilha Sapphan, e tentou relaxar.

O fato de Alfonso Herrera ter sido obrigado a viajar na última hora era um inconveniente para sua visita de negócios, mas compreendia aquilo muito bem. Afinal de contas, ele mesmo já tivera de se ausentar de compromissos importantes por causa de problemas inesperados.

Só estranhara ter recebido um bilhete de Alfonso em vez de um telefonema. Bem, pelo menos o amigo fora gentil, oferecendo-lhe a própria villa como hospedagem.

Logo que viu a maravilhosa piscina, Christopher sentiu vontade de dar um mergulho refrescante para dissipar o cansaço da longa viagem.

Estava acostumado a ambientes luxuosos, mas jamais vira algo semelhante na Austrália. A villa mais parecia um pequeno palácio, com paredes de pedra ancestrais e um jardim de proporções imensas. A mobília de vime, recoberta por estofados de seda, era a um só tempo bela e confortável. Alfonso e a esposa tinham um gosto excelente para decoração, concluiu satisfeito.

Na biblioteca, avistou um mural com fotos de família. A maioria delas nada significava para Christopher. Considerava Alfonso um bom amigo, porém, seus caminhos tinham se separado muito tempo antes. Apesar disso, quando às vezes se encontravam ou se falavam pelo telefone, era como se o tempo não tivesse passado.

Um sorriso frio curvou-lhe os lábios. A amizade masculina era algo que as mulheres quase nunca conseguiam entender. Elas sempre queriam ter os companheiros ao lado, falando… ou melhor, ouvindo-as com toda a deferência.

Pelo menos fora assim com sua ex-mulher. Ela nunca entendera sua necessidade de calma e solidão, uma herança da infância passada num orfanato, entre dezenas de outras crianças que eram incapazes de ficar um minuto sequer em silêncio.

Christopher encolheu os ombros para afastar tais pensamentos e começou a virar-se, mas sua atenção foi chamada por uma foto em particular. Devia ser a mulher de Alfonso, que ainda não tivera chance de conhecer.

Era uma fotografia tirada numa festa de formatura. Pela primeira vez, Christopher teve a chance de dar uma boa olhada em Anahi Herrera.

Estudando o retrato, se sentiu desconfortável. A jovem não era apenas linda. Na verdade, possuía um olhar estranho, que lhe conferia um certo ar de… Christopher procurou pela melhor palavra. Realeza! Sim, era isso. Anahi olhava para o mundo como se tudo lhe pertencesse.

Os cabelos castanho-escuros e sedosos caíam-lhe sobre os ombros. Era alta, se comparada às demais mulheres sapphanesas que conhecera, e possuía as medidas de uma modelo. No entanto, também havia mais algum detalhe particular, algo que Christopher não conseguia atinar. O problema era o estado civil dela, concluiu. Alfonso, decerto, morreria de rir se o visse parado diante do retrato com ar de adolescente

tolo. Ou talvez não, ainda mais se o amigo se lembrasse de sua reputação de conquistador.

Mas, apesar de todas as histórias a seu respeito, Christopher não sentia-se culpado. Afinal de contas, apenas ele conhecia toda a verdade dos fatos. Quando um homem atingia o topo, era difícil evitar o assédio de várias mulheres “interessadas”, isso sem falar sobre os pais, mães e outras pessoas que sempre enxergavam em Christopher uma boa oportunidade de subir rápido na vida.

Sua própria experiência com o casamento o convencera a agir como um lobo solitário. Sim, o melhor mesmo era verificar logo se em Sapphan existiam outras garotas tão unidas como a esposa do amigo.

Se Anahi voltasse mais cedo da viagem que fizera à capital, como Alfonso advertira, Christopher teria de agir com cuidado. Apesar de o amigo ter assegurado que a presença dela não representaria nenhum problema, isso não mudava o fato do extraordinário efeito que a moça lhe causara.

Havia outro problema, também. A chave que Alfonso lhe mandara não abria a porta do pavilhão de hóspedes, que Christopher deveria utilizar.

Isso o fizera decidir instalar-se na área central da casa, pelo menos por enquanto. Se Anahi retornasse nesse meio tempo, não teria nenhum problema em instalá-lo no outro lado da casa.

Mais um olhar para a fotografia o advertiu de novo a manter uma distancia segura da mulher do amigo.

Christopher sorveu mais um gole da forte cerveja local que Alfonso deixara na geladeira. Não se incomodava de ter de se servir, porém, achava estranho não ter encontrado nenhum criado na propriedade.

Encolhendo os ombros, imaginou que devia ser um costume sapphanês dar folga aos empregados quando o chefe se ausentava.

Lá fora fazia muito calor. O final da estação seca prenunciava-se, e a umidade do ar era quase insuportável.

Christopher terminou a bebida, levou o copo vazio para a cozinha e foi até a piscina, na qual existia uma agradável cascata.

Depois da reação que tivera diante da foto de Anahi, sabia que precisava de água fria. Instantes depois já estava mergulhando. Seu corpo musculoso cortou a superfície, dirigindo-se ao fundo da piscina como um torpedo. Sim, era daquilo mesmo que precisava…

Dulce ouviu um ruído vindo da piscina e sentiu um arrepio na espinha. Agora que chegara o momento, tinha vontade de fugir dali antes que Christopher soubesse de sua presença.

Ele aceitara seu bilhete falso sem discutir, e acreditava que Alfonso tinha viajado para cuidar de importantes negócios. Bem, isso não era uma mentira completa, pois se tratava de uma viagem importante, afinal, pois Anahi e Alfonso, naquele momento, desfrutavam de uma segunda lua de mel em Paris. Para completar a trama, aliás, Alfonso

também recebera uma mensagem, informando que Christopher Uckermann chegaria a Sapphan com duas semanas de atraso.

Comentem *-*