Fanfic: Um Visconde Sedutor - Adaptada - Vondy - TERMINADA

Eneida, Maby e Thaila: gracias!!! Espero que gostem desse post... caliente... kkkkk

- De modo algum, lorde Von Uckermann.

A expressão furiosa de Dulce não o afetou como o uso do título
de seu irmão.

- Como pretende inspecionar meu guarda-roupa?

Dulce abriu a boca e tornou a fechá-la, sem resposta. Após
alguns segundos de reflexão, deu-se

por vencida.

- Está bem. Mas como espera que eu lhe ensine a se portar como
um cavalheiro, se

permitir que você se conduza de modo tão pouco cavalheiresco?
Jamais se convida urna donzela a

entrar em aposentos masculinos, sem que ela tenha ao seu lado
uma dama de companhia.

Christopher mal conteve um sorriso. Os argumentos de Dulce eram
irrefutáveis.

Especialmente depois daquele beijo.

- Nós não ficaríamos sozinhos. Meu valete sempre me espera
acordado. Ele poderia

montar guarda diante da porta para sua segurança.

- Nesse caso, eu concordo em subir ao seu quarto. Um valete,
contudo, não é a pessoa ideal

para servir de acompanhante. É necessária a presença de uma
mulher. De preferência casada, e

mais velha.

- Eu lhe garanto que meu valete é uma pessoa de confiança - Christopher
afirmou enquanto

batia à porta de Jack.

- Seu valete não dorme na ala reservada à criadagem? - Dulce
perguntou surpresa.

A porta foi aberta antes que Christopher pudesse responder.
Bastou um único olhar para Dulce

reconhecer que aquele era um homem criado nas ruas. Seu nariz
achatado denunciava seu modo

de vida, resultado de lutas acirradas. Sua postura não era
absolutamente a de um serviçal.

- Dulce, este é Jack Raivoso Riley.
Ele é meu melhor amigo, meu parceiro nas lutas de

boxe e ocasionalmente meu valete. Jack, esta é a srta. Dulce
Saviñon.

- Como vai, srta. Saviñon?

- Boa noite - Dulce respondeu e olhou imediatamente para Christopher.

- Seu melhor amigo não pode ser indicado como meu acompanhante,
você não acha?

- Talvez não - Christopher concordou -, mas como os criados já
se recolheram, as escolhas

são poucas. Ou você aceita Jack ou eu terei de acordar os outros
e lhes explicar a situação. Você

prefere assim? Não se importa com os comentários?

Um suspiro irritado antecipou a aceitação.

- Eu já disse que você é impossível? Christopher e Jack se
entreolharam.

- Já. Mas elogios nunca são demais.

Christopher perdeu a conta do número de vezes que cogitou
expulsar Jack de seu quarto. Não

deveria tê-lo chamado. Após o desentendimento inicial, Dulce
parecia enfeitiçada por ele. Ria de

tudo o que ele falava e demonstrava surpreendente interesse por
sua carreira no pugilismo, quando

desaprovava essa mesma profissão para Christopher.

Em resumo, o que a irritava nele, a seduzia em Jack.

- Já vi o suficiente - Dulce disse ao término da inspeção.

- Nenhuma de suas roupas é adequada para sua nova vida. As mais
antigas e finas não lhe

servem mais. De qualquer maneira, estão fora de moda. As mais
novas estão em boas condições,

mas não poderão ser usadas em reuniões sociais.

Não havia escapatória. Christopher estava ciente disso antes de
colocar seu guarda-roupa à

disposição de Dulce. Por mais que detestasse posar para os
alfaiates, teria de se conformar com a

situação. O que estava difícil de se conformar era com as
risadinhas tolas de Jack.

- O senhor promete trazer um alfaiate para tirar as medidas do
Sr. Von Uckermann o quanto

antes, sr. Riley?

- Eu mandarei confeccionar novas roupas - Christopher declarou.

- Não preciso de supervisão para realizar essa tarefa.

- Sinto lhe dizer que se engana, Sr. Von Uckermann. Para
convencer as pessoas de que é capaz

de corresponder às exigências que seu título requer, não poderá
ser independente como foi até

agora. O valete é a pessoa indicada para fazer suas compras,
organizar sua agenda e cuidar de suas

roupas. Ambos precisam ter em mente que a vida no submundo ficou
para trás.

Por um instante, Christopher pensou em desistir. Odiava sua nova
situação. Odiava perder sua

liberdade.

- Já basta?

O desânimo de Christopher deveria ter refletido em sua voz pelo
modo como Dulce e Jack o

fitaram.-

Sim - Dulce respondeu. Seu tom de voz também mudara. Ela podia
avaliar o que

Christopher estava sentindo. - E tarde e eu preciso ir. Lady
Ridgefield está planejando dar uma festa

daqui a três dias.

A excitação não a está deixando dormir. Muitas vezes me acorda
no meio da noite para

conversar.

Christopher fez um sinal para que Jack se despedisse. O sangue
lhe subiu ao rosto ao ver o

amigo beijar a mão de Dulce.

- É muito tarde. Eu a acompanharei até sua casa.

- Não é preciso. Alguém poderá vê-lo e...

- Ninguém me verá. Esperarei até você entrar e voltarei
imediatamente - Christopher

insistiu.

Dulce concordou com relutância, certa de que Christopher
tentaria beijá-la durante o trajeto.

Jamais poderia supor que ele fosse se sentar no banco em frente
e olhar pela Dulcela o tempo todo,

como se estivesse sozinho. Uma tensão indefinível pairava entre
eles.

Por que Christopher estaria tão zangado? Por que ela não estaria
disponível nos próximos dias?

Ele estava pensando que essa era uma forma indireta de romperem
o acordo? Se assim fosse,

Christopher colocaria um fim na investigação que mal começara?

Só havia uma maneira de descobrir.

- Você está contrariado porque eu não poderei ir a sua casa até
a festa de lady Ridgefield?

Ele reagiu como se a pergunta o tivesse obrigado a voltar de um
lugar distante, o que

confirmava sua impressão de Christopher ter se esquecido de sua
presença.

- Não. A menos que a festa tenha sido uma desculpa. Dulce estreitou
os olhos. Se não era

esse o motivo, qual seria? O problema era com ela. Tinha certeza
disso.

- Meus comentários sobre seu guarda-roupa o ofenderam? Se eu fui
rude, peço...

- Você nunca seria capaz de se mostrar mais rude do que eu.

- Então de que se trata? Você está me ignorando deliberadamente
e eu não sei o que fiz

para ofendê-lo.

O movimento foi tão inesperado que tudo o que Dulce conseguiu
fazer foi erguer os olhos,

aturdida, quando a figura de Christopher se projetou sobre ela,
ocupando o lugar a seu lado no banco.

Com uma das mãos, Christopher segurou seu braço. Com a outra, a
silenciou.

- Olhe para mim, Dulce. Você acha que eu me ofenderia por causa
de roupas?

- O polegar de Christopher deslizou lentamente pelos lábios de Dulce,
colocando todos os seus

sentidos em alerta. A respiração acelerou. Embora não fizesse
frio, os mamilos endureceram. O

corpo masculino pareceu crescer e ocupar todo o espaço. Seu
perfume de sândalo a inebriava,

fazendo-a esquecer tudo o que não fossem seus lábios e os dele.

- Se estou de mau humor foi por ter detestado o modo como você
riu de todas as

brincadeiras de meu amigo. Não gostei.

Dulce olhou nos olhos dele. Jamais teria adivinhado. Ciúmes?

Não fazia sentido!

- Mas...

- Eu sei que é tolice - Christopher a impediu de continuar.

Os olhares permaneceram. Devagar, Christopher afastou os dedos e
deslizou-os pela curva do

pescoço de Dulce até pousarem sob a cascata de cabelos. Dulce
ficou aturdida. Sabia o que estava por

acontecer e a perspectiva a empolgava.

O segundo beijo não a surpreendeu como o primeiro. O que a
chocou foi a intensidade de

sua reação. O beijo acendeu seus lábios e o fogo se espalhou por
seu corpo inteiro. Em vez de

tentar dominá-lo e extingui-lo, ela o alimentou. Apoderou-se dos
braços de Christopher para sentir a

rigidez de seus músculos, regozijando-se com as contrações que
sentiu sob seus dedos.

Seria de esperar que um homem alto e potente como Christopher
fosse impor sua vontade. Mas

não. Ele não precisou empurrá-la sobre o banco para se inclinar
e acariciá-la porque ela o fez voluntariamente.

Christopher tampouco precisou roubar seus beijos. Talvez porque
sabia que poderia

ganhá-los quando desejasse.

Qualquer que fosse a razão, o beijo derrubou suas defesas,
arrancando-lhe gemidos de

prazer, fazendo-a arquear as costas na ânsia de se aconchegar ao
calor do peito de Christopher.

Comentem plixxx *-*

RUMO AOS 200!!!!

Bjix da Naty