Fanfic: Um Visconde Sedutor - Adaptada - Vondy - TERMINADA
200 *-*
Obrigada Eneida, Maby e
Thaila (entendo perfeitamente... : ) faz faculdade de que?) :D
O post é todinho de vocês!!!
Terminou, porém, tão abruptamente quanto começara. Ele se
afastou e disse que ela precisava
descer.
Dulce balançou a cabeça como se esse gesto fosse ajudá-la a
recuperar o domínio sobre sua
mente. Ela não havia percebido, até aquele instante, que a
carruagem estava parada. Pestanejou ao
ver, pela Dulcela, a silhueta escura da sua atual residência.
- Vá para casa, Dulce, antes que eu mude de idéia.
Sem responder, Dulce abriu a porta e desapareceu em direção à
dos fundos, que deixara
destrancada antes de sair. Embora não olhasse para trás, sentia
que os olhos de Christopher acompanharam
cada um de seus passos.
Christopher procurou uma posição mais confortável na poltrona
pequena demais para
acomodar sua estrutura física. Sua mãe não notou. Estava
sorrindo como ele não a via fazer em
anos.
- Estou tão contente que você tenha aceitado meu convite, meu
filho.
Christopher sorriu, constrangido. Embora não tivesse cortado
seus laços com a mãe, como
fizera com o pai, uma grande distância permanecia entre eles,
como se uma ponte os separasse.
- Presumo que meu pai não tenha conhecimento de minha presença
aqui.
O semblante da mãe se fechou instantaneamente. Ele se arrependeu
de suas palavras antes
mesmo de ouvir a resposta.
- Ele sabe, mas...
- Mas não quis me ver - Christopher concluiu o pensamento em tom
que não revelava a
mágoa que se apoderara de seu peito.
- Ele ainda não se esqueceu do modo como você se comportou
durante o baile na semana
passada. Você...
Christopher ergueu a mão em uma súplica para que a mãe se
calasse.
- Eu agora tomei consciência de que meus atos mancham a memória
de Christian. Maite
falou comigo após o evento.
A mãe não tentou esconder sua surpresa.
- Ela o procurou? Desde a morte de seu irmão, Maite se recusa a
sair de Winchester
Court. Quase não recebe visitas. Espanta-me que ela tenha
desejado falar justamente...
- Comigo. Sim, eu sei.
Christopher suspirou e a mãe fechou os olhos.
- Só o tempo curará suas feridas. Só o tempo cura nossas
feridas.
- Christopher fez um movimento de concordância com a cabeça,
embora discordasse dessa
opinião. Doze meses de luto. O que isso resolvia? Nada poderia
trazer seu irmão de volta.
- Você tem planos de voltar a viver em Winchester Court? - a mãe
prosseguiu.
- Por Deus! Lógico que não!
- Você tem esse direito.
- Eu seria incapaz de tomar a casa de Maite e seus filhos.
- O fato, contudo, é que você deverá assumir Winchester Court
quando receber o título.
Essa é a regra. Essa é a tradição.
- Estou me esforçando para merecer o título que Christian me
deixou. Não quero manchar a
honra de meu irmão.
Christopher não pôde continuar ao ver lágrimas nos olhos de sua
mãe.
- Estamos atravessando uma fase difícil, todos nós. Imagino que
esteja sendo ainda mais
difícil para você. Com a morte de seu irmão, você precisou
renunciar à vida que escolhera trilhar.
Eu entendo seu sacrifício, embora seu pai ainda não consiga.
Christopher baixou os olhos, com pena e com vergonha de si
mesmo. Estava diante de sua mãe,
que sofrerá a perda de dois filhos, um para o submundo e outro
para a morte, e ela estava lhe
oferecendo compreensão e demonstrando gratidão. Ele não merecia.
Não fizera nada para merecer
sentimentos tão nobres. Embora não fosse sua intenção, ele só
fizera humilhá-la nos últimos anos.
- Soube que lady Ridgefield estará oferecendo uma recepção nos
próximos dias.
- Ele mudou abruptamente de assunto.
- Sim? - A mãe pareceu aliviada com a mudança de tópico.
- Eu não ouvi nada a respeito. Simpatizo com ela. É um pouco
tola, mas bem-intencionada.
O mesmo conceito de Dulce. Sua mãe a conheceria?
- A dama de companhia de lady Ridgefield me pareceu familiar
quando a vi no baile na
semana passada.
- Você deve tê-la visto quando ainda freqüentava nosso meio. A
moça era filha do
visconde Saviñon, que morreu há cerca de um ano. Chama-se Dulce
Saviñon. O primo herdou o título.
Por alguma razão, que eu desconheço, ela se mudou para a
residência de lady Ridgefield, como
sua acompanhante.
- Não é estranho que uma moça de sua classe tenha precisado
arrumar um emprego para
sobreviver?
A vontade de Christopher era que sua mãe considerasse seu
interesse como mera desculpa para
manterem uma conversa. Ela, porém, se colocou imediatamente em
alerta.
- Parece que houve um sério desentendimento entre os primos.
Lembro-me de que Dulce
Saviñon era uma menina de temperamento forte.
- Provavelmente por questões de herança.
Christopher estava alerta também, mas por outro motivo. Dulce
lhe assegurara que o primo não
poderia estar envolvido com o desaparecimento de Alfonso, mas se
ela estava errada, ele precisaria
não apenas ajudá-la a descobrir o paradeiro de seu irmão, mas
protegê-la. Ele não a deixaria à
mercê de alguém que talvez tivesse matado por um título.
- Eu não ouvi nada a respeito, mas talvez você tenha razão. - O
modo como a mãe o
encarou fez com que se lembrasse dos tempos de criança, quando
suspeitava de alguma
traquinagem.
- Por que esse súbito interesse?
Christopher hesitou. Não era de seu feitio conversar com a mãe
sobre as moças que o atraíam.
Ele fora longe demais. Agora precisava arranjar uma boa desculpa
ou sua mãe não lhe daria
sossego enquanto não saciasse sua curiosidade.
- Não estou interessado em Dulce Saviñon - Christopher afirmou,
afastando a lembrança do
beijo que imediatamente lhe ocorreu.
- Então por que me perguntou a seu respeito?
- O primo dela me deve dinheiro - mentiu.
A mãe estreitou os olhos. Christopher teve ímpetos de se
levantar e ir embora. Sua mãe sempre
tivera o poder de adivinhar seus pensamentos.
- Lady Saviñon foi uma linda mulher. Eu estava presente quando Dulce
debutou. Lembro-me
que ela não passou despercebida, mas tampouco fez sucesso entre
os rapazes.
Christopher quase deixou escapar um protesto. Haveria algo de
errado com os homens da alta
classe? Ele mal conseguia se controlar quando ela estava por
perto!
- Talvez ela não tenha herdado a beleza de lady Saviñon.
O modo como a mãe tornou a encará-lo fez com que se arrependesse
de ter falado.
- Você terá de se casar algum dia - ela prosseguiu.
- É seu dever dar continuidade a nossa linhagem.
- Sim, eu sei. Também tenho conhecimento de que um casamento é o
meio mais rápido de
eu voltar às boas graças da sociedade.
- Suponho que sim.
- Parece que minha única opção é me casar com uma moça de
família nobre e poderosa.
- E o que pensa? Que terá de se casar por conveniência? Christopher
aquiesceu.
- Os filhos de Christian não deverão carregar o estigma do tio.
- E o amor e a felicidade? - A mãe sorriu e sua voz suavizou.
- Não importam?
Christopher se levantou, colocando um fim na conversa.
- Eu perdi a noção do tempo. Estou atrasado.
A mãe não disfarçou sua contrariedade ao acompanhá-lo até a
porta. Deu-lhe um beijo no
rosto em despedida. Christopher hesitou ao perceber que ela
parecia querer lhe dizer algo.
- Eu lhe desejo o melhor. Depois de tanto sofrimento em nossa
família, adoraria que você
fosse feliz.
- Eu serei - Christopher respondeu, beijando-lhe a mão. No
trajeto de volta para casa,
Christopher refletiu sobre a
promessa que fizera e que não poderia cumprir porque a vida para
ele se transformara em
uma prisão.
Dulce passou por uma das convidadas de lady Ridgefield e
cumprimentou-a com um sorriso.
Como tantas outras vezes, seu gesto foi ignorado. Dulce procurou
não demonstrar sua contrariedade.
Algum dia ela seria capaz de superar esse mal-estar?
Esforçando-se para se concentrar em seu trabalho, Dulce
agradeceu mentalmente por tudo
estai correndo bem na festa que lady Ridgefield resolvera
oferecer cm seu jardim. Os últimos dias
tinham sido um corre-corre. Lady Ridgefield era especialista em
fazer planos e mudá-los. De
qualquer modo, as atribulações serviram para Dulce desviai o
foco de suas preocupações e da figura
de Christopher. Estaria mentindo a si mesma se dissesse que seus
pensamentos não teimavam em
rememorar o prazer que sentira com a caricia suave da língua de Christopher
em sua boca e com o
calor que a inflamara ao contato de seus corpos, quando deveria
tê-lo empurrado e colocado um
fim naquela atitude pouco cavalheiresca.
Não estava certo! Deveria estar estimulando-o para que mudasse
seu comportamento. No
entanto, a verdade era que em vez de ela lhe transmitir noções
de virtude, Christopher a estava
desvirtuando!
A volta à realidade foi provocada pela última pessoa que Dulce
esperava que fosse se
aproximar e cumprimentá-la: a marquesa de Bledsoe, mãe de Christopher.
Ao contrário do filho, a
marquesa era uma das damas mais influentes e prestigiadas da
sociedade londrina.
- Você é Dulce Saviñon, filha de Elizabeth Saviñon, não?
Dulce assentiu, dominada pela aura de magnetismo da marquesa.
Sua beleza ainda era
admirável. Christopher não se parecia com ela. Os cabelos de
lady Bledsoe eram loiros e seus olhos
castanho-escuros. Algo em sua expressão, contudo, remetia a Christopher.
Talvez o profundo pesar
que marcava seu semblante, apesar do sorriso.
- Sim, milady. - Dulce olhou instintivamente ao redor para
verificar se alguém notara que a
prestigiada marquesa se sentara ao lado dela, como se
pertencessem à mesma classe social.
- Sua mãe foi uma mulher belíssima. Eu já estava casada quando
ela debutou.
- Sinto demais sua falta - Dulce confessou.
- Lamento que também tenha sofrido uma perda recentemente,
milady.
- Obrigada, querida. Lady Ridgefield a tem em alto apreço.
A mudança de assunto surpreendeu Dulce. Lady Bledsoe parecia ter
um propósito em mente.
Sua aproximação talvez não tivesse sido fortuita. Dulce
estremeceu ao cogitar que a mãe de
Christopher talvez estivesse tentando roubá-la da amiga.
- Minha patroa é amável e bondosa. Eu também a tenho em alta
consideração.
Um sorriso se seguiu a essa resposta.
- Não estou procurando uma dama de companhia, minha querida. Eu
quis lhe falar por
razão completamente diferente. Dulce pestanejou, aturdida.
- Meu filho, Christopher.
A sensação de Dulce foi de que o jardim e as pessoas
desapareceram e que apenas ela e lady
Bledsoe permaneceram sobre a face da Terra. A mãe de Christopher
estava encarando-a à espera de
uma resposta. A vontade de Dulce era que o chão abrisse aos seus
pés.
- Lorde Von Uckermann.
A expressão da marquesa mudou à menção do título, como acontecia
com Christopher.
- Ainda sinto dificuldade em ouvir alguém se referir a Christopher
dessa forma, mas o
tratamento está correto. Estive com ele e soube que vocês se
conhecem. - Dulce sentiu que corava.
O modo de lady Bledsoe tratá-la sugeria que ela estava inteirada
da situação. - Algo a ver com
seu primo ou com seu irmão.
- Milady, não sei o que Chr..., o que seu filho lhe contou a meu
respeito. Entendo que
reprove nossa aproximação, mas trata-se apenas de uma troca de
favores. Estou ajudando-o com
lições sobre etiqueta e ele está me ajudando a localizar meu
irmão. Juro que não existe nada além
disso entre nós.
Dulce jamais poderia esperar que lady Bledsoe fosse lhe fazer um
sinal para que se calasse e
que a seguisse para que pudessem continuar aquela conversa em
particular.
A sensação de Dulce era de estar caminhando rumo a sua execução.
Ao
ouvir o estalido de uma porta se fechando, o ar lhe faltou. A
comparação não era exagerada. Lady
Bledsoe era uma mulher poderosa. Com um simples estalar de dedos
poderia destruir sua vida.
Comentem plixxx *-*
Bjix da Naty
Autor(a): natyvondy
Este autor(a) escreve mais 32 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
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Thaila: que legal, pedagogia! :D Eu faço facul de farmácia (sei que ninguém perguntou : ) ) faculdade tira tanto do nosso tempo pras webs neh?! Shhsuahsua Maby: deixa comigo que eu posto sim :) Dulceyucker: Posso sim :D Paixão Obscura A lenda de um amor Estranha Um indomável Fora da Lei Vingan&cce ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 1223
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anne_mx Postado em 24/04/2021 - 03:11:00
10 anos depois e eu tendo a oportunidade de ler essa história incrível que faz com que eu me apaixone ainda mais por Dulce e Christopher, obrigadaaaa <3
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stellabarcelos Postado em 14/11/2015 - 14:27:17
Amei
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larivondy Postado em 09/10/2013 - 16:22:09
NOSSA, AMEI a web! me apaixonei pelo primo da Dul, sério, muito fofo *-* se a dul recusasse o Chris eu aceitava heim kkk'
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maby Postado em 27/10/2011 - 22:34:21
Parabens por mais esse projeto finalizado, foi perfeito do principio ao fim, amei :)
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maby Postado em 27/10/2011 - 22:34:21
Parabens por mais esse projeto finalizado, foi perfeito do principio ao fim, amei :)
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maby Postado em 27/10/2011 - 22:34:21
Parabens por mais esse projeto finalizado, foi perfeito do principio ao fim, amei :)
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maby Postado em 27/10/2011 - 22:34:20
Parabens por mais esse projeto finalizado, foi perfeito do principio ao fim, amei :)
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maby Postado em 27/10/2011 - 22:34:20
Parabens por mais esse projeto finalizado, foi perfeito do principio ao fim, amei :)
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maby Postado em 27/10/2011 - 22:34:20
Parabens por mais esse projeto finalizado, foi perfeito do principio ao fim, amei :)
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maby Postado em 27/10/2011 - 22:34:19
Parabens por mais esse projeto finalizado, foi perfeito do principio ao fim, amei :)