Fanfic: Um Visconde Sedutor - Adaptada - Vondy - TERMINADA

Quase ninguém comenta na webnovela...
isso é triste. Triste mesmo.

Não se preocupem, pois eu não deixaria de
postar por isso... mas não custa tanto assim deixar um comentário, nem que seja
só um ´´+´´. Pode ser pouco pra quem lê, mas é muito pra quem posta...

Enfim... comecemos:

Capítulo III

Dulce nunca sentira tanto medo em sua vida. A
primeira parte da tarefa que Christopher lhe

atribuíra fora um sucesso. Patrick não estava em
casa. O mordomo lhe deu permissão para ir ao

escritório, sem questioná-la, conhecendo-a
desde que nascera. Suas mãos tremiam ao dar

prosseguimento ao plano de Christopher e
apanhar todos os documentos nos arquivos para que ele os

examinasse. Assim que os depositou sobre a
escrivaninha, ela verificou se não havia ninguém no

corredor e passou a chave pela fechadura. Com
a respiração suspensa, finalmente abriu a porta que

dava para o jardim, de modo que Christopher
pudesse entrar.

- Deu tudo certo? - Christopher perguntou e
ela assentiu.

- Os criados estão acostumados a me ver por
aqui para verificar assuntos relacionados ao

meu pai.

- Dulce apenas encarou-o por um instante. O
que Christopher diria se ela se oferecesse para

ajudá-lo?

- Você quer que eu fique?

Christopher sorriu como se tivesse o poder de
ler seus pensamentos, além de suas emoções.

- Não, Dulce. Você veio a esta casa para
visitar seu primo, lembra-se?

- Eu não quero vê-lo.

Christopher a segurou pelos ombros e atraiu-a
contra o peito.

- Se você insistir, ele virá procurá-la e me
pegará em flagrante.

Os olhares se cruzaram. Não havia escolha para
ela. Se Patrick estava envolvido no

desaparecimento de Alfonso, então ele seria
capaz de também tentar afastar Christopher de seu

caminho.

Dulce retrocedeu, mas agora de cabeça erguida.

- Você está certo. Ficarei à espera de Patrick
e o manterei ocupado. De quanto tempo você

precisa?

- No mínimo de meia hora.

- Eu não quero acreditar que Patrick seja tão
mau quanto você pensa. Você tem certeza de

que devemos levar essa idéia adiante?

- Você parece relutante demais para quem
afirma detestar o primo - Christopher observou.

A gravidade da acusação obrigou Dulce a
admitir o que até aquele instante se negara a aceitar.

Um soluço escapou de sua garganta.

- Eu não quero nem posso acreditar que você
esteja com a razão porque isso significaria

que meu irmão talvez esteja morto.

Os ombros de Dulce se curvaram sob o peso da
angústia. Christopher a segurou pelo queixo e

tentou infundir-lhe coragem e confiança, embora
um tom apreensivo permanecesse em sua voz.

- Espero estar enganado, mas preciso ter
certeza.

Agora vá. Estarei a sua espera na carruagem em
trinta minutos.

Dulce virou-se antes de abrir a porta e tomou
as mãos calejadas nas suas.

- Tenha cuidado.

- Eu terei. Não se preocupe - Christopher
prometeu com uma emoção e uma seriedade que

não eram de seu feitio.

Ao adivinhar os passos de Patrick no hall, Dulce
se levantou. Seu coração apertou ao fitá-lo.

Ele era um Saviñon. Disso não havia dúvida.
Seu semblante o provava, embora não se pudesse

dizer o mesmo de seu caráter.

- Dulce - ele a saudou à entrada da sala,
dispensando o criado que o acompanhara até ali.

- Gregory informou-me que você veio examinar
os documentos de seu pai mais uma vez.

Espero que tenha encontrado tudo em ordem.

Dulce cruzou os braços no esforço de contei a.
ira. Christopher precisava de tempo. Uma

discussão acarretaria riscos adicionais.

- Sim. Obrigada por não se opor a minhas
visitas ocasionais.

- De nada, Dulce - o primo respondeu,
evidentemente surpreso.

- Você é sempre bem-vinda aqui. Tenho
esperança de que nossa amizade volte a ser como

antes, algum dia.

Dulce não respondeu, limitando-se a encará-lo.
Patrick parecia um homem íntegro. Seria

possível que Christopher estivesse certo?

- O que há com você? - Patrick indagou,
trazendo-a de volta à sala que ainda deveria ser

dela e de Alfonso. - Estou estranhando seu
jeito. Posso ajudá-la de alguma maneira?

- Você, me ajudar? Acho que não.

Ao cenho franzido de Dulce somou-se o de Patrick.

- Pelo amor de Deus, pare com essa tolice! Eu
não quero brigar!

- Não é tolice eu querer distância de você - Dulce
retrucou furiosa.

- Você foi capaz de pedir que meu irmão fosse
declarado morto. Talvez seja capaz de

tentar me arruinar também.

- Quando foi que eu tentei arruiná-la? - o
primo questionou, perdendo a paciência, o que

raramente acontecia. - Quando lhe ofereci
apoio? Quando lhe ofereci a chance de fazer um

casamento respeitável? Ou quando lhe ofereci
livre acesso a minha casa para que procurasse

infinitamente algo que não existe?

- Se o documento não existe, por que você não
me devolve a propriedade que era de meu

pai?

- Dulce esbravejou, esquecida da promessa que
se fizera de manter a calma.

- Eu...

- Não precisa responder! - Dulce o interrompeu.

- Estou farta de suas mentiras. E de suas
malditas ofertas! Você nunca pensou que eu

pudesse conseguir ajuda, mas eu consegui.

Ela ainda não havia terminado de dizer as
palavras e já estava arrependida. A raiva a fizera

trair seu próprio segredo.

- Ajuda de quem? - Patrick perguntou em
seguida.

- Com quem você anda metida?

- Não lhe interessa.

Patrick teve o desplante de torcer as mãos em
fingida preocupação.

- Por favor, Dulce, não vá cometer uma tolice!
Os homens são capazes de qualquer coisa

para seduzir uma mulher. Alguém pode estar
ludibriando-a com promessas falsas só para roubar

sua virtude.

- Não acredito em você. Especialmente agora. -
Dulce olhou para o primo com escárnio.

Patrick avançou para ela pela primeira vez
demonstrando uma perda de controle. E ela,

também pela primeira vez, teve medo da reação
que provocara.

- O que quis dizer com isso, Dulce? Especialmente agora! Dulce pensou em Christopher. Patrick

estava acuando-a contra a parede. Se ela
gritasse, Christopher viria em seu socorro. Aquela era sua

grande chance de se confrontar com o primo, de
observar sua reação quando lhe perguntasse sobre

Alfonso. A expressão de Patrick lhe diria mais
do que qualquer evidência que Christopher pudesse

encontrar.

- Você teve alguma participação no
desaparecimento de Alfonso? É por esse motivo que

tem tanta certeza de que meu irmão nunca
voltará?

A parede de proteção que Patrick erigira ao
seu redor começara a ruir no início da conversa.

De repente, ela veio completamente abaixo,
como se tivessem sido usados explosivos.

- Como se atreve? - Ele cravou os dedos nos
braços dela e sacudiu-a com violência.

Dulce lutou para se desvencilhar, mas a força
de Patrick a dominava. O medo fez seu coração

acelerar. O sangue pulsava em seus ouvidos
como uma cascata.

- Solte-me! Está me machucando!

Comentários são sempre bem-vindos...

Bjix da naty