Fanfic: Um Visconde Sedutor - Adaptada - Vondy - TERMINADA

Maby: você ta sempre aqui, sempre comentando.
Te agradeço muito por isso flor, aproveite o post... :D

Thaila: que confiança no primo da Dul hein?! Tadinho...
kkkkkk

Ele a soltou e ergueu as mãos em um gesto de
rendição. Dulce surpreendeu-se que o primo

parecesse genuinamente perplexo com sua perda
de controle.

- Peço desculpas. Eu não deveria ter permitido
que suas ofensas me afetassem dessa

maneira.

Dulce se encaminhou para a porta sem tirar os
olhos de cima do primo. Queria sair correndo

dali. Christopher já teria acabado de
verificar os documentos? Furtivamente, ela consultou o relógio.

Meia hora exata.

- Eu preciso ir embora.

Ela o ouviu dizer seu nome, mas não parou. E
ele não tentou detê-la.

Uma chuva fina primaveril estava caindo quando
Dulce alcançou o jardim, sob os olhares

espantados dos criados. A carruagem de Christopher
a esperava mais abaixo na rua. Ela parou de

correr. Não queria chamar atenção sobre si.
Seguiu cabisbaixa, e só tornou a apertar o passo ao

notar que a porta da carruagem estava sendo
aberta.

No conforto e na segurança que a cercavam Dulce
se permitiu extravasar suas emoções.

Afundou o rosto nas mãos e chorou. Nunca vira
o primo se descontrolar. Christopher podia estar

certo.

Ao subir na carruagem, depois de percorrer o
beco escuro atrás da casa de Patrick Saviñon,

Christopher sentia-se animado como antes de
decidir se tornar um cavalheiro. A emoção do perigo o

inebriava. Havia um sorriso em seus lábios
quando olhou para Dulce. Um sorriso que se apagou ao

perceber que algo de errado havia acontecido.

- O que houve? - ele perguntou, movendo-se
para junto dela.

- Nada. - Dulce balançou a cabeça, negando-se
a encará-lo.

- Estava preocupada com você.

- Está mentindo.

- Não.

Christopher a segurou pelos ombros e a
expressão aturdida de Dulce o fez relaxar a pressão que

exercera sem perceber.

- Não gosto que mintam para mim, Dulce. Seu
primo a ofendeu? - Os olhos de Christopher

estreitaram.

- Ele tocou em você?

O pavor que Christopher viu nos olhos de Dulce
lhe deu a resposta que buscava. A preocupação

inicial se transformou em revolta e raiva. Por
um instante, ele teve a impressão de que um véu

escuro fora colocado sobre sua cabeça.

Ao lado dele, Dulce tremia. Confortá-la e
protegê-la era mais importante do que embalar

pensamentos de ódio e de vingança. Por mais
que ele desejasse socar Patrick Saviñon até nocauteá-lo,

aquele não seria o momento adequado.

Abraçou-a gentilmente até que parasse de
tremer.

- Ele bateu em você?

- Não.

- Faltou-lhe ao respeito?

- Não. Ele me segurou pelos braços e me
empurrou contra a parede - Dulce confessou.

- Zangou-se com algo que eu disse. Eu não
esperava. Ele é sempre tão calmo e comedido.

Foi a primeira vez que deixou cair a máscara e
que eu realmente acreditei que você pode estar

certo.

Christopher se detestou por ter semeado a
desconfiança na mente de Dulce sem uma prova

concreta do fato. Ele deveria ter adivinhado
que Dulce não seria capaz de evitar um confronto.

- Eu não encontrei nada que pudesse incriminar
seu primo, Dulce. Até agora tudo o que

pensamos foi pura especulação.

- Não sei, mas eu nunca tinha visto Patrick
como hoje.

- Já passou. - Christopher esboçou um sorriso.
- Você está segura agora.

- Sim - ela concordou, retribuindo o sorriso.
- Eu agora estou com você.

A declaração o atingiu com impacto. Sem
hesitar, Christopher segurou-a pelo queixo e beijou-a

na boca.

A paixão inocente de Dulce se derramou como
vinho e mel. Christopher afastou-a pata poder

olhar em seus olhos. De repente, introduziu a
mão no bolso do paletó e retirou um relógio de

corrente.

- Está na hora de você voltar. Acha que terá
condições de ir mais tarde a minha casa?

Dulce considerou suas chances. Lady Rídgefield
Logo estaria precisando de seus serviços. O

cansaço, porém, talvez a levasse mais cedo
para a cama...

- O dia foi atribulado. Não estou certa se
terei condições de lhe dar uma boa aula.

- Se você decidir pela aula assumirei o papel
de professor para variar - Christopher afirmou

em tom persuasivo. - Quero ensiná-la a se
defender. Deixe-me fazer isso por você.

- Era o que ele deveria ter feito desde o
começo.

- Está bem - Dulce concordou com relutância. -
Se significa tanto para você, eu irei.

O som de risos e vozes femininas sugeria que
lady Ridgefield estava de volta e recebendo

algumas amigas. Por sua vontade, Dulce
seguiria diretamente para seus aposentos, mas precisava

avisar que chegara e se colocar à disposição
de sua patroa. Esperava não ter de saciar a

curiosidade daquelas mulheres sobre o modo
como decidira passar seu dia de folga. Seu dia já fora

bastante difícil sem esse acréscimo. Enfim,
não havia escolha.

Com os ombros eretos, Dulce tomou fôlego e
bateu ligeiramente antes de entrar.

Lady Ridgefield estava sentada em sua poltrona
favorita, diante da lareira. Ao lado dela,

estava a mãe de Christopher. Lady
Campbell-Carlile, lady Abebowale e lady Kirkwood, uma das

duquesas mais influentes da sociedade inglesa,
completavam o círculo.

Lady Ridgefield fez um sinal para que Dulce se
aproximasse.

- Estávamos justamente falando de você. Dulce
baixou os olhos.

- Sinto muito. Eu pretendia voltar mais cedo,
mas perdi a noção do tempo.

Para perplexidade de Dulce, a duquesa se
levantou para cumprimentá-la.

- Não há necessidade de se desculpar, minha
querida. Hoje foi seu dia de folga, não foi?

- Obrigada, Alteza - Dulce respondeu com um
sorriso confuso. - Há algo que eu possa

fazer antes de me retirar e deixá-las à
vontade?

- Retirar-se? - Lady Abebowale se colocou
imediatamente de pé e olhou para as amigas.

- Nós estávamos à sua espera. Temos um assunto
importante para discutir com você.

As surpresas estavam somando. Dulce não
atinava com o que poderia estar acontecendo. Era a

primeira vez que encontrava a duquesa,
portanto não tivera como antecipar seu comportamento,

mas lady Abebowale e lady Campbell-Carlile
nunca lhe dirigiam mais do que um rápido olhar nos

salões de baile.

Por sua escolha, Dulce seguiria direto para
seus aposentos, mas como dama de companhia de

lady Ridgefield seu dever era servi-la.

- Nesse caso, estou a sua inteira disposição -
Dulce respondeu, apanhando uma cadeira

para se sentar e seguindo a indicação de lady
Kirkwood que apontava para o lugar vazio entre as

duas amigas, que ela acabara de vagar.

Comentem plixxx *-*

Bjix da Naty