Fanfic: Um Visconde Sedutor - Adaptada - Vondy - TERMINADA

Rumo aos 600 *-*

Lucas: Que declaração... *-* sushashusa

Muito Obrigada!!! :D

Thaila: A Maby e a Lorena me contaram o que aconteceu...  que bom que está de volta!!!

Maby: Posto com certeza!!!

Ai, ai... fortes emoções se aproximam...

Inquieta, Dulce observava os convidados conversando em pequenos grupos. Pela primeira

vez, em quase um ano, ela estava em um baile como convidada, não como serviçal.

Lady Ridgefield tocou mais uma vez em seu braço e cochichou:

— Não me canso de dizer o quanto você está adorável, minha querida.

— Obrigada, milady — Dulce agradeceu. — Devo isso a sua generosidade e de suas amigas.

— Dulce indicou o rico vestido de seda que substituíra os modelos simples de musselina com

que ela se apresentava anteriormente.

— Eu não estou me referindo a sua roupa nem ao seu penteado — lady Ridgefield explicou.

— Você está diferente esta noite. Aliás, eu tenho notado uma mudança em você nos últimos

dias. Uma luz que irradia de dentro e que se reflete em seus olhos.

Dulce sorriu na tentativa de aparentar uma serenidade que estava longe de sentir. A luz em

seus olhos continha um segredo: lembranças de uma noite de amor que teriam de permanecer para

o resto de sua vida porque aqueles momentos preciosos jamais se repetiriam.

— Eu quero lhe pedir desculpas, minha querida.

A realidade cobrou a atenção de Dulce com aquelas palavras.

— Desculpas? — Dulce estranhou. — Por quê?

— Nunca me ocorreu trazê-la de volta à sociedade até lady Bledsoe mencionar esse assunto.

Na verdade, pensei que a estivesse ajudando. Agora, vendo-a tão feliz, dei-me conta do quanto

estava sendo egoísta.

— Como pode dizer isso, milady? — Dulce segurou a mão de lady Ridgefíeld e conduziu-a

para um canto da sala, longe das outras pessoas. — A senhora foi uma grande amiga durante todo

esse tempo. Eu a procurei sem referências, sem ter nenhuma experiência e a senhora me aceitou e

confiou em minha capacidade. A senhora me ajudou muito. Eu só tenho que lhe agradecer — Dulce

afirmou com os olhos marejados de emoção.

— Quer dizer que você não foi infeliz trabalhando para mim?

— Claro que não! — Dulce exclamou. Lady Ridgefíeld deu um suspiro.

— Sua declaração tirou um peso de minhas costas. Eu me senti terrivelmente mal nos

últimos dias. Ainda bem que agora você está aqui. Tenho certeza de que será o centro das atenções

esta noite. Ao menos até lorde Von Uckermann fazer sua aparição.

Dulce pestanejou à menção do nome de Christopher. Não tornara a vê-lo depois de partilhar de

sua cama duas noites antes, mas não parará de pensar nele um só instante.

— Ele virá ao baile? — Dulce perguntou com fingida inocência.

— Oh, sim. Eu só espero que se porte melhor do que da última vez. Lady Bledsoe tem

certeza de que ele não a decepcionará.

— Ora, ora! Se não é Dulce Saviñon? — Dulce calou a pergunta seguinte ao ser abordada por

Georgina Mortimer, uma jovem que debutara na mesma época que ela e que fora sua amiga, mas

que rompera os laços de amizade por ocasião do falecimento de seu pai, e se casara com o conde

de St. James, um homem com mais do dobro de sua idade. — Você está linda, minha cara. É bom

tê-la de volta entre nós.

Dulce se calou. Sua vontade, porém, era retrucar. Ela nunca se afastara dos salões. A condessa

poderia tê-la cumprimentado, se quisesse, ao longo daqueles meses.

— Você se lembra de Elizabeth e de Hermione? — Georgina continuou, depois de trocar

algumas frivolidades com lady Ridgefíeld.

— Sim — Dulce se limitou a dizer.

— Elas também estão aqui esta noite. Elizabeth se casou. O marido herdará o título de duque

depois que o pai morrer. A pobre Hermione ainda está solteira, mas eu ouvi rumores de que o

marquês Waterbury se interessou por ela. Mas ele também se interessou por você no passado.

Tirou-a para dançar uma porção de vezes em nossa festa de debutante. — O sorriso de Georgina

se acentuou.

— Venha conversar conosco. Estamos do outro lado, perto da saída para a varanda.

— Será uma ótima oportunidade para vocês retomarem a amizade — concordou lady

Ridgefield.

Georgina se despediu e se afastou. Sem fôlego, Dulce acompanhou-a com os olhos até que se

reunisse às amigas que não tinham parado de encará-las, e que agora acenavam para Dulce com

sorrisos tolos.

— Nenhuma delas nem sequer me dispensava um olhar — Dulce contou, magoada.

— Bem, querida. Agora você tem amigas poderosas. Lady Bledsoe, em especial. Ela é a

grande responsável por essa pompa. Aceite seu patrocínio sem titubear. Sua influência em nossa

sociedade é inquestionável. Mas agora vá conversar com suas amigas e divirta-se.

A cada passo, Dulce desejava voltar atrás e fugir. Era humilhante para ela ser aceita de volta à

sociedade pela interferência de outras mulheres. As pessoas lhe sorriam e saudavam com

gentileza. E ela só conseguia pensar que aquele não era mais seu lugar.

De um momento para outro, Dulce não pertencia mais a esse mundo, mas também não era

mais uma serviçal. Ela não se encaixava em nenhum desses mundos. Como Christopher.

As antigas amigas a abraçaram, mas Dulce sentiu que permaneciam distantes. Seus sorrisos

lhe pareciam falsos. Era óbvio que a intenção de todas elas era apenas impressionar lady Bledsoe e

lady Ridgefield.

— Seu vestido é o mais bonito da festa — disse Elizabeth, atual lady Comnouck, com uma

entonação que soou quase sincera. — A cor combina perfeitamente com seus olhos.

Mas, você, afinal, sempre foi uma das meninas mais adoráveis de nosso grupo.

— Obrigada — Dulce agradeceu, tímida e grata a suas protetoras. O vestido era deveras

magnífico. Sentira-se uma princesa ao se examinar ao espelho antes de sair.

— Obviamente o dinheiro de lady Bledsoe e de lady Ridgefield operam milagres — disse

Hermione depois de medir Dulce da cabeça aos pés.

As outras se apressaram a mudar o assunto diante do infeliz comentário. Com ar de enfado,

Hermione ficou bebendo e olhando para a multidão. De repente, uma tensão se espalhou pela sala.

— Ele chegou — Elizabeth avisou-as.

Dulce não precisou olhar na direção da porta para se certificar de que era a Christopher que elas

se referiam.

— Quem? — perguntou de acordo com o esperado de seu papel.

As pessoas se afastaram para dar passagem a Christopher. Dulce sorriu consigo mesma ao

recordar o efeito que Christopher causara em sua primeira aparição. Agora, porém, ele estava vestido

de maneira impecável e sua barba estava bem feita. Seus modos, em especial, eram os de um

cavalheiro.

— Christopher Von Uckermann, o filho de sua patrocinadora — informou Hermione.

— Nós fizemos uma aposta. Eu apostei que ele revelará sua verdadeira natureza em uma

hora no máximo. Elizabeth aumentou o limite para duas horas e Georgina, a mais otimista de nós,

estendeu o prazo até a meia-noite.

Dulce sentiu o fôlego faltar. Sua impressão era de estar no meio de um ninho de víboras.

Como era possível que aquelas mulheres estivessem apostando no fracasso de Christopher?

— Deseja se juntar a nós, Dulce? — Georgiana indagou em meio ao riso.

— Talvez ela não tenha uma libra disponível para gastar em apostas — Hermione sugeriu

com um olhar de provocação.

— Oh, sim, eu tenho — retrucou com fala deliberadamente macia. — Aliás, eu dobrarei

vinte vezes as apostas. Não sobre o fracasso, mas sobre a vitória de lorde Von Uckermann. Também

quero apostar trinta libras que Hermione estará tentando conquistá-lo antes que a temporada

termine.

Incapaz de suportar a frivolidade e a maledicência daquelas mulheres, Dulce virou-lhes as

costas e se afastou, para se arrepender em seguida. Sua explosão de revolta teria conseqüências.

Sua atitude significaria ingratidão a suas benfeitoras. O modo como defendera Christopher

provocaria rumores. Mas não era justo que o atacassem e menosprezassem depois do esforço que

ele fizera em nome da família.

Se quiserem mais, já sabem...

Comentem muuuuuuuuuuito plixxx *-*

Bjix da Naty