Fanfic: Um Visconde Sedutor - Adaptada - Vondy - TERMINADA

Muitíssimo obrigada pelos 800 *-* :

Thaila, Maby, Fabiana [obrigada : ) ], Lucas e  Candyta!!! Vocês são uns amores *-*

Valew pela compreensão!!!

Não se passava um dia sem que Christopher lesse as cartas que Patrick Saviñon lhe entregara. A

resposta para as aflições de Dulce, mas também o adeus as suas esperanças de rever o irmão algum

dia. Naquela noite ele a pediria em casamento. Em breve, ela saberia a verdade.

— Christopher? Ele se virou ao doce chamado. Dulce parecia mais adorável cada vez que a

encontrava. Sua chama interior tornara-se brilhante com a recuperação de seu status social.

— Sinto sua falta — Dulce murmurou, abraçando-o.

— Você me viu ao menos três vezes esta semana — caçoou Christopher, envolvendo-a pela

cintura.

— Eu trago comigo uma prova de que nossos encontros em público tampouco o satisfazem.

— Dulce baixou os olhos para tirar da bolsa a carta que Christopher mandara lhe entregar. Ao

tornar a erguê-los, notou os papéis que ele segurava. — O que é isso? Mais cartas para mim?

Involuntariamente, Christopher tentou esconder as cartas que se esquecera de estar segurando.

— Não é nada.

— Quanto mistério! — Dulce brincou.

— Espero que não sejam cartas de amor de outra mulher.

— Dulce inclinou a cabeça ao ler o endereçamento.

— Visconde Christopher Von Uckermann. O tratamento é formal. Não são cartas de amor.

A jovialidade desapareceu. Christopher se culpou pela súbita palidez de Dulce.

— Estou enganada, ou essa letra é de meu primo, Patrick Saviñon?

Christopher encarou-a enquanto travava uma batalha consigo mesmo. Em outras circunstâncias,

ele tomaria Dulce nos braços e a faria esquecer as cartas com seus beijos. Agora ele estava diante da

mulher que queria para esposa. Não podia mentir.

— As cartas são de Patrick — Dulce murmurou, os olhos nos dele.

— Por isso você tentou ocultá-las.

— Sim — Christopher concordou lentamente.

— Elas são de Patrick. Mas não foi por esse motivo que eu a chamei aqui esta noite. Não

pretendia mostrá-las a você. Estava com elas nas mãos quando você entrou e me distraí.

— Se ele as mandou a você, suponho que o assunto diga respeito a mim. Isso me confere o

direito de lê-las, não?

— As cartas não falam de você, Dulce. — Christopher fechou os olhos. Seus planos de amor

para aquela noite foram por água abaixo. Em vez de fazê-la feliz com seu pedido de casamento,

ele seria o responsável por revelar a verdade que mataria uma parte da alma de Dulce.

Em silêncio, Christopher as entregou. Os olhos marejados as fixaram também em silêncio.

Após um instante, Christopher fez um sinal para que Dulce aguardasse um minuto antes de ler.

Apanhou, então, o anel de sinete, e colocou-o por cima dos papéis.

— Não! A agonia contida naquela simples palavra ecoou pelos ouvidos de Christopher, como o

pior som que ele já ouvira.

— Eu sinto muito.

As forças pareciam ter abandonado Dulce. Ela estava sentada no chão da sala, com a cabeça

no ombro de Christopher. Seu corpo ainda estremecia após o choro convulso. Por meia hora, os

soluços e as negativas a sacudiram ininterruptamente. Alfonso estava morto. O semblante

carregado de Christopher e o anel eram provas irrefutáveis de que seu irmão não voltaria e que

ela estava sozinha no mundo.

Ao menos era o que Dulce pensara até aquele momento.

— Desculpe.

— Jamais se desculpe por seus sentimentos, Dulce. Eu sei o que você está sentindo.

— É verdade. — Dulce abriu os dedos. A pedra do anel fizera uma marca na palma da mão.

— Seu primo não mentiu — Christopher contou com um suspiro.

— Talvez você deva verificar por si mesma o conteúdo das cartas para compreender melhor

a situação.

Parte de Dulce não queria confrontar a realidade. Mas ela nunca fora uma covarde. Prometera

investigar o desaparecimento de seu irmão. Não podia desistir antes de chegar ao final do

processo, por mais que fosse detestar a resposta que obteria.

Tremendo, Dulce leu folha por folha. Ao reconhecer a letra de seu pai, na última, deixou os

papéis resvalar por seus dedos. Lágrimas voltaram a deslizar por suas faces. Nela seu pai admitia a

perda do filho e nomeava Patrick como seu herdeiro.

— Então ele sabia?

— Sim, Dulce — Christopher respondeu.

— Por que ele não me contou? — Dulce se afastou de Christopher.

— Por que deixou que eu acreditasse que Alfonso podia estar vivo? Por que me pediu, em

seu leito de morte, que nunca desistisse de esperar por meu irmão?

— Ele não quis lhe causar mais sofrimento. Você estava frágil. Patrick foi incumbido de lhe

dar a notícia no momento apropriado e esse momento nunca chegou.

— Eu o detesto.

— Seu primo não teve culpa. Você canalizou para ele toda a sua raiva e impotência perante

a situação, mas eu falei com Patrick e acreditei em suas declarações. As evidências provaram que

ele estava certo.

Dulce hesitou. Patrick sempre enfrentara suas discussões com paciência, com exceção da

última em que ela o acusara pelo desaparecimento de Alfonso.

Deus, ela teria sido injusta com Patrick e afastado de si o único remanescente de sua

família?

De olhos fechados, Dulce procurou processar as informações que acabara de receber. Pouco a

pouco, as peças foram se encaixando. De repente, ela abriu os olhos e se apressou a recolher os

papéis que deixara cair. O nome de Christopher estava escrito nas costas de todos eles. Sem o nome

da rua e sem o número da casa.

— Meu primo as entregou pessoalmente?

— Sim. Por quê?

Uma expressão de surpresa se estampou no rosto de Dulce.

— Patrick viajou no dia seguinte ao baile de sua mãe, três semanas atrás. Há quanto tempo

você sabia que meu irmão estava morto e não me contou?

Christopher acreditava ter feito o que era certo. Até ver Dulce parada a sua frente, encarando-o

com frieza e incredulidade, as cartas na mão. Ela estava olhando para ele como a um traidor.

E ele era. Apesar de sua boa intenção, Christopher entendia agora que cometera um grande

erro.

Comentem muuuuuuito plixxx *-*

Bjix das Naty