Fanfics Brasil - Capitulo I - parte III Um Visconde Sedutor - Adaptada - Vondy - TERMINADA

Fanfic: Um Visconde Sedutor - Adaptada - Vondy - TERMINADA


Capítulo: Capitulo I - parte III

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Fabiana, Eneida228,
Jujuvondy, Thailavondy e Jessycaa:




Gracias!!! Vou
postar um capitulo bem grandinho agora porque acho que não entro mais na
internet por hoje, ok?!




Apreciem com
moderação.... :D




Christopher abriu
uma garrafa de uísque assim que retornou para sua casa, mas a bebida permaneceu
no copo sem que a tocasse. Não era uma questão de ele não querer esquecer o desastre
que fora sua noite; não estava certo de merecer esse alívio.


- Foi realmente
necessário, Christopher? - Ele se voltou à voz suave da cunhada, Maite. A viúva
de seu irmão. A única pessoa que nunca o julgara, que nunca tentara afastá-lo
do convívio familiar.


- Olá, Mai... - A
um sinal da cunhada, Christopher se calou.


- Por favor, não
me chame assim. Você me faz lembrar Christian e é muito difícil...


- Eu não pensei
que fosse encontrá-la no baile.


- Sua mãe insistiu
em seu convite. Ela se preocupa com meu isolamento. Esta noite foi a primeira
vez que saí de casa desde o funeral. Ainda é cedo em vista do protocolo, mas
lady Bledsoe implorou tanto que eu a acompanhasse que não pude me negar.
Permaneci nos bastidores e evitei conversar com as pessoas, mas eu o vi com seu
pai.


- Eu não deveria
ter me comportado como me comportei - Christopher admitiu.


- Não, não deveria
- Maite concordou, evitando fitá-lo.


- Para ser franca,
você pareceu sentir prazer em confrontar seu pai.


Christopher passou
uma das mãos pelos cabelos.


- Você já deveria
ter se acostumado. Eu sou motivo de vergonha para minha família há quase cinco
anos.


O modo como a
cunhada balançou a cabeça e suspirou o fez sentir uma criança mimada.


- Agora é
diferente.


- Sim, eu
tornei-me um visconde e devo honrar meu título.


- Seu título não
me diz nada!


O tom áspero o
surpreendeu. Não era comum em Maite, sempre tão doce e afável. Ele ousou
encará-la, embora soubesse que sua semelhança com o irmão a torturasse. E apesar
da sala estar mal iluminada, Christopher viu as lágrimas deslizarem.


- O que me importa
é que a memória de meu marido seja respeitada. Você é idêntico a ele.


Quando as pessoas
o julgam, estão julgando Christian também. Sempre foi assim. Antes, ao menos suas
ações falavam por si. Agora...


Christopher
engoliu em seco diante da expressão angustiada.


- Você não está
disposto a mudar por sua família, nem por você mesmo. Seria capaz de mudar por
seu irmão? Por suas sobrinhas? Georgina, com seis meses, não chegou a conhecer
o pai. Ela e Margaret crescerão e se tornarão adultas. Seu comportamento
afetará o futuro delas, para o bem ou para o mal. Depende só de você...


Maite se calou
como se estivesse completamente exaurida. Mas apenas por alguns instantes.


- Eu gostava de
suas visitas. Eu me afeiçoei a você como se também fosse meu irmão.


Entendo que exista
uma mágoa profunda entre você e seu pai, embora não conheça o motivo. Mas se
você insistir em provocá-lo, o peso de sua vingança recairá sobre minhas
filhas. Você amava seu irmão. Não desejará prejudicar as filhas dele.


- Não, eu não
desejo isso.


- Então não
insista em se apresentar publicamente antes de recuperar o controle sobre suas emoções.
Você viveu muitos anos longe das regras e dos rituais que nossa sociedade
impõe.


Christopher olhou
para a cunhada em silêncio. Ela deveria ter noção de que estava apertando o nó
da corda em seu pescoço. A vontade dele era negar seu pedido e retornar ao
submundo onde construíra seu porto de ancoragem, onde era reverenciado quase
como um deus e onde suas ações não faziam diferença. Mas essa opção lhe fora
tirada com o último suspiro de Christian.


- Não a obrigarei
mais uma vez a suportar a humilhação desta noite - ele prometeu.


- Juro que não
destruirei o que meu irmão construiu.


- Obrigada, Christopher.
Eu realmente o amo como se fosse meu irmão.


Com a saída da
cunhada, Christopher sentiu-se sufocado, como se as paredes do escritório estivessem
se fechando sobre ele. Afrouxou a gravata enquanto caminhava pelo corredor em direção
à porta da frente. Precisava respirar ar fresco e livrar-se do peso das
conseqüências que cada uma de suas ações acarretaria a partir daquele instante.


Abriu a porta que
dava para o jardim e olhou para a lua.


Desejaria ser um
lobo para se embrenhar pela noite, traduzir seu desespero em uivos e desaparecer
para sempre.


-Milorde?


Christopher
agarrou com força o gradil ao ser chamado pelo título.


- Suma daqui,
Gladwell - resmungou.


- Sinto muito,
senhor, mas uma pessoa veio a sua procura.


- Não estou esperando
ninguém. Mande o sujeito sumir.


- Não é um homem,
senhor - o mordomo explicou.


- É uma moça e ela
disse que não irá embora sem vê-lo.


Christopher
arqueou uma sobrancelha. O ar frio da noite estava começando a exercer um
efeito calmante sobre ele após a dolorosa introspecção que o encontro com Maite
lhe causara.


- Uma moça?


- Sim - o mordomo
moveu a cabeça afirmativamente.


Pela primeira vez
naquela noite, ele sentiu vontade de sorrir. Bebidas e mulheres eram suas diversões
prediletas. Estava recebendo uma visitante. Poucas pessoas possuíam seu novo endereço.
Talvez alguma dançarina ou atriz o tivesse seguido.


- Traga-a aqui.


- Aqui, senhor? -
Gladwell reagiu com espanto.


- Está certo de
que deseja receber uma dama em sua casa, no meio da noite?


Christopher
conhecia o protocolo. Apenas não lhe dava importância. E nem sua visitante, ao que
tudo indicava. Talvez ele devesse aproveitar sua última oportunidade de
alimentar a besta dentro dele e que Maite insistia que fosse domada. Afinal,
Gladwell só podia ter se enganado ao se referir a ela como uma dama.




Dulce apertava as
mãos com força atrás das costas na tentativa de impedir que tremessem.


Nunca sentira
tanto medo em sua vida ao bater a uma porta. Não fosse por sua preocupação com Alfonso,
perdido em algum lugar e provavelmente necessitando de ajuda, já teria
desistido de seu intento.


A criada a fitava
de esguelha. Deveria ter recebido ordens para vigiá-la de modo que não roubasse
a prataria. Dulce notou um ar de cansaço na moça, o que tornava o notório
visconde ainda mais assustador.


Mas ele era sua
única esperança.


O mordomo entrou
na cozinha e pediu que Dulce o acompanhasse.


- O visconde a
receberá. Como devo anunciá-la?


- Eu mesma direi
meu nome a ele, obrigada. Dulce viu o mordomo se afastar, mas seus pés pareciam
ter grudado no chão. Seria possível que seu plano tresloucado tivesse dado
certo?


- Está com medo? -
a criada sorriu com sarcasmo. - Nenhuma das mulheres que o visconde trouxe para
cá, reclamou ao sair. A maioria, aliás, exibia um sorriso de satisfação.


A observação fez Dulce
interromper os passos. Estava ciente de que sua vinda à casa de um homem,
desacompanhada, e tarde da noite, levaria as pessoas a falsas deduções, mas não
esperava que fosse se sentir tão mal.


- A senhorita
mudou de idéia, talvez? - Gladwell perguntou do alto da escada, após esperar em
vão que a visitante o acompanhasse.


Dulce se obrigou a
afugentar os temores remanescentes. Tudo que importava agora era apelar para a
simpatia do visconde à causa de Alfonso. Se ela o convencesse a lhe dar
assistência, qualquer humilhação valeria a


pena.


Os corredores
pareciam intermináveis. Inúmeras portas surgiram em seu caminho. No entanto, o
mordomo não se deteve diante de nenhuma até chegar às portas francesas que
davam para um jardim às escuras, no fundo da casa.


Ele não esperava
que ela fosse...?


Como se
adivinhasse seu pensamento, o mordomo disse:


- Sua visita,
milorde. Ela se recusou a se identificar.


O ímpeto de fugir
voltou a assaltar Dulce. Em vez disso, ela endireitou os ombros e avançou para
a varanda iluminada apenas pela lua cheia e pela tênue claridade que vinha do
interior da casa. Demorou alguns instantes para que seus olhos se adaptassem à
penumbra. Olhou ao redor em busca do único homem que poderia salvar Alfonso e
não pôde evitar um sobressalto ao vê-lo


sentado sobre o
gradil, com os braços cruzados.


De perto, o
visconde era ainda mais bonito. A noite enluarada reforçava o ar desafiador que
exalava de sua figura máscula. Entre as sombras ele parecia mais à vontade,
mais livre. Não era do tipo que se sentia bem, confinado entre quatro paredes.


Por fim, o
visconde se levantou e andou em sua direção. O instinto a fez virar para a
porta a tempo de ver o mordomo fechá-la, deixando-a completamente à mercê
daquele estranho, e consciente da enormidade do passo que resolvera dar.


- Você não é
exatamente o que eu esperava.


- Desculpe não ter
dito meu nome ao seu mordomo - Dulce respondeu.


- Tive receio de
que não me recebesse, se soubesse quem eu era.


- E quem é você?


- Meu nome é Dulce
Saviñon.


- Não quero saber
seu nome, mas quem você é - Christopher explicou.


- Não creio que a
tenha visto antes, mas você tem algo de familiar.


Dulce fez um gesto
de assentimento e de desapontamento. O modo como ele a observara fora tão breve
e insignificante que não registrara seu rosto na memória.


- Eu estava no
baile dos Gloucester esta noite.


- Então é isso. - Christopher
inclinou a cabeça como se estivesse examinando o vestido simples e prático de
algodão que substituíra o outro, também pouco sofisticado.


Um súbito rubor
cobriu as faces de Dulce de raiva, mais do que de constrangimento.


- Sua gravata
estava torta e sua barba por fazer. Não está em condições de me julgar...


- Dulce
interrompeu o protesto ao se lembrar do motivo da visita. Esse era um de seus
piores defeitos. Não conseguia se controlar sob pressão e acabava sendo
inconveniente em sua sinceridade, dizendo o que não devia. Seu pai costumava
atribuir seu temperamento explosivo ao reflexo avermelhado nos cabelos
castanhos que herdara de sua mãe.


- Parece que eu
atingi um ponto fraco - Christopher sugeriu com uma mesura.


- Peço desculpas.


Detestando-se pelo
calor que continuava subindo por suas faces, Dulce fingiu indiferença.


- Sou dama de
companhia de uma condessa. Não tenho permissão de me vestir de acordo com os
ditames da moda. Em minha posição não devo jamais me sobressair.


- Não creio que
consiga passar despercebida.


- E eu não creio
que o senhor esteja se portando de maneira adequada, falando com uma desconhecida
nesses termos.


- É muito menos
adequado visitar um desconhecido desacompanhada, não acha? Principalmente em
horário tardio.


Ele se aproximou
dela tão inesperadamente que não houve tempo para recuar. Ficou tão perto que
dava para ouvir as batidas de seu coração. Ou seriam os batimentos dela?


Em outro movimento
inesperado, o visconde ergueu a mão e afastou uma mecha de cabelos que caíra
sobre a testa de Dulce.


- Eu não vim aqui
para isso - Dulce afirmou com pouca convicção.


- Não? - A voz
grave soou sedutora na noite silenciosa.


- Tem certeza de
que não veio para testar as teorias sobre minhas proezas? Ou, talvez, para
fazer seus pais lamentarem por terem sido responsáveis por sua ruína
financeira? Ou, quem sabe, na esperança de ser tomada como minha amante de modo
a trocar sua vida como dama de companhia por outra que lhe permita trabalhar
sem sair da cama?


- Sim, eu tenho
certeza. Não estou interessada em testar teorias sobre suas proezas, meus pais
foram maravilhosos, e eu não me importo em trabalhar como dama de companhia.


- Dulce hesitou,
mas algo a impeliu a se estender na verdade.


- Meu pai foi um
visconde. Embora o futuro não me reserve o que eu esperava, continuo morando em
uma casa bonita e servir de companhia a uma dama não é tão ruim quanto eu pensava.
Christopher pareceu surpreso com a resposta.


- Por que não me
diz, então, a que veio, antes que eu perca o interesse?




Comentem plixxx
*-*




Bjix da Naty


 



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Autor(a): natyvondy

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1223



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  • anne_mx Postado em 24/04/2021 - 03:11:00

    10 anos depois e eu tendo a oportunidade de ler essa história incrível que faz com que eu me apaixone ainda mais por Dulce e Christopher, obrigadaaaa <3

  • stellabarcelos Postado em 14/11/2015 - 14:27:17

    Amei

  • larivondy Postado em 09/10/2013 - 16:22:09

    NOSSA, AMEI a web! me apaixonei pelo primo da Dul, sério, muito fofo *-* se a dul recusasse o Chris eu aceitava heim kkk'

  • maby Postado em 27/10/2011 - 22:34:21

    Parabens por mais esse projeto finalizado, foi perfeito do principio ao fim, amei :)

  • maby Postado em 27/10/2011 - 22:34:21

    Parabens por mais esse projeto finalizado, foi perfeito do principio ao fim, amei :)

  • maby Postado em 27/10/2011 - 22:34:21

    Parabens por mais esse projeto finalizado, foi perfeito do principio ao fim, amei :)

  • maby Postado em 27/10/2011 - 22:34:20

    Parabens por mais esse projeto finalizado, foi perfeito do principio ao fim, amei :)

  • maby Postado em 27/10/2011 - 22:34:20

    Parabens por mais esse projeto finalizado, foi perfeito do principio ao fim, amei :)

  • maby Postado em 27/10/2011 - 22:34:20

    Parabens por mais esse projeto finalizado, foi perfeito do principio ao fim, amei :)

  • maby Postado em 27/10/2011 - 22:34:19

    Parabens por mais esse projeto finalizado, foi perfeito do principio ao fim, amei :)


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