Fanfic: amante e esposa aya adaptação finalizada
As lembranças do tempo que tinha passado junto a ele continuavam estando tão frescos em sua memória como se tivessem acontecido no dia anterior. Possivelmente tinha acabado mau, mas ela não o tinha recordado com amargura, mas sim tinha entesourado aquelas lembranças como as mais especiais de sua vida. Entretanto Alfonso estava lhe dizendo o que nenhuma mulher desejava ouvir; que ela não tinha sido mais que uma história entre tantas do passado, que tinha ficado já completamente esquecida. Tinham passado já dois anos? Como tinha feito para não dar-se conta de todo o tempo transcorrido?
Anahí parecia estar a ponto de deprimir-se, a palidez de seu rosto rompeu a agressividade de Alfonso. Por acaso tinha se proposto deliberadamente ser cruel com ela? Acreditava que não, só lhe havia dito a verdade, só a tinha feito ver o irracional e pouco prudente de seu comportamento. Não obstante, pediu-lhe que se sentasse e quando ela se negou, ofereceu-lhe uma taça.
- Eu não bebo - balbuciou com o olhar fixo no relógio, tentando recuperar o controle de si mesma.
— Sei, mas como uma exceção, possivelmente viesse bem tomar um conhaque - sugeriu-lhe Alfonso incomodado com sua própria preocupação -. Quando você comeu pela última vez?
- No café da manhã.
Não disse nada. Sabia que jamais se detinha comer quando estava imersa em algo que absorvia sua concentração. Recordou que quando ele não estava seus empregados sempre tinham tido que controlar que ela comesse algo enquanto se encontrava na metade de alguma importante investigação. Era uma mulher incrivelmente inteligente no que se referia às estranhas plantas que estudava, mas nela, praticamente brilhava por sua ausência.
Anahí levantou o olhar deixando ver aqueles olhos verdes agora frágeis pelos fantasmas do passado.
- Não quer que te diga quanto lamento o ocorrido porque não pode me perdoar - sussurrou tensa -. Compreendo-o perfeitamente porque agora mesmo acredito que eu tampouco serei capaz de me perdoar nunca.
Alfonso não podia responder à intensidade que desprendiam suas palavras e seu olhar, quando a única coisa que podia fazer era lhe aproximar a taça.
- Vou pedir uma limusine para você. Veio de trem?
- Sim, e não necessito nenhuma de limusine - aproximou o fino cristal aos lábios e deixou que o álcool a queimasse por dentro como se estivesse engolindo fogo líquido. Sob seu atento e fascinado olhar, Anahí bebeu até a última gota de conhaque como se tratasse de água. Depois ficou em pé e caminhou para a porta mantendo-se erguida com muita dificuldade.
- Insisto em que espere que venha uma limusine para levá-la a estação - afirmou Alfonso taxativamente.
- Já não tenho por que atender a suas insistências - respondeu ela levantando bem o rosto apesar de ferida que estava.
«Nosso casamento está acabado, morto e enterrado tão fundo que não voltará a ver a luz do dia».
-Any, seja sensata.
Aquele apelo carinhoso a feriu ainda mais fundo, mas continuou caminhando com aparente serenidade para o refúgio que encontraria no elevador enquanto todos os olhares se cravavam nela ao cruzar o vestíbulo e sem poder se separar de sua memória as outras vezes que Alfonso a tinha chamado assim:
-Any, não seja pesada - estava acostumado a lhe dizer quando ela tinha tentado por todos os meios convencer de que passasse com ela uma tarde por semana. Uma tarde só para eles, sem trabalho nem compromissos sociais-. Terá que economizar tempo quando se têm filhos e nós graças a Deus não os temos.
-Any... O aroma de sua pele me deixa louco - tinha-lhe sussurrado tantas vezes enquanto despertava beijos com a mestria pela que era célebre e com a que lhe tinha proporcionado a Anahí o único paraíso que tinha conhecido na vida, que tinha descoberto em seus braços.
-Any... a vida vai lhe ser tão doce agora que me tem - tinha-lhe prometido com total convencimento em sua noite de núpcias, e ela o tinha acreditado.
O elevador se deteve devolvendo Anahí de repente ao presente. Já na rua descobriu sua própria imagem no reflexo de uma cristaleira que lhe arrancou uma triste gargalhada.
Muito típico nela, não lhe tinha ocorrido pensar em seu aspecto. Nada mais abandonar Alfonso, tinha decidido que esse tipo de frivolidades já não eram necessárias para ela. Mas acabava de ficar horrorizada pela extrema palidez de seu rosto e o desastroso aspecto de sua roupa. Deveria haver-se arrumado para ir vê-lo; possivelmente assim a tivesse escutado. Ao fim e ao cabo ele era italiano até a medula e desprendia elegância por cada poro de sua pele.
- Por que não olha por onde vai? - disse-lhe zangada uma senhora com a que tinha se chocado.
- Signora Herrera...?
Anahí olhou do outro lado da rua surpresa, era Roberto, o chofer de Alfonso que a esperava com a porta do passageiro de uma enorme limusine aberta para ela. Os transeuntes a olhavam enquanto ela se perguntava quanto tempo levaria ali parada, olhando-se na cristaleira e se pareceria tão estranha como se sentia. A suspeita de que assim fosse era motivo suficiente para aceitar que a levassem na limusine.
«Nosso casamento está acabado, morto e enterrado tão fundo que não voltará a ver a luz do dia».
Por que demônios não podia tirar essas palavras da cabeça? O sentimento de humilhação a estava carcomendo por dentro. Maite tinha reagido muito mal quando ela havia dito que precisava ver Alfonso, agora era evidente que deveria ter tido em conta a opinião de sua irmã mais velha. Alfonso tinha se comportado com frieza, brincadeira e hostilidade; não tinha mostrado o menor interesse por nada do que ela tivesse que lhe dizer e entretanto tinha demonstrado estar impaciente por vê-la partir. Tinha-a acusado de estar pondo-os em ridículo a ambos. Qualquer um teria pensado que tinha irrompido em seu escritório gritando que ainda o amava e que queria voltar com ele. Como se... Colocou a mão no queixo para impedir que lhe tremesse a boca e tratou de compassar a respiração entrecortada.
Parecia impossível que fazia pouco mais de três anos, Alfonso tivesse se comportado como se ela fora um verdadeiro troféu que queria ganhar a todo custo e a que tinha estado tentando persuadir durante semanas de que lhe desse uma oportunidade...
O primeiro conhecimento que tinha tido Anahí da existência de Alfonso tinha sido quando lhe tinha arrebatado um lugar para estacionar enquanto ela manobrava para colocar seu carro na parte de trás. Sabendo que tinha havido gente que havia falecido de ataques de ira provocados por coisas como aquela, Anahí tinha preferido partir e continuar dando voltas pelo campus até dar com outro estacionamento. Depois havia tornado a passar caminhando pelo local roubado e havia olhado com desdém a luxuosa Ferrari estacionada ilegitimamente.
Autor(a): feio
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 207
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jl Postado em 29/08/2011 - 11:13:20
AAAAAAAAAAAAAA que lindo *--*
No fim eles casaram de novo e Alfonso derrubou as barreras e se confessou pra ela *--*
AAAAAAAAAAAAAAA
Linda essa web *--* -
jl Postado em 29/08/2011 - 11:13:17
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jl Postado em 29/08/2011 - 11:13:14
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jl Postado em 29/08/2011 - 11:13:11
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jl Postado em 29/08/2011 - 11:13:08
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jl Postado em 29/08/2011 - 11:13:04
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jl Postado em 29/08/2011 - 11:13:00
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jl Postado em 29/08/2011 - 11:12:53
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jl Postado em 29/08/2011 - 11:12:49
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jl Postado em 29/08/2011 - 11:12:47
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