Fanfic: × Ilusão d&u

Não queria ir para casa, pensou chateada, mas depois de andar mais um pouco, decidiu que uma hora teria que enfrentar seus pais. Chegou tarde e quando abriu a porta, ouviu os gritos vindo da cozinha e não estranhou. Fechou a porta e tirou o casaco.

- ENTÃO VOCÊ ESTÁ AÍ.

Dulce se virou e encarou sua mãe.

- O quê?

Perguntou com fingido desinteresse.

- Onde você estava?

- Em algum lugar.

- E isso lá é resposta?

- Não sei.

Respondeu sincera.

- Responda direito a sua mãe.

Seu pai disse enquanto entrava na sala.

- Será que ela é minha mãe mesmo?

Dulce viu a magoa brilhando nos olhos da sua mãe.

- Ela pode não ser não é.

Completou.

- ONDE VOCÊ ESTAVA?

Sua mãe gritou, irritada e magoada.

- NÃO É DÁ SUA CONTA.

Ia subindo a escada quando ouviu:

- Com quem você estava?

- Com alguém que se importa mais comigo que vocês dois juntos.

Dulce subiu o resto das escadas e entrou sem seu quarto, batendo a porta. Tirou os sapatos, tomou banho e depois, já arrumada, deitou-se na cama, pegou seu bloco de desenho e desenho o garoto do corredor mais uma vez.

- Eu não acho que isso seja sensato, Mai.

Anahí falava mais séria que o normal.

- Não me importa se é sensato ou não, vou fazer e ponto.

- Não, Mai, agora você está envolvendo outra pessoa nessa história, sabe? Vai ficar tudo mais complicado.

- O Derrick não pode controlar a minha vida.

- Mas ele é louco, Maite.

- O que você acha, Dulce?

Dulce,  que olhava para o teto perdida em seus pensamentos não respondeu.

- DULCE!

- O quê?

Ela olhou para as meninas que estavam confusas.

- Você ouviu alguma coisa do que nós falamos?

A loira perguntou.

- Não, desculpa, mas eu não consigo parar de...

- De quê?

Agora foi a morena quem perguntou.

- Pensar.

- Dulce, que você pensa não é novidade. Só se for para você, claro.

Anahí retrucou, divertida.

- Não é isso, eu não consigo para de pensar... Nele.

- E quem seria ele?

Maite perguntou. Mas Dulce não respondeu, ela estava olhando para a porta do refeitório, onde o garoto do corredor estava parado, a olhando, sorrindo. Aquele sorriso lindo, meio torto, sincero. Ninguém nunca tinha lhe sorrido tão sinceramente.

- Já volto.

Ela levantou sem dá explicações para ninguém.

- Você entendeu alguma coisa?

Anahí perguntou para uma Maite confusa.

- Não.

- Que bom, pensei que fosse só eu.