Fanfics Brasil - A proposta. §§O irmão do noivo§§[Cancelada]

Fanfic: §§O irmão do noivo§§[Cancelada]


Capítulo: A proposta.

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Dedico este capítulo a vitoria10 e a gabyzitah.


Não lhe importava estar em roupa de baixo diante dele. É mais, Alfonso  se tinha oposto a ela desde o momento em que Dereck se a havia  apresentado como sua...
- Não.
Pensar em Dereck atiçava a sensação de náusea e teve que respirar profundamente  várias vezes para recuperar a serenidade. Apertava-se com tanta força os braços  que poderia ter-se feito sangue com as unhas. Então sentiu algo frito roçar sua pele e se olhou a mão esquerda. Um diamante brilhou à luz, e de um puxão se o tirou do dedo e voltou a olhar a Alfonso .
- Dê lhe isso, atirando-lhe o anel aos pés. Podes devolvê-lo quando voltares a vê-lo. Não quero voltar a vê-lo mais.
Com a imagem de Alfonso  agachando-se para recorrê-lo, entrou rapidamente no quarto de banho da habitação, fechou a porta e se apoiou contra ela. Tinha uma sensação pesada em seu interior, como se todos os órgãos estivessem em colapso. Sentindo todos na boca do estômago.
Precisava de um banho. A pele lhe tremia de repulsão e precisava desesperadamente fazê-la desaparecer.
Foi tirar-se o body de seda branca quando viu um laço de cetim e encaixe azul  pálido que levava na coxa, justo acima de uma das meias e um sorriso triste se  desenhou em seus lábios ao pensar no ridícula que devia tê-la encontrado Alfonso 
As lágrimas lhe cegaram a visão, lágrimas que seriam as primeiras de muitas outras que viriam depois, e se as secou com raiva antes de entrar na ducha. Com mãos trêmulas girou as torneiras e a água começou a cair. Anahi ficou imóvel, os olhos  fechados, a cabeça para atrás, sem preocupar-se de se escaldava, desde que conseguisse apagar até o último vestígio da noiva.
Impossível saber quanto tempo esteve assim, porque não se permitiu pensar, nem sequer sentir, mas ao final do túnel no que a sumiu o recesso de sua mente, ouviu que chamavam à porta do banho, ouviu vozes, a de sua tia desesperada e aguda, a de  Dulce, clara e preocupada.
Os murmúrios escuros de Alfonso  se misturaram com ela, dizendo Deus sabe o que.  Nem o sabia nem lhe importava, sempre que conseguisse mantê-las afastadas dela. Depois, o silêncio voltou a cair, um silêncio sólido que acalmava o calor de seu coração e a ajudava a manter a cara sob o água do chuveiro.


Mais adiante teria tempo de sobra para suportar todas essas miradas de lástima. Aqueles minutos eram para si mesma, só para ela; uns minutos para tentar assimilar  em que se tinha convertido: numa noiva plantada no altar.
Um nervo lhe tremeu na bochecha. A humilhação ocupava o lugar no que costumava  assentar-se o coração. Que idiota tinha sido ao imaginar-se que Alfonso  Herrera ia  permitir que se casasse com seu irmão.
Tinha-o sabido desde aquele primeiro encontro, indo da mão de Dereck, que Alfonso ia fazer todo o possível para que rompessem.
Dereck... Uma imagem de seu rosto, sorridente e de feições suaves, apareceu-se  diante seus olhos para atormentá-la. Como tinha sido capaz de fazer-lhe algo assim?
- ANy...
Os nós que soaram na porta lhe fizeram dar um respingo, e esteve a ponto de   escorregar no chuveiro ao ouvir aquela voz profunda ao outro lado.
Assim que todas aquelas outras vozes preocupadas não tinham conseguido transpor à de Alfonso; também não tinha escapado como seu irmão. Seguia estando ali, ao outro lado da porta, disposto como sempre a aceitar suas responsabilidades até o final.
Alfonso. O irmão mais velho. O que tinha atingido o sucesso. A cabeça do império Herrera. O homem com as costas bastante larga como para suportar o que o destino lhe jogasse em cima.
E agora era ela o peso que Dereck tinha jogado seus ombros.
- Any...
A voz vinha de muito mais perto, e abriu os olhos.
Através da nuvem de vapor, viu a figura de Alfonso do outro lado da porta do chuveiro esperando a com uma toalha.
- Quem te disse que podias entrar? disse, muito turvada como para preocupar-se de sua nudez... nem interior nem exterior. A água seguia caindo-lhe sobre o corpo.
Ele não afastou a mirada de seus olhos... nem sequer para jogar uma breve olhada a seu corpo.
 -Vamos -lhe disse com suavidade, estendendo a toalha.- Já levas muito tempo aí dentro.
Any começo a rir sem saber por que, mas foi um riso carente de humor e mais  débil a indefesa que outra coisa. Muito tempo para que? Afinal de contas, não pensava ir a nenhuma outra parte.
Voltou a fechar os olhos e deixou que a água seguisse batendo contra sua cara.
- Esconder-te aí não vai servir de nada, já o sabes.
- Deixa-me em paz, Alfonso. Já conseguiste o que querias, assim que agora, deixa-me em paz.
- Temo-me que não posso fazer isso.
Soltou um extremo da toalha para poder fechar as torneiras.
O novo silêncio se viu envolvido no vapor que subia dos azulejos molhados do solo, e  olhou para baixo para vê-lo subir em espiral seguindo seu corpo,  ao longo de suas pernas, em torno de seus quadris, ao redor de seus seios.
- Não me queria, murmurou com voz carente de emoção. Depois de tudo o que me tinha dito, não me queria.


Sentiu a toalha ao redor dos ombros e que as mãos de Alfonso a sustentavam ali  enquanto a obrigava com gentileza a sair do chuveiro.
- Sim que te queria Anahi contestou ele, abraçando-a com o resto da toalha. - Mas também queria a Madeleine. A verdade é que não tinha direito de prometer nada a outra mulher enquanto seguisse querendo-a a ela.
«Sim... Madeleine», disse-se em silêncio. <- E o tiveste que a fazer entrar de novo em sua vida o acusou.
- Sim suspirou ele massageando suavemente suas costas.      


  - Não vai acreditar, Any, mas eu sinto muito. Sinto muitíssimo.


Por alguma razão, aquela desculpa lhe chegou tão dentro que se voltou para ele e com toda a raiva amarga, cega e calcinaste, lançou uma mão que foi despedaçar-se contra sua cara.
Ele aceitou a bofetada sem sequer piscar, e não a soltou, senão que ficou olhando-a com aqueles olhos tão cinzas e tão frios e os lábios apertados numa linha.
Tivesse querido chorar, mas não pôde. Queria espernear, gritar, colar-lhe, soltar toda a dor e a ira que a saturavam por dentro, mas não pôde. O único que foi capaz de fazer foi ficar-se ali, no círculo de seus braços, e olhá-lo com seus enormes olhos azuis enquanto se perguntava se aquela mirada silenciosa continha satisfação ou culpa.
Se o tinha advertido. Umas seis semanas antes, Alfonso lhe tinha advertido que não ia limitar a fazer-se a um lado e permitir que se casasse com seu irmão.  Desde o instante em que se viram pela primeira vez no elegante espaço do recebedor do casa de Alfonso sua rejeição tinha estado ali, pondo em pé de guerra umas defesas  que nem sequer sabia que possuía até que se encontraram com essa mirada.
Até aquele momento ela tinha sido simplesmente Anahí Portillo, filha adorada dos  falecidos Franco e Marina Portillo, orgulhosa da mistura de seu sangue porque jamais a  tinham feito sentir-se de outra maneira...  até que aqueles olhos duros como o aço a tinham olhado de cima abaixo.
Então, pela primeira vez em sua vida, tinha experimentado os preconceitos, e a estranha combinação de cabelo liso e negro como o carvão, olhos azuis e pele tão  branca como o leite, que até então tinha feito que as pessoas se voltasse a olhá-la  admirada, transformou-se de repente num pouco de tudo que podia envergonhar-se.  Tinha estreitado a mão que Alfonso lhe tinha tendido a modo de saudação, mas consciente por instinto de que não desejava roçar-se com ela, nem sequer estar na mesma habitação.
E no entanto não só tinha estreitado sua mão durante mas tempo do necessário, senão que a expressão de seus olhos lhe havia gelado o sangue nas veias. Aquele tinha sido o momento que Alfonso  Herrera lhe  havia comunicado que era alguém não apto para entrar a fazer parte da grande família Herrera.
E sua vitória tinha chegado ao fim, o que lhe  permitia ser um pouco caritativo. Oferecer seu consolo aos que sofrem.
Separou-se dele e se cingiu a toalha para tentar deixar de tremer antes de sair de novo ao dormitório.
Milagrosamente não ficava nem sinal de seu traje nupcial. Tinham limpado por completo a habitação enquanto tinha estado escondida no banho. O vestido, os farrapos de tela, os botões, tudo havia desaparecido, deixando só seu ropão aos pés da cama e as malas, tão cuidadosamente preparadas a noite anterior, ainda em-pilhadas ao lado da porta.Deixou cair a toalha e se pôs a bata, sem importar-lhe que Alfonso a tivesse seguido desde o banho. Não lhe importava mostrar-lhe sua nudez, especialmente sabendo que seu corpo não acordava o mínimo interesse nele.
Voltou-se a olhá-lo ao tempo que se cingia o cinto à cintura. Ele estava de pé na porta do banho, sem apoiar-se e tenso.


- Molhei-te o traje lhe disse, e ele se encolheu de ombros com indiferença. Depois se acercou à cômoda.




- Toma lhe disse, oferecendo-lhe um copo médio cheio de algum licor.



- Remédio?  burlou-se ela ao aceitá-lo. A comoção que antes tinha deixado seus membros languidos e como de borracha agora os tinha voltado rígidos, tanto que até sentar-se no borde da cama foi um exercício doloroso.



- Como queiras chamá-lo contestou ele. De fato...  voltou-se e tombou outro copo, eu também preciso um pouco do mesmo e se sentou junto a ela. Bebe-te. Isso lhe ajudará.
Fez girar o líquido âmbar no copo antes de levá-lo aos lábios desvaídos. Ele fez o mesmo, e seus braços se roçaram com o movimento.
Era muito estranho que fosse o mesmo homem que se tinha passado as últimas seis semanas evitando-a a toda costa quem parecesse feliz de poder estar tão cerca dela como lhe fosse possível.
Anahi o olhou então. A tensão se apalpava em sua mandíbula, nas linhas duras de seu perfil. Não se parecia nada a Dereck. Os dois irmãos eram radicalmente diferentes. Alfonso tinha o cabelo escuro, e Dereck era loiro, tão loiro que não lhe tinha surpreendido  muito saber mas tarde que eram só médio irmãos. O que também explicava a diferença de dez anos entre suas idades. Dereck era o mais atraente dos dois, o possuidor de um despreocupado sorriso que encaixava com seu caráter aberto e sem complicações.
Ou isso lhe tinha parecido a ela, corrigiu-se enquanto tomava outro gole de  brandy, e o licor se abriu passo a labaredas em sua gar-ganta. Pelo menos assim recuperaria algo do calor perdido.
- Que aconteceu com tudo o que tinha aqui? perguntou.



- Tua tia e tua amiga o recolheram tudo enquanto estavas no banho.


 - Precisavam... sentir-se úteis.



- Surpreende-me que Dulce não te tenha expulsado - murmurou.
- E por que não tua tia?



- Não. Minha tia jamais foi descortês com alguém em sua própria casa.



- Não como eu, não?



- Não como eu - admitiu, sem querer perguntar-se por que estariam mantendo aquela absurda conversa precisamente em seu dormitório.



- Sei que tentou expulsar-me admitiu depois de outro gole, mas a convenci de que com minha presença aqui poderias levar tudo isto muito melhor.



- Porque a ti não te importa.
Sabia exatamente por que se tinha aferrado a ele e não a outra pessoa.



- Isso não é de todo verdade, Any contestou, quase mal humorado. Sei que não te vai crer, mas eu soube desde o princípio que Dereck não era homem adequado para ti. Sim, é verdade acedeu ao receber uma mirada carregada de ironia... Que me senti aliviado de que recuperasse a sensatez antes que fosse muito tarde; mas não me sinto precisamente orgulhoso da forma que teve de fazê-lo. E também não lhe perdoarei pelo dano que te fez hoje. Ninguém... adicionou com dureza... tem direito a  fazer dano a outro
ser humano da forma em que ele fez a ti.                                                                               - Se te serve de consolo, posso dizer-te que nem Madeleine nem ele se sentem bem por...
- Não, não me serve,  lhe cortou, pondo-se de pé. E não quero ouvi-lo.
Ela levou o copo aos lábios e apressou seu conteúdo ficando-se assim, com as costas arqueada, os olhos fechados, a respiração contida, enquanto absorvia o calor do licor.
Não queria sentir nada ainda. Não estava preparada. Nem sequer queria pensar... nem nela, nem em Alfonso , e muito menos em Madeleine e em Dereck.
 - Está bem, Alfonso  deixou o copo e se voltou para ele de repente. Seguia estando tremendamente pálida, mas seus lábios começavam a recuperar um pouco de cor. Sei que tudo isto foi uma odisséia para ti e te  dou as graças por  ter-te comportado como um irmão, mas já estou muito melhor e te agradeceria do que saísses.
Antes de que tudo se lhe jogasse em cima, antes de que começasse a verdadeira dor, antes...
Mas ele negou com a cabeça e nem sequer fez ademanes de levantar-se da cama, e Anahi deu um respingo de alarme quando ele atirou dela pela cintura para que se sentasse de  novo junto a ele.
- Ainda não vou sair-me -lhe informou.-Tenho de fazer-te uma proposta, e quero que me deixes terminar antes de dizer algo. Sei que estás aturdida e que não estás em condições de tomar decisões de nenhum tipo, mas vou obrigar-te a tomar esta determinação pela singela razão de que, se aceitares, poderemos salvar ao menos teu orgulho de todo este desastre.
Fez uma pausa e depois a olhou diretamente nos olhos e sem pestanejar.
- Quererias casar-te comigo em  lugar de com meu irmão, Anahi?


 Comentem.




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Autor(a): mariahsouza

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 15



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  • vitoria10 Postado em 14/11/2008 - 22:09:06

    Muito lindaaa
    +++++++++++++

  • vitoria10 Postado em 08/11/2008 - 21:50:16

    Ameiiiiiiiiii
    ++++++++++++

  • vitoria10 Postado em 02/11/2008 - 12:09:36

    OK sem problemas!!!
    ++++++++++++++++++++
    Muito lindaaaa

  • mariahsouza Postado em 02/11/2008 - 11:35:44

    Pessoal tenho que dizer uma coisa,com o final de ano a escola está muito puxada e eu não estou tendo tempo para postar então eu decidi que apartir de agora postarei só nos finais de semana.
    Espero que não fiquem chateadas.
    Bjs, Mariah.

  • vitoria10 Postado em 28/10/2008 - 17:31:11

    Ameiiiiiii
    +++++++++++++

  • vitoria10 Postado em 18/10/2008 - 00:05:19

    Ameiiiiiiiii
    +++++++++++

  • inalcanzable Postado em 17/10/2008 - 17:02:39

    posta mais ta lindo!!

  • vitoria10 Postado em 11/10/2008 - 19:05:22

    Ameiiiiiiiii

  • vitoria10 Postado em 09/10/2008 - 19:58:21

    Ameiii
    +++

  • vitoria10 Postado em 08/10/2008 - 14:46:59

    Lindaaaaaaaaaaaaaa
    +++++++++++++++


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