Fanfics Brasil - O casamento. §§O irmão do noivo§§[Cancelada]

Fanfic: §§O irmão do noivo§§[Cancelada]


Capítulo: O casamento.

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Gente valeu pelos comentários. 


- Já está tudo arrumado.
Alfonso entrou no salão com aquela forma sua de andar tão agressiva e que a  Anahi começava a resultar-lhe muito familiar, e vê-lo aparecer lhe fez um dar um respingo sobre sua cadeira, pois tinha a sensação de que mal tinha saído quando já estava de volta.
A verdade era que mal tinha saído uns minutos nas últimas quarenta e oito horas. E cada vez que tinha podido desfrutar de um breve respiro de sua poderosa presença, ele lhe tinha assegurado que não demoraria mais do que segundos em voltar, certificando-se assim de que soubesse que não ia ter tempo de afundar-se na tristeza que a espreitava.
- Nos casaremos a manhã anterior a que teus tios se vão de cruzeiro.
- Ah!- Any empalideceu. Não deveria permitir que aquilo ocorresse, e Alfonso a olhou com severidade ao vê-la morder-se o lábio inferior.
- Dulce aceitou a atuar como testemunha por tua parte continuou. Quer que a chames, e lhe disse que o farias um sorriso carregado de ironia distendeu de seus lábios . Está preocupada por acha que te estou retendo aqui contra sua vontade, assim terás que a convencer de que não é assim... O farás?
Um desafio, sem dúvida.
- Eu...
- Tens algo adequado que pôr nessas malas que trouxemos?  perguntou-lhe quando ela fez ademanes de contestar a primeira pergunta verdadeira que lhe  tinha formulado naquelas quarenta e oito horas, e a segunda a desconcertou por completo.
- Eu... sim... não... não sei...piscou várias vezes; ainda tinha dificul-dade para pensar. Pára... por que?
- Para casar-te comigo suspirou afundando as mãos nos bolsos da calça . Fizeste em farrapo teu vestido de noiva, recordas?
Sim que recordava, e aquela imagem a fez estremecer-se. Tinha desfeito seu precioso vestido diante dele, se havia ficado completamente nua diante daquele homem, tinha-se deixado convencer para que ele ocupasse o lugar de seu irmão, tinha-lhe permitido que inventasse um montão de mentiras para enganar a sua família e levá-la àquela casa, que se tinha convertido numa verdadeira fortaleza desde o instante de sua chegada. A enorme grade de ferro tinha permanecido fechada sem deixar passar a  nenhuma visita, e o reduzido grupo de jornalistas que se haviam congregado à porta tinham sido ignorado por completo.
Estava começando a dar-se conta de  que era o homem com maior determinação que conhecia. Desde o instante em que atendesse a  sua desgrenhada proposta dois dias atrás, não lhe tinha dado a mais mínima oportunidade de voltar atrás.
Se abria os olhos, ele estava ali. Não importava a hora do dia ou da noite que fosse: sempre estava ali. Sentado, de  pé, passeando-se pela habitação como um animal engaiolado, até que ela abria os olhos; então começavam as ordens: levanta-te, senta-te, bebe-te isto, come aquilo. Dá-te um chuveiro, mete-te na cama, dorme-te. E se alguma vez a pressentia pensativa, apagava de sua cabeça toda idéia com um ladrido gutural de sua voz, um método quase cruel para conseguir que não pensasse em seu irmão.
“Dereck”. Uma espécie de desolação se apoderou dela, roubando-lhe a  matiz de cor que tinham colorido suas bochechas.
- Anahi!
Sua voz foi como uma chicotada para suas terminações nervosas, e se obrigou a enfocar o olhar para encontrá-lo diante dela, com seus olhos cinzas selecionando-a como laser, pulverizando tudo o que não fosse sua poderosa presença.
- Branco, disse. Quero que te cases comigo de branco.
- Pensa. Tens algo branco em alguma dessas malas?
Branco. Tinha que se concentrar em branco, na roupa que compunha seu precioso enxoval. Então voltou a rir, com uma gargalhada que soou histérica.
- Uma camisola branca de seda com uma bata a jogo.
- lhe disse, imaginando a si mesma tal e como se tinha visto no dia que  o provou numa lingerie exclusiva de West End: Recordou o delicioso estremecimento de antecipação que sentiu ao ficar olhando seu reflexo no espelho de corpo inteiro da loja, vendo a si mesma como Dereck ia vê-la: o alvo pela pureza a seda pela sensualidade, a delicadeza de seu encaixe oferecendo uma sugestão do corpo nu que te esperava embaixo daquela camisola. Seus peitos redondos e cheios. A rigidez de seu estômago e sua diminuta cintura. A sedutora redondez de seus quadris e seu ventre plano. E a sombra escura de  sua púbis.
- Suponho que não queiras que me ponha isso concluiu, rindo outra vez.
Alfonso  franziu o cenho.
- Não, suponho que não e se voltou de costas. – Chama a Dulce lhe ordenou . - Pede-lhe que escolha algo adequado para ti e que te traga amanhã. Nem tu nem eu podemos arriscar-nos a sair dessas malditas portas até que todo este assunto tenha terminado.
E passando uma mão pelo cabelo, saiu da habitação. Foi então quando Anahí se deu conta de repente de que tudo aquilo tinha que estar sendo tão duro para ele como para ela. .
Bem, quase. Ele não tinha perdido à pessoa que amava... simplesmente ia casar-se com alguém a quem não queria.
Seguindo suas instruções, chamou a Dulce, ainda que a verdade é que ainda não estava preparada para falar com ninguém, e talvez ainda menos com sua amiga, que sabia bem o cegamente apaixonada que tinha estado de Dulce.
- Que está passando, Anahi?  perguntou-lhe Dulce quanto reconheceu sua voz. Pelo amor de Deus, Any, que vais fazer?
- Não podes substituir a um irmão com o outro! Vai ser um desastre!
“Minha vida já é um desastre”, pensou, e fechou os olhos ante a ameaça nunca longínqua das lágrimas.
- É o que quero - disse Anahí. - O que ambos queremos.
- Mas se nem sequer te agrada Alfonso!  gritou, enfadada e agoniada ao mesmo tempo . Até me disseste uma vez que te dava um pouco de  medo!
- O que temia era o que me fazia sentir, discutiu. Quase era a verdade, porque sempre tinha tido a sensação de que Alfonso era uma ameaça para sua felicidade.
- Porque te estavas apaixonando dele?
 “Apaixonar-me” Que é o amor? , perguntou-se.
Já não o sabia, pensou.
- Sim, contestou.
- E agora vais casar com ele no lugar de Dereck.
- Sim ,repetiu . Deverias sentir-te aliviada e não enfadada.
- A ti dereck nunca agradou.
- É astucioso como um zorro. - Alguém que sorri tanto como ele tem que estar ocultando algo, mas jamais me teria ocorrido pensar de que era outra mulher.
Suas palavras lhe doeram.
- O qual vem demonstrar que foi uma sorte que tenhamos escapado por um fio, não te parece? burlou-se com amargura, recordando, como sem dúvida estava fazendo Dulce, o manchete do jornal da senhora Clough. Os irmãos Herrera mudam as noivas no maior escândalo amoroso dos últimos tempos.
Que montão de mentiras. Alfonso não estava apaixonado por Madeleine e Madeleine nunca tinha sido noiva sua.
Mas agora era mulher de Dereck. O mesmo artigo informava de que Dereck Herrera e Madeleine Steiner se casaram só uma hora depois de que Dereck devesse ter se casado com Anahí Portillo.
O que queria dizer que Dereck tinha planejado deixá-la plantada diante do altar muito antes de molestar-se em dizer a seu irmão que já não a queria.
- Terias tempo de comprar-me algo adequado para amanhã?  perguntou-lhe a  Dulce, obrigando-se a  pensar em outra coisa. A leitura do artigo tinha sido o único momento no que tinha corrido sério perigo de sair daquele estado de  choque depois do que se ocultava, mas Alfonso o tinha impedido. Depois de  fazer empalidecer à senhora Clough tão só com a mirada por ter-se ocorrido trazer aquele jornal, tinha-a levantado da cadeira para levá-la a seu escritório, sentá-la diante de um computador e entregar-lhe um manuscrito de umas vinte páginas. -Sabes utilizar um processador de textos, não é verdade?  tinha-lhe perguntando, parodiando depois seu gesto de surpresa.   - Pois escreve. Preciso desse documento pronto para antes do almoço. 


-Sim, claro que posso sair para comprar- te o que queiras a voz de Dulce parecia irreal desde um lugar fora do tempo. Mas me agradaria que te  tomasses um pouco mais de  tempo para pensar em tudo isto. adicionou. - Não quero que vá saltar da fogueira para cair no fogo... - Tu pensaste bem?
Por suposto que o tinha pensado. Nas escassas oportunidades nas que Alfonso lhe  permitia pensar, claro, já que o dia anterior todo tinha passado enterrada numa verdadeira montanha de trabalho que ele lhe tinha facilitado.
Mas pensar não lhe ajudava. Nada lhe ajudava. Simplesmente não lhe  importava o que pudesse ocorrer-lhe.
- Quero lhe disse, mas as palavras lhe pareceram carentes de significado. É  a  ele a quem quero, e não me o estragues.
- Está bem  suspirou Dulce. Nos veremos amanhã.
A escolha de Dulce foi um traje de jaqueta de Mondi, com a linha severa que caracterizava à assinatura desde fazia tempo. A saia era curta e cingida, e a jaqueta desenhava as curvas de Anahi até o quadril era abotoada com botões dourados estilo militar, de acordo com o enfeite dos punhos e o decote.
- Não tinha blusa. O estilo da jaqueta não deixava lugar para ela, e o longo da saia parecia adicionar uns poucos centímetros às longas pernas de Anahi, cobertas pela mais delicada seda branca.
-Muito curta?  perguntou-lhe a Dulce, atirando-se quase sem dar-se conta do baixo da saia.
- Estás de gozação?  replicou Dulce, pondo-se junto a ela diante do espelho. Alfonso terá que se conter quando te vê vestida assim.
- Estás maravilhosa, Anahi adicionou com doçura . - Deslumbrante.
Mas ela não se sentia deslumbrante. A imagem que o espelho lhe devolvia parecia a de uma estranha. Como se aquela garota de enormes olhos azuis e cabelos negros recolhido na nuca fosse outra pessoa.
De fato o único que reconheceu foi a delgada corrente de ouro que pendurava de seu pescoço, com seu pingente em forma de coração que continha as fotografias de seus pais.
Sentiu os dedos gelados ao roçar seu enfeite mais querido, e de repente as lágrimas brotaram para embaçar o reflexo.
- Por que choras?
Anahi piscou várias vezes, quase surpreendida de encontrar a sua amiga junto a ela.
- É normal que as noivas chorem um pouco, não?
- Claro. Até se lhes permite que estejam pálidas e que pareçam tristes - sua voz estava carregada de zombaria. O único que tens que fazer é sorrir, e então pode ser que até acredite que para valer queres fazer isto.
- Não, lhe rogou, afastando a mirada. Não faças isto, Dulce                                        - Não poderia enfrentá-lo.
- Por que? Porque no fundo sabes que este... casamento, por  não o chamar de  outra maneira, não poderia suportar um exame detido?
O desespero se apoderou pela primeira vez desde fazia dias de seu peito, e ainda que tentou ocultá-lo, parte desse desespero assomou a seus olhos.
- Pelo amor de Deus, Anahi!  exclamou Dulce, sacudindo-a pelos ombros.
- Que demônios está passando aqui?
A porta do dormitório se abriu, e como se tivesse podido pressentir que suas defesas estavam a ponto de desmoronar-se, Alfonso entrou caminhando com arrogância, olhando a ambas.
Anahi sentiu primeiro calor e depois frio. Alfonso usava um singelo traje escuro com uma simples camisa branca e uma gravata de seda escura. Nada especial. Mas tinha algo nele, talvez a rosa vermelha que levava na lapela, que lhe fez conter o ar nos pulmões e que um arrepio lhe arrepiasse as costas.
- Anahi, estás preciosa,  murmurou com certa brusquidão. Vamos?
Como se estivesse em transe, assentiu em silêncio e caminhou para ele sentindo o protesto mudo de Dulce a suas costas.
Naqueles dias de loucura, Alfonso se tinha feito tão indispensável para ela que não podia negar-lhe nada. Era a rocha à que se agarrava naquela galerna de  destruição que se tinha apoderado dela.
Como se ele o soubesse, tomou sua mão quanto a teve a seu alcance para colocá-la firmemente no arco de seu braço e sujeitá-la ali com sua própria mão.
Já estás a salvo, parecia dizer aquele gesto, e levantou a mirada para ele e sorriu. Foi um sorriso débil, sorriso afinal de contas, antes de  sumir-se de  novo naquela espécie de mundo do nada que estava sumida e deixar que aquele homem regesse seu destino.
Foi uma cerimônia civil breve, para alívio de Anahi que não se acreditava capaz de suportar nada mais. Seus tios estiveram presentes, e a beijaram e a abraçaram desejando-lhe toda a felicidade do mundo, mas pareciam sumidos na mesma espécie de choque que ela.
Dulce foi mais direta. Aproveitou um momento no que Alfonso estava do outro lado da sala falando com um homem a que tinha apresentado como Christian, sua mão direita, para sujeitar a Anahi pelos ombros e obrigá-la a olhá-la nos olhos.
- Escuta-me bem lhe disse. Se precisares seja para o que for, não temas em me chamar.  - Entendido?
Anahí assentiu, e seus olhos se viram grandes, azuis e vazios.
- Obrigada disse, e beijou a sua amiga na bochecha. - Não te preocupes comigo, Dulce, por favor lhe rogou. Alfonso cuidará de mim.
- Ah, sim?  replicou ela com ceticismo. Mais vale do que seja assim, ou toda a família Herrera terá que se ver comigo.
Anahí se arrumou para sorrir. Ainda que Dulce não estava em posição de  ameaçar a uma família tão poderosa como a Herrera, o significado de  suas palavras estava claro: não a tinham enganado.
Não teve recepção alguma. Alfonso a conduziu rapidamente a uma limusine que os esperava à porta do cartório. Utilizou a desculpa de que tinham que tomar um avião, mas Anahi se perguntou se não seria mais bem porque sabia do que seu engano não poderia passar uma prova mais longa.


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Autor(a): mariahsouza

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O acesso da imprensa não ajudou. Os flashs das câmaras tinham estado deslumbrando os desde o momento em que saíram da casa de Alfonso, e não tinham deixado de fazê-lo desde então. Pararam quando o motorista da limusine se afastou dali, Anahi estava esgotada, já que o esforço por parecer a noiva feliz a tinha deixado exaus ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 15



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  • vitoria10 Postado em 14/11/2008 - 22:09:06

    Muito lindaaa
    +++++++++++++

  • vitoria10 Postado em 08/11/2008 - 21:50:16

    Ameiiiiiiiiii
    ++++++++++++

  • vitoria10 Postado em 02/11/2008 - 12:09:36

    OK sem problemas!!!
    ++++++++++++++++++++
    Muito lindaaaa

  • mariahsouza Postado em 02/11/2008 - 11:35:44

    Pessoal tenho que dizer uma coisa,com o final de ano a escola está muito puxada e eu não estou tendo tempo para postar então eu decidi que apartir de agora postarei só nos finais de semana.
    Espero que não fiquem chateadas.
    Bjs, Mariah.

  • vitoria10 Postado em 28/10/2008 - 17:31:11

    Ameiiiiiii
    +++++++++++++

  • vitoria10 Postado em 18/10/2008 - 00:05:19

    Ameiiiiiiiii
    +++++++++++

  • inalcanzable Postado em 17/10/2008 - 17:02:39

    posta mais ta lindo!!

  • vitoria10 Postado em 11/10/2008 - 19:05:22

    Ameiiiiiiiii

  • vitoria10 Postado em 09/10/2008 - 19:58:21

    Ameiii
    +++

  • vitoria10 Postado em 08/10/2008 - 14:46:59

    Lindaaaaaaaaaaaaaa
    +++++++++++++++


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