Fanfic: Não se apaga o amor. (Vondy)

- O que vocês acham
daquele bolo de chocolate para sobremesa? – Anahí tentou aliviar o clima tenso
tentando não olhar para a amiga ao seu lado.

- O que há faz
pensar assim? – Christopher perguntou a Dulce com um brilho anormal nos olhos,
como se estivesse divertindo-se.

- Acho que o bolo
seria ótimo agora – Alfonso intercedeu tentando chamar a atenção do garçom.

- É a verdade. –
Dulce respondeu grossa. Não aguentava mais os olhares que lhe eram lançados por
parte de Christopher. Talvez se fosse direta ele desistira – não conheci nenhum
que prestasse.

- Talvez não tenha
conhecido o certo – disse desviando dos cutucões que Alfonso lhe dava. O moreno
já havia percebido que a ruiva não gostara nada de seu amigo, mas conhecia
Christopher. Ele não desistiria enquanto não a tivesse.

- Não existe esse
negócio de certo e errado. Não quero mais ninguém no meu pé.

- E que tal apenas
uma noite de diversão? – Christopher não pode se segurar. Adorara a expressão
brava que a ruiva emitia em seu rosto, o tom avermelhado em suas maçãs
combinavam com o vermelho intenso de seus cabelos, parecia que estava prestes a
pegar fogo, e queria ser ele quem fosse apagar-lhe.

- Não sou uma
prostituta, querido. Any, me desculpe, mas preciso ir pra casa agora. Tenho que
acordar cedo amanhã. – Voltou-se para a amiga; caso continuasse a encarar
Christopher sabia que em poucos segundos o mesmo teria a marca de seus dedos
tatuado na face.

- Mas... O bolo... –
A loira sentia-se perdida. Sabia que Christopher estava provocando a amiga, mas
não imaginara que a ruiva ficaria tão brava desse jeito. Suspirou. Devia saber,
conhecia o gênio da amiga. – Ok, eu te ligo amanhã.

- Foi um prazer conhece-lo,
Poncho. Cuide bem da minha amiga – disse sorrindo enquanto estendia a mão para
o moreno atordoado.

- Ah, claro...
Prazer.

Dulce sequer olhou
em direção a Christopher enquanto fazia seu caminho para fora do restaurante.
Pagaria a amiga mais tarde, agora só queria distância daquele imbecil.

Christopher pegou a
carteira e despejando algumas notas em cima da mesa, deu um tchau apressado
para o casal que continuava sentado sem saber o que fazer. Correu para fora do
restaurante procurando a ruiva com os olhos, não devia ter dito aquilo.

- Hey, Dulce! –
Gritou ao vê-la entrando no carro. Dulce parou na mesma hora e olhou para trás
revirando os olhos. – Pode me dar uma carona?

- O quê? - Dulce
disse franzindo o cenho. Não deixara claro que não gostava da presença daquele
idiota?

- Vim com Poncho.
Mas acho que ele tem outros planos para essa noite – respondeu aproximando-se
perigosamente. Dulce queria empurrá-lo e sair correndo gritando por ajuda.

- Posso chamar um táxi
para você – respondeu sem olhá-lo enquanto retirava o celular da bolsa.
Christopher apenas revirou os olhos enquanto pegava o celular das pequeninas
mãos da mulher a sua frente.

- É apenas uma
carona, sua chata. Não planejo sequestra-la – disse enquanto segurava a porta
do carro aberta, esperando que Dulce entrasse. Em alguns segundos os dois estavam
dentro do carro, um silêncio mórbido dificultava a respiração.