Fanfic: Não se apaga o amor. (Vondy)

- Como? – Dulce perguntou
arqueando uma sobrancelha. Mal o conhecia e ele já lhe oferecia seu sonho;
homem estranho.

- Meu pai tem uma
empresa também. É menor que a Devon, com certeza, mas estamos crescendo; se
tudo continuar como está, não há dúvidas que a Uckermann será uma concorrente
forte. Aliás, já somos.

- Você é filho do
dono da Uckermann? – Dulce perguntou incrédula. Obviamente sabia da famosa
empresa, mas jamais imaginou que Christopher trabalhasse lá. Como uma flecha,
lembrou-se do sobrenome dele. Que idiota, como pudera esquecer? Não prestara
atenção quando Maite os apresentara, estava totalmente absorta na beleza do
homem. Estúpida. – Mas por que está na Devon, então?

- Ideia de meu pai.
Queria que eu tivesse alguma experiência fora para depois entrar com algum
conteúdo. Não foi fácil conseguir esse emprego, desconfiavam que eu passaria
informações.

- Eu estou admirada
que conseguiu, na verdade – Dulce não conseguia desviar os olhos dele. Estava
fascinada de conhecer o herdeiro da Uckermann.

- Contudo, ninguém
resiste ao meu charme encantador – disse piscando o olho, sabendo que a atenção
toda da ruiva estava voltada a ele; fato que o deixava nervoso, pois já haviam
passado dois faróis vermelhos. – Você comprou sua licença para dirigir, não?

- Claro que não –
respondeu nervosa, voltando a focar-se na pista. Era a segunda mentira que
contava para o rapaz. A primeira fora dita na hora do nervoso, estava com tanta
raiva de Christopher que o fizera crer que realmente tinha sexo casual. Ora,
era obvio que não ia para a cama com qualquer um. Há quanto tempo estava sem
ser tocada mesmo? Sacudiu a cabeça tentando afastar a pergunta, que por algum
motivo tinha a voz da Anahí.

Christopher ergueu
uma sobrancelha, permitindo-se fita-la. Já havia reparado nos traços de Dulce,
tinha uma beleza incomum e encantadora. Era nervosa e estressava-se fácil,
entretanto tinha um jeito de menina muito especial, principalmente quando seu
sorriso chegava-lhe aos olhos. Era desastrada e parecia inocente.

- Qual é seu tipo? –
Christopher perguntou de súbito.

- Que tipo?

- De homem –
respondeu como se fosse óbvio.

- Os que não existem
– Dulce retrucou com uma careta. Odiava falar sobre homens, para ser sincera,
os odiava.

- Você é muito
severa em relação a isso. Um dia mudará de ideia.

- Chegamos – Dulce sorriu
agradecendo aos céus por ver-se livre do assunto.

- Vamos entrar! –
Christopher a convidou animado, como se estivesse bem longe de sua cabeça uma
recusa da parte dela.