Fanfic: L'amour[Vondy]- Terminada

Dulce acordou naquele dia, sentindo um estranho
aperto no coração. Se sentou na cama e estreitou os olhos.
― Jason... ― se levantou e saiu correndo pela casa, indo até o quarto de seu
filho. Abriu a porta e ascendeu a luz, indo para a cama. ― Jason?
O menino não respondeu e Dulce se desesperou. Tirou o cobertor de cima dele e o
virou, se assustando com o que viu.
― Oh, meu Deus!
Jason quase não respirava e um tom meio azulado cobria sua pele.
― Anny! ― gritou e pegou ele no colo, tentando enrolar o cobertor no corpo
frágil.
Não demorou mais do que três segundos para Anny entrar correndo no quarto.
― O que... ― ela se calou ao ver o estado em que Jason estava. ― Oh, meu
Deus...
― Tenho que levá-lo para o hospital... ― passou por ela o mais rápido que pôde,
indo para a garagem. Anny a seguia de perto, com as respectivas bolsas em mãos.
Dulce entrou na parte traseira do carro, ajeitando melhor Jason em seu colo e
Anny foi para a frente do volante, colocando o carro em movimento.
― Agüenta firme, meu anjo...
Anny olhou pelo retrovisor, tentando segurar suas lágrimas.
― Fica calma, Dul... vai dar tudo certo...
Dulce deixou suas lágrimas rolarem pelo seu rosto e deu um beijo nos cabelos do
filho.
― É o que mais quero...

***

Alexandra
passou por Christopher e entrou no apartamento.
― Boa tarde para a senhora também. ― ele disse em tom de ironia.
― Me desculpe, meu bem. ― se virou para ele e sorriu. ― Como está?
Ele deu de ombros e fechou a porta atrás de si.
― Poderia estar melhor...

Alexandra colocou a mão no rosto dele, o fitando com
atenção.
― Nem tudo na vida são rosas, querido.
― É... eu sei... Mas e a senhora? O que faz aqui?
― Oh sim, claro! É que darei uma palestra semana que vem, em Los Angeles, e vim
te avisar.
Christopher arqueou a sobrancelha e cruzou os braços sobre o peito.
― E precisava ter vindo aqui só para me avisar? Não podia ter feito isso por
telefone?
― Tudo bem. ― ela deu um pequeno sorriso. ― Admito que usei isso como uma
desculpa. Mas uma mãe não pode visitar seu filho?
Christopher sorriu e foi até ela, a abraçando com carinho.
― Claro que pode. Mas não precisa usar desculpas, sabe disso. É só aparecer.
― Certo. Então, me diga... ― ela disse, olhando ao redor. ― Onde está aquela
sua noiva?

Christopher riu e se soltou do abraço, olhando para a mãe. Sua mãe sempre havia
deixado bem claro que não gostava de sua noiva.
― Não estamos mais juntos...
Alexandra soltou um suspiro de alivio e olhou para o teto.
― Graças a Deus! ― olhou para o filho e meneou a cabeça. ― Quer dizer... oh,
que pena.
― A senhora não presta. ― Christopher riu com ainda mais vontade.
― Quem não presta é ela, e cansei de te dizer isso! ― ela arqueou a
sobrancelha. ― Você merece algo melhor do que aquilo!

Christopher
abriu a boca para responder, mas o celular de sua mãe tocou bem na hora.
― Só um minuto, meu anjo. ― ela atendeu a chamada e estreitou os olhos.
― Outra vez? Não, não... eu vou. Claro, é meu paciente. E a mãe? Como está? Sim...
eu vou ai... ― ela desligou o celular e soltou um suspiro.
― O que foi?
― Um paciente meu. Tem um problema sério no coração e não sabemos quanto tempo
pode viver...
― Deve ser difícil...
― Muito. Ainda mais, quando é uma criança de cinco anos.
― Só cinco? ― Christopher arregalou os olhos.
― Pois é... a vida é dura. A mãe dele faz de tudo, mas... sabe que o filho não
tem muito tempo. Me dá pena ver o sofrimento dela.

Não soube o porquê, mas a imagem de Aimée lhe veio a mente e sentiu seu coração
se apertar. Será que ela tinha um filho?
― Querido, estou sem carro, vim de táxi. Será que pode me levar até o hospital?
Até eu conseguir um táxi vai demorar...
Ele assentiu com a cabeça, tirando aquela imagem de Aimée da mente.
― Claro que sim, mãe. Só me diz uma coisa...
Alexandra que já estava na porta, se virou para ele.
― Claro, querido.

― Por acaso, ela se chama Aimée? ― Christopher
pegou a chave do carro e caminhou até a porta.
― Não, querido. Alias, é um nome muito bonito. Sabe o que significa esse nome,
não é?
― Amada... ― ele sussurrou.