Fanfic: L'amour[Vondy]- Terminada

Musica do post: http://www.youtube.com/watch?v=tUyLVVqSr94

Jason Alexander Saviñón Gigandet Uckermann.
14/08/2005 – 07/06/2015
Amado filho, irmão e neto.

Christopher fitava a lápide com atenção. Toda vez que vinha àquele lugar, sentia uma imensa saudade de seu filho e não era capaz de conter as lágrimas. Sabia que aonde quer que Jason estivesse, era um bom lugar e ele não sofreria mais. Só isso fazia com que seu coração se acalmasse.
Jason havia vivido muito bem os três anos seguidos da cirurgia, mas no quarto ano, começou a ter dificuldade para respirar e seus órgãos já não respondiam como antes. Fizeram de tudo para que ele sobrevivesse, mas sabiam que havia chegado à hora dele.
Ao menos, ele se foi rodeado de amor, nos braços dos pais, enquanto dormia. Ainda era capaz de ver a face de Dulce naquele momento, um rio de lágrimas cobrindo seu rosto, caindo sobre o de Jason.
Respirou fundo, afastando aquilo da mente, se agachou, colocando a mão sobre a lápide.
― Lembra daquela promessa que te fiz? Que te daria um irmão e uma irmã? Então... seu irmão nasceu ontem. É grande. Tem 50 centímetros e pesa 3.900 quilos. Sua mãe está bem... só sente sua falta e... ― ele continuou a falar, como sempre que ia ali. Se sentia mais perto dele ao fazer aquilo.

***

Dulce viu Christopher entrar no quarto e sorriu.
― Onde estava?

Ele encolheu os ombros e sorriu.
― Tendo uma conversa de homens...
Dulce o fitou com intensidade, sabendo exatamente aonde estava e o que fazia.
― Tudo bem?
― Tudo... e a Aimée?

Foi só falar naquele nome, que ela apareceu no quarto, sendo seguida de Anny e Alfonso. Eles haviam se casado dois anos depois de Dulce e Christopher e agora Anny estava no sexto de mês de uma gestação de gêmeos.
― Desculpa... ― Anny disse assim que entrou no quarto. ― Tentei segurar ela, mas está louca para ver o irmão...
― Tudo bem... ― Dulce disse e olhou para a filha. ― Oi, meu anjo.
Aimée sorriu daquele jeito que só ela sabia, como se conhecesse o segredo do mundo. Olhou para a mãe, indo até ela e se inclinou um pouco.
― Oi, mãe! A barriga sumiu...
Dulce sorriu e deu uma piscada para ela.
― Viu só? Eu não disse que ia sumir quando seu irmão chegasse?
Os olhos de Aimée aumentaram e brilhavam com uma intensidade, tão parecido com o olhar de Christopher.
― E onde ele está, mamãe?

Christopher sorriu e foi até o outro lado do quarto, se inclinando na direção do berço hospitalar e pegando o pequeno embrulho branco, o levando até Dulce.
― Ele está aqui, meu anjinho...
Dulce pegou o filho no colo e Aimée se inclinou, tentando ver o irmão.
― Este ― Christopher começou. ―, é Alan Jason Saviñón Uckermann.
― Oi Alan... ― ela sorriu para o irmão. ― Você é tão bonitinho... ah, fui eu que escolhi seu nome, sabia? E o Jason ia gostar de você, mas ele foi morar com papai do céu. Mas a mamãe e o papai disseram que ele está bem...

Dulce sentiu seu coração se apertar e fitou Christopher, que a olhava com atenção.
Christopher engoliu em seco, e respirou fundo. Sentia aquela necessidade de ficar sozinho com Dulce.
― Bem... hora de ir. ― ele anunciou. ― A mamãe tem que alimentar o Alan...
Não foi necessário repetir aquilo, pois Aimée mesmo colocou todos para fora, deixando seus pais sozinhos, que se fitaram com um sorriso nos lábios.
Christopher se sentou na beirada da cama e se inclinou na direção de Dulce, roçando seus lábios nos dela, murmurando:
― Não tem um dia que passe, sem que eu agradeça por ter vocês na minha vida...
― Eu digo o mesmo, meu amor. Eu digo o mesmo...

“Um dia qualquer, um grande tolo disse que o amor não era feito para ele... Isso porquê ele simplesmente ainda não havia vivido um!”

                                                                            Fim.