Fanfic: Inimigos Mortais [Terminada~*]

Anahí: Alfonso! - se sentando no chão e pondo a cabeça dele em seu colo - Alfoso, acorda...Alfonso! Ai não, o que faço?
Aos poucos, ele foi acordando.
Alfonso: o que faz aqui? - saindo do colo dela e se levantando.
Anahí: Eu..me desculpe Senhor, é que eu me preocupei. Mas já vou sair. - se levantando, mas quando ouviu Alfonso gemer de dor, ela se virou - Está bem?
Alfonso: Não! - pondo a mão na cabeça.
Anahí: Acho melhor você ir deitar.
Alfonso: Não quero! - se sentando na cama.
Anahí: por quê?
Alfonso: Vou ter outro pesadelo.
Anahí: Pesadelo? De que tipo?
Alfonso: Do tipo que eu bato a cabeça - rindo - Mas acho melho você ir.
Anahí: Não até você dormir!
Alfonso: Acha que é minha babá ou o quê?
Anahí: Não, mas eutambém quero dormir, poxa!
Alfonso: Então vai!
Anahí: Mas com você assim eu não consigo!
Alfonso: Como? - a mirando.
Anahí: Não consigo durmir com você fazendo barulho.
Ele desvia o olhar.
Alfonso: Então pode ir, não vou encomodar.
Anahí: Então está bem... - se levantando.
Alfonso: E vê se troca de camisola.
Ela se vira: Não gosta? O Rogério gosta. - sorrindo.
Ele se levanta e fica na frente dela: Então você é mesmo amante dele?
Anahí: Você concluiu isso sozinho, senhor. Agora com licença, tenho que ir. - se virando.
Alfonso: Espera! - a pegando pela cintura - o que viu nele?
Anahí: Como?
Alfonso: o que viu em Mackenzi que a agradou?
Anahí: É, bom...ele é educado, e me trata bem e...
Alfonso: E te paga por noite! - concluindo a frase.
Anahí: Você concluiu isso sozinho!
Alfonso: Quanto ele te paga?
Anahí: para quê quer saber?
Alfonso: Me responde!
Anahí: Depende...
Alfonso: Depende?
Anahí: Uhum... às vezes ele me dá flores, sabe, amo flores!
Alfonso: Só isso?
Anahí: É...
Alfonso: E se eu te der um ramalhete? - apertou mais a cintura dela, colando mais os corpos.
Anahí o olhou assustada: Acho que essa pancada na cabeça te afetou! Com licença - saindo do quarto.

Alfonso acordou assustado. Havia tido outro pesadelo.
Alfonso: Não aguento mais! - se escorando na cama e chorando.
Anahí conseguiu ouvir o choro e foi correndo para o quarto dele.
Anahí: Alfonso? - entrando no quarto.
Alfonso: O que faz aqui?
Anahí: Não consegui dormir desde aquela hora. O que tem?
Alfonso: Não é da sua conta!
Anahí: Posso te ajudar?
Alfonso: Não...saia daqui!
Ela se vira e sai. Quando estava no corredor, alguém a chama.
- Anahí.
Anahí: Oi... - se virando.
Alfonso: Desculpe.
Ela mais uma vez se assustou.
Alfonso: Eu agi errado novamente, me perdoa?
Ela não tinha palavras, Alfonso pedira mesmo perdão à ela, que ele julgava uma meretriz?
Alfonso: Me perdoe, por favor - acariciando o rosto dela.
Ela sentiu o cheiro do álcool na boca dele e se afastou: Por isso está mudado, educado comigo. Você bebeu! Por que fez isso?
Alfonso: Eu precisava esfriar a cabeça.
Anahí: Não sei por que ainda me preocupo com você. Você mesmo não se dá valor. É muito melhor ser uma meretriz do que sair bebendo. Você é um incapaz!

Havia muitos boatos das bebedeiras de Alfonso. Havia anos que ele bebia e envergonhava o nome da família Herrera. Anahí, como todos da empresa, sabiam disso.
Há algum tempo, Alfonso tinha se recuperado, pois ia diariamente a uma clínica.
Anahí: vejo que a clínica não ajudou nada!
Alfonso: Eu não consigo parar de beber...
Anahí: A única pessoa capaz disso é você mesmo! Agora vá dormir, está muito tarde. abrindo a porta do quarto.
Alfonso: Eu bebi porque tive outro pesadelo. - disse antes que ela fechasse a porta.
Anahí: Quer compartilhar esse pesadelo?
Alfonso: Com você?
Anahí: Ah, bem...se quiser, chamo seus pais ou alguém...
Alfonso: Não! Você está ótimo! - a pegando pela mão - Posso entrar no quarto?
Anahí: Pode...
Ele se senta na cama e ela ao seu lado.
Alfonso: Eu tinha uns 12 anos na época...e como meus pais viajavam muito eu morava com meus tios. Os amava como se fosem meus próprios pais, sabe?
Numa noite de tempestade, eu queria muito comer sorvete. Minha tia falou que era muito perigoso sair na chuva, mas eu era muito teimoso.
Anahí: O que aconteceu?
Alfonso: Meus tios e eu saímos para ir comprar sorvete, mas um caminhão desgovernado passou na frente do carro e... - ele não conseguiu terminar a frase.
Ela reparou e o abraçou.
Anahí: Sinto muito!
Alfonso: Eu fiquei em coma por quase um mês...e meus tios não sobreviveram. Isso tudo é minha culpa!
Anahí: Claro que não é! Você era uma criança, arteira, mas uma criança.
Alfonso: Sabe, eu nunca tinha contado isso para ninguém...
Anahí: Nem seus pais?
Alfonso: Não.
Anahí: Por que contou a mim?
Alfonso: Não sei dizer, ao certo.
Anahí: Talvez você precisasse se abrir.
Alfonso: Deve ser.
Anahí: Mas me prometa, que nunca mais vai beber?
Alfonso: Prometo!
Ela sorri.
Alfonso: Todas as noites eu sonho com isso.
Anahí: Sabe, para eu não ter pesadelos, eu canto.
Alfonso: Cantar?
Anahí: É...
Alfonso: Eu não sei cantar...
Anahí: Canto para você.
Ele sorri e se deita na cama e ela começa a cantar.

Extrañarte es mi necesidad, vivo en la desesperanza desde que tu ya no vuelves mas.
Sobrevivo por pura ansiedad, con el nudo en la garganta y es que no te dejo de pensar.
Poco a poco el corazón va perdiendo la fe, perdiendo la voz.
Sálvame del olvido, sálvame de la soledad
Sálvame del hastío, que estoy hecho a tu voluntad
Sálvame del olvido, sálvame de la obscuridad
Sálvame del hastío, no me dejes caer jamás
 [...]

Aos poucos, Alfonso adormece.

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Alfonso desperta sorrindo. Havia tido um sonho lindo. Ao olhar em volta, precebe que não fora um sonho. Estava mesmo no quarto de Anahí.
Ele sorriu ao lembrar da música que ela cantara para ele. Ainda podia ouvi-la cantando.