Fanfic: meninas malvadas

Maite observava ao longe e sorria da expressão de Christopher e do modo como Alfonso saira da festa.
- Preciso ir ao banheiro. Já volto tá? – Disse Anahi procurando Alfonso pelos cantos. – Candy, vem comigo?
- Han? Ha claro. Espera aqui. – Ela soltou a mão do garoto e partiu com Anahí.
As duas caminharam ate o banheiro silenciosas. Anahi abriu a bolsa pegando um lápis de olho e um brilho labial. Começou a retocar sua maquiagem.
- Você viu? – perguntou Dulce arrumando a franja.
- O que? – Disse Anahi retirando a maquiagem borrada.
- Ta brincando né? Não viu que o Poncho jogou o copo na parede e saiu revoltando quando te viu beijando o cara? Não creio que você perdeu!
- Ta me zoando né? Ele fez tudo isso? Poxa amiga, não acredito que eu não vi! Poo é que eu tava muito entretida! Mais uma coisa eu vi, e foi a cara do Christopher!
- Putz. Eu já não vi. Só um pouquinho. Passa lápis em mim? – perguntou Dulce se virando para a amiga.
- Claro, vem cá. - Começou a passa-lo. - Candy, agora agente precisa ir falar com eles, pra ver no que vai da.
- Uhum... Any vai logo que meu olho ta ardendo! – Disse Dulce abanando os olhos.
- Pronto. Vamos indo.
Elas saíram do banheiro, mais desta fez fizeram caminho diferente e foram ate Maite, Christopher e Christian.
- Oi Christie. – Disse Anahi cumprimentando-o.
- Olha ai a culpada! Oi Any.
- Culpada? De que? – Disse dando dois beijinhos em Christopher.
- De ter partido o coração do Poncho, como partiu o meu.
- Não é verdade! Não parti o coração de nenhum dos dois! – Disse abraçando Maite. – Só quem parti corações agora é a Candy.
- Eu? – Perguntou Dulce. – Tsk. Que isso! Eu sou um amorzinho!
- Mais que amorzinho hein! – Disse Christian babando por ela. Levou um tapa de Maite tão forte que ele quase caiu. – Calma amor! É brincadeira!
- É bom que seja! – Disse ela puxando-o para longe.
- E então Dulce, ta aprendendo rápido hein? – Disse Christopher se aproximando dela. Anahi sentiu que estava sobrando.
- Gente, vou procurar o Poncho. – Saiu.

- Vai lá Any! Então... Como é Unckermann? O que é que eu aprendi?
- Olha só! Você ta igualzinha! Até fala igual a Anahi!
- Acha mesmo? Que bom! Obrigada amor! – Disse cínica.
- Você acha isso bom?
- Acho maravilhoso. Você não tem noção da maravilhosa pessoa que a Any é.
- Ah sim... Com vocês ela é ótima mesmo. Não viu o que ela fez com o Poncho?
- Christopher... Você não sabe falar de outra coisa? Sabe já ta ficando chato. “Ai eu Amo a Anahi, ai ela não liga pra mim, ai ela tem outro. Pelo amor de Deus meu filho!” Vira o disco!
- Você não sabe o quanto esta diferente! Não se olhou no espelho? A Anahi...
- Calma ai! Vai começar com as intriguinhas de novo? Porque eu to sem tempo pras suas besteiras...
- Ah é... E tem tempo pra aquele idiotinha ali? – Indicou o garoto com o queixo.
- Ah pra ele eu tenho sim. – Sorriu maliciosa.
- Não acredito nisso! – bufou irritado.
- Em que?
- Em você estar assim! Você não é assim Dulce!
- Quem vê pensa que você me conhece há décadas! Christopher agente só foi pra cama ok?
- Só fomos pra cama? – perguntou incrédulo.
- Só! Sabe você encana em tudo! Era só o que me faltava você ficar no meu pé agora!
- Eu? No seu pé? Ah ainda falta muito pra isso minha filha.
- Ah falta? – Disse ela se aproximando dele. Ela emburrou-o fazendo com que ele se encostasse à parede. Deslizou as unhas pela nuca dele, e sentiu-o ofegar. Sentiu ainda mais confiança e deu-lhe um beijo no pescoço. Christopher tentava se controlar, o que estava quase impossível. Ela roçou seus lábios nos dele sorrindo. Em um gesto rápido ele virou-se e colocou-a na parede. Beijou-a com desejo e vontade. Dulce correspondeu da maneira mais sedutora que pode. Só então ele se deu conta do quanto ela estava diferente. Até seu beijo era irreconhecível. Juntando suas forças Dulce separou-o ainda sorrindo. – Viu como não falta nada? É melhor se convecer disso Christopher.
Ela saiu deixando- o de boca aberta, e com uma imensa raiva no coração.

Anahi olhava para todos os lados, mais nem sinal de Alfonso. Saiu da festa e viu-o encostado na parede. A cabeça apoiada na mesma e os olhos fechados. Ela admirou-o e conteu à vontade de beija-lo e acaricia-lo. Aproximou-se dele...
- Ta tudo bem? – Perguntou cínica, fingindo preocupação. – Ninguém sabia de você. Fiquei preocupada.
- Ah ficou? Eu percebi o quanto. – Disse ele ainda sem abrir os olhos.
- Do que você ta falando? – Fez carinha de inocente.
- Não sabe mesmo do que eu to falando? – Permanecia imóvel feito uma estatua.
- Não! – Até ela mesma se surpreendia em como fingia bem.
- Eu to falando de tudo que você fez Anahi! Me disse que agente ia ficar de boa e beijou outro cara na minha frente!- Ele arrancou a mascara fazendo-a ver que seus olhos estavam vermelhos.
- Disse que agente ia ficar de boa como amigos Poncho! – Ela sabia que seus planos estavam indo por água abaixo. Não esperava vê-lo assim... Não podia vê-lo chorar...
- Você sabe que não é isso que eu quero. – Uma lagrima rolou da face dele e ela sentiu uma facada em seu peito.
- Não poderia... Não depois de tudo que você me disse... – Disse ela olhando pro chão e sentindo seu mundo desabar.
- Mais eu não te pedi desculpa? – Ele aproximou dela e acariciou-lhe o rosto.
- Mais não foi suficiente... – Sentia-se tão nervosa. O coração pulsava rápido e sem controle.
- E o que seria suficiente? – Perguntou ele aproximando seus lábios do dela. - Isso? – Sem demora ele a beijou. Tão diferente da primeira vez. Um beijo com cuidado, com amor, um beijo delicado e suave. Não era o corpo deles que ansiava por aquilo, era a alma.
Anahi se perdeu no contato da pele dele e no envolvimento de suas bocas, quando se deu conta do que fazia separou-o de si.

- Não Alfonso. – Estava a beira das lagrimas.
- Porque não? Porque isso?
- Porque? Porque você não vai querer ficar ao lado de uma pessoa que é fria, egoísta, mimada – Olhava com fúria dentro dos olhos dele. – Oca, fútil e que tem que morrer sozinha, rodeada de solidão e futilidade, como eu mereço não é?
Ele mirou forte dentro daqueles intensos olhos azuis, e só então se deu conta de quanto mal fizera a ela. Sem mais, ela entrou de novo na festa e ele entrou em seu encalço.
- Anahi...Espera! – Era tarde demais, ele a perdera entre a multidão.
Anahi entrou no banheiro, se trancou em uma cabine e desatou a chorar. Sentou no vaso com as mãos no rosto chorando feito uma criança. Respirou fundo... Acalmou-se ate parar de chorar. Limpou as lagrimas e disse pra si mesma que não choraria por homem algum. Saiu do banheiro e encontrou com Dulce na porta.
- Onde você tava Any? Tava te procurando! Falou com o Poncho?
- E ai gente beleza? – Falava o dono da festa no microfone, em cima de um palanque. – Um passarinho me contou que tem alguém aqui que canta muito bem! E eu ia pedir pra Anahi cantar uma musica pra gente.
- Anahi? – Dizia Any pra si mesma. – Espera! Anahi sou eu! - Dulce empurrou-a para o centro de uma roda e lhe entregaram um microfone.
Mais que Ótimo! Ela pensou... Era tudo que precisava! Não! Espera! Era mesmo tudo o que ela precisava! Era uma excelente oportunidade. Era o que ela mais sabia, se expressar através da musica. Mostraria pra todos ali e pra si mesma que ela não pertencia e não mudaria por ninguém. Virou três doses de tequila seguidas. Falou alguma coisa com o baixista da banda e uma musica agitada começou a tocar.