Fanfic: Muito Mais Que Uma Princesa. [Vondy] / Terminada.
Capítulo XIX
Eles fizeram o piquenique em um trecho de relva verde ao lado do reservatório de água do moinho, comendo juntos presunto, queijo e pão, além de frutas da cesta que Mrs. Richards tinha preparado. Dulce ficou examinando o marido enquanto os dois comiam, sorrindo ao se lembrar de como ele a havia puxado para trás da cerca viva para que os jardineiros não o vissem beijá-la. Ele era realmente adorável. Tão correto na superfície e tão ardente por baixo. Ela pretendia passar o dia inteiro atiçando aquele fogo dentro dele, até que os dois estivessem em brasa. E aquele era o momento perfeito para começar.
- Está um dia lindo - comentou -, mas está muito quente.
Dizendo isso, ela se inclinou para a frente sobre o cobertor e tirou os sapatos. Puxou a barra da saia para cima, apenas o suficiente para que ele pudesse ver a barriga da perna. Tirou as ligas dos joelhos e começou a tirar as meias. Fez tudo isso bem devagar, de forma que ele pudesse dar uma olhada demorada antes de puxar as saias para baixo novamente e jogar as meias para o lado. Esticou as pernas, deixando apenas os pés descalços à mostra, e reclinou-se para trás, apoiando-se nos braços com um suspiro satisfeito. Olhou então nos olhos dele e viu aquele olhar de que tanto gostava.
- Você não tira os olhos de mim - disse ela.
- Não era esse o objetivo? - A voz dele estava estranha.
- Era - admitiu ela. - Eu gosto quando você me olha. Posso lhe dizer por quê? - Sem esperar a resposta, ela continuou: - Quando eu o vi pela primeira vez, pensei que você era arrogante e cheio de decoro, e até frio. Mas em seguida eu percebi uma coisa em você.
- O quê?
Ela cruzou os tornozelos e os seus pés descalços roçaram os quadris de Christopher. Ela sentiu o corpo dele ficar tenso.
- Eu quase nunca sei, pelo seu rosto, o que você está pensando, mas às vezes, quando você me olha, existe alguma coisa nos seus olhos, alguma coisa quente que me faz prender o fôlego. Mesmo quando você está muito bravo comigo - e você tem uma fúria muito poderosa, marido -, mesmo então, eu sei que você me quer. Você está me olhando assim agora.
As palavras dela e os olhos dele estavam começando a afetá-la, pois ela começava a sentir um calor que não tinha nada a ver com o clima.
- Dulce. - Ele se aproximou dela e ficou de joelhos. Inclinou-se sobre ela, apoiando o peso sobre os braços. Curvou a cabeça para beijá-la.
- Christopher, não. - Ela pôs os dedos sobre a boca dele. - Você não deve fazer isso.
- Por que não?
Ela sorriu e olhou para além dele.
- Porque não estamos sós.
Christopher virou-se e, olhando por sobre o ombro, viu duas menininhas na ponte sobre o córrego, a uns oitenta metros de distância. As duas os observavam, de cabeças juntas, e estava claro que eles eram o assunto da conversa. Ele voltou a olhar para ela.
- Dulce, você fez isso de propósito!
- Você merece - respondeu ela imediatamente, passando rapidamente por baixo dos braços dele e ficando de pé. - Nenhuma noiva deveria passar a noite de núpcias sozinha. Hoje eu vou me vingar.
Ela se afastou, mas, naturalmente, não disse a última palavra.
- Aproveite a sua vingança agora - murmurou ele atrás dela. - Porque hoje à noite eu pretendo ter a minha.
Na fábrica de sidra, onde as maçãs e as peras eram fermentadas, o jeito de ela lamber bem devagar as gotas da bebida que ficavam grudadas nos seus lábios e nos seus dedos era um pecado tão grande que teria provocado um enfarte em um puritano. Ele a levou para uma das áreas ocupadas pelos arrendatários e fez uma preleção sobre o funcionamento desse sistema de arrendamento rural, mas, naturalmente, isso não impediu que seus pensamentos se ocupassem dela. Ah, não. Quando Mrs. Trent, esposa do arrendatário, lhe ofereceu um copo de leitelho, Dulce simplesmente tinha que mencionar que a loção de leitelho era a melhor forma de uma mulher manter a pele macia e branca. Depois de uma turnê pelos estábulos e canis, os dois voltaram para casa, mas nem aí ele estava em segurança. Ela transformou o mero ato de jantar em algo tão sensual que, depois, Christopher foi forçado a usar aquela banheira grande para ficar de molho em água fria. Foi bom ele ter tomado o banho frio. Uma tarde inteira de comentários provocantes e beijos rápidos o tinha deixado com tanto desejo como era a intenção dela. Dulce poderia ter se divertido em atormentá-lo o dia todo, mas naquela noite iria pagar por isso. Esse pensamento o fez sorrir. Sim senhora, ela ia ter uma dose daquilo que ficara oferecendo, e ele ia adorar cada minuto. E pretendia fazer tudo para que ela também adorasse. Christopher apertou o cinto da roupa de dormir, abriu a porta e entrou no quarto de Dulce. Ela estava sentada ao toucador. Nan Jones, a criada que ele mandara para servi-la, estava de pé atrás dela, escovando-lhe o cabelo. As duas se viraram quando ele entrou e fechou a porta atrás de si. Jones imediatamente fez uma mesura, e em seguida olhou para Dulce. Ela fez um sinal com a cabeça e a criada pôs a escova sobre o toucador e saiu do quarto, abafando uma risadinha ao passar pela porta. Christopher avançou e ficou parado atrás da sua mulher. Ela sorriu para ele pelo espelho e pegou a escova. Inclinou-se de lado e começou a escovar o cabelo do lado direito do rosto. Ele abaixou-se e beijou o lado esquerdo do pescoço dela, acima do roupão creme. A escova vacilou apenas por um momento, e ela retomou a tarefa. "Provoque", pensou ele, rindo para si mesmo. Ela não sabia o que a esperava. Inclinando a cabeça, ele sentiu a pele dela com a língua e percebeu que ela estremecia. - Está com frio? - perguntou ele. - Não. - Você está tremendo. - Estou? - Está. - Sorrindo, ele levantou a cabeça, e seus olhos encontraram os dela no espelho. Pegou a estreita tira de fita de cetim marrom que fechava o roupão no pescoço dela e a desamarrou. Seus dedos deslizaram para dentro, e ele começou a acariciar a pele um pouco acima da clavícula dela. Dulce se mexeu na cadeira e a escova caiu no chão com um som surdo. Ela arqueou o pescoço, dando mais acesso a ele, e Christopher percorreu o pescoço dela com um rastro de beijos. - Gosta disso, gosta? A respiração dela se acelerou, e ela levantou a mão e tocou o cabelo dele. - Sim - respondeu. Ele se aprumou. Suas mãos se fecharam ao redor dos braços dela, puxando-a e levantando-a da cadeira. Quando ela estava de pé, ele chutou a cadeira para fora do caminho e a virou. - Você brincou comigo o dia todo - murmurou. - Agora é a minha vez de brincar com você. Sua boca desceu até a dela antes de Dulce poder responder, e, como sempre, os lábios dela se abriram de bom grado debaixo dos seus, sinalizando que ela adorava o seu beijo. Ele passou as mãos no cabelo dela e aprofundou o beijo, deleitando-se com as sensações da língua e das mãos. Com apenas um beijo Christopher já estava totalmente excitado, mas não tinha intenção de perder o controle. Não desta vez. Ele lhe deu muitos beijos no rosto, abafando o fogo dentro de si. Mas, ao pôr as mãos na cintura dela, o fogo ardeu novamente ao perceber que ela não usava espartilho nem combinação. Apenas duas camadas soltas de seda cor de marfim separavam suas mãos da pele macia dela. As mãos de Christopher desceram pelo torso de Dulce, das costelas para a cintura, até o começo das nádegas, e subiram de novo. - Você quer desligar a luz? - ele perguntou, esperando que ela dissesse não. - Lembra-se daquela noite em que jogamos xadrez? - Ela olhou para ele com o rosto inclinado para um lado, o cabelo ruivo solto sobre os ombros. - Naquela noite eu fiquei pensando como você seria debaixo das roupas. Aquilo o deixou atordoado, mas ele simplesmente levantou uma sobrancelha e um sorriso curvou um dos lados da sua boca. - Verdade? Eu estava pensando a mesma coisa sobre você naquela hora. Ela levantou os braços e começou a desabotoar a camisa dele. - Por que nós dois não satisfazemos a nossa curiosidade e deixamos a luz acesa? - Ora viva! Ele desamarrou o cinto e o tirou. Em seguida, desabotoou os punhos da manga e tirou a camisa, que foi parar no chão junto com o roupão dele, aos seus pés. Christopher fez um gesto para começar a desatar os laços da camisola dela, mas Dulce o deteve. - Espere - disse, com as mãos abertas contra o peito nu dele. - Deixe-me olhar para você primeiro. Isso não era exatamente o que ele havia planejado, mas era uma tentação tão grande que ele não conseguia resistir. Christopher deixou as mãos caírem. Ela começou a acariciá-lo em círculos lentos, deslizando as mãos sobre os músculos do peito dele, ao longo dos ombros, pelos braços e sobre o abdômen. Ao mesmo tempo que o tocava, ela começou beijar o peito dele. Inicialmente, eram beijos leves - seus lábios roçavam nele como o toque de asas de borboleta. Mas em seguida os beijos se tornaram explorações voluptuosas, e ela sentia a pele dele com a língua. Debaixo dessa lenta investida, o corpo dele estremecia de puro prazer. Christopher inclinou a cabeça pra trás com um gemido. O sedutor tinha sido seduzido. Fechou os olhos, sofrendo aquela deliciosa tortura enquanto agüentou. Ele entrelaçou as mãos no cabelo dela e virou a cabeça dela para cima, detendo-a. - Agora chega - disse, e a beijou. - Já lhe disse, hoje é a minha vez. Ele deslizou as mãos até a frente do robe. Pegou as pontas de um segundo laço e o desamarrou. Depois o terceiro. Depois o quarto. Foi abrindo os laços um a um, lentamente, até chegar às coxas. Quando todos os laços tinham sido desamarrados, Christopher usou os polegares como ganchos e puxou o robe, tirando-o pelos ombros de Dulce. O robe caiu no chão, amontoando-se atrás dela. Através do tecido da camisola, Christopher podia ver a forma arredondada e cheia dos seios dela. Ele roçou os dedos de leve sobre eles. Ela respirou fundo e os seus mamilos ficaram duros. A visão deles projetando-se contra a seda pálida e a sensação deles contra as pontas dos seus dedos quase fez com que Christopher perdesse o controle do seu desejo, mas ele não queria ceder à própria volúpia. Pelo menos por enquanto. Essa vez seria diferente da anterior. Ele levantou as mãos de Dulce, enquanto ela continuava segurando os pulsos dele, e parou de acariciá-la. - Christopher, eu não providenciei para que Lady Belinda nos visse. - Eu sei. - Ele inclinou a cabeça e a beijou. - Como você sabe? - Já lhe disse, eu sempre sei quando você está mentindo. Você abre muito os olhos, conta a sua mentira e em seguida morde o lábio. Ela o olhou intrigada. - Não faço nada disso. Ele beijou o nariz dela. - Faz sim. Você se entrega todas as vezes. - Um dia, inglês - murmurou ela -, vou levar a melhor sobre você. - De jeito nenhum. E agora, onde estávamos? - Ele pôs as mãos abertas sobre os seios dela e fez um som indicando que aprovava o formato luxuriante e cheio. - Christopher, eu tenho que lhe dizer uma coisa. Aparentemente, eles iam ter uma conversa. Ele deixou as mãos quietas, esforçando-se para se manter parado. - Sim, Dulce? Ela pôs as mãos sobre as dele exatamente como tinha feito na estufa. - Foi por isso que eu fiz o que fiz - ela sussurrou. - Olhei para aqueles homens no baile e pensei naquela noite na carruagem, quando você me tocou, e soube que nunca poderia deixar nenhum deles me tocar. - Ela inclinou a cabeça para trás e fechou os olhos. - Só você. Meu Deus, como ela era linda! Ele sentiu novamente aquela pressão no peito empurrando-lhe o ar dos pulmões para fora, apertando o seu coração. Tremendo, ele respirou fundo e inclinou a cabeça. Abriu a boca sobre o mamilo dela e o sugou com extrema gentileza através da seda da camisola. Ela ofegou e arquejou, jogando-se contra ele. Ela baixou as mãos e apoiou-as na beira do toucador, do lado dos quadris.
Depois do piquenique, Christopher lhe mostrou outra parte da propriedade. Ele pensou que isso o deixaria a salvo da torturante vingança dela, pois passaram o resto do dia rodeados de pessoas - mas ele deveria saber que não seria assim tão fácil. Quando a levou para o moinho onde os sabonetes eram feitos, ela comentou muito inocentemente como ficaria bonito colocar uma tigela de sabonetes verde-claros sobre os azulejos travertinos da grande banheira.
Enquanto sugava um dos mamilos dela através da camisola, Christopher começou a brincar com o outro com a mão livre, provocando-a de forma tão lenta e excitante quanto permitia o seu próprio desejo, contido com firmeza. Ela começou a ofegar e a tremer, e ele brincou com ela, adorando o jeito como ela se mexia e os sons suaves e agitados de excitação que soltava. Essa era a vingança dele por todas as vezes que ela o havia deixado louco, e era uma vingança tão doce... tão doce... Também foi curta. Ele sentia que começava a perder o controle, e sabia que não agüentaria muito. Suas mãos deslizaram até as nádegas dela. Começou a puxar a camisola dela para cima. O movimento encontrou uma resistência inesperada. Christopher a sentiu ficar tensa.
Autor(a): raaayp
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
- Dulce, eu quero ver você. Quero olhar para você. - Ele levantou a cabeça dela e lhe beijou a boca. - Levante os braços. Ela obedeceu. Ele puxou a camisola sobre a cabeça dela e a jogou de lado. Um arrepio lhe passou pelo corpo nu, e ela deu uma risada nervosa. - Não tenho cer ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 592
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minhavidavondy Postado em 25/07/2016 - 14:19:52
Maravilhosa,já li bastante.
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stellabarcelos Postado em 27/11/2015 - 01:04:41
Muito linda essa web! Já li duas vezes! Amooo
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maby Postado em 27/10/2011 - 22:51:06
A web foi perfeita, vou sentir saudades dela...posta maissssssssssssss:)
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maby Postado em 27/10/2011 - 22:51:06
A web foi perfeita, vou sentir saudades dela...posta maissssssssssssss:)
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maby Postado em 27/10/2011 - 22:51:05
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maby Postado em 27/10/2011 - 22:51:04
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