Fanfics Brasil - Capítulo I - Parte II Muito Mais Que Uma Princesa. [Vondy] / Terminada.

Fanfic: Muito Mais Que Uma Princesa. [Vondy] / Terminada.


Capítulo: Capítulo I - Parte II

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- Encontrar um marido para ela é uma missão que poderia ser realizada por qualquer pessoa do corpo diplomático. Ela é rebelde e encrenqueira, admito. É ilegítima, e a reputação dela foi um pouco danificada, mas ela possui sangue real. A Casa de Medina não é o principado mais rico da Europa, mas também não é o mais pobre. Ela é pouco atraente?


- Muito pelo contrário. Disseram-me que é muito bonita.


- Então, veja a situação. A moça é bonita, o pai é um príncipe, há muito dinheiro de dote. Apesar das indiscrições dela, tenho certeza de que existem famílias católicas de destaque na Grã-Bretanha que estariam desejosas de se ligar à Casa de Bolgheri pelos laços do matrimônio. Especialmente com uma renda tão generosa da parte de Fernando.


- Sim, mas o príncipe insiste que o marido da moça seja um nobre e possua um patrimônio substancial. Nada de golpe do baú.


- Entendo, mas sem dúvida alguém do Ministério das Relações Exteriores poderia cuidar disso. Por que precisam de mim?


- Fernando solicitou especificamente que fosse você. Ele o tem na mais alta estima e confia no seu julgamento. Você também é respeitado por todos os nobres da Grã-Bretanha e faria com que tudo corresse sem transtornos. Bolgheri é uma aliança que nos interessa, como você sabe muito bem, e esse casamento fortaleceria ainda mais a nossa influência na península Italiana. Concordamos em pôr as suas habilidades à disposição de Fernando. Você sem dúvida precisa de umas férias e estará em Londres, de qualquer forma. Tudo se encaixa perfeitamente.


          Para Christopher, não havia nada de perfeito na situação.


- Dez anos de serviços fiéis ao meu país e sou reduzido a isso.


- E isso não é tudo. - Stanton deu uma tossidinha de constrangimento. - Você não vai gostar disso.


- Agora sou um agente de casamentos de moças indóceis - resmungou ele, dando um puxão na gravata. - Eu já não gosto disso.


- A mãe dela é Blanca.


- Meu Deus! Você está me dizendo que a mãe dessa moça, a ex-amante do príncipe Fernando, é a mais mal-afamada cortesã da Inglaterra?


- Não tão mal-afamada hoje em dia. Ela tem quase cinqüenta anos.


- Ela foi uma das pessoas mais festejadas e populares de Londres durante anos. Foi para a cama com metade dos nobres da cidade e arruinou um número incontável de fortunas. Pelo que ouvi dizer, ela está levando Lorde Chesterfield à ruína atualmente.


- Temo que tudo isso seja bem verdade.


          Christopher tentou recuperar a reserva pela qual era tão conhecido e a finesse diplomática pela qual ele era tão valorizado pelo Império Britânico, mas naquele momento não conseguiu controlar-se.


- Qual o gentleman que vai querer a mulher de reputação mais suspeita da Inglaterra para sogra, especialmente quando há chances de ele mesmo ter ido para a cama com ela? Quanto à filha, pela forma como viveu até agora, parece mais adequada para seguir os passos da mãe do que para se tornar esposa de um nobre britânico. Pelo menos é isso que qualquer gentleman de quem eu me aproximar em nome dela vai pensar. Com uma mãe como Blanca, onde eu vou encontrar para a filha um marido com título de nobreza e dinheiro, e ainda por cima católico?


- As ordens de Fernando são de que a moça seja removida da casa da mãe e que não haja mais contato entre ela e a mulher. Parece que a mãe visitava Dulce com freqüência quando ela estava naquelas escolas francesas para moças, e Fernando acha que a influência dela é em parte responsável pelo fato de a moça ter se tornado tão indomável.


- Sem dúvida, mas...


- Dulce deve ser colocada com uma boa chaperon e apresentada à sociedade inglesa enquanto você procura um noivo adequado e facilita as apresentações.


- E a moça? A opinião dela tem algum valor na escolha do noivo?


- Não. O que importa é que ele tenha posição e esteja disposto a se casar com ela. Fernando confia que você vai encontrar o melhor partido.


          Christopher não se sentiu nem um pouco lisonjeado. Stanton lhe estendeu um punhado de documentos.


- Aqui estão as ordens oficiais do primeiro-ministro para você, junto com as especificações sobre o dote concedido por Fernando e um dossiê sobre a vida da moça.


- Um grande golpe na minha carreira diplomática - resmungou ele com um toque de amargura, ao pegar os documentos.


- Temos toda a confiança de que o senhor vai cumprir essa missão com a sua habilidade de sempre, Christopher. - Stanton se levantou com ar de fim de conversa. - Sabemos que o senhor cumprirá o seu dever. Essas palavras lhe serviram de um duro lembrete.


          Christopher se levantou. Limpou a garganta, arrumou a gravata de volta ao seu nó perfeito original e, com um esforço, recuperou o equilíbrio.


- Eu sempre cumpro o meu dever, Lorde Stanton.


          Com uma inclinação formal, ele partiu, mas o seu dever não o impediu de passar a viagem de Gibraltar a Londres amaldiçoando as moças italianas e a política internacional.


          Dulce adorava viver com Blanca. Elas faziam compras, conversavam e passavam horas incontáveis juntas. Privada da mãe a não ser por algumas visitas breves por ano durante a maior parte da sua vida, sentia que ela e a mamma eram finalmente uma família de verdade. Blanca era uma anfitriã encantadora e tinha um pequeno círculo de amigos íntimos. O atual amante dela, Lorde Chesterfield, um solteirão inveterado, foi aprovado por Dulce imediatamente porque era óbvio que ele babava pela mãe dela. Por viver à parte da sociedade, Blanca não dava muita atenção às convenções sociais. Também não havia nada que lhe agradasse mais do que escandalizar as senhoras de fino trato. De sua parte, Dulce estava se divertindo muito. Tudo o que quisesse fazer lhe era permitido, e podia ir aonde desejasse. Descobriu que a liberdade estava à altura de todas as suas expectativas. A mãe lhe dava uma mesada generosa e todo tipo de sugestão deliciosa sobre como gastá-la. Se havia alguém que sabia gastar dinheiro, esse alguém era Blanca. Uma tarde em que planejara fazer compras em Bond Street, Dulce entrou no quarto de Blanca para saber se a mãe desejava acompanhá-la, e descobriu que ela já estava ocupada. Sua modista estava lhe ajustando no próprio corpo um traje de montaria de veludo azul.


- Temo não poder ir com você hoje, minha querida. Tenho muitos planos. Para começo de conversa, o meu novo traje de montaria acaba de chegar.


- Estou vendo. - Dulce estudou a mãe par um momento. O azul-real da roupa casava bem com o cabelo castanho-avermelhado de Blanca. A modista não estava simplesmente ajustando o traje de montaria: na verdade, unia com costuras as partes da roupa diretamente no corpo ainda esbelto de Blanca, conseguindo assim uma roupa tão colante que sem duvida provocaria escândalo. - Você está usando alguma coisa por baixo disso?


- Nadinha - respondeu Blanca, levantando o braço para que a modista pudesse fazer a costura de lado sobre a sua pele nua. - Sou terrível, não sou?


          Dulce foi até a cama e caiu sobre os travesseiros macios que guarneciam a cabeceira entalhada.


- Terrível - concordou ela, divertida. - Mas isso não vai impedir que as damas inglesas saiam correndo para copiar sua roupa. Dentro de uma semana elas estarão todas sendo costuradas ponto a ponto dentro de seus trajes de montaria.


- Exatamente. Mas quando elas começarem a usar essa moda, eu já estarei fazendo alguma outra coisa.


          Mesmo com quarenta e nove anos, tendo já deixado para trás o auge da beleza e com algumas luzes de prata no cabelo, o tino ousado - porém impecável - de Blanca para a moda ainda influenciava as damas respeitáveis da sociedade. Dulce sorriu.


- Suponho que você já tenha alguma nova sensação em mente.


- Claro - respondeu Blanca enquanto uma criada entrava no quarto de vestir com um cartão de visitas na mão. - Aquela carruagem que Chesterfield encomendou para mim chegará em menos de uma quinzena. Tem madrepérola incrustada nas portas, e o chassis... Oh, Dulce, Chesterfield me garantiu que o chassis é o mais macio que você possa imaginar. Eu vou usar a saia mais cheia que puder encontrar, de forma que ela faça ondas ao meu redor - uma saia branca, acho -, e vou deslizar pela Savile Row como um cisne desliza sobre a água.


          Ela se mirou no espelho.


- Agora não, Parker - respondeu em inglês, quando a criada lhe estendeu o cartão de visitas. - Deus do céu, você não vê que estou apenas semivestida? Eu não poderia ver ninguém agora.


- O cavalheiro afirma que está aqui devido a uma questão de grande importância - retrucou a criada. - Disse que a senhora estava esperando a chegada dele. Eu peço para Mr. Fraser dizer a ele que a senhora saiu?
 
          Blanca mudou de posição em sintonia com a modista, que se preparava para alinhavar o outro lado do corpete, e então deu uma olhada no cartão.


- Ora, meu Deus, ele está lá embaixo agora? Eu confundi as coisas e pensei que viria amanhã... - Ela interrompeu o que ia dizendo e deu uma olhada furtiva para Dulce. - Diga a ele... humm... diga a ele que eu desço em alguns minutos.


- Sim senhora. - Parker pôs o cartão de visita na penteadeira, fez uma mesura e saiu.


- Quem é ele? - perguntou Dulce, curiosa devido à estranha olhadela que sua mãe lhe dera um momento antes.


- Oh, não sei, minha querida - respondeu Blanca. - Vá para Bond Street e divirta-se. - Ela inclinou a cabeça, olhando para a modista, que, ajoelhada, fechava a costura debaixo do braço. - Annabel, você tem que se apressar. Não é bom deixar um homem esperando demais, especialmente quando é uma questão de negócios. Eles ficam tão impacientes, os pobrezinhos!


- Sim senhora - murmurou Annabel com a boca cheia de alfinetes.


- Uma questão de negócios? - Dulce repetiu, mais curiosa que nunca. - Você vai romper com Chesterfield?


- Não esse tipo de negócio. - Blanca se virou na direção do espelho. - Ele quer falar comigo sobre uma questão legal.


- Que questão legal?


- Oh, não sei. Alguma coisa extremamente aborrecida, sem dúvida. - Ela fez um gesto em direção à porta. - Leve a carruagem para Bond Street. Como eu vou cavalgar até o Hyde Park, não vou precisar dela. Vamos, agora.


          Dulce franziu as sobrancelhas, desconfiada. Os modos da mãe sem dúvida estavam estranhos. Parecia estar ansiosa para que a filha fosse embora. Ela se levantou e andou até a penteadeira, como quem não quer nada. Pegou o cartão antes que a mãe pudesse adivinhar sua intenção.


- Christopher Uckermann - ela leu em voz alta. - Christopher Uckermann. Já ouvi esse nome. - Franziu as sobrancelhas, tentando se lembrar de onde o conhecia. Olhou novamente para o cartão, leu o título e então entendeu. - Ele é o embaixador britânico que arranjou o casamento de Zoraida com um duque austríaco. O que ele está fazendo aqui?


- Eu já disse, não sei. Chegou uma nota de alguém do Ministério das Relações Exteriores dizendo que ele viria me fazer uma visita breve e que eu deveria esperá-lo. - Ela fez um gesto em direção ao cartão. - Não posso me recusar a vê-lo. E um embaixador.


- Zoraida nunca nem mesmo se encontrou com aquele duque, e está sendo forçada a se casar com ele para fortalecer alianças políticas. Ela está arrasada com a perspectiva.


- É mesmo? - murmurou Blanca enquanto pegava um chapéu de veludo azul da penteadeira e o colocava na cabeça. - Não sei nada sobre isso. Você sabe como eu sou ruim em matéria de política.


          Dulce levantou os olhos e estudou o reflexo da mãe no espelho, observando Blanca ajeitar o chapéu em várias posições, em busca do ângulo mais favorável. Não lhe escapou que a mãe não a olhava nos olhos. Com uma súbita intuição, Dulce entendeu exatamente o que o embaixador britânico estava fazendo ali.


- Eles estão tentando se livrar de mim com um casamento, não é isso? Do mesmo jeito que estão fazendo com Zoraida. - Ela via a verdade no rosto da mãe. - É isso?


          Blanca suspirou, tirou o chapéu e o jogou, por cima da cabeça de Annabel, em uma cadeira.


- Eu não queria que você soubesse de nada sobre isso até eu conversar pessoalmente com ele.


- Mas é por isso que ele está aqui, não é? - O sangue de Dulce começou a ferver.


- Ele está aqui para tratar da possibilidade de casar você, sim. Oh, minha querida - ela acrescentou com um suspiro enquanto estudava o rosto da filha -, você sempre quis um lar, casamento e bebês. Quando você era pequena, nem sei quantas vezes nós planejamos o seu casamento, e as bonecas eram os únicos brinquedos com que você queria brincar. Por favor, não me diga que aquele episódio com Armand fez você desistir do amor e que pretende ser uma solteirona, porque eu a conheço bem demais para acreditar nisso. Além disso, eu detestaria não ter netos.


- É claro que eu quero me casar, mas não tenho nenhuma intenção de deixar que Fernando arranje casamento para mim! Eu pretendo escolher o meu próprio marido, e vou dizer isso a esse diplomatazinho melífluo e seboso, para que ele passe o recado adiante. - Com o cartão de visita apertado na mão, Dulce se virou e saiu em direção à porta.


- Não faça nada precipitado - foi o apelo da mãe enquanto ela saía. - Uckermann é um embaixador poderoso. Ele tem uma influência enorme. Lembre-se do que eu sempre lhe disse. Com mel se pegam mais moscas que com vinagre.


- Oh, serei doce como o mel - prometeu Dulce - quando eu o mandar para o inferno. - Ignorando o gemido irritado da mãe, Dulce desceu a escada em direção à sala de visitas.


          Para Christopher, seria de se esperar que Blanca, a mais notória das mulheres pouco respeitáveis da Inglaterra, tivesse uma casa digna da sua reputação extravagante. Nisso ele não poderia estar mais errado. A casa em que ela vivia era uma residência calma e discreta em Cavendish Square. O mordomo não poderia ser mais digno e impecável, e a sala de visita era elegante e completamente inglesa, decorada em azul-acinzentado e verde-salgueiro, com uma pastora de porcelana pintada sobre a cornija da lareira, uma paisagem de Turner na parede e um lindo tapete Axminster no chão. Tudo parecia ter como objetivo o conforto genuíno e não a ostentação. Naturalmente, era o toque de Chesterfield, atual protetor de Blanca e quem pagava as contas. Chesterfield era um sujeito muito convencional. A sala de visitas tinha uma bela coleção de livros, e Christopher estava examinando os títulos quando o som de passos lhe chamou a atenção. Ele devolveu uma cópia da Ilíada de Homero ao seu lugar e se virou quando uma jovem parou à porta da sala. Ninguém a tomaria por uma moça inglesa, e Christopher soube imediatamente que tinha diante de si Dulce Saviñon. Como um lampejo, veio-lhe à mente a imagem da jovem correndo por um dos prados cobertos de papoulas da Itália, descalça e rindo, segurando as saias nas mãos e com o cabelo ruivo como o fogo solto, esvoaçando como uma crina grossa e rebelde. Estranho, pensou ele, que a sua fantasia evocasse uma cena vivida como aquela, pois ele não era um homem dado a rasgos de imaginação. Mas havia ao redor dela uma aura de energia mal contida que a fazia parecer incrivelmente viva em contraste com a decoração britânica convencional que a rodeava. Ela era alta, cerca de dez centímetros apenas mais baixa que ele. Tinha pernas longas, cintura fina e curvas generosas - curvas que o vestido decotado e de corpo justo ostentava muito favoravelmente - sem dúvida, influência da mãe. De olhos escuros como chocolate e pele clara e macia como a espuma que recobre um cappuccino, não havia nada de beleza convencional nela. Não tinha aquela indefectível boquinha rosada em forma de botão de rosa que era então considerada um requisito indispensável numa mulher bonita. A boca era generosa, e os lábios, cheios e vermelhos como a polpa de uma cereja madura. Sem conseguir tirar os olhos daquela boca deliciosa, Christopher pensava que nenhum homem que conhecesse aquela moça se importaria com os requisitos convencionais de beleza. As damas da sociedade iriam falar horrores a seu respeito, mas, para qualquer homem que não fosse cego, Dulce Saviñon era o mais puro deleite. Christopher respirou fundo. Dava para entender por que o pai a tinha trancado num convento.



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Autor(a): raaayp

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Comentários da Fanfic 592



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  • minhavidavondy Postado em 25/07/2016 - 14:19:52

    Maravilhosa,já li bastante.

  • stellabarcelos Postado em 27/11/2015 - 01:04:41

    Muito linda essa web! Já li duas vezes! Amooo

  • maby Postado em 27/10/2011 - 22:51:06

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  • maby Postado em 27/10/2011 - 22:51:06

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  • maby Postado em 27/10/2011 - 22:51:05

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  • maby Postado em 27/10/2011 - 22:51:04

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