Fanfics Brasil - 1° Capítulo Completamente parecidos! (TERMINADA)

Fanfic: Completamente parecidos! (TERMINADA)


Capítulo: 1° Capítulo

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Capítulo 1.


Metrô.


Bom, esta história começa
bem dramaticamente urbana. Mas, de que outro modo seria?


Quando ela se passa na
maior metrópole do mundo: Nova York. Com todas suas cores e contrastes, mais
uma vez nos renderemos ao irresistível magnetismo sobrenatural que toda essa
cidade tem. E você com certeza espera encontrar personagens excêntricos com uma
boa história para contar, como todo e qualquer conto de NY necessariamente tem.


O nosso começo
dramaticamente urbano é o seguinte: Uma garota acabara de perder o metrô. E o
próximo, além de levá-la atrasada à escola, estaria lotado por conta de que em
exatamente cinco minutos começaria a hora do rush. Estranho, não é? Como essas
coisas tem hora marcada...?


Ela olhou, incrédula, a
porta do vagão se fechando exatamente quando ela pisou na linha amarela.


- Cacete - disse ela.


‘Cacete‘ não era o
bastante para representar sua frustração. Acordara vinte e quatro minutos
atrasada por um motivo desconhecido, alguma idiotice de fábrica do rádio
relógio. Correra feito louca, não tomara café, se arrumara de qualquer jeito,
esquecera o estojo de canetas, e fora molhada por um taxista que não vira uma
poça d`água na rua. Agora estava suada, molhada, ofegante, atrasada e
principalmente irritada. Prometeu a si mesma que pisaria no rádio relógio com
um salto alto assim que chegasse em casa. Mas depois se lembrou que não tinha
sapatos de salto alto.


E assim que dissera o
palavrão, percebeu que alguém dissera em uníssono com ela, e esse alguém estava
à sua esquerda, e também ofegava, com as mãos nos joelhos. Olhou para o rapaz,
e ele para ela, e repetiram, com rancor:


- Cacete!


Se entreolharam com
desprezo. Ele também estava suado, molhado e visivelmente irritado. E os dois
se irritaram mais ainda quando um garoto passou correndo e empurrou-a na direção
dele. Ela cambaleou e caiu em cima dele.


- Sai de cima de mim! -
Dean disse, agora também dolorido.


- Como se eu quisesse
estar em cima de você! - retrucou Sandrieli, dolorida e ainda mais irritada,
somando os olhares risonhos de outros passageiros. Ela tentou se levantar, mas,
que pena, a sola molhada de seu sapato escorregou e a fez cair novamente em
cima de Dean, que estava tentando se levantar e “deitou” novamente no chão.


- Dá pra sair? - pediu
ele, num nível de estresse absurdo.


Sandrieli apenas se apoiou
nos ombros dele pressionando-o contra o chão, com raiva, e o fez sentir ainda
mais dor. E se ergueu pondo a mochila no ombro. Ele ergueu o tronco, se apoiou
no jeans de Sandrieli para se levantar, e a despiu.


- IDIOTA! - Sandrieli
gritou com raiva, ouviu risos de alguns espectadores, e mal acabando de subir a
calça, meteu um sonoro tapa no rosto de Dean.


Ele a olhou com olhos
arregalados e passou a mão pela marca vermelha de cinco dedos nas sua bochecha.


- Eu te odeio! - afirmou
Dean.


- Eu não me importo -
Sandrieli disse e virou-se de costas, esperando o metrô. Ele se postou atrás
dela e ficou olhando de cara amarrada os cabelos pretos e lisos que estavam
demasiadamente bagunçados.


Bem, você já deve ter
percebido que ódio é uma boa palavra para definir o que esses dois sentiam um
pelo outro. Era raro uma vez que Sandrieli e Dean se encontrassem sem que
houvesse um barracozinho sequer. Sandrieli já saíra suja de molho de tomate e
com o cabelo enfeitado por macarrões e pedaços de almôndegas do refeitório, e
Dean já experimentara a dor de um chute bem mirado nas partes íntimas. Os dois
causavam dor e irritação um ao outro, e ninguém sabia direito o motivo, nem
mesmo eles. Talvez uma prova mal pescada no primário, ou qualquer outra coisa
nos tempos de criança, uma vez que eles sempre se mudavam para as mesmas
escolas. Não tinham um real motivo para se odiarem, nem se conheciam direito,
não sabiam nada sobre o outro.


Os dois subiram no vagão,
agora mais calmos. Porém ainda molhados. Estavam com uma aparência bizarra, os
casacos sujos de lama, as mochilas molhadas e os cabelos muito bagunçados.


Sandrieli sentou-se numa
cadeira próxima à porta de desembarque e Dean ficou logo atrás dela, pôs os
fones de ouvido, e fechou os olhos para não voltar a se irritar com o volume
muito alto que vinha dos fones de Sandrieli.


Ela sentiu um ódio
repentino quando o metrô partiu. Ódio de ter que acordar muito cedo, de
despertar atrasada, de ficar com fome, de esquecer objetos, de taxistas gordos
e retardados, e principalmente de meninos idiotas e metidos a engraçados.
Sentiu um alívio em saber que teria a carteira de habilitação em uma semana e o
direito de gastar o dinheiro que economizara há tempos em um carro.


Quando a porta do vagão se
abriu, Dean tirou os fones para checar mesmo se aquele não era o lugar que
devia descer. E acabou notando que o volume máximo dos fones verdes de
Sandrieli tocava a mesma música dos fones brancos dele. Hotel California, The
Eagles. Essa música com seus 1:07 de introdução o acalmava bastante. Ele ficou
intrigado com os fones. Apostaria um segundo antes que ela estaria ouvindo uma
boyband ou qualquer outra música de mentira. E sua intrigação o levou a
aproximar o ouvido mais e mais do ouvido dela, para tentar checar se era verdade,
e aproximou mais, e mais, até que encostou a bochecha marcada de dedos na dela.
Ela pulou de um sobressalto no banco, e os dois viraram os rostos no mesmo
momento, deixando os narizes roçarem um no outro.


- O que é? - ela
perguntou, indignada, e tirou os fones dos ouvidos.


- Não, é que... O que você
tá ouvindo? - ele disse encabulado com a própria ação.


- Ho-Hotel California.


- Por quê?


- Isso não te interessa
não é, sai de perto de mim, seu idiota.


- É, vou sair sim, sua
imbecil.


- Ridículo nojento.


- Tá bom de você voltar a
ouvir Backstreet Boys, retardada, você suja o nome dos fãs de Hotel California.


- Por que você
simplesmente não me deixa em paz?


- O demônio também quer
paz, então?


- Eu te odeio.


- Que bom, você é correspondida.


O metrô parou pela segunda
vez, Sandrieli e Dean desceram e antes de subirem por escadas diferentes, se
olharam como se fossem capazes de arrancar os dentes do outro com um alicate.


Chegaram ao colégio depois
de andar dois quarteirões em calçadas opostas.


- Sandrieli! - chamou
Gabriella assim que a garota entrou no corredor lotado. - Sandrieli... O que...
O que aconteceu?


- Dean – as amigas foram
andando até Sandrieli chegar ao seu armário, abri-lo e começar a pegar coisas.


- Ele, de novo?


- É, de novo! Mas também
não foi só ele, sabe, acordei atrasada, não penteei o cabelo, não passei
perfume, escovei super mal os dentes, e um taxista me deu um banho.


- Dia difícil, hein?


- Hum, e ainda perdi o
metrô, vim num lotado, sem falar que antes caí por cima do Dean e ele tirou
minha calça!


- Não acredito!


- É, eu sei. Ai que ódio,
que ódio! Eu queria poder dar um tiro na cabeça dele, queria, mas antes eu
podia enfiar uma faca num umbigo dele, e arrancar as unhas, e...


- Não cultive esses
sentimentos ruins...!


- Ai, Gabriella, não me
vem com esses ensinamentos hippies de woodstock, por favor! Hoje não estou num
bom dia.


- Mas, eu tenho uma boa
notícia!


- Espero...


- Chequei minha poupança
ontem! Tenho dinheiro suficiente para pagar minha viagem! Você já imaginou como
vai ser conhecer a Índia? Aquele mundo mágico, cheio de fé, cheio de mágica, de
milagres, que pensamentos positivos!


- Uma coisa positiva,
Gabriella, seria usar roupa íntima.


- Isso é só um expressão
de liberdade! Não tenho nada contra!


- Ok, Gabriella, mas por
favor, diga que você está usando calcinha hoje.


- Na verdade...


- Não acredito!


- É uma comemoração para
minha viagem, e preciso me acostumar...


- Gabriella. - Sandrieli
pegou uma calcinha no armário (uma prevenção às crises de Gabriella) e
continuou, entregando à amiga – Ponha esta calcinha. Não é higiênico,
Gabriella.


A garota pegou a calcinha
e a olhou chateada.


- E, por favor – disse
Sandrieli – se comporte na Índia.


- Por que eu não me
comportaria?


- País estranho, poucas
pessoas falam inglês, cheio de costumes diferentes, Gabriella... Use calcinha e
sutiã.


- Sandrieli, você está
sendo preconceituosa.


- Que seja. - e foram
andando até o banheiro, onde Gabriella pôs a roupa íntima e Sandrieli penteou
os cabelos e limpou o casaco. Ela decidiu não usar a essência de canela e
eucalipto que a amiga lhe ofereceu.


Dean entrara no corredor
assim que Sandrieli e Gabriella ingressaram no toalete, e ele também não tardou
a encontrar o melhor amigo, Samuel.


- Hey, loiro azedo. Cara,
você foi atropelado? - ele reparou no aspecto nada bom do amigo.


- Seria melhor que tivesse
sido.


- O que aconteceu?


- Sandrieli.


- Caramba, cara, você não
se livra dessa praga...


- A-ha, esse dia chegará.


- Eu torço por isso, será
o mesmo dia da paz mundial!


- Mas, e aí, baixou o que
ontem? - Dean perguntou depois de uma risada.


- A trilha sonora de todos
os Star Wars.


- Boa.


- É, é verdade, cara, a
música do Darth Vader é viciante!


- Imagino.


- Você está estranho.


- Hoje é um dia horrível,
mas, uh... - uma garota que a maioria dos homens julgaria bonita (e algo mais)
acabara de passar na frente dos amigos. Eles entortaram o pescoço para
continuar encarando a bunda dela como encarariam um sundae.


- A gente devia fazer algo
útil em vez de ficar desejando paz mundial e ouvindo músicas do Darth Vader,
sabe - Dean disse, abobado. 




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Autor(a): Sandrieli Ribeiro

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1



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  • dricaesposito Postado em 26/06/2013 - 10:49:21

    ja li todas as suas webs e adorei todas,gostaria q vc criasse mais webs


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