Fanfic: Completamente parecidos! (TERMINADA)
Capítulo 7- Dúvida
Sandrieli não saiu de casa
no final de semana por experiência. O medo de esbarrar com Dean e ter que
conversar crescia dentro dela, mesmo sabendo que ele iria abordá-la na segunda.
Já Dean foi em todos os lugares que havia encontrado Sandrieli por acaso, e
mais alguns lugares que ele achava possível encontrá-la. Mas teve de se
contentar com o pensamento de segurar ela segunda-feira.
Então logo na
segunda-feira, ele estacionou seu Opalla ao lado de onde o Cadillac era
preferencialmente estacionado. Já tinha até armado um plano no caminho do
colégio, uma vez que a chuva caía muito forte.
Ele saiu do carro, secou
uma parte do capô, se encostou no carro e esperou, segurando o guarda-chuva.
Não demorou para o carro amarelo parar na sua frente.
Sandrieli desceu do
automóvel sem olhar para cima, afastou a franja para trás e fechou a porta do
carro, com fones de ouvido. Quando virou de costas, percebendo que não estava
se molhando, notou o vulto de cabelos loiros que segurava um guarda-chuva sobre
ela. Dean estava sorrindo pra ela, com uma expressão infantil e doce. Ela o
olhou assustada e saiu debaixo do guarda-chuva, correndo.
Porém Dean era mais alto,
portanto tinha pernas mais longas, e correu em tempo até ela. Puxou-a pelo
braço e murmurou:
- Converse comigo.
- Não quero.
- Mas você precisa.
- Quem disse? Me larga,
Dean, me larga! - ela puxou o braço, mas Dean já havia puxado sua cintura.
- E eu também preciso. Eu
sei que você não me odeia.
- Agora vai dizer que eu
te amo?
- Não é uma ideia absurda,
é?
- Isso não tem lógica.
- Amor não é lógico.
- Agora deu pra ser poeta.
Você realmente tem certeza que eu te amo?
- Isso é algo que você tem
que me dizer.
- Eu não tenho que dizer
isso.
- Por quê? É mentira?
- Não me faça essas
perguntas. Não quero responder.
- Por quê?
- Porque não! Não quero
responder, só isso! Sabe, a maioria dos amores não são correspondidos.
- Você tá se achando
irresistível, não é?
- É, tô sim!
- Isso é bom, a gente é
tão igual que é provável que eu também seja irresistível ao seu ponto de vista.
- Pára de ser ridículo.
- Pára de ser cabeça dura.
A gente não motivo nenhum pra se odiar, mas tem todos pra se amar.
- Por acaso isso é mais
uma brincadeira idiota, uma aposta, sei lá?
- É óbvio que não. Se eu
te odiasse não perderia meu tempo com você.
- Justamente! Eu te odeio,
então deixa eu ir perder me tempo com outra coisa!
- Não deixo, não, porque
eu já disse, e você sabia antes de eu te dizer, você não me odeia.
- O que eu preciso fazer
pra você me deixar ir? - seus corpos estavam tão colados que os pés dela
estavam em cima dos dele, pois Dean a puxara para cima, a fim de alcançar seu
rosto. Ela socava seu tórax, mas ele resistia.
- Diga a verdade. Diga
que... Me ama.
- Não quero te iludir. Não
quero mentir.
Ele se calou. Soltou sua
cintura e pôs os pés dela do chão. Sandrieli, em vez de correr, ficou parada
analisando-o.
- Você tem certeza? - ele
perguntou, com uma expressão triste.
- Não.
Então ele se aproximou
mais uma vez, segurou o rosto dela e a beijou sua boca. Sandrieli sentiu um
arrepio nos braços, e Dean na nuca. Pararam e ficaram se encarando.
- Não faça isso. - pediu
Sandrieli.
- É o que gosto de fazer.
- Mas me deixa confusa.
- Não tenho como deixar
mais específico. O que mais eu posso fazer?
- É só que... Ah, não tem
como não ficar confusa.
- Eu te amo. Eu te amo,
quero ficar com você.
- Como você quer que eu
não fique confusa? Outro dia você disse que me odiava!
- Mas não era ódio, nunca foi
ódio. Foi só medo. Medo de encontrar alguém tão perfeitamente igual a mim.
- Mas antes de tudo isso,
quando eu te via e não sentia meus pulsos, e sentia um frio na nuca, e ainda
agora continuo sentindo!
- O que só prova a minha
hipótese.
Ela ficou calada, com
lábios entreabertos.
- Só... Vou embora. - ela
se virou e recomeçou a andar, mas em só dois passos Dean a puxou pelo pulso
novamente.
- Você me ama? -
perguntou.
- Não sei. Não faço a
mínima ideia.
- Me promete que vai
pensar?
- Pensaria mesmo que não
quisesse.
Sandrieli correu e entrou
no corredor lotado. Dirigiu-se até o armário, onde encontrou Gabriella parada a
esperando.
- Oi baixinha! -
cumprimentou a amiga.
- E aí, Gabriella.
- Como foi o final de
semana?
- Foi o final de semana mais
bizarro de toda a minha vida.
- Bom ou ruim?
- Ainda estou pensando.
- Conta logo, depois eu
conto o meu.
- Dean se declarou pra
mim. Disse que me ama e que eu sou perfeita pra ele.
- Ah-meu-Deus!
- Pois é. Acabamos de
conversar. Não sei nem o que pensar, sabe? Não sei o que estou sentindo, sempre
vi isso como ódio, mas ele acha que é só medo de uma pessoa muito igual, como
se estivesse sendo um Narciso, impressionado com o próprio reflexo?
- Você sabe todo o mito de
Narciso?
- Hum, não sei bem
direito.
- Ok, sabe, ele era um
homem lindo, todas queriam casar com ele, mas ele sempre recusava todas. Se
achava. Ele nunca tinha visto um espelho, mas todos diziam pra ele que ele era
lindo. Até que um dia ele ficou com sede e foi beber água em um riacho. Então,
ele viu o reflexo dele mesmo na água, ficou impressionado, se apaixonou por ele
mesmo. Então ele pulou na água, morreu afogado, e na beira do riacho nasceu uma
lindíssima flor chamada Narciso.
- Então... Narciso era
gay?
- Eu não acho uma história
muito bonita.
- É brilhante, é linda,
Gabriella.
- É muito trágico.
- Mas, analisando bem... É
como se ele estivesse me chamando de Narciso, não é?
- Você acha que ele te
chamou de lésbica?
- Não seja ridícula,
Gabriella. Você sabe, Narciso se apaixonou por ele mesmo.
- Você acha que tá
apaixonada?
Sandrieli mordeu os
lábios, colocando o cabelo atrás da orelha. Olhou durante alguns segundos para
a amiga, e por fim disse:
- Vamos mudar de assunto,
não é um bom momento para falar sobre isso.
- Ok, o acampamento. O
Castiel é demais! Ele fez uma fogueira...
Gabriella foi tagarelando
sobre todas suas aventuras românticas de um casal hippie até chegar na classe
de Inglês, onde finalmente calou.
Enquanto isso, na aula de
Biologia, Samuel e Dean fingiam discutir sobre os vírus, enquanto falavam sobre
Sandrieli.
- Ela disse que ia pensar?
- Foi.
- Bem, cara, ela é bem
bonita, sabe... Não é uma garota fácil, você sabe disso. Mas espero que dê
certo, nunca vi você agir assim com nenhuma garota.
- Sabe cara, ela... Ela é
diferente sabe, ela é incrível. Eu só espero que ela sinta o mesmo por mim.
Nunca desejei tanto uma coisa.
- Isso tá cada vez mais
bizarro, cara. Você se apaixonar poderia até ser normal, mas pela Sandrieli? É
totalmente fora das expectativas de qualquer pessoa. É contra as leis da física
e da matemática. Eu apostaria todos os meus videogames como nunca ouviria você
dizer “Estou apaixonado pela Sandrieli”. Você dizia pra quem quiser que odiava
ela.
- Agora posso dizer pra
quem quiser que amo ela.
Autor(a): Sandrieli Ribeiro
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Capítulo 8 – Compras Sandrieli pensava em todos os segundos livres que tinha. Sua confusão de sentimentos por Dean ainda estava indefinida, mas para a tranquilidade dela, ele não a pressionava. Dean piscava ou sorria para ela nos corredores, mas não tocava no assunto nas aulas de História, embora estivesse sendo extremamente g ...
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