Fanfic: Completamente parecidos! (TERMINADA)
Capítulo 8 – Compras
Sandrieli pensava em todos
os segundos livres que tinha. Sua confusão de sentimentos por Dean ainda estava
indefinida, mas para a tranquilidade dela, ele não a pressionava. Dean piscava
ou sorria para ela nos corredores, mas não tocava no assunto nas aulas de
História, embora estivesse sendo extremamente gentil nas aulas de Educação
Física, como no dia em que Sandrieli deslocou o tornozelo jogando futebol e foi
levada nos braços de Dean para a enfermaria. Não podendo ficar para cuidar dela
na ala hospitalar, se contentou deixando Sandrieli ainda mais nervosa com um
carinhoso beijo de despedida na cabeça.
Outubro foi passando
lentamente e as chuvas ficando cada vez mais frequentes. As galochas de
Sandrieli já estavam desgastadas, e ela decidiu comprar roupas novas no último
sábado de outubro. Iria sozinha (Gabriella não era uma boa parceira de compras,
se vestia como se estivesse em 1966), estava precisando de boas roupas de
inverno, que se aproximava. Ela conhecia um bom lugar para compras perto da
Times Square, e dirigiu até lá, sofrendo para encontrar um lugar para
estacionar.
Não era excepcionalmente
divertido fazer compras sozinha; Sandrieli xingou a si mesma por não ter
chamado Lane, que se vestia bem e conhecia ótimos lugares com liquidações
malucas.
Ela entrou em uma loja que
a atraiu pela vitrine. Não era muito luxuosa, e tinha bons exemplos de
cachecóis e casacos. Sandrieli optou por dois cachecóis, um azul e outro preto,
e um casaco bem acolchoado bege, além de um par de galochas com estampa de bolinhas.
Quando ela saiu da loja,
estava chovendo, e ela acabou tendo que molhar o piso da loja em que comprou
dois jeans. Depois ainda se divertiu em uma loja de camisetas, acabou saindo
com seis t-shirts diferentes e uma camisa xadrez.
Sandrieli foi ao McDonald`s
pensando em ir comprar sapatos depois de um Big Mac, e quem acabou encontrando
lá não foi Dean, foi Samuel, que a cumprimentou:
- Sandrieli! Tudo bom?
- Tu-tudo... Fazendo
compras?
- É, hoje lançaram o novo
Rock Band. - e ergueu uma sacola de loja de jogos.
- Ah, legal.
- E você, compras também?
- Tava precisando de
roupas.
- Quer ficar mais bonita
pro loiro azedo?
Sandrieli grunhiu e forçou
um sorriso.
- Ah, me desculpe, vocês
ainda estão enrolados, não é... Mas sabe, é melhor você se decidir logo, nas
raras vezes que ele sai agora, ele não pega ninguém, e por que não quer. Estou
começando a ficar com pena dele.
Ela grunhiu novamente e
forçou outro sorriso. E decidiu não comer mais Big Mac.
- Então Samuel, eu... Eu
tenho que comprar uns sapatos aqui do lado... Tenho que ir, tchau! - ela saiu
correndo, e Samuel imediatamente pegou o celular.
- Atende, atende,
atende... - desejou Samuel, ao celular – Alô? Dean? Cara, você tem que vir pro
shopping aberto perto da Times Square agora!
- Que é, Samuel? -
aparentemente estava comendo.
- Acabei de me encontrar
com a Sandrieli, ela tá na loja de sapatos aqui do lado daquele McDonald`s
perto da Times Square!
- Legal! Tá certo, tô
indo! - Dean desligou e largou o taco que estava mastigando, sacou as chaves do
carro e arrancou com o Opalla, em direção ao lugar, que era perto da lanchonete
mexicana em que estava.
Enquanto isso, numa loja
de sapatos femininos, Sandrieli olhava uma prateleira com sapatilhas coloridas.
Estava tentando decidir em pedir a verde com a fivela dourada ou a cinza com o
laço cor-de-rosa, quando um rapaz alto de cabelos s se postou ao seu lado, com
as mãos para trás.
- Oi – sussurrou Dean ao
seu ouvido.
Sandrieli tomou um susto e
virou o rosto para ele.
- Que coincidência! -
mentiu ele.
- Você quer que eu
acredite que é coincidência?
- É, eu estava passando...
Essa vitrine me... Atraiu.
- Isso é uma loja
feminina.
- Vim comprar... O
presente da minha mãe, é, amanhã é aniversário dela.
- Me engana, Dean, eu
adoro.
- É sério, ela vai fazer
46 anos...
- No próximo ano.
Ele se calou, e sorriu.
- Tá certo, eu admito...
- Você admite que tá me
perseguindo?
Dean riu.
- Eu devia realmente ligar
pra polícia. Maníaco. - disse Sandrieli, arrumando o cabelo dele.
- Tá se decidindo entre
quais sapatos? - perguntou Dean.
- Não são sapatos, são
sapatilhas. E estou pensando em levar a verde ali, tá vendo?
- Ah, sim... É, é bonita,
você devia levar.
- É, ela é melhor mesmo.
Moça, será que você podia trazer essa aqui, tamanho 6?
- Claro. - respondeu a
vendedora, prontamente.
Alguns minutos depois,
Dean se sentara carregando as sacolas de Sandrieli na mão, e ela se decidira em
levar a sapatilha verde.
- Então, você ainda vai
comprar alguma coisa? - perguntou o quando os dois saíam da loja com mais uma
sacola.
- Preciso de um sobretudo,
luvas e um tênis. Mas, Dean, você não precisa ficar, sabe...
- Não, não, eu vou ficar.
- e entraram em uma loja que vendia tênis.
Para a satisfação de Dean,
Sandrieli era bem resolvida com tênis. Em poucos minutos o novo Converse
amarelo estava devidamente encaixotado e dentro de outra sacola. Assim que
saíram atravessaram a rua para outra loja de roupas.
Lá Sandrieli também
conseguiu não se demorar. Levou um versátil sobretudo preto e um par de luvas
fúscia.
- Cadê seu carro? -
perguntou Dean quando saía da loja com ela.
- Ali no estacionamento...
- ela estava andando até o Cadillac, mas Dean a puxou pelo braço e forçou-a a
atravessar a rua – Que foi?
- Vamos dar uma volta.
- Além de me perseguir
também vai me sequestrar?
- Essa é a ideia.
Ele abriu a porta do
Opalla, pôs as sacolas no banco de trás e entrou no carro ao mesmo tempo que
Sandrieli sentava no banco do carona.
- Pra onde estamos indo? -
ela questionou quando Dean tirou o carro rapidamente da vaga e ganhou
velocidade na avenida.
- Você vai gostar.
Dean ligou o som, que
passou a tocar Extreme, More then Words. Os dois começaram a cantarolar, se
entreolharam e Dean começou a rir.
- Que foi? - perguntou
Sandrieli.
- Não, é só que... -
respondeu ele, recuperando o fôlego – Alguns tempos atrás, você dentro do meu
carro seria um bom motivo para um homicídio.
- Ou uma tortura.
- Ou uma tortura seguida
de homicídio.
Os dois riram, olhando-se.
- Mas... Ainda é... Motivo
de tortura.
- Como... Como assim? -
perguntou Sandrieli, sentindo os pulsos ficarem ainda mais dormentes.
- É que... Ter você do meu
lado, agindo assim comigo... E não poder dizer nada, nem fazer nada.
- Ah, Dean...
- Ah, me desculpa, eu sei
que eu não devia te pressionar, mas é que... Eu já estou ficando louco sabe,
não me concentro em mais nada e toda vez que eu te vejo eu fico esperando uma
resposta, e você não diz nada, e eu fico mais tenso com o único pensamento que
seria capaz de me acalmar, ficou pensando “na próxima, na próxima”, tipo uma
auto-ilusão... E aí fico esperando outra vista em algum corredor, ou a aula de
Hitória, ou a Educação Física... Ou algum encontro casual no trânsito... Quem
sabe no supermercado, no Billy Boulevard, estou indo lá toda sexta, mas, quero
te perguntar, você já pensou? - Dean disse tudo isso muito rápido, e ofegava,
como se tivesse acabado de emergir de um afogamento.
Sandrieli e Dean ficaram
se olhando, no sinal fechado. Chegara à hora de ver o resultado de tanta
reflexão.
Autor(a): Sandrieli Ribeiro
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Final Dean estava com um braço nos ombros de Sandrieli. Ela pôs o cabelo atrás da orelha e gaguejou: - Dean... É, eu não... Eu não esperava... Mas, encosta o carro, então, não... Não dá pra conversar com você dirigindo, não é? Ele confirmou com um aceno de cabeça, e es ...
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