Fanfic: Vegas pode ser um universo alternativo (TERMINADA)

Capítulo Três.

- Bom dia,
amor. – beijei o pescoço de Sandrieli e pude ouvir sua risada rouca matinal.
Cinco dias tinham se passado e me sentia em plena Lua de Mel. Trocávamos beijos
amorosos e selvagens em público, nos apresentávamos como casal, ficávamos
juntos a maior parte do tempo e, por incrível que parecesse, eu estava amando
aquilo.

- Bom dia. –
sua voz rouca ecoou pelo quarto e estremeci. Sandrieli se virou para mim e
sorrimos, beijei a ponta do seu nariz e ela não perdeu tempo quando me puxou e
começou um beijo ardente, que só ela sabia dar.

- San... – gemi
quando ela começou a beijar meu pescoço. Apertei sua cintura e puxei-a para
cima de mim.

- Que? – ela
falou enquanto brincava com o elástico da minha boxer. Gemi mais uma vez e
apertei-a contra minha ereção. Foi a vez dela gemer. Sorri com isso, decidi
acabar isso primeiro e depois falar com ela.

Estávamos
deitados, com sorrisos idiotas nos lábios, testas molhadas pelo suor e
consequentemente, cabelos grudados na testa, sem nenhuma roupa, cansados e nos
encarando. Sinceramente? Podia ficar assim pelo resto da minha vida.

Sentia-me bem
com Sandrieli e isso não era novidade. Mas tenho certeza que era recíproco. Os
brilhantes e lindos olhos verdes claros dela me olhavam tão profundamente que
era até divertido. Sorri com meus bobos pensamentos e ela me acompanhou.

Sua risada era
perfeita. Não era escandalosa e nem falsa, era na medida certa. Abrindo sua
boca na medida certa, fazendo seus dentes - retos e brancos - ficarem a mostra,
tornando seu rosto ainda mais harmonioso.

- Você é linda.
– sorri com meu comentário e pude ver as maçãs do rosto dela tomarem uma cor
avermelhada.

- Você é mais.
– ela sorriu ainda corada.

Ficamos assim
por um bom tempo. Apenas nos observando, vendo cada detalhe importante, cada
feição, cada cabelo fora do lugar...

- Acho que
preciso de um banho. - San falou depois de um bom tempo de silêncio. Concordei
com a cabeça e fomos para o chuveiro. Nesses últimos dias, tudo o que fazíamos,
fazíamos juntos. Era até espantoso, mas nós nos sentíamos bem.

Estávamos
trocados e só esperava Sandrieli para descermos e comermos algo. Agora era uma
boa hora para conversar já que aqueles lábios e aquele corpo estavam longe de
mim.

- San? –
chamei-a e ela me olhou pelo espelho. – Queria falar com você. – sorri.

- Diga. – ela
falava enquanto passava um treco estranho no olho.

- É que eu... –
pigarreei antes de continuar. - Acho que... Bom, eu tenho certeza. – entrei em
conflito comigo mesmo e pude ouvir a risada gostosa dela encher o cômodo. – Que
te amo. – esperei a reação dela, mas não obtive muito sucesso com essa espera.
Ela nada falara. Bem vi quando aquele mini bastão quase foi enfiado no seu
olho, mas ela não falou nada.

- Oh Loirinho,
eu… - não esperei essa reação. Na verdade, não esperava nenhuma reação. Eu a
conhecia há alguns dias apenas. Fui precipitado. E fui um filho da puta por
deixá-la nessa situação, mas eu sabia que meu sentimento era esse. Por Deus,
quando me senti tão bem ao lado de uma pessoa que não fizesse xixi em pé? Sorri
amarelo e balancei a mão em um gesto de falar esquece. Pensei que ela teria um
ataque histérico, do tipo "Como você fala que me ama e depois fala para eu
esquecer?", mas tudo o que ela fez foi concordar com a cabeça, sem
esconder os olhos arregalados, ou o constrangimento.

Não falei mais
nada naquela noite. Ela também não.