Fanfic: ¤ Brincando Com o Fogo ¤
Christopher imaginou seus dedos roçando a maciez sedosa daquela
pele antes que apreciasse o vestido azul que lhe delineava as curvas sensuais.
Quando ela se movimentou, a fenda lateral se abriu, revelando uma perna longa e
delgada.
— Está pronto para pular a janela
mais próxima e sair correndo pela
rua, gritando?—perguntou
Lisa, sempre brincalhona, quando veio para o lado do irmão.
Os devaneios lascivos que se formavam na mente de
Alexander cessaram de imediato. Quando encarou sua irmã, tinha todas as reflexões pecaminosas refreadas.
— Eu não grito, minha querida.
— Parabéns! — Tia Pérola vinha na direção deles. — Que belíssimo casamento!
Ela enxugou a evidente umidade em seus olhos com um
lencinho de seda debruado com renda.
— Eu
queria cumprimentar o noivo... — Pérola escrutinava o salão.
— Ele
está trocando o smoking por
algo mais informal e confortável
para a viagem, titia, e estará aqui
logo, logo.
— Bem,
Lisa, tome muito cuidado com esse seu homem agora, ouviu?—E então os olhos se arregalaram. — Oh, lá está Winifred!
Tia Pérola
ajustou os óculos
sobre o nariz e sussurrou, de maneira conspiradora:
—Vocês acham que ela fez alguma
coisa no rosto? Uma plástica,
talvez? — Com um adeus apressado,
correu até a
outra mulher.
— Será que seremos assim, desse
jeito, quando chegarmos à idade
dela? — Uckermann meneou a cabeça.
— Não sei. Está planejando dar uma esticada
nas linhas de expressão?
Conheço um punhado de cirurgiões plásticos que posso lhe
recomendar.
Sorriram um para o outro. Então Lisa passou as mãos sobre a blusa de seu traje
de viagem.
— Agora, o que estávamos
mesmo conversando quando fomos interrompidos por tia Pérola? — indagou a noiva, de bom
humor. — Ah, sim, o fato de que você não grita! Se bem me recordo,
gritou bem alto na tarde em que tomei emprestada sua raquete de tênis. Metade da vizinhança o ouviu gritando. Lembra-se
de que a sra. Johnson chamou a polícia?
Ela achou que um assaltante tivesse entrado em nossa casa.
Christopher deu risada.
— Aquilo foi diferente. Você usou
a raquete para esmagar as uvas de mamãe. E
eu acho que é permitido a um menino de doze anos um grito ocasional.
— Disse
para mim que foi essa a razão
pela qual perdeu o campeonato. Você odiava perder, naquela ocasião,
quase tanto quanto odeia agora.
— Não é verdade. — Christopher arqueou as
sobrancelhas grossas. — Não deveria ter usado minha
raquete da sorte, Lisa. O que pretendia? Você nunca admitiu nada até hoje.
Lisa enrubesceu.
— Eu
estava fazendo vinho. Tinha assistido a um velho filme na televisão sobre uma freira e decidi
que queria converter-me ao catolicismo.
— E
precisava de álcool
para ficar religiosa?
— O
vinho era para o sacramento da comunhão. — Empinou o queixo com desdém e mudou de assunto: — Vamos, conte-me, para o que
você estava olhando com tanta
atenção quando cheguei? Fez-me
recordar uma pessoa em pleno regime com o nariz grudado na vitrine de uma
confeitaria.
Uckermann não
respondeu.
Lisa continuou, estalando os dedos:
— Já sei! Localizou uma fêmea! O gato deparou com uma
bela gatinha e estava ajeitando os bigodes. Eu deveria ter adivinhado. De quem é o coração que irá despedaçar desta vez?
— Não despedaço corações, mocinha! Apenas entro nos
relacionamentos com honestidade e deixo bem-entendido, pois sou bem explícito, que não procuro por casamento. Só isso. Aceite quem quiser.
Autor(a): rafaindadyc
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— Mesmo assim, você sempre as faz sofrer. Diga-me, quem é a vítima da vez? — A jovem dama que prendeu meu olhar está ali. — Christopher indicou, com um gesto discreto, a mulher de sua fantasia. — Por favor, diga-me que não somos parentes dela, Lisa. Descobrir que a estranha que estivera cobiçando fazia ...
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