Fanfic: Doce Pecado
No lado de fora os raios já começavam a clarear a cidade, dando indícios de um novo dia, eles penetravam sorrateiramente por entre as brechas da cortina do apartamento, o mesmo se encontrava vazio. O relógio marcava sete horas quando finalmente Dulce Maria abriu a porta de entrada e entrou na sala. A noite havia sido agitada, assim como as noites passadas, a garota levava uma vida de luxúria, movida totalmente a álcool. Para ela o maior e único pecado era o arrependimento. Por isso sua viva resumia a: Festas, sexo e muito (muito) álcool. Sem a mínima coordenação ocasionada pelo álcool, Dulce saiu tropeçando entre os moveis da sala fazendo assim muito barulho. Ao escutar o barulho de cadeiras sendo arrastadas, Dora, a empregada, correu de encontro ao som. A cena que a mesma viu era a seguinte: Dulce tentava se levantar enquanto puxava tudo que estava ao seu alcance.
— Misericórdia. — Disse a mulher de estatura baixa com seus cinquenta anos, o sotaque enrolado era evidente. — A senhorita está bem? — Ela abaixou-se ao lado da patroa e tentou ajuda-la a levantar. — Vamos Dulce, levante-se! — Dulce ria, aquilo tudo não passava de diversão para ela.
“Pode deixa que eu me levanto sozinha!” Dulce falava enquanto Dora tentava levanta-la. Aquela cena já havia virado rotina, por mais que Dora advertir-se Dulce não dava ouvidos. Com um pouco de dificuldade a emprega conseguiu levar a patroa ao banheiro e com agilidade livra-se de suas roupas. Dulce protestou quando a água gelada entrou em contato com seu corpo, mas aquilo era necessário. Assim que o banho havia terminado, Dora colocou uma camisola em Dulce a deitou na grande cama, onde não demorou muito para que a mesma pegasse no sono.
Aos poucos Dulce foi despertando... Já passava das três horas da tarde, já estava atrasada para o trabalho e com toda a certeza não iria hoje. Mesmo com a cabeça explodindo ela saiu da cama e pegou seu hobby e o vestiu, e foi praticamente se rastejando a procura de Dora. A doce empregada mexicana preparava algo de costas para a porta da cozinha. Quando percebeu que não estava sozinha no cômodo, olhou para trás e encontrou Dulce parada na porta. Ela deu um sorriso acompanhado de uma boa tarde, senhorita. A patroa olhou assustada para o relógio, e quase surtou quando viu a hora.
— Meu Deus, o desfile! — Ela disse com um tom de desespero em sua voz. — Por que não me acordou? É hoje que Robert me mata... — Passou a mão pela testa e olhou para Dora que ria de sua preocupação. — O que houve? Por que está rindo?
— Está se preocupando à toa, senhorita Dulce... Ligaram a pouco comunicando que o desfile foi cancelado. — Na mesma hora um suspiro de alivio saiu de Dulce. — Mas você tem outro probleminha! — Ela olhou incrédula para Dora. O que seria pior do que perder o emprego? Ela se perguntou. Adivinhando os pensamentos. Dora lhe entregou um envelope vermelho chamativo. — Isso! Leia o remetente.
Remetente
Claudia Salvióñ e Douglas Parker.
Rua Delgado Fonseca, 1845.
Oxford - Georgia
O coração de Dulce bateu acelerado ao ler o remetente. Dora estava certa, aquele pedaço de papel em suas mãos era muito pior do que perder o emprego. Juntando toda a coragem que tinha rasgou o envelope e começou a ler. Há muito tempo não ia visitar sua família em Oxford, não por falta de tempo, e sim de medo de voltar para o lugar que rejeitou seu jeito de ser. Nada era melhor para ela de que sua vida agitada em Nova Iorque. Assim que terminou de ler Dulce ficou surpresa e Dora a olhou curiosa.
— O que houve? — A empregada perguntou enquanto se aproximava. — Aconteceu alguma coisa? — Dulce não respondeu, estava concentrada olhando o grande e elegante papel. Dora tentou dar uma espiadinha, mas logo Dulce finalmente acordou do transe e deu um grito de alegria.
— Minha irmã vai se casar, Dora! — Disse sorrindo. — Oxford me aguarde, estou voltando. — Dora riu da atitude da garota. — Vamos Dora, me ajude a fazer as malas!
Preparem as línguas cidadãos da pacata cidade de Oxford, Dulce Maria está voltando.
Autor(a): imaginacion
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