Fanfic: UM ROMANCE PROIBIDO - Adaptada ( AyA - Finalizada

— Clearwater`s parece excelente... — ele deu uma pausa, antes
de prosseguir. — Ainda não sei o seu nome.

— Anahí.

— Anahí? — ele sorriu e estendeu-lhe a mão. — Eu sou Alfonso.

O aperto de mãos lhe pareceu caloroso, embora ela pretendesse
manter o ar de profissionalismo.

— Como pretende fazer o pagamento? Ele retirou a carteira do
bolso e perguntou:

— Aceita cartão de crédito?

— Com certeza — ela confirmou com um sorriso. "O sorriso
típico do bom vendedor", ele analisou. E, como crescera como um herdeiro
da imperiosa Rodriguez, Inc. sabia muito bem avaliar esse tipo de
comportamento.

Alfonso entregou-lhe o cartão de crédito e aproveitou para
convidá-la:

— Gostaria muito que me acompanhasse ao Clearwater`s.
Aceitaria jantar comigo amanhã à noite, Anahí...? Não ouvi seu sobrenome.

— Portilla. Anahí Portilla.

Enquanto ela observava o cartão de crédito, Alfonso teve um
estranho pressentimento de que esse nome não lhe era estranho. Uma das inúmeras
amantes de Alonso Rodriguez possuía o sobrenome Portilla e essa mesma mulher
tinha uma filha cujo nome era Anahí.

O sorriso do rosto de Anahí desapareceu no mesmo instante em
que os lábios dele congelaram.

"Que droga!", ele praguejou em pensamento ao
notá-la boquiaberta e os olhos arregalados.

Ambos se reconheceram ao mesmo tempo.

Poncho suspirou contrariado. Por pouco ele não caíra nos
laços de uma mulher "fatal". Bem do tipo que Alonso Rodriguez mais
gostava. Trabalhara duro para não precisar do pai e nem mesmo ser comparado a
ele. E, ficava feliz de parecer-se apenas com a mãe. Uma jovem debutante de uma
família rica, que lutou bravamente contra um câncer que a levara prematuramente
ao túmulo, do mesmo modo que havia acontecido com Hunter.

E, é claro, que Anahí era linda. Exatamente o tipo que o pai
dele adoraria. Linda e ambiciosa... Analisou friamente esboçando um sorriso
irônico. Agora entendia a razão de ela ter-se referido à noiva de Ucker como
uma garota de sorte, quando ele lhe contou que o amigo era milionário.

Anahí escolhera muito bem o local para instalar sua loja.
Tahoe era um lugar onde havia muitos turistas com dinheiro sobrando para gastar
em futilidades. A
exemplo da mãe, a filha parecia ter o mesmo dom de descobrir onde ganhar
dinheiro da maneira mais rápida e fácil. Mas, se dependesse dele, a
"deusa" estaria perdida!

— Então, você é o filho de Alonso Rodriguez? — ela perguntou.

— Sim. E você é a filha de Alma Portilla, não é? — retrucou Poncho
sem muito entusiasmo.

Annie baixou os olhos e perguntou-se como era possível que
não o tivesse reconhecido. Porém, havia mais de dez anos que ela havia saído de
Claybum, embora às vezes ela tivesse lido algumas notícias nos jornais locais a
respeito dos negócios milionários em que Alfonso Rodriguez estava envolvido.
Mas era só isso.

Diante do silêncio dela, ele prosseguiu:

— Vou lhe dar um exemplo bem ilustrativo: seria como o chefe
de cozinha fingir não saber que um crítico de culinária está em seu restaurante
— ele argumentou. E, em seguida abanou as mãos no ar. — É uma pena que a sua
estratégia não irá funcionar... Atualmente não tenho o mínimo contato com Alonso
Rodriguez.

"Então, o relacionamento de Alfonso com o pai não
melhorou com o passar do tempo", pensou Anahí. O adolescente revoltado
havia se transformado em um filho renegado.

— Se esse é o caso, então como é que poderia estar sabendo sobre
as negociações que estou pensando em fechar com a Rodriguez Departament Stores?

— Tenho minhas fontes.

Ela ergueu uma das sobrancelhas. A idéia de Alfonso envolvido
em saber o que acontecia na empresa lhe pareceu divertida:

— Uma espécie de espião?

— Não existe espionagem quando o grupo de negócios é da
família — ele assegurou.

— É. E parece que todos os membros da família são muito
parecidos! — ela devolveu com certo sarcasmo.

Anahí tinha conhecimento de que o grupo empresarial era
propriedade exclusiva da família Rodriguez, não era preciso que ele falasse com
tanta arrogância, concluiu mentalmente.