Fanfics Brasil - Capitulo 2 (``•.¸εїз ℓєιℓãσ ∂є αмσ

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Capítulo: Capitulo 2

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Dulce queria correr para longe. Mas sabia que isso não a ajudaria em nada neste momento. Sem dinheiro, sem comida e sem roupas ela não conseguiria sobreviver muito tempo. E ela sabia que não era seguro uma mulher vagar pelas ruas sozinha onde quer que estivesse.
Maldito momento que ela resolvera vender-se como escrava para ir para o outro lado do mundo. Agora um homem corpulento e que tinha o rosto maldoso acabava de assinar seu nome como propriedade dele. No início esperava que alguém precisasse de uma lavadora de roupa ou faxineira...Mas logo tinha percebido que os propósitos das outras mulheres do navio eram muito diferentes dos seus. Eram prostitutas. E não houvera um momento no navio durante toda a viaje que tais mulheres a tinham feito esquecer dos deveres de tal profissão. Entregavam-se aos marinheiros em qualquer lugar em qualquer hora do dia. E riam dela quando se afastava e se negava a fazer as mesmas coisas. Iniciara a viagem com um vestido inteiro e cabelos longos. Terminara com outro muito maio e feio e sem boa parte dos cabelos. Mas devia ser agradecida e Deus de ter perdido apenas os cabelos e boa parte do orgulho.
Observou atenta enquanto o homem grande dobrava o papel que continha sua alma e guardava no bolso. Parecendo aborrecido por estar ali e ansioso por ir embora ele despiu o casaco de couro que usava e jogou sobre ela.
- Venha comigo - a voz era sonoro e limpa, e também jovem. E, além disso, soava melhor do que as outras vozes com aquele inglês diferente do que ela se deparara na Inglaterra. O curioso é que não parecia pertencer ao mesmo homem que a fitava sem expressão no rosto deformado.
Ela não ousou desobedecer e logo caminhavam entre várias barracas de volta as ruas. O homem parou por duas vezes. Uma para comprar dois vestidos e outra para comprar alguns lenços. Entregou um a ela. Corando ela enrolou-o em torno da cabeça em silêncio.
Logo ele parou em frente de outra barraca que tinha vários adereços para mulheres.
- Escolha algumas coisas - cruzando os braços ele esperava.
Sem saber o que levar ela hesitou.
- Vamos-ele pareceu impaciente – Pode escolher a vontade. Escolha chapéus e sapatos como aqueles ali – o homem apontou para botas femininas de couro. Além de qualquer outro tipo de roupa que precisar para usar debaixo do...vestido.
Ela pode perceber o embaraço naquelas palavras e ela mesma não conseguiu conter a vermelhidão que tomou conta de seu rosto. Baixou os olhos e escolheu algumas peças íntimas além de dois chapéus e as botas.
Ele pagou tudo sem comentar o preço e logo paravam em frente de outra barraca.
Dulce saiu da feira com várias sacolas nas mãos, bem como o grande homem calado que ainda não se apresentara a ela. Não parecia dono de um bordel. Apostaria que não era. Rezava que não o fosse, pois senão teria que fugir o quanto antes. Talvez a quisesse como uma empregada. Talvez escrava de sua mulher. Devia ser casado. Ou não? Olhava curiosa. Observava-o enquanto ele escolhia junto com ela alguns perfumes, sabonetes e enfeites. Ele parecia não saber ao certo o que comprar e comprava tudo o que podia imaginar uma mulher usando.

Antes de partirem dali ele ainda parou em outra barraca que vendia objetos infantis e comprou cinco vestidos, sapatos e enfeites para uma criança de aproximadamente dois anos. Ela se encantou com uma boneca e ele a comprou junto com outra. Parecia não se importar muito com a questão de dinheiro...
Seria a criança filha dele? Devia ser...Então uma esperança nasceu dentro dela. Talvez ele a quisesse como babá da menina...
- É sua filha? – perguntou e viu que ele olhava surpreso para ela. Era a primeira vez que abria boca para falar com ele.
- Minha sobrinha. É dela que você vai cuidar.
Uma alegria imensa tomou conta dela. Então Deus ainda não a abandonara!
- Vamos para o hotel. Vai conhece-la e ao meu irmão. Lá você poderá tomar banho e se arrumar. Casaremos às três horas e partiremos para o Colorado as quatro.
Dulce franziu o cenho sem entender direito o que ele falava. Talvez não estivesse ainda acostumada com a pronúncia americana. Ou com o significado das palavras.
- Casar?
- Sim...Você fala estranho...- ele voltou para ela franzindo o cenho.
Ela falava estranho? Parou o andar temerosa do que a aguardava. Ele não fala coisa com coisa!
- Pensei...Pensei...- gaguejou procurando palavras – Que eu ser...Seria – atrapalhou-se – Babá.
- Será minha esposa.
Aquela gente era muito estranha se comprava esposas em cais! Olhou novamente para o homem e estremeceu. Então o que ele queria dela não era diferente do que os outros homens queriam daquelas mulheres.

Continuavam caminhando. Ele indiferente aos olhares que se voltavam na direção deles e ela tentando aparentar uma tranqüilidade que não tinha. Deviam fazer um casal e tanto. Ele um corpulento homem vestido de couro fino e lustroso e ela uma pequena mal trapilha com um imenso casaco, um lenço na cabeça e pés descalços.
- De que parte da Inglaterra você é?
- Não inglesa – falou tentando se lembrar de qual palavra era apropriada –...Nórdica.
Ele parou e voltou-se para ela confuso.
- Eu vivo a pouco tempo na Inglaterra. Homens me encontraram em um povoado ao norte. Tinha sido di...dizimado... – gaguejou lembrando com horror o momento que aqueles homens a tinham encontrado e a amarado dentro de uma carroça levando para o navio de onde ainda amarrada fora levada para Londres. Não ia contar os detalhes. Deixaria ele pensando que fora praticamente salva pelos homens.Fugira de um destino pior do que a morte para cair na mesma armadilha? – Não lembro de muita coisa...– baixou a cabeça escondendo o pesar de seus olhos.
Não queria dizer que praticamente não se lembrava de nada da vida anterior a vida que tivera em Londres.

- Nem sua idade?
- Não.
Ele pareceu hesitar por um momento para depois suspirar.
- Espero que tenha pelo menos dezessete anos.
Não sabia ao certo que idade tinha. Mas achava que não era tão nova assim já que tinha regras. Corou e baixou os olhos. E também tinha outras particularidades que mulheres mais velhas tinham...
Ele a levava firme pelas ruas enquanto olhava para frente sem desviar sua atenção em nenhuma direção. Parecia um homem sério e sereno. Fora sua primeira impressão dele.
- Aprendeu muito bem o inglês.
- Não é muito diferente... E difícil.
Sabia que devia fazer mais perguntas, mas não arriscou. Comparando ao que conseguira as outras mulheres,devia ser muito sortuda por conseguir um casamento com um homem que parecia ter dinheiro para gastar. E tudo que tinha que fazer era obedece-lo, cuidar de sua sobrinha e só falar quando necessário! Lógico que como esposa teria que se deitar com ele... Olhou de esguelha para o grande homem que tinha ar autoritário e aparência rústica. Não parecia um homem dado a arroubos de paixão. Esperava que não. Mas nada seria pior do que o que acontecera durante aqueles últimos meses...
O homem parecia estar confiante que se casaria com ele sem nenhuma reclamação...Mas era certo, não era ? A comprara. Poderia fazer qualquer coisa com ela, como deixara claro as mulheres do navio várias vezes quando riam e debochavam de seu temor e pudor.
- Estamos quase chegando – ele mostrou a construção elegante logo ao fim de uma rua e dirigiu-se para lá.

As ruas estavam menos atoladas de gente naquela região e podiam respirar com mais tranqüilidade...Talvez não...pensou ao vê-lo olhar de lado para ela fazer uma careta.
- Terá que tomar um longo banho...
Mordeu o lábio para não responder que não era culpa sua se não tivera acomodações necessárias no navio. Mas para que perder tempo com algo que ele não compreenderia? Ou não se importaria?

Passaram por uma porta ostensiva de um grande hotel. Ravena nunca tinha visto tanto luxo em sua vida. Tapetes vermelhos, tapeçaria, quadros, pedras de um tom rosado cobriam o chão frio. Quando se aproximaram de uma balcão de madeira escuro que parecia brilhar como jóia sentiu seus dedos dos pés afundarem no macio tapete e suspirou. O homem atrás do magnífico balcão não pareceu tão contente quanto ela. Olhou hesitante para a ela e depois para o homem que estava ao seu lado. Logo desviou o olhar parecendo pálido.
- Eu...
O homem ao seu lado se inclinou apenas um milímetro em direção ao atendente.
- Sim?
O homem ficou vermelho.
- Nada senhor...
- Então providencie um banho para minha noiva. Espero que seja um excelente serviço e que enfim me esclareça por que cobram tão caro...
- Sim senhor!



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Autor(a): suhDias

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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O homem logo se afastou deixando claro para ela que tinha medo de seu futuro marido. No mínimo ficara chocado ao vê-la entrando no impecável hotel e pisando nos tapetes que pareciam limpos e novos, apesar da aparência de antiguidades que possuíam.Subiram escadas em silêncio. O corrimão era tão lustroso quando o resto. ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 15



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  • suhdias Postado em 12/09/2011 - 23:25:32

    Meninas, Sorry ... tive uns Problemas aki ^^ sejam Bem Vindas bjus

  • jujucalcvu Postado em 07/09/2011 - 13:49:52

    ameiiiiiiiiiiiiiiiiii postamaisssssssss..
    Não entendi muito bem pq o Christopher tem uma cicatriz.

  • jujucalcvu Postado em 07/09/2011 - 13:49:52

    ameiiiiiiiiiiiiiiiiii postamaisssssssss..
    Não entendi muito bem pq o Christopher tem uma cicatriz.

  • jujucalcvu Postado em 07/09/2011 - 13:49:52

    ameiiiiiiiiiiiiiiiiii postamaisssssssss..
    Não entendi muito bem pq o Christopher tem uma cicatriz.

  • jujucalcvu Postado em 07/09/2011 - 13:49:52

    ameiiiiiiiiiiiiiiiiii postamaisssssssss..
    Não entendi muito bem pq o Christopher tem uma cicatriz.

  • jujucalcvu Postado em 07/09/2011 - 13:49:51

    ameiiiiiiiiiiiiiiiiii postamaisssssssss..
    Não entendi muito bem pq o Christopher tem uma cicatriz.

  • soyvondy Postado em 06/09/2011 - 21:07:24

    Continuaaaaa!!!

  • soyvondy Postado em 06/09/2011 - 21:07:16

    Continuaaaaa!!!

  • soyvondy Postado em 06/09/2011 - 21:07:09

    Continuaaaaa!!!

  • soyvondy Postado em 06/09/2011 - 21:07:04

    Continuaaaaa!!!


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