Fanfics Brasil - ... Trabalho ou prazer - Adaptada - vondy

Fanfic: Trabalho ou prazer - Adaptada - vondy


Capítulo: ...

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.


Obrigada Paty e Cris (posso te chamar assim ? *-*)


Conforme caminharam juntos até o elevador, Christopher repassou a discussão com Jezz, mas


Dulce não conseguiu deixar de pensar no quanto a imagem de Christopher mudara da manhã de


segunda-feira para a noite de terça. De maneiras sutis... ela não percebia que o cabelo dele era


comprido para tocar o colarinho da camisa. De maneiras invasivas, mas excitantes, aliás... ele


podia ser o chefe, mas também era um homem viril, de carne e osso.


Era estupidez pensar nisso, prejudicial para a sua posição, a carreira, os sonhos. Contudo,


era inevitável. Toda vez que o via, toda vez que Christopher sorria, falava ou a tocava, ele se tornava


mais real, mais...


Irresistível?


CAPÍTULO QUATRO


— Quer saber o que eu não consigo resistir?— Christopher enchia os pulmões conforme os dois


continuavam a caminhada do hospital até o píer, em Circular Quay.


— O que você não consegue resistir?— Dulce lançou-lhe um olhar quase cândido.— Por que


não me conta?


Apesar do voto de se abster de qualquer pensamento impuro em relação à funcionária,


Christopher facilmente poderia ter respondido: "Você." O entusiasmo de Dulce, os seus dedos dos


pés, os olhos inocentes— ou sedutores?— quando ela o fitava nos olhos, sorvendo cada palavra


que ele dizia.


Obrigando-se a prestar atenção na multidão de passageiros dos barcos, que fluíam de um


lado para o outro nas plataformas do cais, Christopher tomou fôlego outra vez.


— Não consigo resistir a essa cidade à noite.


A energia, a beleza, a animação. Tudo isso lembrava Dulce. E, ultimamente, tudo o fazia


pensar nela. Como Dulce não respondeu, ele a espiou. Não conseguiu ver as covinhas.


Decepcionada?


Christopher sentiu uma pontada no peito.


Claro. Dulce suspirava pelas terras distantes, por alargar os horizontes, como outra


mulher que conhecera. Custou-lhe anos para reorganizar a clientela da agência, assim como a


sua reputação, quando Olívia Roundtree jogou os longos cabelos negros para trás e mandou ele e


o próprio cargo às favas. Por mais atraente que Dulce fosse, aquela experiência lhe dava


motivos suficientes para manter distância. Motivos suficientes para fingir que aquela tentação


não existia.


Dulce apontou um artista aborígene de rua, que dançava ao som de um didjeridu.


— De fato, há muito o que se ver.


— Engraçado. Eu imaginava que você era mais chegada a clubes noturnos do que dança


indígena.


— Já não freqüento tanto essa cena.


— Velha demais?— implicou Christopher.


— Ocupada demais. E você?


Christopher vislumbrou a Opera House por cima do ombro.


— Também não sou fã de clubes noturnos.


— Mais chegado a Shakespeare e árias? Christopher fez uma careta.


— Só não gosto de me sacudir ao som de música ensurdecedora.


— Bem, é ótimo que você possa contar comigo para ajudar com o Hits, então.


— Uma fã de música alta, tudo bem. Mas qual a sua opinião sobre sacudir?


Christopher admirou o brilho nos olhos de Dulce, o modo como ela cruzou os braços nervosa,


empinando os seios ainda mais, sem se intimidar com o seu olhar.


— Para ser sincera— retrucou Dulce— eu não tenho saído muito ultimamente.


— Talvez devêssemos dar um jeito nisso.


Dulce desviou o olhar para a paisagem.


Christopher enfiou as mãos nos bolsos. Diante das entrelinhas daquela conversa, da sua intuição—


e excitação— ele estava brincando com fogo. E a julgar pela expressão dela, cabia considerar


que, talvez, Dulce quisesse provocá-lo.


No hospital, após fazer aquele discurso sobre desejos e paixões, Christopher pensara que havia se


declarado. A melhor parte dele não queria fazê-lo, mas a parte mais primitiva fora mais forte.


Depois de passar anos satisfeito com aventuras


inconseqüentes, o que tornava Dulce Saviñon tão especial?


Perdida em pensamentos, Dulce relaxou os braços e riu sozinha. O riso se refletiu no


semblante de Christopher.


— O que é tão engraçado?


— Essa conversa sobre boates me fez lembrar de uma noitada com as minhas amigas há uns


dois anos. Era o aniversário de 21 anos da Kirsty Dunn. Depois de cumprirmos o ritual de jantar


com a família dela, Kirsty quis botar para quebrar. Acabamos num bar na Kings Cross.


O mais famoso ponto de "badalação" da Austrália?


Essa devia ser boa...


— A Kirsty exagerou nos coquetéis Fluffy Duck— admitiu Dulce.— Ela trocou as bolas e


começou a pedir Dluffy...— Dulce mordeu o lábio.— Bem, você já entendeu. Bom, Sally


Freeman resolveu chamar um garçom vestido de caubói para dançar em cima da mesa.


Mas Sally estava sem lentes de contato, e acabou me apontando por engano. Ele apareceu na


mesma hora e mandou que eu segurasse os seus documentos.— Dulce tornou a rir, depois


suspirou. Christopher permanecia intrigado.


— E daí? O que aconteceu?


— Só se você contar primeiro. O que ela esperava? Com toda a certeza ele jamais segurara


os documentos de sujeito nenhum. Dulce insistiu.


— Você não vai contar, vai?


Será que ela queria ouvir sobre as suas aventuras? Saber se ele ja se vestira de caubói?


Recentemente não, mas caso Dulce estivesse interessada...


Christopher sentiu um aperto no peito e os pulmões arderam.


Será que ela estava interessada? E se a atração fosse recíproca, seria louco o bastante


para levá-la em consideração? Quebrar uma regra de ouro e provar do fruto proibido?


Entretanto, se a provasse apenas uma vez, abraçando-a com força suficiente para inala seu


perfume e se perder naquelas curvas, talvez conseguisse expurgar aquele desejo. A fome seria


saciada e ele voltaria ao normal. Ambos eram maiores de idade. Sem dúvida, passar uma noite


juntos não partiria o coração dela, e nem o dele.


Dulce revirou os olhos e choramingou.


— O que preciso fazer? Implorar? Christopher despertou dos devaneios.


— Implorar?— Encarou-a.— Claro, se você quiser.


— Tudo bem.— Dulce uniu as mãos em prece.— Por favooooor!


Quando o olhar pousou nos lábios dela, o apito de um navio ressoou ao longe. Lento.


Encorpado. Os braços e pernas se tornaram estranhamente pesados. O anseio em seu âmago, na


parte inferior do corpo, sufocou qualquer outra sensação. Enquanto uma torrente de calor lhe


inundava a pele, a mente ficou vazia, depois resplandecendo em cores néon.


De repente, as mãos tateavam o tecido fino que escorregava pelos ombros de Dulce. Christopher


a puxou para si, ávido pelas promessas ocultas na sua boca. Assim que Dulce entreabriu os


lábios, ele tomou, saboreando cada uma delas. Mas, apesar de tudo, era impossível se saciar.


As mãos capturaram o rosto cálido, para tornar o beijo mais abrasador. Ofegante, Christopher se


rendeu ao momento em que não era nada mais que um homem, desafiando as regras, renegando


tudo, menos o instinto animal. Dulce era tão deliciosa.


O ronronado de Dulce vibrou nos lábios dele, na língua. Ela cravou as pontas dos dedos no


seu peito. Como ele queria retribuir o favor.


Mais tarde. Sim, mais tarde.


Longe de pronto, Christopher se obrigou a recuar com delicadeza. A animada balbúrdia do Quay,


os desconhecidos que passavam e sorriam saíram de foco. Será que ele percebeu as próprias


ações? Estaria enfeitiçado ou fora de si? Nenhum pouco. Que Deus o ajudasse, ele queria mais.


Lutando contra o impulso de se aninhar nas faces coradas de Dulce, admirou aqueles olhos


lindos.


Com a boca entreaberta, Dulce olhou para ele e murmurou:


— Eu quero...


Um calor incandescente abrasou Christopher. Oh, sim, ele também queria. O mais cedo possível.


— Hum? Diga-me— sussurrou ele, aninhando a pélvis com maior intimidade, passando as


mãos na clavícula para ampará-la pelos braços.


Dulce estremeceu.


— Eu só queria saber para onde nós vamos.


O coração de Christopher parou de bater conforme a paisagem inteira esvanecia, até só restar


Dulce e ele nessa situação surreal. Ele deve ter ouvido mal.


— Para onde nós vamos?


Quando ela anuiu tímida, Christopher recuou um longo passo. A realidade continuou a assomar, até


que ele passou a mão nos cabelos e lembrou.


Trabalho. O compromisso para o qual agora estavam definitivamente atrasados. A campanha


da qual a reputação dele dependia. O prêmio que garantiria não só o sucesso da agência, mas a


sua sobrevivência. Christopher tentou ajeitar a gravata, lembrou que não usava nenhuma, puxou uma


orelha em vez disso e recomeçou a andar.


Até uma hora atrás, ele pensava que controlava essa atração, que conseguiria sentenciar


quarentena e conquistá-la, como fazia com qualquer fraqueza. O pai ensinara ao primogênito os


benefícios da razão controlar a emoção, a fórmula que o astuto advogado empregou para


acumular a fortuna da família. Após um começo desastroso, Christopher a seguira, religiosamente, até


agora, quando permitiu que um interesse inofensivo se transformasse num cabo-de-guerra


monstruoso da noite para o dia. Impulso contra senso comum. Responsabilidades profissionais


contra desejo sexual. E como Dulce se sentia?


Podia apostar que descobriria. Fingir que isso nunca aconteceu não era a resposta. Eles


precisavam conversar. Infelizmente, tal conversa deveria esperar.


Galgando dois degraus por vez, subiu a escada para o conhecido endereço, enquanto,


obediente, Dulce o seguia. Após atravessar a fachada de granito negro do prédio, Christopher


respondeu a pergunta.


— Na verdade, já estamos aqui. Providenciei que o estúdio de gravação deixasse as portas


abertas para que pudéssemos ouvir a trilha sonora de Hits.


— Sério?


Christopher olhou para Dulce. Uma calidez reveladora inundou-lhe os membros ante a visão


daqueles brilhantes olhos verdes.


— Achei que você gostaria.


Na tentativa de se redimir do mal entendido em relação à promoção, Christopher guardara o


truque na manga. Imaginou exato aquela expressão deslumbrada. Talvez devesse ser direto,


como seria com qualquer outro funcionário. Mas, assim, eles perderiam toda aquela conversa


estimulante e o beijo do século.


— Você já deve saber que esse é considerado o melhor estúdio de gravação do país.—


"Trabalho, concentre-se no trabalho", continuou dando-se ordens. Se ela era madura o bastante


para esquecer o agarramento um instante, certamente, ele também era.— Por aqui a reputação


deles é imbatível, assim como no exterior. Sei que farão um excelente trabalho.


— As letras já estão na boca do povo?


Christopher sorriu. A garota era boa. Logo os dois ouviriam as letras incorporadas a algumas das


mixagens. Mas o quão depressa e confiante Dulce conseguiria articular os pensamentos? Ela


tinha um trabalho a fazer e devia fazê-lo bem. Isso era imprescindível.


Christopher a testou.


— Você acha que precisamos das letras? Dulce não hesitou.


— Óbvio. Um trecho de música pode deixar a gente toda arrepiada, mas a letra fala a todos


de uma forma única. É a mensagem de uma canção que une você a um momento da vida para


sempre. Você revive aquela emoção toda vez que a ouve. Feliz. Chateado. Apaixonado.


Por algum motivo, Dulce olhou para trás. Christopher não conseguiu ver o seu rosto. Será que ela


evitou o seu olhar de propósito?


E quem disse alguma coisa sobre se apaixonar?


Em silêncio, os dois subiram de elevador até o décimo andar, o semblante de Dulce


indecifrável pela primeira e enfurecedora vez. Ele esticou o pescoço e fez uma careta. Sentia o


colarinho apertar sem estar sequer abotoado.


O que ela estaria pensando? Será que aquele último comentário foi uma insinuação? Ou


ingenuidade? Isso explicaria aquela expressão impassível. E Dulce tinha razão. Depois dessa


noite, sempre que ouvisse essa trilha sonora, ele voltaria ao instante em que segurou o seu


rosto, o mundo parou e ele foi até a lua de emoção com aquele primeiro beijo.


Primeiro e, com sorte, não o último.


 


Comentem plixxx *-*


 


bjix da Naty




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Autor(a): natyvondy

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Ok Cris : )    Gracias pelos coments J   As portas se abriram e ambos atravessaram o piso de tábuas corridas da recepção. Dulce mordia o lábio inferior, obviamente cismada com alguma coisa. — Alguém já pensou em vinhetas instrumentais para realçar diferentes estilos musicais? A composiç&at ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 643



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  • stellabarcelos Postado em 14/11/2015 - 14:29:23

    Ameiiii

  • larivondy Postado em 07/10/2013 - 14:44:01

    AMEEEI A WEB!! super lindo o Chris pedindo a Dul em casamento no avião e deixando tudo por ela *-*

  • vondyatrevidinha Postado em 20/11/2011 - 15:45:42

    Adoreii a históriia... Mt liinda mesmoo..

  • vondyatrevidinha Postado em 20/11/2011 - 15:45:42

    Adoreii a históriia... Mt liinda mesmoo..

  • vondyatrevidinha Postado em 20/11/2011 - 15:45:42

    Adoreii a históriia... Mt liinda mesmoo..

  • vondyatrevidinha Postado em 20/11/2011 - 15:45:41

    Adoreii a históriia... Mt liinda mesmoo..

  • vondyatrevidinha Postado em 20/11/2011 - 15:45:41

    Adoreii a históriia... Mt liinda mesmoo..

  • vondyatrevidinha Postado em 20/11/2011 - 15:45:41

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  • vondyatrevidinha Postado em 20/11/2011 - 15:45:41

    Adoreii a históriia... Mt liinda mesmoo..

  • vondyatrevidinha Postado em 20/11/2011 - 15:45:41

    Adoreii a históriia... Mt liinda mesmoo..


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