Fanfics Brasil - Capítulo VII Trabalho ou prazer - Adaptada - vondy

Fanfic: Trabalho ou prazer - Adaptada - vondy


Capítulo: Capítulo VII

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Pelo tempo que fiquei sem postar vou postar um capitulo inteirinho pra tentar recompensar, ok?!


 


E como sempre, muitíssimo obrigada pela ´´companhia´´ de vocês aqui na web!!!


 


Post dedicado à: Paty, Paulinhauckersz (lembro sim flor :D, e muito obrigada), Fmist (não posso garantir...), Lucas e Fabiana!!!


 


Dulce o afetava. Sabia disso desde o início. E agora ele não tinha escapatória.


Na espaçosa diretoria da Uckermann Advertising, à cabeceira da mesa de mogno, Christopher reclinou


na cadeira presidente e admirou aqueles brilhantes cabelos louros e a voz suave. Um segundo


depois, mordeu o lábio quando o ímpeto do desejo despertou no seu íntimo.


Dulce conversava com Josh Winton, diretor de criação, e Burt Foggle, redator, sobre a


campanha publicitária que ela e Jezz McQade desenvolveram. E ela não estava fazendo um


trabalho brilhante? Nem nervosa, tampouco insegura... nem um pouquinho. Dulce aprendera


bem a lição.


Acaso ele não soubesse, imaginaria que ela sempre se comunicou nesse nível.


Na verdade, passaram-se apenas quatro semanas desde que ele a promovera para o segundo


cargo mais importante na campanha do Hits— 31 dias e noites desde o incidente no Mixem


Studios. E, daquele dia em diante, Christopher não foi capaz de tirar Dulce da cabeça.


O sabor da boca e do corpo de Dulce não desapareceram da memória. A textura macia da


pele ainda era nítida. O sexo foi inacreditável. Carinhoso. Divertido. Mais excitante do que ele


jamais experimentara. Contrariando o bom senso, ele estava pronto para repetir a dose.


Mas Dulce deixou tudo bem claro: tratou-se de uma oferta única. Ele a respeitava por


tomar a decisão certa— ela era mais madura do que pensava. Porém, lá no fundo, ele não ficou


feliz. E isso era assustador.


Ele não era estúpido. Conhecia os sinais. O jeito como o corpo abrasava quando a via. O jeito


como a mente desligava ao vê-la sorrir. Ele estava a bordo de um trem descarrilado, correndo


rumo a uma estação chamada "risco de se apaixonar".


Por uma funcionária.


Pensou em Olívia Roundtree e se encolheu.


Esperta e atrevida, Olívia foi contratada na época em que a agência era pequena e as


expectativas dele tiniam de novas. Ainda inexperiente, ele estava ansioso para provar o próprio


valor e Olívia lhe dera confiança, em vários sentidos. Quando a promoveu, Olívia fizera um


trabalho razoável na firma, mas a sua natureza aventureira deflagrou a libido dele, deixando o


resto em segundo plano. Ambos formavam um casal feliz, pensava ele. Então, um dia, sem mais


nem menos, Olívia anunciou que deixaria o país. Pretendia encontrar a si mesma, aprender e


crescer. Sem mágoas. É claro.


Como se isso não bastasse, Olívia se mandou no meio de uma campanha importante na qual


trabalhavam juntos. Tanto a agência quanto o coração sofreram em nome do que ele chamava de


amor naquela época. Porém, essa situação recente era uma faca de dois gumes ainda mais


afiada.


Tirando a Montblanc presa atrás da orelha, Christopher franziu a testa e tocou o layout do


anúncio classe A de Dulce com a caneta.


Se ele resolvesse tentar uma relação íntima, o que podia sentir que desejava muito, e


Dulce concordasse, o que aconteceria se ela arruinasse a campanha? Havia inúmeras


possibilidades de acontecer uma mancada antes que Jezz voltasse. Como isso afetaria o


relacionamento dele com os clientes? Com os colegas do ramo? Diriam que ele não pensou com a


cabeça que fica em cima dos ombros. Todos lembrariam como fora estúpido ao apostar todas as


fichas em Olívia e sofrer tão desastrosamente por conta disso. Naquele tempo, ele era jovem e


tolo. Que desculpa usaria agora?


E se a campanha fracassasse, ele não precisaria se preocupar com as fofocas. Estaria fora


dos negócios e, dessa vez, não haveria uma segunda chance.


— Tudo bem com você, Christopher?


Ele tomou um susto. Ao invés de admitir que estava no mundo da lua, resmungou:


— Lógico, Dulce. Tudo ótimo.


Enquanto ela continuava relatando as suas idéias geniais, Christopher contemplava aquele rosto


encantador, depois o corpo. Absorveu o brilho gentil dos olhos dela, o contorno vigoroso dos


membros, a maneira como a calça de cintura baixa se amoldava à silhueta como se fossem feitas


sob medida para os seus quadris. Sob a blusa branca justa, um vislumbre do abdome bronzeado.


De vez em quando, o piercing do umbigo reluzia, como se piscando para ele.


Normalmente, Christopher consideraria aquilo moderninho demais para o seu gosto. Contudo, em


Dulce a jóia apenas complementava um pacote irresistível.


E também havia a sua personalidade jovial. Aquela risada estridente. A expressão


compenetrada quando mordia um lápis e olhava fixo para o chão, enquanto pensava em algum


ponto importante. O jeito como os olhos dela brilhavam, como agora, com uma paixão que ele


ansiava por experimentar outra vez. Queria erguê-la nos braços, fugir para algum lugar e


esquecer tudo e a todos, menos Dulce. O seu abraço, o abandono, as mãos em tomo do pescoço


dele enquanto ambos giravam no espaço vertiginoso.


A resposta era mesmo muito simples. Ele precisava beijar Dulce Saviñon. Não, mais que


beijar. Possuí-la. Tomá-la de novo. Arrancar-lhe as roupas e fazer amor sem censura. Senão num


relacionamento estável, o que claramente seria melhor, então apenas mais uma vez. Descobriria


uma maneira de garantir que seria o bastante.


Christopher não percebeu que a reunião terminara. Quando as pessoas passaram, ele se levantou


para alcançar Dulce. Ela olhou para Christopher, com o costumeiro sorriso enfeitado por covinhas,


quando os dois saíram da sala. Mas algo sutil naquela expressão mudara, e ele não conseguia bem


dizer o quê. Talvez porque ele a via de um jeito diferente agora. Ou talvez o contrário.


Christopher endireitou a gravata.


— Você conversou com a Jezz essa manhã?— Ultimamente, os dois só falavam de trabalho.


Mais seguro que as insinuações, lógico, mas nenhum pouco tão divertido.— Ela vai comparecer ao


lançamento amanhã à noite?


O lançamento promocional de Hits aconteceria na casa ampla, alguns diriam o palácio, de


Christopher. A residência de dois andares em estilo mediterrâneo, mobiliada com todos os objetos de


luxo, era perfeita para os eventos sofisticados da empresa. Como a sessão de amanhã à noite.


Com os braços abarrotados de panfletos, o olhar fixo no horizonte, Dulce seguia corredor


abaixo.


— A perna da Jezz ainda dói. Ela está tomando antibióticos.


— Não a veremos amanhã à noite, então?


— Tomara que sim, mas talvez não.


— O que significa que você deve assumir o comando lá, inclusive.


— Acha que sou capaz?


Desde o incidente na cabine, Dulce mudara de atitude. Mais positiva e confiante. Ótimo.


Mas, às vezes, como agora, ela podia soar defensiva ou aborrecida. Por causa daquela noite


juntos? Não havia motivo para isso— ela se divertira tanto quanto ele. E foi Dulce quem


estabeleceu a regra de uma única noite, mesmo quando ele admitiu que estava aberto à sugestão


de tornar a sair com ela. Quanto a administrar as responsabilidades do lançamento,


naturalmente ele esperava que Dulce ficasse nervosa ao assumir o comando diante de


centenas de desconhecidos curiosos. Mas ele estaria lá para apoiá-la.


— Você vai arrasar— garantiu Christopher.— A multidão cairá a seus pés.— O sorriso dela poderia


ser mais convincente, portanto, ele acrescentou— A lista de convidados é impressionante.


Críticos, agentes, jornalistas, executivos de gravadoras e artistas internacionais em visita ao


país. Você fez um excelente trabalho compilando tudo.


Dulce simplesmente anuiu com a cabeça.


Será que estava tão intimidada pela idéia de bancar a anfitriã para a creme de Ia creme da


sociedade? Um mês atrás, ele não se surpreenderia. Mas Dulce parecia ter crescido muito


desde então.


Ao passarem pelo bebedouro, ela ajeitou os panfletos que carregava.


— A Rachel vai? Christopher assentiu.


— Os meus outros clientes gostariam.— Um pressentimento terrível lhe ocorreu.— Ela anda


se comportando direito?


Nenhuma reclamação da inveja de Rachel por Dulce assumir a campanha vazara até agora.


Apesar dos surtos de genialidade, ele devia estar com titica na cabeça quando concedeu a


Rachel Bragg aquele contrato de cinco anos. Temperamental demais. Christopher não conhecia uma


única pessoa na empresa que se desse bem com ela, incluindo ele. Consultaria os advogados de


novo. Aquela mulher tinha o ego do tamanho da China, mas se ele oferecesse um cheque polpudo


o bastante, certamente ela cairia fora.


— Eu posso cuidar da Rachel— afirmou Dulce. Christopher estendeu os braços para tomar-lhe os


panfletos. Dulce hesitou um segundo, antes de entregá-los.


— Preciso saber de algo antes do lançamento acontecer?— indagou Christopher.


— Precisamos resolver alguns detalhes do bufê. Mas além disso, tudo está em ordem.


— Bom, bom.— Com um sorriso patético, Christopher anuiu, quando tudo que ele queria era


enterrar o rosto nas mechas de cabelo que cascateavam pelos ombros de Dulce. O olhar


divagou por um dos braços bronzeados. Ele já podia sentir o gosto da pele de mel.


Pela centésima vez, Christopher se perguntou: o que Dulce sentia por ele agora? Os dois jamais


discutiram o episódio da cabine. Concordaram que seria melhor assim. Porém, cada vez mais ele


se sentia compelido a romper o silêncio. Sob aquela fachada civilizada, será que Dulce também


sofria? Seguiu Dulce até o escritório originalmente preparado para Jezz. Ela apontou o


aparador e Christopher depositou a pilha próximo a um aparelho de fax que não parava de cuspir a


lista de orçamentos de uma exclusiva agência de modelos.


— Você trabalhou muito nessas últimas semanas.— Christopher a encarou.— O final de semana


será agitado. Por que não tira uma folga na segunda-feira? Faça um tratamento facial.— "Ou vá


para a cama comigo", sua mente não parava.


Dulce se mostrou chocada.


— Não posso. Tenho muito a fazer.


Christopher diminuiu a distância entre ambos. Mas ela o driblou e sentou atrás da mesa. Aquilo foi


um fora?


— Eu já ia apanhar um café. Quer um?


— Eu não tomo café. Mesmo?


— Por que eu não sei disso? Dulce deu de ombros.


— Você nunca perguntou.


Christopher cruzou a sala e recostou na mesa mais próxima da cadeira dela. Dulce girou para


encará-lo... para que ele percebesse que não estava intimidada? Não fazia muito sentido.


Christopher sorriu por dentro.


Ou para mostrar que tinha tanto autocontrole quanto ele.


— Então, por que a caneca em cima da mesa?— Christopher a pegou e leu a frase impressa em rosa


choque no fundo de cerâmica branca.— "Vai Fundo Garota", hein? Que fofinho.


— Eu a tenho há séculos.— Dulce tomou-lhe a caneca e a colocou no lugar.— Água. Eu bebo


litros de água o dia inteiro.


Christopher ergueu as sobrancelhas. Que bom para ela.


— O que você bebe à noite?— Uma implicância sutil? Então revide. Ele sentia saudades dos


jogos de palavras dos dois. E ela?


— Chardonnay... com refrigerante sabor cereja.


— Eu tomo uma cerveja ou outra. Dulce torceu o nariz.


— Detesto cerveja.


— Não há nada melhor durante um jogo importante.


— De futebol?— Ele assentiu.— Odeio futebol. Dulce estava determinada a provar seu


argumento.


Eles eram diferentes. Incompatíveis? Mas os opostos não se atraem?


— Do que você gosta?


As faces coraram, mas o semblante não se alterou.


— Gosto do meu trabalho.


— Disso eu sei. O que mais?— "Sei ao menos uma coisa", pensou.


— Gosto de comida tailandesa.


— Eu também. Macarrão de arroz frito, ou Pad Thai. Mas precisa levar muita pimenta.


— Não gosto de nada picante.


— Eu acho que sim.


Dulce levantou de um salto. A cadeira voou para trás. O peito ofegava. Manchas vermelhas


se alastraram pescoço acima.


— Tenho muito o que fazer.


As coisas não acabariam assim. E hoje ele descobrira que queria que ela soubesse disso.


Ambos fizeram amor uma vez e a desgraça não se abatera sobre nenhum dos dois. Ele podia, e


deveria, tomá-la de novo nos braços. Embora Dulce não comentasse, no fundo ele sabia que ela


queria, também.


Christopher rumou para a porta.


— Conversaremos mais tarde.


No meio do corredor, Dulce o chamou de volta.


— Eu quase esqueci. Ontem conversei com uma tal Linda Marley, produtora fonográfica.


Virando-se para ouvir, Christopher tirou a caneta do bolso da camisa e começou a apertar o botão


da tampa sem parar.


— Nos esbarramos algumas vezes nas últimas semanas— explicou Dulce— e Linda teve a


idéia maravilhosa de organizar um minileilão amanhã à noite.


A caneta parou de clicar.


— Continue.


— Poderíamos oferecer tíquetes e fazer as pessoas darem lances em, digamos, meia dúzia


de itens. O dinheiro poderia servir para levar um telespectador de fora do estado para o


programa de estréia como convidado especial. Oferecer hospedagem, serviço de limusine, o


pacote completo. A publicidade seria sensacional.


Para variar, Christopher admirou tanto entusiasmo e visão— foi por isso que a contratara em


primeiro lugar. Porém, respondeu profissionalmente:


— Algo deste gênero precisaria de muitos preparativos até amanhã à noite. Você tem


tempo?— Ele duvidava. Dulce já estava atolada até o pescoço.


— Eu posso tentar. A Linda disse que pode me dar uma mãozinha.


— Você falou com a Jezz sobre isso?— Ainda não.


Christopher pensou e repensou. Acaso Dulce conseguisse organizar tudo, a publicidade seria uma


ótima recompensa. Entretanto, ele não queria arriscar os outros trunfos que Dulce tinha na


manga. Podia confiar na opinião de Jezz a respeito, para saber exatamente se a idéia era viável.


— Pergunte a ela, e se a Jezz achar que funciona...— deu-lhe as costas para sair— ... você


tem todo o meu apoio.


— Eu não poderia esperar outra coisa. Quê?


Christopher se virou, mas Dulce estava novamente com a cabeça enterrada na papelada. Mais


intrigado que nunca, Christopher percorreu o corredor até o próprio escritório.


Até aquela noite com Dulce, ele passara um período de seca. Sexo bom era melhor que


ótimo, porém, assim como a vibração, ele sentia falta do conforto de uma parceira íntima, de


conversar baixinho na escuridão com uma mulher aninhada nos braços, de uma doce companhia


feminina respirando levemente fora de sincronia com ele. Mas não uma mulher qualquer.


Tinha que ser Dulce.


Correu para o escritório e bateu a porta.


Estaria enganando a si mesmo? Mais uma noite bastaria? Amanhã ele pretendia descobrir.


 


Comentem muuuuuuuito plixxx *-*


 


E se quiserem passem lá em: UM VISCONDE SEDUTOR, ta quase acabando... )


 


Bjix da Naty




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Autor(a): natyvondy

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 643



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  • stellabarcelos Postado em 14/11/2015 - 14:29:23

    Ameiiii

  • larivondy Postado em 07/10/2013 - 14:44:01

    AMEEEI A WEB!! super lindo o Chris pedindo a Dul em casamento no avião e deixando tudo por ela *-*

  • vondyatrevidinha Postado em 20/11/2011 - 15:45:42

    Adoreii a históriia... Mt liinda mesmoo..

  • vondyatrevidinha Postado em 20/11/2011 - 15:45:42

    Adoreii a históriia... Mt liinda mesmoo..

  • vondyatrevidinha Postado em 20/11/2011 - 15:45:42

    Adoreii a históriia... Mt liinda mesmoo..

  • vondyatrevidinha Postado em 20/11/2011 - 15:45:41

    Adoreii a históriia... Mt liinda mesmoo..

  • vondyatrevidinha Postado em 20/11/2011 - 15:45:41

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  • vondyatrevidinha Postado em 20/11/2011 - 15:45:41

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  • vondyatrevidinha Postado em 20/11/2011 - 15:45:41

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  • vondyatrevidinha Postado em 20/11/2011 - 15:45:41

    Adoreii a históriia... Mt liinda mesmoo..


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