Fanfic: Trabalho ou prazer - Adaptada - vondy
Obrigada Dulcezita (seja bem-vinda J), Paty e Meg!!!
— Onde diabos ela se meteu?
Christopher estava em frente à porta do escritório de Dulce, a cabeça em parafuso. Manhã de
segunda-feira, geralmente ela chegava às 8h.
Mandy Rogers, da contabilidade, parou e piscou.
— Precisa de alguma coisa, sr. Uckermann?
— Onde está Dulce? Ela já chegou?
Com os olhos esbugalhados, Mandy o encarou.
— Eu não a vi ainda. Talvez alguém na administração saiba.
Não, ele já passara por lá. Duas vezes.
Christopher passou a mão nos cabelos, e repetiu o gesto.
Talvez devesse apenas esperar no escritório. Mas as dúvidas giravam às tontas no cérebro...
Ele estava exagerando. Não tiraria conclusões precipitadas. Tinha confiança em Dulce. O
que partilharam no sábado não era nada que*se pudesse apreciar e descartar. Não foi igual à
noite na cabine. Aquilo foi maravilhoso, mas agora foi melhor. Eles agiram por impulso. Deram o
próximo passo.
E quanto aos compromissos de trabalho? Dulce não o deixaria na mão. Ele dependia dela
para manter a campanha no rumo certo até Jezz retornar. Por mais que não gostasse de
depender de ninguém, como dependia de Dulce agora, ele confiava na sua integridade. Só
porque Dulce era mais nova não significava que não possuísse escrúpulos.
Cerrou os punhos e socou a parede. Se Sturts estivesse por trás disso, ele espancaria o
desgraçado.
Saltitante, a nanica Mary Charters quase escapou. Ele a deteve e Mary cambaleou para
trás, o rosto sardento alarmado.
— Dulce Saviñon.— Christopher respirou fundo.— Sabe onde ela está?
— Desculpe, sr. Uckermann. Eu nunca passo naquela ala no prédio.
Depois que ele assentiu, Mary debandou.
Ele precisava sentar e tomar uma grande xícara fumegante de café. Tilda poderia preparar
um extra forte. Ele mergulharia na campanha para o suco de laranja Squeezy e, quando menos
esperasse, Dulce apareceria radiante na sua porta, com uma boa explicação por não atender o
telefone e nem o celular, ontem e hoje de manhã.
Christopher entrou bufando no escritório.
Ela não podia ter esquecido aquela tarde inacreditável. O jeito como ele ensaboou as suas
costas e cobriu-lhe as pernas de espuma. A primeira vez que Dulce gritou permaneceria
gravada na memória para sempre. A água escorrendo do corpo, meros toques operando
milagres...
Sentiu um aperto no peito.
Talvez ela tivesse sofrido um acidente.
Tilda ergueu os olhos do teclado.
— Você a localizou?
Christopher bateu a porta do escritório.
— Preciso do planejamento de imprensa da campanha do suco e de um café bem forte.—
Christopher notou a expressão preocupada de Tilda, mas sem conseguir sorrir.— Não, eu não a
localizei.
O interfone tocou. Christopher forçou os pés a moverem. "Ocupe-se. Permaneça concentrado",
pensou. Ele não permitiria que os próprios sentimentos o sufocassem. Aprendera a lição, droga.
— Tilda, preciso daquele café extra forte e rápido.
— Mary Charters acabou de ligar— contou Tilda.— Ela viu Dulce entrando no
departamento de arte.
Um alívio imediato abrandou a dor. Christopher desabou na mesa, quase às gargalhadas. Ela estava
lá. No prédio. Claro!
Do lado de fora, mandou um beijo para Tilda.
— Esqueça o café. Esqueça o suco. Ou qualquer ligação. Não estou disponível.
No terraço, depois da festa, por pouco ele não pendurou Dulce no ombro, carregou-a
escada acima e rasgou aquele vestido lindo até deixá-la nua. Durante o leilão inteiro, ele sorria
ao imaginá-la enlaçando o seu pescoço com os braços, ou reinventando as façanhas anteriores,
acrescentando novidades— ainda restava muito que aprender.
Naquele momento, a casa da piscina fora incrivelmente satisfatória. Na verdade, a sensação
de plenitude quase o assustara.
Dulce era a sua cara-metade?
Ele conseguiria uma explicação, deixaria claro que ficou preocupado. E ela o tranqüilizaria,
os dois morreriam de rir.
Então, lhe faria uma surpresa.
— Dulce.
Ela desviou o olhar do layout no qual trabalhava com Dot Booney e quase engasgou. A voz de
Christopher era inconfundível. Porém, Dulce não esperava aquela figura impressionante que ocupava
a porta. Calça preta, camisa branca, sem gravata. Os olhos tão atormentados que o coração dela
parou de bater.
Ela não compreendia— seria a paixão a causa de tamanha comoção, ou ela estava numa
encrenca danada?
Abaixou a caneta e ajeitou os cabelos para trás da orelha. Era inútil acreditar que poderia
adiar o inevitável. Cedo ou tarde precisaria enfrentar essa situação. Melhor acabar logo com
isso.
— Olá, Christopher.
Dot se afastou quando Christopher se aproximou. Os olhos arderam nos dela, enquanto um sorriso
se abriu.
— Por onde você andou? Você me deixou morto de preocupação.
— Eu tinha um compromisso na cidade. O sorriso retraiu.
— E nem se deu ao trabalho de avisar ninguém? Dulce engoliu em seco e se dirigiu para a
copiadora no canto.
— Eu queria despachar uma entrega logo cedo. Pensei que chegaria às 9h.— Apanhou uma
pilha de esboços e encarou Christopher.— Eu devia ter pedido a sua permissão primeiro?
Christopher olhava fixo para Dulce.
— Dot?— Sobressaltada, a senhora deu um pulo.— Você nos daria licença um momento?—
No seu avental tamanho 48, Dot chispou da sala. Assim que a porta bateu, Christopher empinou o
queixo.— Isso explica esta manhã. E ontem?
Dulce soltou uma risada.
— Você quer uma cópia do meu itinerário pessoal de hoje em diante?— Dormirem juntos não
lhe dava o direito de saber onde ela passava cada minuto do dia. Nem de pensar que devia
decidir por ela.
— Você não atendeu o telefone.
— Eu desliguei.
— Não pensou que talvez eu quisesse falar com você?
Dulce conteve uma pontada de remorso. Sim, sabia que Christopher queria falar com ela. Vê-la.
Abraçá-la. Foi por isso que permaneceu inacessível.
— Fui visitar meu pai. Só resolvi isso na manhã de domingo.
Trabalhar em casa ficou fora de questão e a Carly estava na aula de caratê. Ela sempre
ligava no aniversário do pai. Apesar do discurso do "papai sabe tudo", os dois ainda se amavam.
Além do mais, ser rodeada pelas lembranças da mãe— estar no próprio lar— ajudava sempre
que ela se sentia insegura ou triste.
— E você passou a noite inteira lá? Aquilo foi uma acusação?
— E daí?
— Você não pensou em mim?
Dulce tentou não pensar em nada! Não seria fácil entrar em um relacionamento normal?
Fácil demais.
Ela adorava a companhia de Christopher, a sua sagacidade, a maneira como fazia com que se
sentisse tão especial. Se ao menos ela fosse outra garota, com outro sonho. Mas ela não queria
um namorado. Queria seguir a vida como planejara. Acaso se apaixonasse, as opções
desapareceriam.
— Bem, eu estou aqui agora.— E mais calma, graças aos céus.— Por que você queria me ver?
Christopher se aproximou.
— Quando saímos do terraço, não falei que você precisaria esperar até segunda-feira? Você
não lembra?
Daquelas palavras? Do jeito como ele a rodopiou no ar? Da sensação dos lábios dele
sussurrando na sua testa?
— Lembro.
Com um sorriso maroto, Christopher franziu a testa.
— Pensei que ficaria curiosa.
E claro que ficou. Tentara não pensar na brincadeira. Será que ele pretendia lhe conceder
um aumento? Depois daquele final de semana, isso seria um insulto. Ou talvez Christopher tivesse algo
mais pessoal em mente.
Como Dulce não respondeu, Christopher se empoleirou na mesa.
— Você prefere tentar adivinhar?
Adivinhar? Dulce tinha trabalho a fazer, prazos a cumprir.
— Eu realmente não disponho de tempo agora.— Era verdade.— Tenho todas essas
propostas...— segurou um punhado de papéis— ... e esse layout...
Christopher agarrou a sua mão em pleno ar.
— Por que está agindo assim?
Ela desvencilhou a mão. Intimidade demais. Força e calor demais.
— O que há, Dulce?— A voz de Christopher soou grave, quase ameaçadora.— Existe alguma coisa
que eu deva saber? Desde o começo eu avisei, sem mal entendidos. Seja o que for que estiver
lhe preocupando, desabafe.
Tirando os olhos do chão, Dulce o encarou.
— Eu realmente adorei aquele encontro na casa da piscina...
Christopher soltou uma risada.
— Como assim "adorou aquele encontro"?— Aproximou-se mais para imprensá-la. A mão
abrasou o braço dela, enquanto o hálito lhe aqueceu os cabelos.— Você estava louca de desejo.
"Oh, Deus, não faça isso", desejou. Dulce tentou se esquivar, mas Christopher a impediu. Ele era
mais forte, em vários sentidos. Ela precisava de outra tática.
— Sim, foi bom. Ótimo, na verdade. Mas... Christopher acariciou os lábios dela com o polegar.
— Experimente incrível.
Ao sentir o estômago revirar, Dulce se esgueirou e escapou.
Recuperou o fôlego.
— Já pensei muito nisso. E...— lutou para encontrar palavras— ... essa relação na qual nos
envolvemos fora da empresa... não sei se vai funcionar.
Uma sombra assomou os olhos de Christopher.
— Você acha mesmo, hein?
— Devíamos nos concentrar na campanha. Christopher piscou e logo depois sorriu.
— Então, você continuará se dedicando a ela? "Que pergunta!", pensou.
— Lógico. Eu disse que lhe daria o meu melhor. Nunca falei tão sério na vida.
O olhar de Christopher divagou para os seus lábios, como se tentasse recordar o sabor.
— E você acha que dormir com o chefe pode interferir no seu desempenho?
A sala encolheu um pouquinho mais. Constrangida, Dulce recuou até encostar na mesa.
— Receio que sim.
Não só com o desempenho, mas com os seus planos mais importantes. Dormir com Christopher
ameaçara o sonho que ela perseguia há tantos anos de se formar em marketing, para suportar
trabalhar como garçonete em meio-expediente, as dúvidas quanto a evoluir de "gorducha" e
"não muito inteligente" para quem ela sabia que poderia ser, acaso fizesse sacrifícios e se
esforçasse o suficiente.
Agora ela precisava fazer um sacrifício de novo. O anseio. O calor. O coração. Ela
conseguiria. Precisava.
— Temos essa campanha para terminar— argumentou Dulce.— Deixar os sentimentos
atrapalharem... Não vai dar certo.
Quando Christopher se aproximou, Dulce quis correr.
— Você tomou uma decisão?— Sim.
— Então, preciso dissuadi-la.
Braços de aço a tiraram do chão. Um surto de adrenalina a deixou tonta. A rendição, que
pairava no ar, ameaçava se abater.
— O que você está fazendo?
Marchando para fora da sala, Christopher chutou a porta.
— Levando você para casa.
Dulce quicava no peito dele, conforme Christopher a carregava pelo corredor. Ela não queria se
aninhar nele. Isso daria uma impressão errada. Não queria. Não queria isso. Não queria Christopher?
Por um instante abençoado, Dulce se permitiu apreciar a força implacável que a dominara
antes de oferecer a derradeira desculpa.
— Tenho um compromisso em uma hora.
O sorriso de Christopher arrancou as roupas do seu corpo.
— Em uma hora você estará na minha cama.
Comentem muuuuuito plixxx *-*
Bjix da Naty
Autor(a): natyvondy
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Dulcezita e Primasvondy: Obrigada!!! Primasvondy: ooooooooooi, quanto tempo neh?!... mas estamos de volta sim!!!! Vondy por siempre *-* CAPÍTULO DOZE E então começou. O caso com o chefe. Dulce não arredava pé. Ou assim Christopher preferia pensar. No assento do carona na Mercedes de Christopher, que contornava ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 643
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stellabarcelos Postado em 14/11/2015 - 14:29:23
Ameiiii
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larivondy Postado em 07/10/2013 - 14:44:01
AMEEEI A WEB!! super lindo o Chris pedindo a Dul em casamento no avião e deixando tudo por ela *-*
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vondyatrevidinha Postado em 20/11/2011 - 15:45:42
Adoreii a históriia... Mt liinda mesmoo..
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vondyatrevidinha Postado em 20/11/2011 - 15:45:42
Adoreii a históriia... Mt liinda mesmoo..
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vondyatrevidinha Postado em 20/11/2011 - 15:45:42
Adoreii a históriia... Mt liinda mesmoo..
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vondyatrevidinha Postado em 20/11/2011 - 15:45:41
Adoreii a históriia... Mt liinda mesmoo..
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vondyatrevidinha Postado em 20/11/2011 - 15:45:41
Adoreii a históriia... Mt liinda mesmoo..
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vondyatrevidinha Postado em 20/11/2011 - 15:45:41
Adoreii a históriia... Mt liinda mesmoo..
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vondyatrevidinha Postado em 20/11/2011 - 15:45:41
Adoreii a históriia... Mt liinda mesmoo..
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vondyatrevidinha Postado em 20/11/2011 - 15:45:41
Adoreii a históriia... Mt liinda mesmoo..