Fanfics Brasil - Capítulo XIII Trabalho ou prazer - Adaptada - vondy

Fanfic: Trabalho ou prazer - Adaptada - vondy


Capítulo: Capítulo XIII

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Kmusica, Megstar e Fabiana: Graciaaaaaaaas!!!


 


CAPÍTULO TREZE


Eu jamais me separarei dela.


Deitado nos lençóis em desalinho, Christopher contemplava Dulce, que sentara diante da janela.


Com as persianas abertas, a luz inundava o quarto, fazendo com que ela brilhasse como um anjo


vestido com um roupão branco largo demais. O cachorro adormecera ao seu lado, repousando o


focinho no colo de Dulce. Sylvie estava roncando.


— Dê um cutucão nela.— Christopher saltou de pé.— Depois que ela engrena, abala as estruturas.


— Sylvie finalmente decidiu sair do esconderijo e dizer olá. Não farei nada que ameace a


nossa amizade.


Adormecida, Sylvie roncou e esticou a pata traseira. Christopher estendeu os braços para Dulce.


— Esqueça a cachorra e volte para mim.


— A labuta de uma mulher...— Dulce afagou a orelha de Sylvie e se aproximou, apertando o


cinto do robe.


— Não se preocupe com isso. Já tomamos banho, descansamos e armazenamos provisões.


Agora é hora do recreio.


Dulce suspirou.


— Quê? De novo?


Ao sentir que Dulce derreteu debaixo de si, Christopher puxou o cinto do roupão.


— Não é melhor do que fazer carinho na orelha da minha cachorra?


Admirou a boca de Dulce— entreaberta, convidativa— e abaixou a cabeça.


De súbito, ela ofegou.


Tirou Christopher do caminho e sentou ereta. Sem querer, bateu a testa no queixo dele.


— Oh, Deus, Eu tenho um encontro hoje às 15h com um vereador. Ele queria discutir um


show ao ar livre. Que horas são?— Agarrou-lhe o braço.— São 14h30.— Dulce saltou da


cama.— Ainda dá tempo. Imperturbável, Christopher desabou na cama.


— Relaxe. Pedi que Tilda cancelasse todos os compromissos na sua agenda. Você viu que eu


liguei para ela no caminho.


— Mas não tenho certeza se marquei o nome dele. Ele ligou tarde na sexta-feira. Eu estava


com pressa.


— Eu ligo amanhã e explico.


— Que tiramos o dia de folga para amarrotar os lençóis? Nada profissional.


Christopher acompanhava com os olhos, enquanto Dulce recolhia as roupas no chão.


— Essa foi a primeira folga que eu tirei em tantos anos que mal consigo me lembrar. E não é


o dia inteiro. Só uma tarde.


O robe voou pelos ares e a calcinha branca se amoldou ao bumbum rebolativo.


— Eu nunca tirei folga.


— Então, já é hora de tirar. Um sutiã bege cobriu os seios que ele adorava. Não vou decepcionar alguém.


Christopher levantou e especulou se deveria começar a despi-la de novo.


— Eu sou o dono da agência, Dulce. Acredite-me, você não vai me decepcionar.— Ela


fechou a saia. Emburrado, Christopher segurou a mão dela.— Acalme-se. Vamos nos concentrar no que


é importante aqui.


Dulce lançou-lhe um olhar fulminante.


— Quem me dera.


Geniosa. Ele adorava esse outro lado da personalidade dela.


— Embora eu saiba a sua resposta, talvez você prefira me explicar esse último comentário.


A blusa cobriu a pele cor de canela. Pele macia. Boa de beijar.


— Quando você me promoveu, vencer a premiação com essa campanha significava tudo. Os


patrocinadores confirmaram que estavam dispostos a procurar outra agência e que levariam


outros consigo. Nós temos que ganhar o ouro. Certo?


— Certo.


— Essa ainda é a minha prioridade, mas será a sua? Porque, ultimamente, você não age como


se tivesse muita certeza disso.


Incrível.


— Essa é mesmo a coisa mais importante para você, não é?


Parte dele aplaudiu. Outra lembrou do que partilharam. Não foi sexo— mais do que corpos


unidos e cedendo ao instinto. Fizeram isso, também. E foi fantástico. Mas o que hoje significou


para Dulce? Para ele, significou muito.


— Desculpe por fazê-la escolher entre eu e o vereador.


— Essa foi a coisa mais infantil que já escutei. Christopher sentou direito. Droga, Dulce tinha


razão. Não era questão de escolher entre dois homens.


— Dulce, ninguém vai despedi-la. Você não precisa escolher entre mim e a sua carreira.


— Por que tenho a sensação de que sou a única pessoa lúcida por aqui?


— É só uma tarde, pelo amor de Deus. Se eu não achasse que poderíamos aproveitar, não


estaríamos aqui. Em relação ao trabalho, quem define os planos sou eu. Você só precisa seguir


as minhas instruções.


— Correto, você é quem manda. Mas eu ainda estou um pouquinho confusa, portanto,


responda essa. Você ganha mais do que o sujeito que inventou a pasta de dente, não é?


Christopher trincou o maxilar. Quem queria falar de dinheiro?


— Talvez.


— Se tudo der certo— a campanha, a agência— você poderia investir em outras empresas.


Poderia investir em dez. Assim, realmente... qual é o problema?


As pontas das orelhas dele começaram a queimar. Pensara que a conhecia. Parece que não


conheciam um ao outro, afinal.


— E tão difícil de entender assim? Eu poderia escrever num quadro-negro, se quiser.


A apreensão lampejou nos olhos dela. Falara demais, passara dos limites, e sabia disso.


— Estou tentando entender, só isso. Hoje cedo você falou que tinha medo do fracasso.


Certas pessoas não dão a mínima para isso. Importam-se tão pouco que sequer tentam


conquistar nada. Por que algumas pessoas se importam e outras não?


Dulce ficou cabisbaixa, calada, como se compreendesse.


Christopher sé inflamou.


— Farei qualquer coisa para manter a agência, não apenas viva, mas bem-sucedida e ativa.


Caso contrário, eu perderia algo mais valioso que uma mansão com três banheiras de


hidromassagem. Perderia o meu nome, a honra, o orgulho. Uma vez foi suficiente. Nada e nem


ninguém me verá tão arrasado de novo.


Ele não fazia sacrifícios e não...


O fogo no seu íntimo se extinguiu. O corpo esfriou.


Isso era amor?


Dulce se uniu a ele na cama. Sentados lado a lado, ambos olhando para a janela, sem falar


durante um longo tempo.


— Christopher, você não precisa dizer, mas...


— Quer o resto da história? Quando fiz papel de idiota?— Por que não? O passado dele não


era segredo de estado.


— Eu não chamei você de idiota.


— Não, quem chamou fui eu. Deixe-me fornecer a versão resumida, embora açucarada, e


existem algumas semelhanças. Portanto, não se ofenda.


Dulce se conteve e escutou. Ela exagerou. No trabalho, Christopher estava no comando, tal e


qual ele dissera. Mas essa discussão deveria ser alguma surpresa? Quando os relacionamentos


se complicam, todo o resto se complica também.


— Anos atrás, quando montei a minha primeira empresa apaixonei-me por uma mulher que


parecia uma boa idéia na época. Ela trabalhava para mim, eu a promovi e, quando mais precisei,


ela se mandou da cidade.


Dulce ficou lívida.


— O que você fez?


— Eu queria jogar a toalha. A minha lista de clientes era pobre demais para me preocupar.


Aposto que certas pessoas no mercado balançaram a cabeça e suspiraram pelo moleque que


jogou bola no campo errado. Por um triz não chutei tudo e me alistei.


— Exército? Marinha?


— Aeronáutica.


Os aviões de papel. Lógico.


— Eu sempre quis pilotar caças. Mas como o meu pai adoeceu, e a minha mãe não conseguiu


segurar a barra, decidi ficar perto de casa. Tenho um irmão caçula. Ele precisava de uma figura


paterna durante a adolescência.


Dulce se aproximou mais.


— O que aconteceu? A situação da sua família o deteve de novo?


— Naquela época, os meus pais já haviam morrido e o meu irmão se mudara para Londres.


— Então, por que não voar?


— Teimosia. Orgulho. E, talvez, parte de mim achava que era tarde demais. Que a minha


vida tomou outra direção, por bem ou por mal.


Christopher abandonou um sonho? Será que ele esperava que ela abandonasse os seus, também?


— Ainda me restava um cliente de porte decente— ele continuou— que acreditou em mim,


por alguma estranha razão. Eu não queria decepcioná-lo. Tomei coragem e decidi que a única


maneira de fazê-lo era me certificar de que eu seria o melhor. Uma tremenda ferramenta de


motivação. Agora eu a incorporei. Não posso fracassar de novo. Não é uma opção.


— Entretanto, olha você agora, matando o trabalho comigo?


— Por onde anda a mulher sensata que certa vez falou que todo mundo precisa tirar folga


de vez em quando, para não explodir? Nós dois trabalhamos muito. Merecemos uma recompensa.


Dulce por pouco não pediu desculpas. Talvez tivesse exagerado quanto ao compromisso.


Espiou as horas no relógio dele. Tarde demais para chegar a tempo.


— Se não se importa, ligarei para a Tilda para garantir que ela cancelou com o vereador.


— Deixe que eu faço isso.— Dois minutos depois, tudo confirmado.— Viu?— Christopher


desligou.— Sem terremotos. Agora, se não se importa, pretendo aproveitar ao máximo essa


preciosa tarde de folga.


Puxou a perna dela para cima dos quadris. Dulce não conteve o riso.


— O que está fazendo com os meus dedos dos pés? Christopher acariciava um por um.


— Ainda não sei direito. Mas tenho um pressentimento de que nós dois vamos adorar.


 


Comentem plixxx *-*


 


Bjix da naty




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Autor(a): natyvondy

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 643



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  • stellabarcelos Postado em 14/11/2015 - 14:29:23

    Ameiiii

  • larivondy Postado em 07/10/2013 - 14:44:01

    AMEEEI A WEB!! super lindo o Chris pedindo a Dul em casamento no avião e deixando tudo por ela *-*

  • vondyatrevidinha Postado em 20/11/2011 - 15:45:42

    Adoreii a históriia... Mt liinda mesmoo..

  • vondyatrevidinha Postado em 20/11/2011 - 15:45:42

    Adoreii a históriia... Mt liinda mesmoo..

  • vondyatrevidinha Postado em 20/11/2011 - 15:45:42

    Adoreii a históriia... Mt liinda mesmoo..

  • vondyatrevidinha Postado em 20/11/2011 - 15:45:41

    Adoreii a históriia... Mt liinda mesmoo..

  • vondyatrevidinha Postado em 20/11/2011 - 15:45:41

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  • vondyatrevidinha Postado em 20/11/2011 - 15:45:41

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  • vondyatrevidinha Postado em 20/11/2011 - 15:45:41

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  • vondyatrevidinha Postado em 20/11/2011 - 15:45:41

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