Fanfics Brasil - Capítulo XIV Trabalho ou prazer - Adaptada - vondy

Fanfic: Trabalho ou prazer - Adaptada - vondy


Capítulo: Capítulo XIV

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CAPÍTULO CATORZE


 


Dulce gemeu e se virou ao sentir uma palmada no bumbum.


O Luna Park é famoso pela cara risonha da entrada, o tradicional carrossel e os tobogãs


gigantes. No parque, a Coney Island, com o vertiginoso corredor Wonky Walk e as barricas


gigantes do Barreis of Fun, oferecia a locação perfeita para a sessão de filmagens promocionais


de hoje. Todos andaram em seus brinquedos favoritos. Enquanto massageava as nádegas,


admirando o sorriso diabólico de Christopher, Dulce teve a impressão de que ele tramara planos para


a privacidade do trem fantasma.


Christopher a abraçou, afagando o ponto dolorido.


— Vamos, deixe que eu cuido disso. Desvencilhou-se da mão dele e tentou soar séria.


— Doeu.


— Na noite passada você não reclamou.


— Ontem foi diferente. Isso é trabalho.


— E você está fazendo um trabalho maravilhoso.


— Como você saberia? Você acabou de chegar.


— Eu sei porque tudo o que você faz é maravilhoso. Sério?


Derretida por dentro, Dulce lançou-lhe um olhar irônico.


— Tudo?


— Você sabe muito bem que sim.— Christopher roubou-lhe um beijo.— Vamos namorar em algum


canto escuro e acolhedor.


Sorridente, ela revirou os olhos.— Eu sabia. O trem fantasma.


— Eu posso segurar a sua mão e você pode segurar o meu...— Christopher.— Evitando sorrir,


Dulce olhou em volta.


— Esse é um local público. Eu estou trabalhando.


— Você terminou o expediente de hoje. Mal nos vimos a semana toda. E noite de sexta-feira


e estamos juntos. Deixe essa tralha aqui.


Christopher tomou-lhe as brochuras e as depositou em uma mesa próxima.


— William?


Agindo como se não a houvesse flagrado agindo inadequadamente, o jovem assistente de


Dulce, rodeado de equipamentos, ajeitou o topete louro.


— Sim, sr. Uckermann?


— Cuide de tudo, pode ser? Muito obrigado. Vejo você na segunda-feira.


Após levantar o polegar, William continuou a tarefa. Resistir era inútil. Dulce cedeu e


ambos começaram a andar.


— Não é justo.


— O que não é justo?


— Eu, deixar tudo para alguém arrumar. Muitas mãos facilitam o trabalho.


— Isso se chama delegar— algo que você precisa aprender a fazer. Você cuidou da


filmagem, William cuida da arrumação, e eu cuido de você.


Dulce fez uma careta.


— Não tenho tanta certeza de que isso faz sentido.


— Faz todo o sentido para mim.


Durante o último mês, Christopher relaxava cada vez mais. Uma das razões poderia ser a volta de


Jezz, apesar de Dulce não passar o bastão. Os patrocinadores ficaram contentes com a


direção que a campanha tomara. Queriam Dulce no comando. Christopher estava muito orgulhoso.


Levou-a no melhor restaurante de Sydney e pediu o champanhe mais caro, embora Dulce


suspeitasse que o tratamento especial também fosse uma compensação por vetar uma das suas


idéias favoritas na véspera. Jezz ficou encantada pela promoção da assistente, e Dulce


também se alegrou. Outra vitória. Outra conquista para o currículo.


Outro motivo para permanecer ali?


Fora da área anexa de Coney Island, o parque estava agitado. Os turistas mastigavam


cachorros-quentes, enquanto as crianças berravam na montanha-russa. Uma tarde perfeita.


Espiou Christopher.


Absolutamente perfeita.


Hoje ele vestia uma camisa de lã com mangas curtas. Os bíceps sobressaíram quando Christopher


cruzou os braços.


— Vou ganhar o brinquedo mais fofo do parque para você.


— Você não pretende brincar de Boca do Palhaço, não é?


Christopher parou e bateu no peito.


— Eu tenho cara de alguém que atiraria bolas na boca do palhaço?


— Não, não tem. Christopher revirou os olhos.


— Que alívio.


Segurou-a pela mão conforme caminharam até uma barraca. Quando ele entregou o tíquete,


um sujeito corpulento e risonho entregou-lhe cinco dardos.


— Esse é o tipo de jogo que eu gosto.— Examinou a parede do fundo, decorada com montes


de balões. Christopher mirou.— Balão vermelho, no canto esquerdo.— O dardo voou e... pop!— Balão


azul, o segundo da direita.— Pop!


Depois de outros 18 estouros consecutivos, Christopher ganhou um coala cor-de-rosa gigante.


Dulce sentia o coração transbordar quando ele lhe entregou o prêmio.


— Sempre quis que alguém fizesse isso por mim.


— E eu nunca quis. Até conhecer você.


Estava preste a beijá-la quando um brilho diferente assomou-lhe os olhos.


— Quer andar na roda gigante?


Dulce observou as luzes coloridas que enfeitavam os raios, acesas ao anoitecer.


Christopher tornou a segurar a sua mão.


— Não ando numa dessas desde garoto.


Altura não era uma das maiores paixões de Dulce— nada crônico, como a saudade de casa


fora um dia. Mas ela ficaria bem se não olhasse para baixo.


— Claro.— Sorriu.— Vai ser divertido.


— Depois nós visitamos o trem fantasma.


— E os carrinhos de bate-bate. Christopher piscou.


— É por isso que eu gosto de você.


Christopher entregou os bilhetes ao cobrador e Dulce entrou no reluzente vagão vermelho. O


vagão sacudiu quando Christopher largou o coala cor-de-rosa no assento da frente, e sentou ao lado


dela. Logo que a roda se pôs a girar, Christopher a puxou mais para perto. Cobriu-lhe a boca com a sua,


conforme ambos decolaram juntos, se tornando parte da festa.


Os olhos de Christopher ardiam quando ele recuou.


— Você continua cada vez mais deliciosa.


— É fio-dental encantado.


Christopher fez cócegas com a ponta da língua na sua boca.


— Hum. Não sabia que eu tinha os dentes doces. Quer comer mais algodão doce?


— Você está se referindo ao doce ou a você?— Aos dois, lógico. Abriram um restaurante


tailandês no fim da rua da minha casa. Nós poderíamos pegar uma mesa no canto, à luz de velas,


ou pedir que entreguem em casa, para dar macarrão um na boca do outro na cama.


— Decisões, decisões. Troca-troca de macarrão, acho.


O barulho distante do motor de um jato soou. Ambos olharam para o alto, enquanto a roda


girava. Christopher murmurou:


— Como deve ser pilotar um desses?


— Se voar é uma paixão tão grande...— Dulce se aninhou nele— ... por que você nunca teve


aulas?— Dinheiro não seria o problema.


Christopher acariciava o dorso da mão dela com o polegar.


— Eu faria tudo por isso, mas a minha mãe era paranóica. Forno de microondas, efeito


estufa. Se os meus sapatos estavam limpos. Ela se recusava a conversar sobre os vôos, e o meu


pai não a contrariava em relação aos filhos. Portanto, aceitei o fato de que esperaria até


completar 18 anos.


— Daí o seu pai adoeceu?


— Sim. E eu estava ocupado demais. Além disso, eu não queria aborrecer a minha mãe.


Dulce beijou-o na bochecha.


— Eles foram sortudos por ter um filho igual a você.


— Qualquer pessoa minimamente decente faria o mesmo. Temos uma responsabilidade com


quem amamos. Não devemos magoar ou abandoná-los quando somos necessários, não acha?


Será que Christopher queria saber se ela o abandonaria... será?


Como poderia responder? Não queria magoar ninguém. Ela amava Christopher. Depois que galgaram


a escada para o quarto dele, o amor foi inevitável. Parte dela queria passar a vida com Christopher,


mas ela não poderia abrir mão da outra parte de si mesma. Queria ficar e queria partir.


Celebrar o que sentia por ele, não se ressentir disso.


— Vi que você recebeu flores.


Dulce estava admirando os últimos raios de sol da tarde, que reluziam nas águas do porto.


Franziu a testa.


— Flores?— Então recordou.— Quer dizer as rosas brancas.


Christopher enviava vibrantes buquês coloridos— amarelos roxos, sempre com a mesma


mensagem: "Essa noite?"


— Quem mandou?— indagou ele.


Christopher talvez as vira na sua mesa. Ela não as levara para casa.


— Jonathon Sturts as enviou esta manhã.


— Por que Sturts lhe enviaria flores?


— Para me parabenizar pelos outdoors que instalamos ontem. Ele falou que foi dos melhores


que já viu.


— Vocês se falam sempre?


— Quase toda semana. O Jonathon diz que tem um interesse pessoal na campanha.


— Mais um interesse pessoal em você.


Dulce caiu para frente e uma risada lhe escapou.


— Meu Deus, você está com ciúme?


— Eu estou preocupado.


— Por quê? Porque ele é um profissional interessado no meu trabalho?


— Exato. Tenha cuidado com o Sturts. Ele é um sedutor.


— Não estou nem um pouco interessada. Como poderia, quando tenho você?


Mas por quanto tempo? A mente não conseguia driblar a dúvida. Com o tempo, será que


Christopher se cansaria dela? Aparentemente, ele não namorou firme desde Olívia.


Quando estavam juntos, Christopher agia como se a amasse. Porém, ele ainda não dissera aquelas


três palavrinhas— que ela tanto desejava quanto temia ouvir.


— Não estou falando de atração, Dulce. Estou falando de Sturts tentar persuadi-la...


— Com flores? Não sou tão fácil assim. Bem, só com você.


Dulce sorriu, mas o humor nos olhos de Christopher desapareceu.


Deram mais duas voltas. Às vezes, ele a beijava na testa.


Quando tornaram a atingir o topo, Christopher a encarou. O olhar atravessou o coração dela.


— Você faz maldades comigo, Dulce.— Christopher a abraçou, a boca roçando a sua.— Você me


faz sentir como Sansão.— Roubou um beijo.— Tão forte e tão... Beijou-a com ardor e Dulce se


rendeu a sua voracidade. Ele a inundou com todos os tipos de milagres. A fazia brilhar e


desabrochar de maneiras que a maioria das pessoas jamais experimentaria. Ela fazia maldades


com ele? Christopher fazia coisas terríveis com ela. Dulce queria que esse passeio na roda-gigante


não terminasse nunca.


 


Sinto uma vontade de postar hoje....




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Autor(a): natyvondy

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 643



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  • stellabarcelos Postado em 14/11/2015 - 14:29:23

    Ameiiii

  • larivondy Postado em 07/10/2013 - 14:44:01

    AMEEEI A WEB!! super lindo o Chris pedindo a Dul em casamento no avião e deixando tudo por ela *-*

  • vondyatrevidinha Postado em 20/11/2011 - 15:45:42

    Adoreii a históriia... Mt liinda mesmoo..

  • vondyatrevidinha Postado em 20/11/2011 - 15:45:42

    Adoreii a históriia... Mt liinda mesmoo..

  • vondyatrevidinha Postado em 20/11/2011 - 15:45:42

    Adoreii a históriia... Mt liinda mesmoo..

  • vondyatrevidinha Postado em 20/11/2011 - 15:45:41

    Adoreii a históriia... Mt liinda mesmoo..

  • vondyatrevidinha Postado em 20/11/2011 - 15:45:41

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  • vondyatrevidinha Postado em 20/11/2011 - 15:45:41

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  • vondyatrevidinha Postado em 20/11/2011 - 15:45:41

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  • vondyatrevidinha Postado em 20/11/2011 - 15:45:41

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