Fanfic: Trabalho ou prazer - Adaptada - vondy
Amores, web nova *-*
Se chama PAPAI COWBOY
http://www.fanfics.com.br/?q=fanfic&id=13145
Espero vocês por lá hein... *-*
CAPÍTULO DEZESSEIS
Ao abrir a porta da frente, o pai de Dulce estava com uma aparência exausta. A cara
amarrada e os cabelos grisalhos, completamente desgrenhados, revelaram que ele adormecera
na cadeira de balanço. Parecia tão velho, quase outra pessoa. Então sorriu, e voltou a ser o seu
pai.
Ele abriu os braços.
— Dulce, o que faz aqui à noite, durante a semana?
— Precisava conversar com você.— Os dois se abraçaram.— Posso entrar?
— Ora, que surpresa.— Dulce entrou e ele a acompanhou.— Não esperava vê-la antes do
Natal.— Baixou a voz.— Nenhum problema, espero.
— Não exatamente.
— Outro problema entre você e a Carly? Da última vez que vocês duas brigaram você sumiu
durante dias. Acho melhor ligar para ela e resolver tudo. O tempo é curto e o orgulho não
adianta nada.
— Eu e a Carly não brigamos há dez anos. É o meu trabalho.
— Mas tudo estava indo tão bem quando você me visitou no meu aniversário. Você foi
demitida?— Antes que Dulce pudesse responder, o pai sentou na poltrona favorita, com ares
de pouco caso.— Se é o que eles querem— continuou— que se danem. Melhoraremos o seu
currículo. Você tem muito talento e determinação. Basta apontá-los na direção certa.
Apesar do nó na garganta, Dulce se obrigou a falar.— Eu me demiti.
— Acha isso sensato? Bons empregos não aparecem todo dia. Se você tivesse conversado
comigo primeiro, pesaríamos os prós e contras. Traçaríamos um plano. Toda decisão que
tomamos na vida afeta as escolhas que faremos no futuro.
Dulce desabou no sofá. Graças a Deus estava em casa.
— Preocupo-me com as escolhas e o futuro, papai. Foi por isso que precisei sair. Recebi uma
oferta incrível de trabalho em Londres.
— Há três meses esse era o seu sonho.
— Eu mudei desde então.— Tão depressa que mal conseguia pensar direito.— E um cargo de
chefia. Salário altíssimo, mais os lugares maravilhosos que eu adoraria visitar.
— Ora, isso parece sensacional. Dulce quase caiu dura. Sério?
— Você acha mesmo?
— Lógico.
Ele não criticaria o plano dela? Tampouco mencionaria a saudade de casa? Desde que tomara
aquela decisão intempestiva, Dulce encontrou inúmeros motivos para ficar. Deixar a casa, o
pai, Carly, Jezz, o emprego, aquele cliente especial e a campanha. Mas uma razão ofuscava todo
o resto. Christopher.
Saber que ele jamais a abraçaria, beijaria, conversaria ou faria amor com ela de novo era
deprimente demais. Ele era tão especial. Droga, Christopher era perfeito.
Do porta-retrato sobre o aparador, Marion Saviñon a fitava com aquele sorriso meigo e os
bondosos olhos verdes. Dulce suspirou. Será que a mãe aprovaria a sua decisão?
Já era. Num piscar de olhos, ela destruíra a relação com Christopher. O que entendera como falta
de confiança, ele via como uma restrição necessária. Será que ela exagerou? Será que o sucesso
lhe subiu à cabeça?
Entretanto, o desejo de conquista lhe rendera aquele cargo, em primeiro lugar. Era a
qualidade que Jonathon queria na empresa dele, aliás.
Dulce respirou fundo. Independentemente da resposta, ela fez uma escolha— por causa
da discussão de ontem, a única escolha ao seu alcance.
— Quando você embarca?
— O mais cedo possível. O meu passaporte está em dia e o meu novo chefe está cuidando
dos outros documentos.
— Foi por isso que você trabalhou todos esses anos. Lembro de ouvi-la conversar com
Marion a respeito.
Mesmo sabendo que o pingente estava na casa de Christopher, Dulce procurou o coração de ouro.
Quando telefonou para ele ontem à noite, Christopher falou que ela não precisava se dar ao trabalho
de voltar para terminar nada. Jezz atendeu a ligação essa manhã.
Os pertences de Dulce seriam entregues no apartamento dela às 10 hs. O coração poderia
ser um pretexto para ver Christopher uma última vez.
Mas ele desejaria vê-la?
Tão teimoso quanto ela, Christopher era um homem orgulhoso. Após se esforçar para convencê-la
ontem, ele não cairia suplicante de joelhos. Acatara a sua decisão e trancou o coração.
Esqueceria aquele amor, seguiria em frente, como ela esperava. Certo?
— Aquele emprego de meio expediente no restaurante de frango frito, todos aqueles
trabalhos e horas de estudo antes das provas. Você sofreu mais que a maioria, mas venceu. E
continuará vencendo. Sinto tanto orgulho de você, Dul.
A voz de Dulce embargou, enquanto lágrimas arderam nos olhos. Tais palavras foram mais
comoventes do que qualquer outra coisa. Porém...
— Você não me deu um conselho, nem me criticou por fazer a coisa errada. Londres fica
muito longe.— O coração disparou só de pensar.
— Vinte mil quilômetros, creio. Mas apenas a um telefonema de distância.
— Falar no telefone não é tão reconfortante quanto pessoalmente.
Um passo tão grande e tão súbito. E se ela detestasse o novo emprego? E se fracassasse?
Chegara tão longe... será que um dia superaria esse tipo de insegurança?
— É uma decisão importante, mas que cabe apenas a você. Não significa que não fico
preocupado.
Ele parecia cansado. Era melhor ir embora.
— Vejo você antes de partir.
O pai levantou para levá-la até a porta. Quando chegaram no corredor, ele se virou na
direção oposta.
Dulce riu.
— Não vai se despedir de mim antes de deitar?
— Desculpe, querida. Tive uma semana cheia. Aulas e deveres para corrigir.
— Você tem quase 60 anos. Devia parar de ensinar e se aposentar.— Ele era 15 anos mais
velho que a mãe dela. Apesar da diferença de idade, apesar de tudo, ambos foram muito felizes.
Na porta, os dois se abraçaram. Um grande abraço de urso, como na época em que Dulce
era uma garotinha. Ele acenou quando ela deu a partida no carro.
— Cuide-se.
Dulce gritou da janela.— Pode deixar.
— E não passe a noite fora. Eu fico preocupado quando você chega em casa depois da meia-noite.
Um calafrio percorreu a espinha. Dulce freou. O pai estava fechando a porta.
— Papai?— Com o coração na garganta, ela voltou, contendo-se para não correr.
— Esqueceu algo, querida?
Observou o homem que fizera o melhor para orientar e protegê-la depois que a esposa
falecera. E, antes disso, as aulas de montaria, a ajuda eterna com as lições de casa, as histórias
para dormir.
Alisando o cabelo dele nas têmporas, Dulce conteve as lágrimas e sorriu.
Comentem plixxx *-*
Quase acabando....
Bjix da Naty
Autor(a): natyvondy
Este autor(a) escreve mais 32 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
Obrigada kmusica, Lucas e Paty (entendo perfeitamente flor, não esquenta... J)!!! CAPÍTULO DEZESSETE — Olá, Christopher. Espero não estar incomodando. Dulce disfarçou a tristeza quando Christopher se virou. Ele estava fazendo aviões de papel no terraço. De jeans surrado e camiseta branca, parecia ma ...
Capítulo Anterior | Próximo Capítulo
Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 643
Para comentar, você deve estar logado no site.
-
stellabarcelos Postado em 14/11/2015 - 14:29:23
Ameiiii
-
larivondy Postado em 07/10/2013 - 14:44:01
AMEEEI A WEB!! super lindo o Chris pedindo a Dul em casamento no avião e deixando tudo por ela *-*
-
vondyatrevidinha Postado em 20/11/2011 - 15:45:42
Adoreii a históriia... Mt liinda mesmoo..
-
vondyatrevidinha Postado em 20/11/2011 - 15:45:42
Adoreii a históriia... Mt liinda mesmoo..
-
vondyatrevidinha Postado em 20/11/2011 - 15:45:42
Adoreii a históriia... Mt liinda mesmoo..
-
vondyatrevidinha Postado em 20/11/2011 - 15:45:41
Adoreii a históriia... Mt liinda mesmoo..
-
vondyatrevidinha Postado em 20/11/2011 - 15:45:41
Adoreii a históriia... Mt liinda mesmoo..
-
vondyatrevidinha Postado em 20/11/2011 - 15:45:41
Adoreii a históriia... Mt liinda mesmoo..
-
vondyatrevidinha Postado em 20/11/2011 - 15:45:41
Adoreii a históriia... Mt liinda mesmoo..
-
vondyatrevidinha Postado em 20/11/2011 - 15:45:41
Adoreii a históriia... Mt liinda mesmoo..