Fanfic: Trabalho ou prazer - Adaptada - vondy
Como siempre, gracias por los coments *-*
CAPÍTULO DEZOITO
— Cartão de embarque, por favor.
Dulce depositou a bagagem de mão no chão, revirou a bolsa e entregou o bilhete.
No aeroporto de Sydney, a escultural aeromoça no portão de embarque internacional
verificou, sorriu, depois devolveu-lhe o passe.
— Boa viagem. Ora, tomara.
Quando fechou a bolsa, os óculos caíram no chão. Abaixou para apanhá-los, mas outra mão
foi mais rápida.
O homem de meia-idade ajeitou os próprios óculos no nariz.
— Ei, você não quer que ninguém pise neles.— Colocou-os na mão dela.— Óculos podem ser
uma dor de cabeça— limpá-los, lembrar onde os largamos. Mas se você for um pouquinho
parecida comigo, fica cega sem eles.
— Geralmente uso lentes de contato.— Mas os pares descartáveis acabaram e ela ficou com
preguiça de sair para comprar.
— Não uso óculos há anos. Talvez precise de um novo par.
Antes de apresentar o bilhete ao comissário de bordo na entrada do avião, Dulce se virou
para o homem.
— Obrigada pela gentileza.
No fim da primeira fila, ela localizou o assento. Guardou a bagagem no compartimento—
agora calçaria um par de chinelos e se encolheria na própria concha.
O homem reapareceu.
— Ei, parece que seremos companheiros de viagem.— Mostrou-lhe a passagem. E, assentos
vizinhos.— Você não abriria mão da janela, não é?— Ele era baixinho, elegante, com uma voz
anasalada.
— Acho que não. Esse é o meu primeiro vôo.
— Excelente!— Colocou uma pastilha na boca.— Garganta inflamada.
Dulce espiou a janela.
— Ei, então é a sua primeira viagem a Paris? Dulce anuiu.
— Vai ficar muito tempo?— insistiu ele.
— Só uma semana.
— Quê? Mas não dá tempo para nada. Lembro da minha primeira viagem.— Alisou a pança e
riu.— Conheci uma mulher deslumbrante. Ela me levou ao Moulin Rouge e me ensinou a dançar...
— O meu pai está internado para uma cirurgia.— Aquilo simplesmente escapuliu. Pode ter
sido grosseiro, mas ela não agüentava mais ouvir nada sobre a vida amorosa de ninguém. Não
queria saber da felicidade alheia, enquanto se sentisse tão perdida.
— Cirurgia, hein? Nada sério, espero.
— Torcemos para ser um sucesso. Mas ele precisa se recuperar. Talvez até operar uma
segunda vez.
Dulce contemplou a pista de decolagem que refletia os raios de sol e encostou a cabeça na
janela. Já estava com saudades. Saudades de Christopher. Sentia muito a falta dele.
— Puxa, que barra.— Com o canto do olho, ela viu o sujeito apanhar outra pastilha.— Pelo
jeito é você quem cuida dele.— Dulce assentiu.— Daí resolveu espairecer antes de assumir
essa obrigação?
Não era uma obrigação. O pai sempre a apoiara. Agora era hora de retribuir.
— Eu não marquei o vôo. O meu pai insistiu que eu precisava tirar uma semana de
descanso.— Chega de insegurança. O pai ficaria bem.
Ela se divertiria na França, visitaria o Louvre, posaria sob a sombra da Torre Eiffel, levaria
a vida adiante e logo esqueceria...
"Esqueça... por favor, esqueça", implorava.
Uma eternidade depois, o jato ganhou altitude.
No assento vizinho, o novo amigo tirou os fones de ouvido e levantou.
— Preciso esticar as pernas. Quer que eu lhe traga uma bebida? Você não quer ficar
desidratada.
O pai sempre dizia a mesma coisa. Dulce sorriu.
— Um copo d`água. Obrigada.
Um aglomerado de nuvens se encontrava lá embaixo. O céu era uma abóbada de um azul
imaculado e sem limites. Assim como a vida dela. Mas desistira de coisas demais para atingir os
seus objetivos?
Os sonhos podem mudar?
Ao menos um pouquinho?
Pensou na mulher que aprendera a amar e respeitar. Jezz não se arrependia por não ter
casado. Mas, já no aeroporto, foi cuidadosa ao escolher as palavras de despedida.
— Certas pessoas dizem que não se pode ter tudo. Não acredite nelas.
Tudo...
Perdida em recordações, Dulce saltou ao sentir algo gelado— a bebida— na mão. Aceitou,
resmungou um agradecimento e, em seguida, se espantou.
Uma taça? Cheia de... o que era aquilo...
— Vinho com refrigerante sabor cereja?
O coração parou de bater. Ela se virou e uma bateria de fogos de artifício explodiu no
corpo inteiro.
— Christopher?
— De óculos, hein? Muito sexy.— Ao apontar a poltrona vazia, os olhos dele sorriam.—
Posso?
Dulce emudecera, portanto, simplesmente assentiu. Um sonho. Só podia ser. As pílulas anti
enjôo a nocautearam— era a única explicação. Isso não podia ser real.
Depois que Christopher se acomodou, Dulce tocou-lhe o antebraço, quente e sólido sob a manga
enrolada da camisa de cambraia. Apele morena, os cabelos negros, o perfume abrasador que a
fez pensar no seu peito e no seu beijo. Christopher estava mesmo sentado ao lado dela.
Dulce obrigou os neurônios do cérebro enguiçado a funcionarem.
— O que você está fazendo aqui?
— Voando para Paris.
Ligeiramente histérica, Dulce balançou a cabeça.
— Eu não entendo.
— Então me deixe explicar.
Emoldurando o rosto de Dulce com as mãos, Christopher a puxou mais para perto. Após aquelas
longas semanas solitárias, a sensação da boca de Christopher clamando a sua foi melhor do que o
paraíso. Mais bonita que uma canção. Cedendo ao assombro, Dulce saboreou a carícia, junto
com cada promessa deliciosa que ela parecia encerrar.
A ponta cálida de um dedo contornou o seu maxilar quando Christopher interrompeu o beijo
delicadamente. O sorriso doce, ardente, parecia hipnótico.
— Entendeu agora?
— Não tenho certeza.— Abrasada até o âmago, Dulce sorriu suspirante.— Talvez precise
de mais explicações...
— Quando eu ganhei aquele prêmio, pensei que me sentiria melhor. Já sobrevivi a
verdadeiras calamidades antes. Eu conseguiria superar tudo. Esquecer você. Mas conforme os
dias se passavam, compreendi que cometi o maior erro de todos quando deixei que o meu
orgulho idiota interferisse com as duas coisas mais importantes da minha vida.— Dulce
estremeceu quando Christopher se aproximou mais e murmurou no seu ouvido— Você e você.
Dulce tentou despertar daquele sonho cor-de-rosa para perguntar:
— Daí você resolveu me fazer uma surpresa no avião?
— Imaginei que você acharia romântico.
— E passar uma semana em Paris comigo?
— Transformei a nossa relação em prioridade número um. Não podemos nos separar um do
outro. Podemos, e conseguiremos, resolver tudo.
A realidade assomou de repente. Dulce recuou.
— Como, Christopher? Nós já discutimos isso.— "Dulce, pelo amor de Deus, cale essa boca!", mas
ela não conseguiu. Eles não poderiam evitar esse assunto.— Eu ainda quero trabalhar no
exterior.
— Então eu arranjarei uma ocupação no exterior, também. Desde que você venha para casa
me encontrar todas as noites.— A mão buscou a dela e apertou.— Você tinha razão. Eu posso
comprar outra empresa. Uma pequena companhia aérea ou de transporte de carga em algum
lugar. Não preciso provar o meu valor ao mercado publicitário. Essa foi a desculpa que eu usei
para me motivar. Você é tudo o que importa para mim. Você é o meu sonho. Aceite-me de volta,
Dulce. Deixe-me amar você.
Dulce sentiu o nariz arder por causa das lágrimas. Conteve uma risada.
— Você faria isso por mim?
— Somente todos os dias da minha vida.— Afagou-lhe o rosto com os dedos, enquanto o
olhar se desviou dos cabelos para os olhos de Dulce.— Eu lamento muito. Eu devia ter sido
claro e dito isso antes. Devia ter feito algo a respeito logo no começo. Eu amo você. Mas lutei
contra esse sentimento. Com as minhas preocupações e a sua paixão, eu sabia que nós nos
divertiríamos muito, mas que também encontraríamos obstáculos.
Uma gota escapou do canto do olho de Dulce.
— Você me ama?
— Das suas covinhas até os dedos dos pés. Especialmente os dedos dos pés. E eu amo o jeito
como você consegue ser tão eficiente quanto sexy feito o diabo quando comanda uma reunião. O
jeito como você jamais recua quando pensa que está certa. Eu amo o jeito como você me faz
sentir... leve demais, pleno demais.
Quando Christopher se aproximou e tornou a beijá-la, Dulce derreteu por inteiro, de maneira
irreversível. Ela estava exatamente onde queria estar— sem mais nada para provar e com tudo pelo
que viver.
Enquanto a abraçava, Christopher a cobria de beijos no canto da boca, no rosto, no queixo.
— Dulce?
Será que ela precisava acordar?
De olhos fechados, Dulce o puxou mais para perto.
— Hum?
— Tem alguma coisa que você gostaria de me contar? Algo que gostaria de dizer?
Ela abriu os olhos.
— Tipo, onde é o chuveiro? Christopher riu e afagou-lhe os cabelos.
— Pode apostar, com muita espuma. Mas, nesse momento eu estava pensando em algo mais...
Dulce tocou os lábios de Christopher com os dedos.
— Eu também amo você. Amo você de todo o coração.— As lembranças dos dias longe de
Christopher desapareceram como uma espécie de névoa mágica. Importava apenas que os dois estavam
juntos, e que ele a beijaria de novo.
— Ei, parceiro, esse lugar é meu.
Christopher e Dulce ergueram os rostos e se depararam com o novo amigo de pé no corredor,
segurando um copo d`água para ela.
Christopher se revirou no assento.
— É uma inconveniência, eu sei. Mas se você puder ser paciente, talvez consiga outro lugar.
Eu estou preste a pedir a mão da minha namorada em casamento.
Dulce engasgou.
— Casamento?
Christopher tomou-lhe o copo, devolveu-o ao homem sem tirar os olhos dela. Em seguida, levou as
mãos ao peito.
— Dulce, você aceita casar comigo?
Ao responder, todas as dúvidas que a atormentavam desapareceram.
— Quando?
O semblante de Christopher se iluminou com um sorriso radiante.
— Vamos comprar o anel perfeito em Paris.
— Ei, isso tudo é muito bonito— interrompeu o sujeito— mas eu paguei por esse lugar.
Christopher ajeitou os ombros largos.
— Por que você não vai até o segundo andar, conta a aeromoça que Christopher Uckermann cometeu um
erro e que o lugar dele agora é seu?
O homem franziu a testa, tomou um gole do drinque e sorriu.
— Eles têm ótimos pratos na primeira classe.
Quando Christopher voltou a atenção para Dulce, a cabeça dela ainda girava e a garganta
continuava embargada de emoção.
— Você abriria mão da sua vida aqui por minha causa? Você sentaria na classe econômica?
— Eu sento em qualquer droga de lugar que você queira. Faço tudo que você quiser.— Um
brilho malicioso reluziu nos olhos dele.— O que me deu uma idéia.
Dulce sorriu e mordiscou-lhe o lábio.
— Você está pensando o que acho que está pensando? Eu não sou registrada no Uckermann High,
aquele clube para casais que gostam de fazer amor nas alturas.
Christopher a enlaçou pela cintura.
— Isso não será um problema. O registro para novos sócios é gratuito. Sem formulários.
Sem complicações.— Ao tirar os óculos dela, os seus lábios roçaram os lábios de Dulce.
— Houston, nós decolamos.
FIM
Obrigada a todos os leitores que agüentaram mais uma web adaptada postada por mim.... kkkkk
Espero vocês em:
Papai Cowboy
Natyvondy.
Autor(a): natyvondy
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Comentários da Fanfic 643
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stellabarcelos Postado em 14/11/2015 - 14:29:23
Ameiiii
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larivondy Postado em 07/10/2013 - 14:44:01
AMEEEI A WEB!! super lindo o Chris pedindo a Dul em casamento no avião e deixando tudo por ela *-*
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vondyatrevidinha Postado em 20/11/2011 - 15:45:42
Adoreii a históriia... Mt liinda mesmoo..
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vondyatrevidinha Postado em 20/11/2011 - 15:45:42
Adoreii a históriia... Mt liinda mesmoo..
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vondyatrevidinha Postado em 20/11/2011 - 15:45:42
Adoreii a históriia... Mt liinda mesmoo..
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vondyatrevidinha Postado em 20/11/2011 - 15:45:41
Adoreii a históriia... Mt liinda mesmoo..
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vondyatrevidinha Postado em 20/11/2011 - 15:45:41
Adoreii a históriia... Mt liinda mesmoo..
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vondyatrevidinha Postado em 20/11/2011 - 15:45:41
Adoreii a históriia... Mt liinda mesmoo..
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vondyatrevidinha Postado em 20/11/2011 - 15:45:41
Adoreii a históriia... Mt liinda mesmoo..
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vondyatrevidinha Postado em 20/11/2011 - 15:45:41
Adoreii a históriia... Mt liinda mesmoo..