Fanfic: Trabalho ou prazer - Adaptada - vondy

Meus primeiros leitores *-*

Sejam super bem-vindos Lucas2280 e Paulinhauckersz (oooi, primeira web minha que você lê??)

"Pare de bobagem. Encare o medo e, por Deus, não desista", pensou.

Decidida, Dulce Saviñon engoliu em seco, ergueu a mão trêmula e quase, quase bateu na

porta imponente do escritório do chefe. Por que a intimação para vê-la logo cedo? Seria

coincidência que hoje fosse o último dia do período de experiência?

Há três meses, Christopher Uckermann, presidente da agência Uckermann Advertising em Austrália,

concedeu a Dulce a sua primeira oportunidade de verdade. Aos 24 anos, formada em

marketing, mas sem nenhuma experiência, Dulce ficou empolgada.

Porém, será que o sr. Uckermann andava insatisfeito com o seu desempenho como gerente de

contas? E se ele empertigasse aqueles ombros impressionantes, franzisse as sobrancelhas

negras e a encarasse com uma expressão aborrecida? Será que ele pretendia anunciar um

rebaixamento?

Dulce sentiu um embrulho no estômago.

Demissão, nem pensar!

Acima de tudo, Dulce queria provar seu valor. Não foi nada agradável crescer com o

apelido srta. Futuro Deprimente. Gordinha, tímida, um diagnóstico tardio de dislexia... a época

da escola foi mais para se esquecer que para se lembrar. Ela agradecia a Deus pelo senso de

humor. Mas, afinal, as aulas particulares, os livros de auto-ajuda, os cursos de etiqueta e a

perseverança compensaram. Agora o céu era o limite!

Sydney, com a animação típica de uma grande metrópole e um clima de férias, sempre seria

o seu verdadeiro lar. Porém, na adolescência, Dulce se sentia tão oprimida pelo excesso de

peso e pela dificuldade de aprendizagem— sem contar o pai, que criticava cada decisão dela—

que jurou se libertar e realizar todo o seu potencial.

Londres, Paris, Nova York. Nada e nem ninguém a deteriam. Dulce empinou o queixo. Mas,

primeiro, o mais urgente. Dulce não só gostava desse emprego como também precisava dele.

Além de pagar as contas, ser gerente de contas era um passo importante na escalada até o

topo.

Secou as palmas úmidas na saia branca de jérsei, cruzou os dedos e tornou a bater. A porta

se abriu. Muito nervosa, Dulce sorriu e disse a primeira bobagem que lhe passou pela cabeça.

— O senhor me chamou?

O sr. Uckermann aguçou os profundos olhos azuis antes de gesticular para que ela entrasse.

— Srta. Saviñon. Obrigado por vir tão depressa. Exibindo um dos punhos decorados com um

par de abotoaduras de ônix, ele indicou a cadeira em frente à mesa. Envergonhada, Dulce

sentou. Christopher Uckermann— milionário, gostosão, todo-poderoso— contornou a mesa sinuosa, ajeitando

a gravata escarlate que realçava a camisa branca.

— Curiosa para saber por que mandei chamá-la? Será que ela viu nuvens de trovoada se

formando por trás daqueles cílios de ébano? Dulce conteve um suspiro. Era inútil disfarçar. Se

o sr. Uckermann pretendia demiti-la, era melhor saber logo.

Com o coração disparado, Dulce observou conforme ele se acomodava na cadeira

presidente.

— Más notícias?

Um músculo contraiu no maxilar anguloso.

— Por um lado, Dulce, as notícias são ruins. Mas, por outro, são ótimas.

Dulce soltou a respiração. Nenhuma calamidade, então.

— Desde que eu não acabe numa fila de desempregados, tudo bem.

Ela não tinha certeza, mas aquela contração dos lábios dele pareceu um sorriso.

Comentem plixxx *-*

Bjix da Naty